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4.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
No presente capítulo serão apresentados e analisados os resultados obtidos em
medidas de resistividade elétrica e magnetorresistência da amostra de Fe0.54Cr0.46.

4.1 RESISTENCIA ELÉTRICA

A resistência elétrica de amostra de Fe0.54Cr0.46 varia em função da temperatura


conforme ilustrado pela Figura 4.1. Este resultado é possibilita a determinação da
resistividade elétrica do material em estudo no intervalo de 2 K a 310 K.

1.32

1.30

1.28

1.26

1.24
R (m Ω.)

1.22

1.20

1.18

1.16

1.14

1.12
0 50 100 150 200 250 300 350
T (K)
Figura 4.1 – Variação da ressitência elétrica da amostra de Fe0.54Cr0.46 em função da temperatura.

Conforme apresentado no Capítulo 3, a partir dos parâmetros geométricos da


amostra (G=0,003461538m), determinamos a resistividade da amostra de Fe 0.54Cr0.46
(ver Figura 4.2).
4.5

4.4

4.3
ρ (10-6 Ω.m )

4.2

4.1

4.0

3.9

0 50 100 150 200 250 300 350


T (K)

Figura 4.2. Comportamento da resistividade elétrica da amostra de Fe0.54Cr0.46

Na Figura 4.2, observa-se uma tendência de diminuição da resistividade elétrica


da amostra de Fe0.54Cr0.46 em função da temperatura. Em temperatura ambiente, o valor
da resistividade da amostra á (300K) = 4,49.10-6.m. Sendo que os valores tabelados
[1]
para Fe (300K) = 9,98.10-8.m e para o cromo Cr (300K) = 12,7.10-8 .m. Já em
ligas de Fe-Cr observou-se que, COMPARAR COM OS VALORES REPORTADOS
NOS CAP 1 E 2,... Fe puro, Cr puro e demais combinações de ligas FeCr. Se tiver
resultados de amostras com concentrações próximas a tua, foca a comparação nela... não
só no valro de resistividade em T=300K mas no intervalo todo

O modelo inicial para descrever o comportamento da resistividade elétrica em metais


(regra de Matthiessen, ver Capítulo 1) supõe uma dependência linear com a temperatura
de acordo com a equação :

ρ=ρ0 + ρi T + ρmT (4.1)

onde ρ é a resistividade, ρ 0 , é a resistividade residual, ρi T , para metais não


magnéticos, a resistividade dependente da temperatura assim obtida recebe a
denominação de resistividade ideal ou intrínseca. Sendo designado por ρiT na
temperatura T , causada pela interação dos elétrons de condução com o calor de
vibrações dos íons da rede [3]. O termo, ρmT , representa a desordem magnética,
sendo dependente da temperatura abaixo de Curie. Aplicando-se este modelo
podemos observar que a figura 4.4.

Figura 4.3. Aplicação da regra de Matthiessen para a resistividade elétrica da amostra de Fe0.54Cr0.46

4.5

4.4

4.3
ρ (10-6 Ω.m )

4.2

4.1

4.0

3.9

0 50 100 150 200 250 300 350


T (K)

Fio realizado um Fitting linear, no intervalo entre 40 e 300k. Observou-se que o


comportamento do gráfico não se adequa a regra de Matthiessen para materiais que
apresentam desordem magnética. O valor de resistividade residual obtido realizando
uma média dos 6 últimos pontos que apresentaram uma certa estabilização na curva, foi
−6
ρ0 =3,94.10 Ω .m . ...E DO COEFICIENTE DA TEMPERATURA.

Materiais compostos por metais de transição apresentam propriedades físicas


interessantes, havendo uma competição entre interação forte e caráter itinerante .A
[3]

adição de Cr antiferromagnético em uma matriz Fe ferromagnética, apresenta


propriedades físicas como , um calor específico incomumente alto, ferromagnetismo
[9]

fraco de baixa temperatura (TC=38 K ) e momento magnético é de 0.14 μB ,


resistividade em temperatura ambiente de 320 μΩ . cm [6,7] .

COMENTAR SOBRE O SISTEMA TER PROPRIEDADES MAGNÉTICAS, E


QUE ISSO POSSA SER O MOTIVO DO COMPORTAMENTO
OBSERVADO.EXPLICA ESSA PROPOSTA NO CAPÍTULO 2 E AQUI
APRESENTAR COMO SENDO UM PASSOBILIDADE, CASO ELA ESTEJA
BASEADA EM UMA POSSÍVEL TRANSIÇÃO MAGNÉTICA.

Figura 4.5. Aplicação da PROPOSTA DE ???? [REF] para a resistividade elétrica da


amostra de Fe0.54Cr0.46 (FAZER FITTINGS ENTRE 250 K E 300K... E ENTRE 100 K E
150 K. INTERPRETAR !!!

Foi observado que para esta amostra quando em altas temperatura podemos
observar um comportamento típico em metais, conforme descrito na equação () e figura
(), ou seja, comportamento linear. Porém para baixas temperaturas encontramos um
comportamento inesperado, como mostrado no incerto da figura 5.1. Onde em alguns
pontos de mais baixa temperatura, não se observa o comportamento esperado, definido
por uma resistividade residual.

Deste modo, realizou- se a busca de modelos teóricos que se adequassem para a


descrição de tais resultados. Buscaremos descrever tais anomalias com base em modelos
teóricos que descrevem sistemas de elétrons fortemente interagentes.

4.2 MAGNETORESISTENCIA

A Figuras 4.6 representa a variação da resistência em ação do campo magnético


aplicado.

0.001240

0.001238

0.001236

0.001234
R (Ω)

0.001232

0.001230

0.001228

0.001226

-80000-60000-40000-20000 0 20000 40000 60000 80000


H (Oe)
A figuras 4.7 representam os fittins feitos separadamente a temperatura fixa de 20K para
o campo magnético aplicado da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.

0.001236
0.001235

0.001235 0.001234

0.001234 0.001233

0.001233
0.001232

R (Ω)
R (Ω)

0.001232
0.001231
0.001231
0.001230
0.001230

0.001229
0.001229

0.001228 0.001228
-100000 -80000 -60000 -40000 -20000 0 0 20000 40000 60000 80000 100000
H (Oe) H (Oe)

A partir da equação (4.2) obteve- se o valores de magnetorresistência.

R ( H ) −R( H=0)
∆ R / R 0= (4.2)
R ( H=0)

4.7 mostra o comportamento da magnetorresistência da amostra Fe0.54Cr0.46 em


temperaturas que variaram de 2 a 200 K. Campos magnéticos foram analisados
separadamente, considerando-se temperaturas fixas e variando-se o campo
primeiramente para a esquerda -2767,45 Oe a -1074,17 Oe e posteriormente campos
para a direita que variaram de 460,47e 114,25 Oe . O valor de Campo nulo foi obtido
realizando se um ajuste

Os campos elétricos estão na geometria longitudinal. Então a transversal significa


corrente perpendicular ao campo magnético aplicado. Como os contatos não estão
perfeitamente alinhados, sempre aparece uma pequena contribuição Hall.

aplicados perpendicularmente à direção da corrente elétrica. No regime de altos campos


magnéticos e altas temperaturas, a magnetorresistência é negativa, caracterizando uma
contribuição de desordem de spin. Isso indica que os planos atômicos de RuO2 possuem
caracteristicas condutoras, pois não é esperado que os planos de Cu-O; possam
apresentar uma contribuição resistiva devido a desordem de spin.
0.006
2K
0.005
20K
30K
40K
0.004 100K
200K
0.003
ΔR/R0

0.002

0.001

0.000

-0.001
-100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100
H (kOe)

Figura 4.8: Magnetorresistência da amostra de Fe0.54Cr0.46 . Sendo que os ramos indicam os


campos positivos e negativos. Onde as diferentes formas e cores indicam o a variação da temperatura.

1.4

1.2

1.0
R0 (Ω)

0.8

0.6

0.4

0.2 T(Variável)
T(Fixa)
0.0
0 50 100 150 200
T (K)

Figura 4.9: Comparação da resistência com campo magnético nulo, quando temos variação de
temperatura em azul e quando não temos variação e temperatura em vermelho.
Na figura 4.5 temos a representação gráfica da comparação dos dados de
resistência com aplicação de campo magnético nulo, quando temos variação de
temperatura e quando não temos a variação de temperatura. Os dados com variação de
temperatura foram obtidos juntamente aos dados do estudo da resistividade e os dados
em temperatura fixa forma obtidos nos dados de análise de magnetorresistência.

Referencias

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