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Experimento – Lei de Ohm

Acácio Roberto Schmidt Junior 1


Everaldo Pereira de Borba Junior2
Fernando Luis Pacheco3
Karoline Delmonego Margarida4

RESUMO

Palavras-chave: Resistencia, Lei de Ohm, Efeito Joule, Níquel-Cromo.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo primário relatar os resultados obtidos em laboratório durante as aulas
de Física III, onde foram utilizados fios condutores em material Níquel-cromo com o intuito de observar na
prática as Leis de Ohm e o Efeito Joule.
Pretende-se com isso responder se o material utilizado durante os experimentos é um condutor Ôhmico e se
o efeito Joule ocorrerá durante o experimento, visto que se houver a alteração de temperatura essa poderá
ser verificada através do tato.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 RESISTORES

Os resistores são dispositivos eletrônicos cuja função é a de transformar energia elétrica em energia térmica
(calor), por meio do efeito joule.
Dessa maneira, os resistores ôhmicos ou lineares são aqueles que obedecem à primeira lei de ohm (R=U/I).
A intensidade (i) da corrente elétrica é diretamente proporcional a sua diferença de potencial (ddp), chamada
também de voltagem. Por outro lado, os resistores não ôhmicos, não obedecem a lei de ohm

2.2 RESISTENCIA

A resistência elétrica, medida sob a grandeza Ω (Ohm), designa a capacidade que um condutor tem de se
opor à passagem de corrente elétrica, ou seja, a função da resistência elétrica é de dificultar a passagem
de corrente elétrica.

1 Acácio Schmidt 7º semestre do Centro Universitário Sociesc - UNISOCIESC.


2 Everaldo Borba Junior 7º semestre do Centro Universitário Sociesc - UNISOCIESC.
3 Fernando Luis Pacheco 7º semestre do Centro Universitário Sociesc - UNISOCIESC
4 Karoline Delmonego Margarida 7º semestre do Centro Universitário Sociesc - UNISOCIESC
2.3 LEI DE OHM

As Leis de Ohm, postuladas pelo físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854) em 1827, determinam a
resistência elétrica dos condutores.
Além de definir o conceito de resistência elétrica, Georg Ohm demonstrou que no condutor a corrente elétrica
é diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada.

2.3.1 Primeira Lei de Ohm

A Primeira Lei de Ohm postula que um condutor ôhmico (resistência constante) mantido à temperatura
constante, a intensidade (i) de corrente elétrica será proporcional à diferença de potencial (ddp) aplicada entre
suas extremidades.
Ou seja, sua resistência elétrica é constante. Ela é representada pela seguinte fórmula:

Onde:
R: resistência, medida em Ohm (Ω)
U: diferença de potencial elétrico (ddp), medido em Volts (V)
I: intensidade da corrente elétrica, medida em Ampére (A).

2.3.2 Segunda Lei de Ohm

A Segunda Lei de Ohm estabelece que a resistência elétrica de um material seja diretamente proporcional ao
seu comprimento, inversamente proporcional à sua área de secção transversal.
Além disso, ela depende do material do qual é constituído.
É representada pela seguinte fórmula:

Onde:
R: resistência (Ω)
ρ: resistividade do condutor (depende do material e de sua temperatura, medida em Ω.m)
L: comprimento (m)
A: área de secção transversal (mm2)
2.4 EFEITO JOULE

Efeito Joule ou lei de Joule é um fenômeno da física que resulta na transformação de energia elétrica em
energia térmica (calor). Também conhecido como efeito térmico, ele não absorve calor, mas sim, produz calor.

O efeito joule é calculado através da seguinte fórmula:

Q = i2.R.t

Onde,

i: intensidade da corrente elétrica


R: resistência elétrica
t: tempo que a corrente leva para percorrer um condutor

Temos vários aparelhos que funcionam como resultado do efeito joule, como por exemplo:

 Aquecedores;
 Churrasqueira elétrica;
 Chuveiros;
 Ferro de passar roupa;

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

 Placas de resistores;
 Dois multímetros;
 2 cabos pretos;
 2 cabos vermelhos;
 1 cabo amarelo.
3.2 MÉTODOS

Montamos o circuito conforme roteiro disponibilizado no laboratório, mantendo a fonte desligada.

Figura 1- Roteiro Experimento


Fonte: Unisociesc (2018)

Após a montagem do circuito ligamos a fonte e variamos a diferença de potencial (ddp) no fio de níquel-
cromo 0,360 mm em 0,50 V, 1,00V, 1,50V, 2,00V, 2,50V e 3,00V e encontramos a intensidade da corrente
(i).

Figura 2- Circuito de fio níquel-cromo 0,360mm


Fonte: Autotres (2018)
Na sequência repetimos o experimento com o fio de níquel-cromo de 0,510 mm e 0,720 mm.

Figura 3- Níquel-cromo diâmetro 0,510mm e 0,720mm


Fonte: Autores (2018)

Após isto, aplicamos uma tensão constante de 1,50V a um condutor de níquel-cromo de diâmetro 0,510 mm
e variamos os comprimentos em 1,000m, 0,800 m, 0,600m, 0,400m e 0,200m e encontramos a intensidade
da corrente elétrica (i) conforme as distancias.

Figura 4- Tensão constante variando a distância


Fonte: Autores (2018)
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A tabela (Tabela 1) a seguir, expressa os resultando obtidos na primeira medição do experimento, quando
variamos a diferença de potencial (ddp) no fio de níquel-cromo de 0,360mm em 0,50 V, 1,00V, 1,50V, 2,00V,
2,50V e 3,00V encontrávamos a intensidade da corrente (i).
Aplicando a formula da resistência (R= V / i) encontramos os valores da resistência variando a ddp.

ddp (V) i (A) R= V/ i (Ω)


0,50 0,04 12,50
1,00 0,08 12,50
1,50 0,13 11,54
2,00 0,17 11,76
2,50 0,22 11,36
3,00 0,26 11,54
Tabela 1- Corrente (A) e resistência (Ω)
Fonte: Autores (2018)

Na tabela (Tabela 2) repetindo a diferença de potencial (ddp) em 0,50 V, 1,00V, 1,50V, 2,00V, 2,50V e 3,00V
alteramos o diâmetro do fio de níquel-cromo para 0,510mm e 0,720mm encontramos a intensidade (i) das
correntes e aplicando a formula da resistência (R= V / i) encontramos os valores da resistência variando a
ddp.

0,510 mm 0,720 mm
ddp (V) i (A) R= V/ i ( i (A) R= V/ i (Ω)
0,50 0,09 5,56 0,19 2,63
1,00 0,17 5,88 0,38 2,63
1,50 0,26 5,77 0,56 2,68
2,00 0,35 5,71 0,74 2,70
2,50 0,43 5,81 0,94 2,66
3,00 0,53 5,66 1,12 2,68
Tabela 2- Corrente (A) e resistência (Ω)
Fonte: Autores (2018)

Na tabela (Tabela 3) a tensão constante 1,50V com o condutor de níquel-cromo de diâmetro 0,510mm
variando os comprimentos em 1,000m, 0,800m, 0,600m, 0,400mm e 0,200m encontramos a intensidade da
corrente e aplicando a formula da resistência (R= V / i) encontramos os valores da resistência.

ddp (V) L (m) i (A) R= V/ i (Ω)


1,50 1,00 0,26 5,77
1,50 0,80 0,32 4,69
1,50 0,60 0,43 3,49
1,50 0,40 0,65 2,31
1,50 0,20 1,30 1,15
Tabela 3- Corrente (A) e resistência (Ω)
Fonte: Autores (2018)
5 CONCLUSÃO

A partir das práticas de laboratório realizadas foi possível constatar que o Níquel-cromo utilizado como
condutor pode ser considerado um material ôhmico e que embora exista a variação da corrente (i) quando
aumentamos a diferença de potencial (ddp), ao aplicarmos a fórmula da resistência, houve pouca variação
no resultado obtido o que é próprio dos materiais ôhmicos.
Também foi possível constatar o aumento da temperatura dos fios condutores durante o experimento, O que
indica que parte da energia recebida estava sendo dissipada na forma de calor, fenômeno tal conhecido como
Efeito Joule.

6 QUESTIONÁRIO

1) Níquel-cromo pode ser considerado um condutor ôhmico? Justifique sua resposta.

De acordo com os dados obtidos em laboratório podemos verificar que sim, o níquel-cromo pode ser
considerado ôhmico, pois ao variarmos a diferença de potencial nos terminais (ddp) e obter os novos valores
de corrente (i), ao aplicar a formula, o resultado obtido para a resistência é praticamente o mesmo, com
pequena discrepância.

2) O que caracteriza o efeito Joule? Nesse experimento esse efeito ocorreu? Justifique sua
resposta.

Como já mencionado anteriormente no presente trabalho, o efeito Joule ocorre quando existe a transformação
de energia elétrica em energia térmica (calor). Em nosso experimento, podemos constatar certa variação de
temperatura através do tato, e sobretudo quando elevamos a ddp nos níveis mais altos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, David, Resnik Robert, Krane, Denneth S. Física 3, volume 2, 5 Ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2004. 384 p.

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