Você está na página 1de 7

Instituto Federal Minas Gerais – campus Ouro Preto

Física Experimental IV

Nome: Fernanda Luíza de Sousa

Professor: Luellerson Carlos Ferreira

Turma: N5FIS1

Título: O capacitor de placas paralelas e sua capacitância

Introdução

Capacitância ou capacidade elétrica é a grandeza escalar determinada pela quantidade


de energia elétrica que pode ser acumulada em si por uma determinada tensão e pela
quantidade de corrente alternada que atravessa um capacitor numa determinada
frequência. Sua unidade é dada em farad (F). Portanto a capacitância corresponde à
relação entre a quantidade de carga acumulada pelo corpo e o potencial elétrico que o
corpo assume em consequência disso. O dispositivo mais usual para armazenar energia
é o capacitor. A capacitância depende da relação entre a diferença de potencial (ou
tensão elétrica) existente entre as placas do capacitor e a carga elétrica nele armazenada.
É calculada de acordo com a seguinte equação:

Q
C=
E
,

Onde:

C é a capacitância, expressa em farads. Como esta unidade é relativamente grande,


geralmente são utilizados os seus submúltiplos, como o microfarad, o nanofarad ou o
picofarad;

Q é a carga elétrica armazenada, medida em coulombs;

E é a diferença de potencial (ou tensão elétrica), medida em volts.

Convém observar que a capacitância depende da geometria do condensador (de placas


paralelas, cilíndrico, esférico). Para um determinado material, a capacitância dependera
somente de suas dimensões: quanto maiores forem, maior será a capacitância. Para o
capacitor de placas planas e paralelas separadas pelo ar, temos que a capacitância é dada
pela seguinte equação:

A
C=ε
d
,

Onde:

A é a area da placa medida em m²;


d é a distância de separação das placas medida em m;

Ɛ é permissividade elétrica do meio entre as placas espressa por (C²/N.m²) .

A TAB. 1 relaciona alguns meios com suas respectivas premissividades.

Tabela 1: Permissividade Elétrica

Permissividade
Meio
Elétrica x10¯¹²
(material)
(C²/N.m²)
Vácuo 8,9
Ar 8,9048
Náilon 31
Papel 33
Vidro Pirex 35 a 50
Porcelana 53
Água 712

A capacitância se verifica sempre que dois condutores estiverem separados por um


material isolante. Assim, a capacitância depende do dielétrico que se introduza entre as
duas superfícies do condensador. Quanto maior for a constante dielétrica do material
não condutor introduzido, maior será a capacitância.

Objetivo
 Determinar a dependência entre a distância entre as placas de um capacitor e sua
capacitância;

Materiais e métodos
- Uma base principal com:

 Escala milimetrada ajustável;


 1 carro fixo com fixação mecânica;
 1 carro móvel com fixação magnética;

- 2 placas condensadoras circulares;

- 2 cabos com terminais jacaré

- Multímetro (utilizado como capacímetro);

Procedimentos:

Inicialmente montou-se o sistema conforme a Figura 1, ajustando o multímetro para


funcionar como capacímetro e conectou-se ao capacitor.
Figura 1: Montagem experimental.
Primeira parte: Capacitância em função da distância

Colocou-se o carro móvel com o disco, encostado no carro fixo com o disco e ajustou-se
para coincidir as escalas, depois disso retirou-se o carro móvel com seu disco da base
metálica e observou e anotou-se o valor da capacitância residual medida pelo
instrumento e mediu-se também o valor da área da placa circular. Posicionou-se o carro
móvel à uma distância de 0,010 m o carro fixo e anotou-se o valor da capacitância,
reduziu-se a distância do carro móvel em relação ao carro fixo de 0,001 m em 0,001 m
até o valor final de 0,001 me anotou-se o valor da capacitância para cada distância de
separação. Depois disso construiu-se uma tabela com os dados obtidos e plotou-se o
gráfico de C versus d e o gráfico de C versus 1/d.

Segunda Parte: Resistência Elétrica e área da secção reta

Adaptou-se uma placa maior circular no capacitor e mediu-se a nova área. Colocou-se o
carro móvel com o disco, encostado no carro fixo com o disco e ajustou-se para
coincidir as escalas, depois disso retirou-se o carro móvel com seu disco da base
metálica e observou e anotou-se o valor da capacitância residual medida pelo
instrumento. Repetiu-se as medições de capacitância realizadas na parte 1 e depois disso
compararam-se os valores encontrados por fim plotou-se o gráfico de C versus d.

Resultados e Discussão
Primeira parte: Capacitância em função da distância

Depois de ajustar a escala mediu-se a capacitância residual encontrando um valor de


(0,002 ± 0,001) nF a capacitância residual é uma interferência externa que há com o
ambiente em que é medida quando colocamos as duas placas distante uma das outras , o
diâmetro da placa circular encontrado foi de (0,1 ± 0,1) m assim a área e a incerteza
padrão combinada, será obtida utilizando as equações:

Acir .= 𝜋.r 2

μ A =π .2 r x μr

Assim o valor encontrado foi de (7,85 ± 3,14) x 10 -3 m². Depois disso reduziu-se a
distância do carro móvel em relação ao carro fixo de 0,001 m em 0,001 m até o valor
final de 0,001 m obtendo os valores mostrados na TAB. 2 abaixo.
Tabela 2: Valores da capacitância encontrados para cada distância de separação.

Distância Capacitância Real*


(m) (nF)
0,0
10 ± 0,005 0,001 ± 0,001
0,009 ± 0,005 0,003 ± 0,001
0,008 ± 0,005 0,005 ± 0,001
0,007 ± 0,005 0,006 ± 0,001
0,006 ± 0,005 0,007 ± 0,001
0,005 ± 0,005 0,009 ± 0,001
0,004 ± 0,005 0,012 ± 0,001
0,003 ± 0,005 0,017 ± 0,001
0,002 ± 0,005 0,027 ± 0,001
0,001 ± 0,005 0,049 ± 0,001
* Capacitância real será a diferença
entre a capacitância medida e a
capacitância residual.

A seguir plotou-se o gráfico C x d,como mostra a Figura 2,

Cxd
0.06
Capacitância (nF)

f(x) = 4.04575478100441E-06 x^-1.41273219877159


0.05 R² = 0.869055600843456
0.04
0.03
0.02
0.01
0
- 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010 0.012
Distância (m)

Figura 2: Gráfico que mostra a capacitância versus a distância entre as placas.

Esse gráfico indica que a capacitância é inversamente proporcional a distância, como


pode ser observado melhor na Tabela 2 que quando maior a distância menor a
capacitância.

A TAB. 3 mostra os valores de 1/d correspondente a capacitância real,


Tabela 3: Valores de 1/d corresponde a capacitância real.

Distância Capacitância Real


(m¯¹) (nF)
100,0 ± 0,5 0,001 ± 0,001
111,0 ± 0,5 0,003 ± 0,001
125,0 ± 0,5 0,005 ± 0,001
142,0 ± 0,5 0,006 ± 0,001
166,0 ± 0,5 0,007 ± 0,001
200,0 ± 0,5 0,009 ± 0,001
250,0 ± 0,5 0,012 ± 0,001
333, 0 ± 0,5 0,017 ± 0,001
500,0 ± 0,5 0,027 ± 0,001
1000,0 ± 0,5 0,049 ± 0,001

Plotou-se o Gráfico C x 1/d,

C x 1/d
0.06
0.05
Capacitância (nF)

0.04 f(x) = 0.0192977415638312 ln(x) − 0.0905327615531876


0.03 R² = 0.942290100690524
0.02
0.01
0
- 200 400 600 800 1,000 1,200
Distância (m¯¹)

Figura 3: Gráfico que mostra a capacitância versus 1(um) sobre a distância entre as placas.

Esse gráfico indica que a capacitância é diretamente proporcional a distância, como


pode ser observado melhor na Tabela 3 que quando maior a distância maior a
capacitância.

Segunda parte: Capacitância em função da área

Depois de ajustar a escala mediu-se a capacitância residual encontrando um valor de


(0,001 ± 0,001) nF a capacitância residual é é uma interferência externa que há com o
ambiente em que é medida quando colocamos as duas placas distante uma das outras , o
diâmetro da placa circular encontrado foi de (0,18 ± 0,01) m assim a área e a incerteza
padrão combinada, será obtida utilizando as equações:

Acir .= 𝜋.r 2

μ A =π .2 r x μr
Assim o valor encontrado foi de (25,0 ± 5,65) x 10 -3 m². Depois disso reduziu-se a
distância do carro móvel em relação ao carro fixo de 0,001 m em 0,001 m até o valor
final de 0,001 m obtendo os valores mostrados na TAB. 4 abaixo.

Tabela 4: Valores da capacitância encontrados para cada distância de separação.

Distância Capacitância Real*


(m) (nF)
0,010 ± 0,005 0,010 ± 0,001
0,009 ± 0,005 0,011 ± 0,001
0,008 ± 0,005 0,012 ± 0,001
0,007 ± 0,005 0,012 ± 0,001
0,006 ± 0,005 0,013 ± 0,001
0,005 ± 0,005 0,015 ± 0,001
0,004 ± 0,005 0,020 ± 0,001
0,003 ± 0,005 0,023 ± 0,001
0,002 ± 0,005 0,055 ± 0,001
0,001 ± 0,005 0,124 ± 0,001
* Capacitância real será a diferença
entre a capacitância medida e a
capacitância residual.

A seguir plotou-se o gráfico C x d,

Cxd
0.140
0.120
0.100
Capacitância (nF)

f(x) = 5.59463128557193E-05 x^-1.08824058965922


0.080 R² = 0.954562255617756
0.060
0.040
0.020
-
0.000 0.002 0.004 0.006 0.008 0.010 0.012
Distância (m)

Figura 4: Gráfico que mostra a capacitância versus a distância entre as placas.

Dessa maneira, podemos dizer que a capacitância de um capacitor de placas paralelas é


proporcional à área das placas pois quanto maior for a área maior será a capacitância e
inversamente proporcional à distância entre elas como mostra a Figura 3 acima.

Por fim vale mencionar que os valores obtidos através do experimento não foram tão
coerentes com as linhas de tendência traçada pode ter sido devido as incertezas obtidas
através do experimento ou até mesmo por causa do multímetro que durante a obtenção
dos dados estava acabando a bateria e os outros fatores.

Conclusão
O objetivo esperado para esse experimento de determinar a dependência entre a
distância entre as placas de um capacitor e sua capacitância foi alcançado, neste
experimento pode-se verificar algumas das características dos capacitores de placas
paralelas e principalmente o quanto a distância entre as placas, influenciam no valor da
capacitância. A partir dos resultados dos experimentos, observamos que quanto maior
for a distância entre as placas menor será valor da capacitância do capacitor.

Referências
Halliday; DAVID; RESNICK, ROBERT;WALKER, JEARL. Fundamento de Física 4,
4° Ed., Rio de janeiro, 1996.

http://www.bing.com/search?q=A+capacit%C3%A2ncia+
%C3%A9+diretamente+proporcional+a+area+da+placa acesso em:18/05/2015.

http://www.bing.com/search?q=capacit%C3%A2ncia acesso em: 20/05/2015.

Você também pode gostar