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Como era expectado as curvas do Na+ e H+ possuem declive positivo e a curva do Cl- possui
declive negativo.
Os valores para os declives das curvas de calibração dos dados experimentais obtidos
apresentam resposta muito próxima da teórica tendo por base a equação de Nernst 0,0592.
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................. 3
2. Parte Experimental .................................................................................................................... 8
2.1 Procedimento Experimental ......................................................................................... 8
3. Resultados e Discussão ............................................................................................................. 9
4. Conclusão ................................................................................................................................ 12
Bibliografia .................................................................................................................................. 13
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1. Introdução
Uma célula electroquímica compõe-se de dois condutores, eléctrodos, cada um imerso numa
solução electrolítica adequada. Para que a corrente eléctrica passe através deste sistema é
necessário que os eléctrodos estejam ligados externamente através de condutores metálicos e
que as duas soluções electrolíticas estejam em contacto de forma a permitirem o movimento
dos iões entre si(por intermédio de uma ponte salina, por exemplo). A célula electroquímica
pode ser vista como compondo-se de dois elementos de pilha, cada um tendo associado um
potencial de eléctrodo característico. Deve, porém, salientar-se que não existe nenhum
processo para determinar o valor absoluto do potencial de um único eléctrodo. Qualquer
dispositivo de medida determina só diferenças de potencial.
Para que se pudesse estabelecer uma tabela de potenciais de eléctrodo válida para a
totalidade da comunidade dos químicos foi preciso estabelecer um eléctrodo de referência
padrão. O eléctrodo de hidrogénio padrão define-se para uma solução com actividade de ião
hidrogénio unitária em contacto com uma placa de platina porosa e pressão parcial de
hidrogénio exactamente igual a uma atmosfera. Por convenção atribuiu--se ao potencial deste
eléctrodo o valor de zero volt para todas as temperaturas.
Nesta equação as letras entre parêntesis designam actividades das espécies em solução; E° , é
o potencial de eléctrodo padrão, com um valor característico para cada reacção de eléctrodo;
R, representa a constante dos gases perfeitos (8,314 JK-1 mol-1); T, é a temperatura em K
(kelvin), n, o número de moles de electrões trocados na reacção de eléctrodo, F, a constante
de Faraday (96485 coulomb) e, In, o logaritmo neperiano = 2,303xlog.
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Substituindo as constantes por valores numéricos e considerando a temperatura igual a 25°C
(298,15 K) vem:
equação 1
Os potenciais de eléctrodo padrão e a equação de Nernst podem ser usados para calcular o
potencial de uma célula galvânica ou o potencial necessário para operar uma célula
electrolítica. Os potenciais calculados (também chamados potenciais termodinâmicos) são
teóricos, no sentido em que se referem a células onde não passa corrente. Se há passagem de
corrente tem de se considerar a cinética da reacção electroquímica.
As células electroquímicas são descritas, usualmente, por uma notação abreviada. Por
exemplo, a célula galvânica que se mostra na Figura 1, pode ser representada por:
Por convenção, o processo anódico está sempre colocado a esquerda nesta representação. A
linha vertical indica uma zona fronteira ou interface sólido/solução, onde se desenvolve
sempre um potencial. A dupla linha vertical representa duas zonas fronteira, uma em cada
extremidade da ponte salina, desenvolvendo-se um potencial de junção líquida em cada uma
das interfaces. Este potencial resulta de diferenças nas velocidades a que os iões de cada uma
das meias--células e da ponte salina migram através das interfaces e do gradiente de
concentrações.
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Desde o início deste século que se têm usado medições potenciométricas para localizar os
pontos finais de titulações. Mais recentemente, com o aparecimento de eléctrodos selectivos,
a potenciometria tem sido também usada para se obter concentrações de iões directamente.
Estes eléctrodos, permitem uma avaliação quantitativa, rápida, de uma grande variedade de
aniões e catiões.
A Figura 2 mostra uma célula típica usada em potenciometria, cuja representação simplificada
é a seguinte:
0 terceiro componente de uma célula potenciométrica é uma ponte salina, que impede os
componentes da solução a analisar de se misturarem com os do eléctrodo de referência, onde
se gera um potencial que designaremos por Ei.
Pode determinar-se a concentração da solução em estudo a partir de Em, que aparece do lado
direito nesta equação. 0 método potenciométrico resume-se, assim, á medição de um
potencial (Ecel), corrigido dos potenciais de referência (Eref) e de junção (Ei), e ao cálculo da
concentração da solução através do potencial do eléctrodo indicador, usando a equação de
Nernst adequada ao sistema em estudo.” [1]
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Neste trabalho foi utilizado um eléctrodo de membrana, Um eléctrodo de membrana muito
comum é o eléctrodo de vidro, que se utiliza em medições de pH na Figura 3 mostra-se um
eléctrodo combinado de vidro.
Nenhum eléctrodo consegue responder exclusivamente a um único tipo de íon, mas o eletrodo
de vidro está entre os mais selectivos.” [2]
Para medir os potenciais de uma célula na figura 2 não se pode usar um voltímetro vulgar, pois
esses aparelhos exigem a passagem de uma corrente de intensidade apreciável provocando
uma variação do potencial que se pretende medir. O dispositivo que se utiliza para este efeito
está esquematizado na Figura 4.
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Figura 4 -Dispositivo típico para medição de valores de pH.
Mesmo correntes tão baixas como 10-7 a 10-10 A provocam erros significativos na leitura do
potencial de um eléctrodo de vidro. Os aparelhos actuais trabalham com intensidades da
ordem de 10-12 a 10-14 A, pelo que o potencial a medir não é afectado de erros significativos.
Existe no mercado uma grande variedade de aparelhos medidores de potencial. Muitos destes
instrumentos já vêm normalmente graduados em unidades de pH e chamam-se medidares de
pH. Com a proliferação actual de eléctrodos específicos, deve encarar-se um nome com maior
generalidade, tal como medidores de iões. Hoje em dia todos eles dispõem de visores digitais,
têm uma sonda de temperatura, e em geral, podem acoplar-se a registadores, programar-se
para diversas operações de rotina e ligar-se a computadores em titulações controladas
automaticamente.
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2. Parte Experimental
Equipamento
• Potenciómetro
• Elétrodos seletivos de iões
• Elétrodos de referência
• Bureta automática
Reagentes
• Trietanolamina 1 mol/L
• Soluções tampão de pH
• NaCl 1, 0231 M
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3. Resultados e Discussão
350
y = 55,914x + 397,78
300
R² = 0,9999
250
200
150
∆E (mV)
100
50
0
-10 -8 -6 -4 -2 0
-50
-100
-150
log [H+ ]
A tabela 2 apresenta os valores calculados das concentrações das soluções diluídas de NaCl
0,1027 mol/L, sendo adicionado 5 mL de Trietolamina 1 Mol/L (ajustador de força iónica) e
respectivos pH bem como os valores medidos da diferença de potencial ΔE com os eléctrodos
combinados Na+ e Cl-
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Na+ Cl -
C (mol/L) log [C] ∆E (mV) ∆E (mV)
1,027E-01 -0,988 135 88
1,027E-02 -1,988 74 145
1,027E-03 -2,988 20 208
1,027E-04 -3,988 -10 248
1,027E-05 -4,988 -22 245
1,027E-06 -5,988 -40 226
160
140
y = 57,5x + 190,67
120
R² = 0,9988
100
80
∆E (mV)
60
40
20
0
-7,000 -6,000 -5,000 -4,000 -3,000 -2,000 -1,000 0,000
-20
-40
-60
log [C]
300
250
200
∆E (mV)
150
y = -60x + 27,694
100
R² = 0,9992
50
0
-7,000 -6,000 -5,000 -4,000 -3,000 -2,000 -1,000 0,000
log [C]
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Os valores experimentais encontrados para o declive da curva de calibração estão muito
próximo do teórico segundo a equação 1, sendo expectado o valor positivo para o Na+ de 57,5
e declive negativo de - 60 para o Cl-.
Não foi possível realizar o calculo do limite de deteção e o limite inferior de resposta linear
para o gráfico de Na+
Limite de detecção:
log[C]= -3,758
|Cl-|= 1,744E-04 mol/L
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4. Conclusão
Como era expectado as curvas do Na+ e H+ possuem declive positivo e a curva do Cl- possui
declive negativo.
Os valores para os declives das curvas de calibração dos dados experimentais obtidos
apresentam resposta muito próxima da teórica tendo por base a equação de Nernst 0,0592.
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Bibliografia
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