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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE ELETRICIDADE
PRÁTICA 5: LEI DE OHM
Prof. Nildo Loiola Dias

1 OBJETIVOS

- Verificar experimentalmente a lei de Ohm;


- Montar circuitos para determinar a resistência elétrica utilizando-se dos
valores de tensão e corrente;
- Distinguir condutores ôhmicos de não-ôhmicos.

2 MATERIAL

- Fonte de tensão (regulável de 0 a 12-VDC);


- Resistores R1 e R2 (100Ω/10W e 180Ω/1W);
- Resistências R3 e R4 (filamento de lâmpadas);
- Multímetro digital (dois);
- Cabos (diversos).

3 FUNDAMENTOS

Em 1826, George Simon Ohm (1789-1854), professor e físico alemão,


estabeleceu a partir de dados obtidos em exaustivas observações experimentais a
proposição que ficou conhecida como lei de Ohm:
“a tensão aplicada entre os terminais de um condutor é
diretamente proporcional à intensidade de corrente que o
atravessa”.

De acordo com Ohm, o quociente entre a ddp (diferença de potencial) U e a


respectiva corrente i é um valor constante para um dado resistor; podemos então
escrever:
U
R=
i (1)
Onde R é a resistência elétrica do resistor. Observe que para um resistor
ôhmico a resistência R não depende da tensão U à qual ele está sujeito nem tampouco
da intensidade i da corrente elétrica que o atravessa.
Matematicamente podemos expressar a lei de Ohm pela relação:

U=R.i (2)

Graficamente a lei de Ohm é representada por uma reta passando pela origem
de um sistema de eixos ortogonais onde se representa U em ordenadas e i em
abscissas, conforme a Figura 1.

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Figura 1 - Curva característica do resistor ôhmico.

Fonte: elaborada pelo autor.

Em geral, ao variarmos a ddp U aplicada aos terminais de um resistor, a


intensidade de corrente i também varia, mas não de maneira proporcional.

É importante notar que a relação U = R . i simplesmente, não expressa a lei


de Ohm, é necessário também que R permaneça constante, ou seja, independente de U
e i. Note também que esta relação é válida para dispositivos não-ôhmicos, sendo que
neste caso R não é constante.

4 PROCEDIMENTOS

1- Meça o valor da resistência cujo valor nominal é de 100W/10W: R1 = _______.

2- Mantendo a fonte de tensão desligada, monte o circuito esquematizado na Figura


2 e calcule a corrente nominal máxima através de R1 (100W/10W) sabendo que,
de acordo com a Tabela 1, a tensão máxima aplicada será de 10V. Baseado neste
resultado você deve decidir qual escala do amperímetro escolher.

IR1 = (mA) → Escala escolhida do amperímetro: ___________________

Figura 2 - Circuito com amperímetro e voltímetro.

Fonte: elaborada pelo autor.

Observe que o voltímetro deve ser ligado em paralelo e o amperímetro em


série. Na dúvida pergunte ao professor.

4
ATENÇÃO:
- Escolha a escala do AMPERÍMETRO baseado no valor nominal da corrente
calculado no item (2) acima.
- Escolha a escala do VOLTÍMETRO tendo em mente o valor máximo de tensão da
Tabela 1.

3- Ajuste os valores de tensão (leitura do voltímetro) conforme a Tabela 1 e anote os


valores correspondentes da corrente (leitura do amperímetro).

Tabela 1 - Resultados experimentais para R1.


V(Volt) I(mA)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

4- Meça o valor da resistência do resistor R2: R2 = _______ .

5- Com a fonte desligada, substitua o resistor R1 pelo resistor R2 no circuito montado


anteriormente.

6- Calcule a corrente nominal máxima através de R2 sabendo que, de acordo com a


Tabela 2, a tensão máxima aplicada será de 10 V. Baseado neste resultado você
deve decidir qual escala do amperímetro escolher.

IR2 = (mA) → Escala escolhida do amperímetro: ___________________

7- Ajuste os valores de tensão (leitura do voltímetro) conforme a Tabela 2 e anote os


valores correspondentes da corrente (leitura do amperímetro).

Tabela 2 - Resultados experimentais para R2.


V(Volt) I(mA)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

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8- Substitua R2 pela resistência R3 (filamento da lâmpada). Ajuste os valores de
tensão conforme a Tabela 3 e anote os valores correspondentes de corrente.
ATENÇÃO: COMO VOCÊ NÃO SABE QUAL É A RESISTÊNCIA DO
FILAMENTO DA LÂMPADA, VOCÊ NÃO SABERÁ QUAL A CORRENTE
ELÉTRICA ESPERADA. NESTE CASO USE INICIALMENTE UMA
ESCALA BEM ALTA NO AMPERÍMETRO (sugestão 200 mA) E DEPOIS
MUDE PARA UMA ESCALA MENOR SE NECESSÁRIO.

Tabela 3 - Resultados experimentais para R3.


V(Volt) I(mA)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

9- Repita o procedimento anterior para R4. Aqui também, utilize UMA ESCALA
BEM ALTA NO AMPERÍMETRO (sugestão 200 mA) E DEPOIS MUDE PARA
UMA ESCALA MENOR SE NECESSÁRIO.

Tabela 4 - Resultados experimentais para R4.


V(Volt) I(mA)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

5 QUESTIONÁRIO

1- Trace, em um mesmo gráfico, a tensão versus corrente elétrica para os dados


das Tabelas 1 e 2.

2- O que representa a declividade do gráfico da questão 1? Determine a


declividade para o resistor R1 e também para o resistor R2.

3- Faça o gráfico da tensão versus corrente elétrica para os dados da Tabela 3.

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4- Faça o gráfico da tensão versus corrente elétrica para os dados da Tabela 4.

5- Determine pelo gráfico da questão 1 a intensidade da corrente que percorre o


resistor R1 quando o mesmo é submetido a uma tensão de 9,5 V. Repita para o
resistor R2.

6- Calcule a resistência da lâmpada, R3, quando submetida à tensões de 1 V, 4 V e


10 V.

7- Qual a resistência da lâmpada, R3, quando submetida a uma corrente de 50 mA.

8- Qual a resistência do resistor R4, quando submetida à tensões de 1 V, 4 V e


10 V.

9- Classifique os resistores R1, R2, R3 e R4 como ôhmico ou não-ôhmico.


Justifique.

Escreva em seu relatório uma CONCLUSÃO. Tenha em mente os objetivos


da prática.

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