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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA – CCSST

CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS

DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL III

DOCENTE: PROF. RICARDO LIMA

DISCENTE: ALINE CRISTINE DA SILVA CUNHA

AULA 08. RESISTIVIDADE (2° LEI DE OHM)

IMPERATRIZ – MA

2021
ALINE CRISITNE DA SILVA CUNHA

AULA 08. RESISTIVIDADE (2° LEI DE OHM)

Relatório apresentado à disciplina de Física


Experimental III do curso de Engenharia de
Alimentos – UFMA como parte das exigências
para obtenção de nota.

Orientador: Prof. Ricardo Lima.

IMPERATRIZ – MA

2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4

2. OBJETIVO ........................................................................................................................ 6

3. MATERIAIS ...................................................................................................................... 7

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .......................................................................... 7

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................... 9

6. CONCLUSÃO ................................................................................................................. 11

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 11
1. INTRODUÇÃO

A Segunda Lei de Ohm, assim como a Primeira, foi criada pelo físico e
matemático George Simon Ohm, quando ele ainda era estudante na Universidade de Erlangen,
na Bavária. Ele fez experimentos com as principais grandezas elétricas: corrente, tensão,
resistência e resistividade. Através de seus testes, desenvolveu as duas Leis de Ohm.
A 2ª Lei tem muito mais a ver com a resistência dos materiais. Ela afirma que a
resistência elétrica é diretamente proporcional ao comprimento e à própria resistividade,
contudo é inversamente proporcional à sua área transversal.
Matematicamente falando, temos que a resistência de um condutor é:

Figura 1: fórmula da 2° lei de Ohm.

 R – Resistência (Ω);
 ρ – Resistividade (Ω.m);
 l – Comprimento (m);
 A – Área transversal (m²).

A resistência elétrica de um condutor será maior quando o seu comprimento for maior
e sua secção transversal for menor. Em contrapartida, temos que a resistência elétrica de um
condutor será menor quando seu comprimento for menor e sua secção transversal for maior.

Figura 2: condutor

Obs.: Como a área de uma seção reta geralmente é dada em mm2 a unidade de resistividade
pode ser expressa em ρ (Ω.mm2/m)
Popularmente, chamamos os condutores de fios ou cabos. Eles são usados para
transportar a corrente elétrica dentro de um circuito. Saber a resistividade do condutor
influencia os cálculos de quedas da tensão e no dimensionamento das cargas. Os condutores
são feitos de materiais que facilitam a passagem da corrente, entretanto, todo material possui
em si uma certa oposição ao fluxo dos elétrons. Essa oposição que o próprio material tem é
chamada de resistividade.

 RESISTIVIDADE

Na segunda Lei de Ohm vimos que a resistividade é uma constante que depende de
cada material, ou seja, a resistividade faz parte da característica atômica de cada material, sendo
este valor imutável.

A resistividade é uma grandeza física medida em Ohm por metro (Ω.m), e representada
pela letra grega ρ. Todos os materiais possuem a resistividade variando de acordo com as suas
características construtivas.

Figura 3: tabela da resistividade de alguns materiais (20°C).


 NICROMO

Nicromo são diversas ligas baseadas em Ni (Níquel) e Cr (Cromo) utilizadas na


produção de fios para fabricação de resistores elétricos. São ligas de alta resistividade, próxima
a 1,0 Ω.mm2/m, e podem trabalhar em temperaturas elevadas, na faixa de 1000 °C-1150 °C.
Têm também boa resistência mecânica e boa estabilidade com a temperatura.

Por suas excelentes características e seu baixo custo, as ligas Nicromo são as mais
usadas como resistências de aquecimento em eletrodomésticos, tais como chuveiros elétricos,
torradeiras, ferros de passar, etc.

Figura 4: resistor de fio (Nicromo)

Figura 5: fio de nicromo.

2. OBJETIVO

 Determinar a resistividade do fio de nicromo a partir do ajuste linear dos pontos (L/A, R)
no gráfico.
3. MATERIAIS

 Multímetro;
 Pontas de prova;
 Fio de Nicromo;
 Micrometro;
 Painel Dias Blanco para leis de Ohm.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Com o auxílio do Micrometro foi medido o diâmetro do fio de nicromo, dado o valor
de 35mm, a partir desse valor foi realizado o cálculo da área do fio. Dados: r = 17.5 mm.

Figura 6: medida do diâmetro do fio de nicromo.

𝐴 = 𝜋𝑟 2

𝐴 = 𝜋(17,5)2

𝐴 = 962,11 𝑚𝑚2 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑛𝑖𝑐𝑟𝑜𝑚𝑜

Com as devidas configurações do multímetro mostradas nas figuras abaixo, foram


realizadas as medidas da resistência em cinco pontos. Nesses cinco pontos foram anotados a
distância que será utilizado para o cálculo de obtenção do eixo (x) e a resistência (Ω)
respectiva ao eixo (y) do gráfico. Sendo o primeiro ponto (0.00, 0.00).

Figura 7: Experimento no segundo ponto.

Figura 8: Experimento no terceiro ponto.

Figura 9: Experimento no quarto ponto.


Figura 11: Experimento do quinto ponto.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir dos valores da distância encontrados no experimento foram realizados os


cálculos para obtenção os pontos no eixo (x) do gráfico.

TABELA DAS DISTÂNCIAS OBTIDAS EM CADA PONTO.

1° 0,00 mm

2° 250 mm

3° 500 mm

4° 750 mm

5° 1000 mm
Tabela 1: distância dos pontos experimentais (mm).

 Calculando, temos:

1° → (0.00 , 0.00)
250𝑚𝑚
2° → 2
= 0,26 ∙ 10−3 = 2,6 ∙ 10−4 m/mm^2
962,11𝑚𝑚

500𝑚𝑚
3° → = 0,52 ∙ 10−3 = 5,2 ∙ 10−4 m/mm^2
962,11𝑚𝑚2

750𝑚𝑚
4° → = 0,78 ∙ 10−3 = 7,8 ∙ 10−4 m/mm^2
962,11𝑚𝑚2

1000𝑚𝑚
5° → = 1,04 ∙ 10−3 m/mm^2
962,11𝑚𝑚2

 Com isso foram obtidos os seguintes valores mostrados na tabela abaixo.

TABELA DOS PONTOS UTILIZADOS NO GRÁFICO

L/A (m/mm^2) RESISTÊNCIA ( Ω)

0,00 0,00

2,6 x 10-4 3,3

5,2 x 10-4 6,6

7,8 x 10-4 9,9

1,04 x 10-3 13,3


Tabele 2: Pontos experimentais obtidos para a construção do gráfico (L/A, R).
Gráfico (L/A ,R)
14

12

10

8
R (Ω)

6
y = 12769x - 0,02
4
R² = 1
2

0
0 0,0002 0,0004 0,0006 0,0008 0,001 0,0012
-2
L/A ( m/mm2)

Gráfico do ajuste linear dos pontos obtidos experimentalmente.

Portanto, a resistividade do fio de nicromo dada pelo ajuste linear do gráfico é de


12769 Ω. m/mm2 e o R2= 1.

6. CONCLUSÃO

A Segunda Lei de Ohm corresponde aos fatores que interferem na resistência elétrica.
Essa lei é de suma importância para a ciência, uma vez que a resistência depende da geometria e
é possível fazer o controle de circuitos alterando a geometria de seus elementos, permitindo a
fabricação de extensômetros, transdutores entre outros dispositivos eletrônicos.

REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos da Física, vol. 3 (Eletromagnetismo).


9. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2012. 375 p. v. 3.

HELERBROCK, Rafael, Segunda lei de Ohm: conceito, fórmula e exercícios, Brasil Escola,
disponívelem:<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/segundaleiohm.htm#:~:text=da%20publi
dade%20%3B),Resistividade,f%C3%ADsica%20escalar2medida%20em%20%CE%A9.>,
acesso em: 20 Dec. 2021.

RICARDO, Alberto, Resistividade Elétrica (rho), Fisica.net, disponível em:


<https://www.fisica.net/constantes/resistividade-eletrica-(ro).php>, acesso em: 20 Dec. 2021.

Segunda lei de ohm – Conceito e fórmula - Mundo da Elétrica, Mundodaeletrica.com.br,


disponível em: <https://www.mundodaeletrica.com.br/segunda-lei-de-ohm-conceitoformula/>,
acesso em: 20 Dec. 2021.

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