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Ministério da Educação

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: LABORATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL III

EXPERIMENTO: LEI DE OHM

Item Descrição Valor Nota


1 Formatação de acordo com o modelo. 1,5
2 Conteúdo e redação do Resumo. 1,5
3 Conteúdo, redação, tabelas, gráficos e 2,5
equações da seção Procedimento
experimental.
4 Conteúdo, redação, tabelas, gráficos e 3,0
equações seção Resultados e Discussão.
5 Conteúdo e redação da seção 1,5
Conclusões e Referências
Total 10,0

DISCENTE
Marcos Rodrigues Oliveira

DOCENTE
Prof. Dr. r. Bartolomeu Cruz Viana Neto

Teresina, 23 de Agosto de 2022.

E1.1
Lei de Ohm

1 - Resumo
No presente trabalho foi feita uma pesquisa quantitativa a respeito dos fundamentos
e aplicações da Lei de Ohm. Foi estudado como acontece a linearidade do gráfico de
resistores ôhmicos e a não linearidade dos resistores não ôhmicos. Variou-se a tensão da fonte
a fim de manipularmos a corrente do circuito, dessa forma, a queda de tensão no resistor de
220Ω, no resistor de 1KΩ e na lâmpada (6,0 V / 3 W) sofreram variações como será
demonstrado a seguir. A taxa de variação da corrente pela tensão nos dá uma grandeza
chamada condutância e a partir dela calculamos a resistência do resistor.
Ao aplicar-se uma diferença de potencial V, sobre um condutor de resistência R ,
circulará sobre este condutor uma corrente elétrica i, sendo o valor da resistência dada pela
equação:
𝑉
R= (1)
𝐼

Essa relação pode ser utilizada para qualquer tipo de resistores. De modo geral, os
resistores podem ser classificados como Ôhmicos e Não Ôhmicos. Um resistor é dito ôhmico
quando a sua resistência não depende do valor absoluto nem da polaridade da diferença de
potencial aplicada, e Não Ôhmico se o valor da resistência depender da tensão aplicada.
Em tal prática, realizada na aula de Física Experimental, por meio de procedimentos
envolvendo a montagem de circuitos com fontes de tensão contínua, resistores e uma
lâmpada, pôde-se constatar a veracidade da Lei de Ohm, apesar dos pequenos erros inerentes
ao processo de medição.
• Lei de Ohm:
U=RxI

E1.2
2 – Materiais e Métodos

2.1 – Equipamento experimental


• Fonte de tensão contínua (regulável de 0 a 12 V);
• Resistor de 220 Ω;
• Resistor de 1 kΩ;
• Filamento de lâmpada de 6,0 V / 3,0 W;
• Multímetro digital;
• Protoboard;
• Cabos (diversos).
2.2 – Procedimento experimental
2.2.1 – Mediu-se o valor da resistência cujo valor nominal é de 220 .

2.2.2 – Mantendo a fonte de tensão desligada, montou-se o circuito esquematizado na Figura


2 e calculou-se a corrente nominal máxima através de R1 (220 ) sabendo que, de acordo
com a Tabela 1, a tensão máxima aplicada foi de 10 V. Baseado neste resultado, escolheu-se
a escala do amperímetro adequada.

2.2.3 – Ajustou-se os valores de tensão (leitura do voltímetro) conforme a Tabela 1 e anotou-


se os valores correspondentes da corrente (leitura do amperímetro).

2.2.4 – Mediu-se o valor da resistência cujo valor nominal é de 1 k.

2.2.5 – Com a fonte desligada, substituiu-se o resistor 𝑅1 pelo resistor 𝑅2 no circuito montado
anteriormente.

E1.3
2.2.6 – Calculou-se a corrente nominal máxima através de 𝑅2 (1 k) sabendo que, de acordo
com a Tabela 2, a tensão máxima aplicada será de 10 V. Baseado neste resultado, escolheu-
se a escala do amperímetro adequada.

2.2.7 – Ajustou-se os valores de tensão (leitura do voltímetro) conforme a Tabela 2 e anotou-


se os valores correspondentes da corrente (leitura do amperímetro).

2.2.8 – Substituiu-se R2 pela resistência R3 (filamento da lâmpada de 6,0 V / 3,0 W).


Ajustou-se os valores de tensão conforme a Tabela 3 e anotou-se os valores correspondentes
de corrente.

3 – Resultados e Análise
3.1 – Dados Experimentais
3.1.1 – R1 = 213Ω

3.1.2 - IR1 = 47,5mA


Escala escolhida: 200mA

Corrente de 47,5mA para ajuste de 10V no voltímetro - Escala utilizada de 200mA

3.1.3 – Variação da tensão da fonte a fim de calcular a variação de corrente

Tabela 1: Medidas de corrente versus voltagem.

V (volts) I (mA)
1 4,42
2 8,91
3 13,33
4 17,81
5 23,4
6 28,1
7 32,8
8 37,8
9 42,7
10 47,8
E1.4
3.1.4 – R2 = 989Ω

3.1.5 – Troca de resistor

3.1.6 – IR2 = 9,6 mA


Escala: 20mA

Correntes medidas para cada ajuste da tabela 2

3.1.7 – Variação da tensão da fonte a fim de calcular a variação de corrente

Tabela 2: Medidas de corrente versus voltagem.

V (volts) I (mA)
1 0,96
2 1,91
3 2,87
4 3,84
5 4,79
6 5,75
7 6,71
8 7,68
9 8,64
10 9,6

3.1.8 – Variação da tensão da fonte a fim de calcular a variação de corrente

Tabela 3: Medidas de corrente versus voltagem


V (volts) I (mA)
0,5 0,13
1,0 0,17
1,5 0,22
2,0 0,25
2,5 0,29
E1.5
3,0 0,32
3,5 0,35
4,0 0,38
4,5 0,40
5,0 0,43

3.2 – Questionário (Análise)

3.2.1 – Tensão versus corrente elétrica para os dados das Tabelas 1 e 2.

Tensão X Corrente
60

47,8
50
42,7
37,8
Corrente (mA)

40
32,8
28,1
30 23,4
17,81
20 13,33
8,91 8,64 9,6
6,71 7,68
10 4,42 4,79 5,75
2,87 3,84
0,96 1,91
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Tensão (V)

220Ω 1KΩ

Gráfico 1. Gráfico tensão x corrente dos resistores de 220Ω e 1KΩ

E1.6
Regressão linear da tabela 1, cuja função da reta é:

Gráfico 2. Imagem do Programa SciDAVIs

I = A(x) + B
B= -0.925333333333331
A=4.84224242424242

Regressão linear da Tabela 2, cuja função da reta é:

Gráfico 3. Imagem do Programa SciDAVIs

I = A(x) + B
B= -0.00799999999999912
A=0.960545454545454

3.2.2 – Representa a condutância elétrica que é o inverso da resistência elétrica. A unidade


derivada do SI de condutância é o siemens (símbolo S, igual a Ω-1).
𝛥𝐼 1
=
𝛥𝑉 𝑅

3.2.3 – Tensão versus corrente elétrica para os dados das Tabelas 3.

E1.7
Tensão X Corrente
0,5
0,43
0,45 0,4
0,38
0,4 0,35
0,35 0,32
0,29
Corrente (A)

0,3 0,25
0,25 0,22
0,2 0,17
0,13
0,15
0,1
0,05
0
0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5
Tensão (V)

(filamento da lâmpada de 6,0 V / 3,0 W)

Gráfico 4.

Regressão da curva da Tabela 3, cuja função da reta é:

I = a2(x²) + a1(x) + a0
a0 = 84.3333333333332
a1 = 94.2727272727273
a2= -5.15151515151516

Gráfico 5. Imagem do Programa SciDAVIs

3.2.4 – Experimento não realizado.

E1.8
3.2.5 – Usando a fórmula do item 3.2.2
𝛥𝐼 1
=
𝛥𝑉 𝑅

Para R1 = 220Ω
𝐼 1
=
(9,5𝑉) (220Ω)

𝑰 = 𝟒𝟑, 𝟏𝟖𝒎𝑨
Para R2 = 1KΩ
𝐼 1
=
(9,5𝑉) (1000Ω)

𝑰 = 9,5mA

3.2.6 – Aplicando a Lei de Ohm, utilizando os dados da Tabela 3.


U=RxI
• Para U = 1V
1V = R x (0,17A)
R = 5,88Ω
• Para U = 4V
4V = R x (0,38A)
R = 10,53Ω
• Para U = 5V
5V = R x (0,43A)
R = 11,63Ω

3.2.7 – Aplicando a equação da curva do item 3.2.3, podemos prever um valor aproximado.
I = a2(x²) + a1(x) + a0
a0 = 84.3333333333332
a1 = 94.2727272727273
a2= -5.15151515151516

500 = a2(x²) + a1(x) + a0


Calculando as raízes:
X1 = 7,4
X2 = 10,9
Substituindo na Lei de Ohm:
Para X1
7,4 V = R x (0,5 A)
R = 14,8Ω
Para X2
10,9 = R x (0,5 A)
R = 21,8Ω
Ao que mais se aproxima da sequência de medidas, 14,8Ω é o valor mais aceitável.
E1.9
3.2.8 – Experimento não realizado.

3.2.9 – Classificação dos resistores


• R1 e R2 são resistores ohmicos
Como mostrado nos itens 3.2.1 e 3.2.2, ao plotarmos o gráfico dos pontos, a amostra
obedece uma equação aproximadamente linear, comprovando o comportamento Ohmico,
pois a taxa de variação é constante.

• R3 é resistor não ohmico


Como mostrado no item 3.2.3, ao plotarmos o gráfico dos pontos, a curva que mais se
aproxima é a de uma equação do segundo grau, comprovando a não linearidade da
lâmpada.

4 – Conclusões
Conclui-se que o objetivo da prática foi alcançado com sucesso. Pois aprendemos a
utilizar a Lei de Ohm com a função selecionarmos um resistor ôhmico ou resistor não-
ôhmico. Ao plotarmos o gráfico das tensões e correntes no programa SciDAVIs, a adaptamos
o formato dos pontos para o formato que mais se encaixa-se, nos casos de R1 = 200Ω e R2
= 1KΩ, retas foram as figuras geométricas que mais se aproximaram da distribuição dos
pontos. Porém, ao analisarmos a lâmpada, uma curva de equação do segundo grau satisfez
melhor a distribuição dos pontos, dessa forma, a taxa de variação da corrente em relação a
tensão aplicada nos deu uma relação não constante para a condutância, como sabemos que a
condutância é o inverso da resistência, logo a resistência da lâmpada também não era
constante.

5 – Referências
[1] Halliday, David, Resnick, Robert e Walker, Jearl, Fundamentos de Física Volume 3.
Eletromagnetismo, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2007.

E1.10

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