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LICENCIATURA EM QUÍMICA
EXPERIMENTO:
E1.1
DOCENTE
Prof. Dr. Marco Aurélio Toledo da Silva
1 - Resumo
O experimento em questão foi realizado a fim de levantar os dados a respeito das curvas
características de elementos não-lineares. Sendo elas, as curvas características de uma
pilha, de um LED em polaridade reversa, e uma lâmpada incandescente.
Graficamente falando, a curva característica é definida como um gráfico da corrente (i) em
função da diferença de potencial, ou seja, se trata da corrente que flui através de um
componente ou circuito em função da tensão aplicada. Para isso, foram montados tabelas e
gráficos, contendo todos os dados levantados no experimento. A partir disso foi possível
conhecer e compreender o comportamento de alguns equipamentos eletrônicos.
Os elementos lineares obedecem a lei de Ohm.
𝑉
𝑖= 𝑅
(Eq: 1,0)
Foi também montado um circuito simples a fim de verificar a lei das malhas.
2 – Materiais e Métodos
2.1 – Equipamento experimental
● 1 Fonte de tensão variável (Instrutherm DC power supply FA-1030)
● 2 Multímetros (ICEL MD-1000 e Minimapa ET-1002)
● 4 Cabos de ligação (banana-banana com e sem derivação)
● 3 Cabos jacaré
● 1 Placa de circuito com resistor variável e soquete para pilha
● 1 Pilha A 1,5V
● 1 Led vermelho
● 1 Resistor 10w 10 Ω
● 1 Lâmpada 12 v, 3,0 W
E1.2
2.2 – Procedimento experimental
Inicialmente foi montado o circuito para a curva da pilha como mostrado na figura 1:
Foi conectado ao pólo positivo da pilha (na placa de circuitos) um cabo com a outra
extremidade na saída VΩmA do amperímetro MD-1000, o cabo conectado na saída comum
foi preso junto ao terminal 2 do resistor variável. O terminal 3 do resistor variável foi
ligado a uma extremidade do resistor 10Ω 5W, e a outra ponta foi conectada ao polo
negativo da pilha. O ET- 1002 por sua vez foi utilizado como voltímetro, e com um cabo
conectando o pólo negativo da pilha a entrada COMUM, enquanto a outra garra foi
conectada ao polo positivo, com a outra extremidade na saída VΩmA. A corrente elétrica
foi controlada através do resistor variável, as medidas se iniciaram com 13,0 mA e a partir
daí, o valor de i a cada medida era aumentado em aproximadamente 10 mA.
E1.3
da curva característica de um LED
E1.4
Fonte: Autoria própria (desenvolvido no EdrawMax)
Com o circuito utilizado para a curva do led, foi possível levantar os dados para a
verificação da lei das malhas.
E1.6
-2,0 -2,0 0,03 0,5 200 μA
-1,58 -1,6 0,04 0,5 200μA
-1,01 -1,0 0,04 0,5 200μA
-0,55 -0,06 0,05 0,5 200μA
-0,1 -0,1 0,05 0,5 200μA
0,55 0,6 0,05 0,5 200μA
1,0 1,0 0,06 0,5 200μA
1,5 4,8 0,06 0,5 200μA
1,57 17,6 0,06 0,7 200μA
1,69 180,0 0,06 2,3 200μA
1,75 554,0 0,06 10,5 2000μA
1,92 5160 0,07 101,6 20 mA
2,01 9060 0,07 140,6 20mA
E1.7
2,66 82,2 0,07 10,4
3,42 94,8 0,08 11,9
4,25 107,5 0,08 13,4
5,03 113,7 0,09 14,1
5,79 122,5 0,10 15,2
7,10 133,6 0,11 16,5
8,05 148,0 0,11 18,3
9,03 164,6 0,12 20,3
10,04 177,4 0,13 21,8
11,04 187,2 0,14 23,0
12,05 196,8 0,15 28,6
A Tabela 5 mostra o valor de ε, e soma dos componentes VA, VL e VR, e também seus
erros.
Tabela 5
ε (V) ΣV δε(V) δΣV(V)
0,54 0,53 0,05 0,05
1,06 1,06 0,06 0,06
1,56 1,57 0,06 0,06
2,01 2,0 0,07 0,07
E1.8
3,01 3,0 0,07 0,07
5,07 5,05 0,09 0,09
6,01 5,92 0,10 0,10
O parâmetro A foi obtido diretamente do ajuste linear de cada curva característica (Y= Ax
+ B). Em seguida foi calculado o erro de R, seguindo a equação 1,2.
σ𝐴
σr = 2 (Eq: 1,2)
𝐴
E1.9
Fonte: Autoria própria (desenvolvido no Scidavis)
1
𝑅 = 1/𝐴 = 3,051
, R= 0,327 Ω
σ𝐴 0,038
σr = 2 = 2 = 0,004 .
𝐴 3,051
Logo, R = (-0,327+-0,004)Ω
E1.10
Fonte: Autoria própria (desenvolvido no Scidavis)
A = (1,068+-0,104) μA/V
1
𝑅 = 1/𝐴 = , R = 0,937x106 Ω
1,068𝐸−6
σ𝐴 0,104
σr = 2 = 2 = 0,091x106 Ω . R=(0,937+-0,091)MΩ
𝐴 (1,068𝐸−6)
Cálculo da lâmpada.
Figura 7: Gráfico da curva da lâmpada
A=(14,76+-0,03)mA/V
1
𝑅 = 1/𝐴 = 14,76𝐸−3
, R= 67,75 Ω
σ𝐴 0,03𝐸−3
σr = 2 = 2 = 0,14 Ω . R=(67,75+-0,14)Ω
𝐴 (14,76𝐸−3)
E1.11
Fonte: Autoria própria (desenvolvido no Scidavis)
ε-VA-VL-VR=0 (Eq: 1,3)
ε=VA+VL+VR=ΣV
A = 0,988 +- 0,016 (valor obtido do ajuste linear)
B = 0,0093
Y= Ax+B
4 - Discussão
Qual é o significado da reta tangente às curvas?
R: A reta tangente às curvas servem de parâmetro para avaliar a linearidade da resistividade
dos componentes, como pudemos observar ao longo do experimento. Componentes lineares
tendem a manter um comportamento constante; já os não lineares esboçam variação, como
na pilha usada, que tende a descarregar conforme a tensão no sistema diminui, portanto
passa a ter corrente no sistema.
O LED apresenta alguma região onde o ele apresenta uma resistência constante?
Pode-se considerar que nesta região seu comportamento é ôhmico? Descreva o
comportamento do LED em sua polaridade reversa; nesta situação ele se comporta
E1.12
como um Exp. 2.9 condutor ou como um isolante? A chamada corrente de fuga
mostra-se relevante? Qual é a resistência do LED neste intervalo?
R: O led apresenta resistência constante quando está com valores de tensão negativa, logo
pode ser considerado como tendo comportamento ôhmico nesta região. Em polaridade
reversa o led não apresenta a capacidade de acender, visto que é um semicondutor, e nesta
condição apresenta comportamento dielétrico, não permitindo a passagem de corrente
elétrica, logo, um isolante. A corrente de fuga é relevante visto que o LED tende a abaixar a
tensão do sistema, logo será observada menor corrente, que se somada a corrente de fuga,
veremos baixa eficiência do processo. Neste intervalo a resistência média é de 1,7 mΩ.
A lâmpada apresenta alguma região onde ela apresenta uma resistência constante?
Qual é o valor da resistência neste intervalo?
R: A lâmpada apresenta resistência constante no intervalo de tensão 0,79 - 1,13 V,
apresentando uma resistência média de 0,02 kΩ.
Dentro dos erros considerados, pode- se afirmar que houve a conservação da energia?
Ou seja, o sistema obedeceu à Lei das Malhas?
R: Sim, analisando os dados retirados da tabela 5, pode-se afirmar que ocorreu a
conservação de energia, estando os valores das somas dos componentes dentro dos erros
previstos.
Quanto à curva de ajuste, ela passa por todos os pontos, e os parâmetros de ajuste (Y=Ax+
B; Sendo B=0,0093) também confirmam a conservação de energia.
5 – Conclusão
Em resumo, elementos resistivos podem ter seu comportamento ôhmico caracterizado
a partir das suas curvas características. Em geral, mesmo elementos não-ôhmicos
podem possuir uma região de ôhmicidade para voltagens suficientemente baixas,
como no caso do LED estudado neste trabalho.
6 – Referências
E1.13
E1.14