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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

BACHAREL EM ENGENHARIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

LABORATÓRIO DE FÍSICA III

PROFESSOR: DR. EDINALDO TEIXEIRA


ALUNO: JOÃO VICTOR ARAÚJO DA SILVA – 201968840002

RELATÓRIO 03
LEI DE OHM
Salinópolis-PA
2022
1 - Objetivos
 Observar a relação entre tensão e a intensidade da corrente elétrica;
 Entender a razão entre a natureza do condutor e sua resistência elétrica;
 Entender a relação entre as dimensões de um condutor com sua resistência.

2 - Fundamentação Teórica
Os átomos ou moléculas individuais fazem com que a característica marcante seja dada ao
comportamento elétrico das matérias. Os elétrons predominam nas estruturas sólidas. A colisão
de portadores de cargas com estruturas cristalina dos matérias é determinada pelo campo
elétrico E, dessa forma, tem se uma proporcionalidade entre a velocidade dos elétrons nós
condutores e o campo elétrico E, é importante deixar claro também que a velocidade dos
elétrons e proporcional a densidade das correntes J, dessa maneira, em uma forma rudimentar
também se conclui que é proporcional ao campo elétrico E.
𝑗⃗ = 𝜎𝐸⃗⃗ (1)
onde σ é a condutividade elétrica, uma propriedade do material. Materiais com altos
valores de condutividade são bons condutores e valores baixos são maus condutores
elétricos. No SI, a unidade de condutividade é Siemens por metro (S/m), que é definida
como 1 Siemens = 1 Ampere/Volt e mais comum caracterizar materiais por resistividade
em vez de condutividade. Dessa forma
1
𝜌= (2)
𝜎
A unidade da resistividade e o ohm.metro ( Ω.m ), de forma que 1 ohm = (1 siemens) -1.
Modificando a expressão (1) obtemos
𝐸⃗⃗ = 𝜌𝑗⃗ (3)
A expressão (1) e (3) são para materiais isotrópicos. Observe que J tem a mesma direção
e sentido de E. A tabela 1 fornece alguns valores da resistividade para materiais conhecidos a
uma temperatura de 20°C.
Há muitos materiais homogêneos que obedecem a lei de ohm para uma faixa de variação
do campo elétrico. Para valores elevados do campo elétrico todos os materiais se comportam
violando a lei de ohm.
Em muitas situações desejamos saber a resistência de um dado material específico, como,
por exemplo, um pedaço de ferro ou de cobre. Para isto precisamos relacionar as características
do material com a resistividade. Então, vamos supor um condutor homogêneo e isotrópico de
comprimento L e área de seção transversal A, conforme figura 2.
Aplica-se nas extremidades do objeto uma diferença de potencial ∆V, que dará um campo
elétrico E = ∆𝑉⁄𝐿, tendo uma densidade de corrente uniforme no condutor da forma J = 𝑖⁄𝐴, a
resistividade pela expressão (3) ∆𝑉⁄
será ρ= E= 𝐿
∆𝑉 𝐴 (4)
𝑖⁄
=
𝐽 𝑖𝐿
𝐴
A grandeza ∆𝑉⁄𝑖 é definida como Resistência elétrica (dado no SI em ohm):
R = 𝑖 (5)
∆𝑉

Organizando a expressão (4) e (5) temos:


R = ρ 𝐿 (6)
𝐴
Ou seja, a resistência é uma propriedade de cada material, dependendo de suas dimensões espaciais.
As equações (5) e (6) são chamadas de primeira e segunda leis do OHM.

3 - Materiais Necessários
 1 placa de resistores
 2 multímetros
 Cabos de ligação
 Fonte de tensão contínua
4 - Procedimentos Experimentais

EXPERIMENTO 01
Com o ohmímetro foram medidos os valores da resistência do fio de Níquel Cromo (bitola
0,360), para cada comprimento o procedimento foi repetido 3 vezes, em seguida os dados foram
colocados na tabela abaixo:
Fio
N 0,2 m 0,4 m 0,6 m 0,8 m
1 4,3 7,7 8,5 11,2
2 3,8 5,8 8,5 11,2
3 3,3 5,8 8,5 11,2
Média 3,8 6,4 8,5 11,2
Tabela 1

Após a montagem do circuito, ligamos a fonte, e em seguida, variou-se a diferença de potencial


aplicada ao fio de níquel-cromo de 0,360 mm e os valores foram preenchidos na tabela abaixo:

V (V) I (A) R=V/i(Ω) P=V.i(W)


0,5 0,107 4,67 0,053
1,0 0,337 2,96 0,337
1,5 0,505 2,97 0,757
2,0 0,673 2,97 1,346
2,5 0,842 2,96 2,105
3,0 0,995 3,01 2,985
3,5 1,150 3,04 4,025
4,0 1,312 3,04 5,248
- Média x 3,02 2,096
Tabela 2
EXPERIMENTO 02 – Estudo da resistência elétrica e da natureza do condutor
No experimento 02 repetiu-se os procedimentos do experimento 01 para o arame de ferro 0,510
mm de diâmetro e 0,8 m de comprimento, em seguida os valores foram preenchidos na tabela
abaixo:
V (V) i (A) R=V/i(Ω)
0,5 0,445 1,12
1,0 0,878 1,13
1,5 1,267 1,18
2,0 1,575 1,26
2,5 1,860 1,34
3,0 2,163 1,38
3,5 2,473 1,41
4,0 --- ---
Tabela 3: Ferro
Foi feito o mesmo com o fio de níquel-cromo de 0,510 mm e comprimento igual a 0,8 m. Em
seguida, os valores foram preenchidos na tabela abaixo:

V (V) i (A)
R=V/i(Ω)
0,5 0,320 1,56
1,0 0,637 1,57
1,5 0,965 1,55
2,0 1,293 1,55
2,5 1,615 1,55
3,0 1,931 1,55
3,5 2,230 1,57
4,0 --- ---
Tabela 4 (Níquel-cromo)

EXPERIMENTO 03 – Relação entre a resistência elétrica e o comprimento de um


condutor No experimento 03 já com o circuito montado, ligou-se a fonte, e em seguida, foi
aplicada uma ddp constante ao fio de níquel- cromo de 0,510 mm com variação do comprimento
do fio conforme a tabela abaixo:

L (m) V (V) I (A) R (Ω)


0,8 1,5 0,275 5,45
0,6 1,5 0,361 4,15
0,4 1,5 0,556 2,70
0,2 1,5 0,971 1,55
Tabela 5

EXPERIMENTO 04 – Relação entre a resistência elétrica e a área da secção reta de um


condutor

Neste último experimento, foi aplicado uma tensão constante ao fio de níquel-cromo em três
secções 0,360 mm, 0,510 mm e 0,720 mm. Em seguida, mediu-se a intensidade da corrente
aplicada e calculado a sua resistência. Os valores foram preenchidos na tabela a seguir:

Ø(m) A(m²) V(V) i(A) R(Ω)


0,360 0,129 1,5 0,507 2,96
0,510 0,260 1,5 0,971 1,54
0,720 0,518 1,5 1,827 0,82
Tabela 6: Níquel cromo/comprimento 20 cm
5 – Analise
EXPERIMENTO 01
1. Para o procedimento 1 e 3. Determine a média e o desvio para a resistência e a
potência para o fio de níquel-cromo 0,36 mm.

1. Houve diferença no valor médio da resistência no procedimento 1 e 3? Se


sim, tire o erro e justifique a diferença.

2. Faça um gráfico de tensão vs corrente para os dados do fio de níquel-cromo 0,36 mm.

Grafico tensão x
1,5 corrente y = 0,3366x - 0,0173

0,5

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
Gráfico 1
3. Qual o significado do coeficiente angular do gráfico tensão corrente.

4. Retire o erro entre o valor da resistência calculado a partir do ajuste no gráfico


e com o valor da média obtido na tabela.

5. O produto de i e V fornece qual grandeza física e qual a unidade?


R: Fornece a potência elétrica que é a razão entre corrente e tensão, e sua unidade é o Watt (W).

6. O que se pode concluir a respeito da relação entre ddp, corrente elétrica e a resistência
elétrica, no experimento 01?
R: Pode-se concluir que a corrente que flui por um resistor é proporcional à tensão aplicada e
inversamente proporcional ao valor de sua resistência.

7. Enuncie a primeira Lei de Ohm.


R: A primeira lei de Ohm estabelece que a razão entre a diferença de potencial e a
corrente elétrica em um condutor é igual a resistência elétrica desse condutor. Vale
salientar que a explicação foi desenvolvida tendo como base um condutor de resistência
constante.

EXPERIMENTO 02
1. Qual condutor permaneceu com sua resistência elétrica constante?
R: O condutor que permaneceu constante foi o fio de níquel-cromo de 0,510mm com
comprimento de 0,8m.

2. Qual dos condutores pode ser considerado ôhmico?


R: Dizemos que um condutor obedece à primeira lei de Ohm quando ele apresenta uma
resistência elétrica constante, desta forma o fio de níquel-cromo de 0,510mm com
comprimento de 0,8m é considerado ôhmico.

3. No experimento 02 é possível observar que a resistência depende de quê?


R: Depende da resistividade do material com o qual é trabalhado.

4. Faça um gráfico de tensão vs corrente para os dados do fio de níquel-cromo e


para o de ferro.

Grafico tensão x corrente (níquel-cromo)


y = 0,6406x + 0,0033
2,5
2
1,5
1
0,5
0

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

Gráfico 2

Grafico tensão x corrente (Ferro)


y = 0,6605x + 0,202
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4


Gráfico 3
5. O que se pode concluir, comparando as tabelas e gráficos?
R: Pode-se concluir quer são grandezas diretamente proporcionais, pois quando uma aumenta, a
outra também aumenta.

EXPERIMENTO 03
1. Observando o experimento 03 o que se pode notar sobre a resistência elétrica do condutor em
relação ao comprimento?
R: Notamos que quanto maior o comprimento do fio L, maior também será sua resistência. Por
outro lado, quanto maior a área (A) da seção reta do fio, maior será a quantidade de elétrons que
passa por ela na unidade de tempo, isto é, maior a intensidade da corrente (mantendo-se
constante a ddp). Assim, dizemos que quanto maior a área (A) da seção reta do fio, menor será
sua resistência (R).

2. Com base na resposta do item anterior, como são chamadas


matematicamente, duas grandezas que assim se comportam?
R: São chamadas diretamente proporcionais.
EXPERIMENTO 04
1. O que pode ser observado na relação entre a resistência elétrica e a área da
secção transversal do condutor.
R: Pode ser observado que quando a resistência elétrica de um condutor aumenta a área de sua
secção transversal diminui.

2. Com base na resposta do item anterior, como são chamadas matematicamente, duas
grandezas que assim se comportam?
R: São chamadas inversamente proporcionais.

3. Enunciar a segunda Lei de Ohm.


R: A resistência de um condutor homogêneo de secção transversal constante é
proporcional ao seu comprimento e da natureza do material de sua construção, e é
inversamente proporcional à área de sua secção transversal. Em alguns materiais
também depende de sua temperatura.

6 - Conclusão
Pode-se concluir, que as Leis de OHM são a base para projetos de circuitos elétricos e, dessa
forma, estabelecem relação capazes de determinar a resistência elétrica. Geralmente elas servem
para o estudo na área de diferença de potencial, resistência elétrica e também de resistência
equivalente, ajudando no desenvolvimento de estudos feitos para análises dos próprios.

7 - Referencias
HALLIDAY, D.; RESNICK, R e WALKER, J. Fundamentos de Física: Eletromagnetismo.
4°ed. LTC, Editora S.A. Rio de Janeiro, 1996. Volume 3
MACHADO, K. D. Teoria do Eletromagnetismo. 1° ed. Editora UEPG. Ponta Grossa, 2000.
volume 1.

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