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WILLIAM CÉSAR MARIANO

FUNDAMENTOS DE
ELETRICIDADE E MAGNETISMO
UNIDADE 8

CONDUTORES ELÉTRICOS,
RESISTÊNCIA ELÉTRICA E RESISTORES

COMPETÊNCIAS:
Entender as características elétricas de condutores e dielétricos, relacionar os conceitos
de corrente e densidade de corrente e diferenciar os comportamentos dos resistores, indu-
tores e capacitores.

1. RESISTÊNCIA E RESISTIVIDADE
Nesse tópico vamos definir duas novas grandezas: a resistência e resistividade elétri-
cas, e ainda estabelecer a relação existente entre elas. Inicialmente, podemos enten-
der que a resistência elétrica, R (própria de componentes e dispositivos elétricos e
eletrônicos) é uma medida da oposição da corrente elétrica em um material (circuito),
medida no S.I. por ohm [Ω], e que a resistividade elétrica, ρ associada a resistência,
é uma característica específica de cada material igualmente associada a oposição da
passagem de uma corrente elétrica. A resistividade elétrica é medida no S.I. por ohm
vezes metro [Ω m]. Um material condutor bastante usado em diversas aplicações, como
circuitos elétricos e eletrônicos e instalações elétricas, é o cobre que possui, dentre ou-
tras propriedades, baixa resistividade elétrica (tabela 1). Note então, que quanto maior a
resistividade elétrica do material, maior será a dificuldade para a passagem da corrente
elétrica, uma vez que existem condutores construídos a partir de diferentes materiais
com propriedades específicas, podendo ter baixa ou alta resistividade elétrica. Mas qual
a relação entre essas duas grandezas?

Para entendermos essa relação considere um material, de comprimento L e área de


seção reta A (por enquanto, não precisamos estabelecer se o material possui alta ou
baixa resistividade) que é submetido a uma diferença de potencial V , entre seus termi-
nais, conforme figura 01. A resistividade característica desse material é ρ . A aplicação
da diferença de potencial nas extremidades do condutor, fornece energia as cargas elé-
tricas livres presentes no material (unidade 5), que começam a se movimentar através
do material, em diferentes direções. Com isso, ocorrem “choques” entre as cargas no
interior do material, dificultando a passagem de corrente elétrica – resistência elétrica.

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Figura 01. Material submetido a uma diferença de potencial.

Fonte: Elaborada pelo autor.

A questão aqui está relacionada ao quanto o material oferece resistência a passagem


da corrente elétrica. Se o material condutor em questão, na figura 1, fosse um bom con-
dutor, sua resistência seria menor e maior a corrente elétrica que circularia por ele. De
qualquer forma, a resistência elétrica depende das características do material no qual
o condutor é construído.

Voltemos ao condutor da figura 1, de área de seção reta A e comprimento L . A resis-


tência elétrica, associada a esse condutor, depende de sua área. Quanto maior for a
área de seção reta do condutor, menor será a resistência oferecida pelo material, para
um mesmo comprimento, uma vez que há uma maior facilidade de passagens das car-
gas elétricas através do condutor. Entretanto, se o comprimento do condutor for maior,
para uma mesma área de seção reta, maior será a resistência elétrica, pois haverá
maior espaço para que as cargas percorram o condutor, aumentando a probabilidade
de colisões internas entre as cargas e consequentemente perda de energia. Com isso,
estabelecemos o seguinte:

A resistência elétrica é proporcional ao comprimento do material e inversamente


proporcional a sua área de seção reta.

Note então que, o aumento da quantidade de elétrons ou cargas livres no condutor, pro-
voca um aumento na corrente elétrica, ou seja, a resistência elétrica é influenciada pe-
las propriedades ou pela natureza elétrica do material, que chamamos de resistividade
elétrica. Dessa forma, podemos escrever uma relação entre a resistência e resistividade
elétricas, por meio do exposto acima, equação 1.

L
R  (equação 1)
A
A tabela abaixo, mostra os valores da resistividade elétrica de alguns materiais.

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Tabela 01. Resistividade elétrica ρ , medida [ Ù m ] .

MATERIAL RESISTIVIDADE ELÉTRICA ñ, 10 Ù m ( −8


)
Prata 1,645
Cobre 1,723
Ouro 2,443
Alumínio 2,825
Tungstênio 5,485
Níquel 7,811
Ferro 12,299
Tântalo 15,54
Nicromo 99,72
Óxido de estanho 250
Carbono 3500

Fonte: Boylestad, 2004, p.50.

De forma geral, os materiais metálicos são os que apresentam menor resistividade


elétrica e consequentemente menor resistência elétrica, equação 1. Os valores de
resistividade mostrados na tabela 01, foram expressos em temperatura ambiente, a
saber 20 oC. Entretanto, a temperatura pode alterar de forma significativa a resistência
de materiais condutores. Por enquanto, vamos estender essa ideia apenas aos con-
dutores, deixando os semicondutores e os supercondutores para o final da unidade.
Ao ser aquecido, transfere-se energia térmica (calor) aos átomos do material que
passam a “vibrar” de forma mais intensa, dificultando a passagem das cargas livres
através do condutor e com isso, aumentando a resistência do material. A equação 2
abaixo, expressa a relação entre a resistência elétrica no material como função da
variação de temperatura no material.

R  R0 1  T    (equação 2)

Onde: R0 representa a resistência do condutor a 20 0C; α é chamado de coeficiente


de temperatura. Quanto maior o valor de α da resistência do material, maior sua sen-
sibilidade à variação da resistência com a temperatura; ÄT expressa a variação de
ÄT T final − Tinicial . A tabela 02 abaixo, mostra os
temperatura sofrida pelo material, =
valores de coeficientes de temperatura de alguns materiais.

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Tabela 02. Coeficientes de temperatura.

MATERIAL COEFICIENTE DE TEMPERATURA, (


á 10−4 A)
20 0C.
Prata 38
Cobre 39,3
Ouro 34
Alumínio 39,1
Tungstênio 50
Níquel 60
Ferro 55
Constantan 0,08
Nicromo 4,4

Fonte: Boylestad, 2004, p.53.

2. A LEI DE OHM
A resistência elétrica é uma característica dos dispositivos eletrônicos chamados de
resistores. Resistores são frequentemente utilizados em circuitos eletrônicos, no con-
trole da intensidade da corrente elétrica. O símbolo elétrico, usado para representar um
resistor em um circuito é mostrado na figura 2.
Figura 02. Símbolo elétrico dos resistores.

Fonte: Elaborada pelo autor.

A fim de definirmos a Lei de Ohm vamos considerar que uma fonte de tensão (diferença
de potencial) seja ligada as extremidades de um resistor. Conforme já discutimos em
unidades anteriores, uma corrente elétrica é estabelecida através do circuito, figura 3.
Figura 03. Circuito simples com resistor ligado a fonte de tensão.

Fonte: Elaborada pelo autor.

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I através do circuito e proporcional a diferença de potencial aplicada


A corrente elétrica
V e inversamente proporcional a resistência elétrica R , equação 3.
V
I= [ A ] (equação 3)
R
A equação 3 é conhecida como Lei de Ohm e é frequentemente expressa por:

V = R I [V ] (equação 4)
Graficamente, a lei de Ohm pode ser representada pelo gráfico linear mostrado na
figura 04.
Figura 04. Gráfico da Lei de Ohm.

Fonte: Elaborada pelo autor.

A resistência R é representada no gráfico como o coeficiente angular ou inclinação da


reta em relação ao eixo das abcissas, equação 5.

V
R  (equação 5)
I
2.1 RESISTORES E ASSOCIAÇÃO SÉRIE E PARALELO
Conforme já mencionado, resistores são frequentemente utilizados em circuitos eletrô-
nicos, no controle da intensidade da corrente elétrica. Existem duas formas de associar-
mos resistores em um circuito, a saber, associação série e paralela.

2.1.1 ASSOCIAÇÃO SÉRIE


A fim de definirmos uma expressão e o comportamento desses dispositivos quando as-
sociados em série, vamos inicialmente considerar dois resistores de resistências quais-

quer e iguais a R1 e R2 , alimentados por uma fonte de tensão (diferença de potencial)


V , figura 5. Em circuitos série, a principal característica é a de que a corrente elétrica

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que passa por cada um dos resistores é a mesma. Entretanto, a diferença de po-
tencial em cada um dos resistores é diferente. Assim, podemos escrever a diferença de

potencial total (a da fonte), V= V1 + V2 , onde V1 e V2 representam as diferenças de


potencial nos resistores R1 e R2 , respectivamente.
Figura 05. Resistores associados em série.

Fonte: Elaborada pelo autor.

Se substituirmos V = R I (equação 4) em V= V1 + V2 , teremos:

V =V1 + V2 → RT I =R1 I + R2 I →
R=
T R1 + R2 (equação 6)

A equação 6, representa a resistência equivalente na associação em série. Na prática,


o circuito da figura 5, pode ser substituído por outro circuito, equivalente, com apenas

um resistor RT (calculado a partir da equação 6) ligado a fonte de tensão. Quando mais


resistores são ligados a uma fonte de tensão, por exemplo n resistores, a resistência
total poderá ser definida de forma similar, dada pela equação 7.
n
RT = ∑Ri (equação 7)
i =1

2.1.2 ASSOCIAÇÃO PARALELO


Quando resistores são associados em paralelo, a principal característica é a de que a
diferença de potencial em cada resistor é a mesma. Entretanto, a corrente elétrica
através de cada resistor é diferente. Dessa forma, se dois resistores de resistências

quaisquer e iguais a R1 e R2 , forem ligados em paralelo e alimentados por uma fonte


de tensão (diferença de potencial) V , como mostra a figura 6, a corrente total pode ser

escrita como, I= I1 + I 2 , onde I1 e I 2 representam as correntes elétricas através dos


resistores R1 e R2 , respectivamente.

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Figura 06. Resistores associados em paralelo.

Fonte: Elaborada pelo autor.

V
Se substituirmos I= (equação 3) em I= I1 + I 2 teremos:
R
V V V
I =I1 + I 2 → = + →
RT R1 R2

1 1 1 R1 R2
= + ou RT = (equação 8)
RT R1 R2 R1 + R2
A equação 8, representa a resistência equivalente na associação em paralelo. Da mes-
ma forma, o circuito da figura 6, pode ser substituído por outro circuito, equivalente, com

apenas um resistor equivalente RT (calculado a partir da equação 8) ligado a fonte de


tensão. Se mais resistores forem ligados a uma fonte de tensão, por exemplo n resis-
tores, a resistência total poderá ser definida de forma similar, dada pela equação 9.

1 n
1
=∑ (equação 9)
RT i =1 Ri
3. A POTÊNCIA EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
O conceito de potência elétrica em circuitos elétricos ou eletrônicos está associado ao
conceito de trabalho realizado na conversão de energia de uma forma em outra durante
um certo intervalo de tempo. Uma forma bastante simples para entender o significado
de potência pode ser obtido se pensarmos em um chuveiro elétrico. Chuveiros elétricos
são equipamentos que utilizam uma resistência elétrica para o aquecimento da água.
Fisicamente, o que ocorre em chuveiros elétricos é que ao circular uma corrente elé-
trica através da resistência do chuveiro, ela aquece, convertendo energia elétrica em
energia térmica, ou calor, que aquece a água, durante um certo intervalo de tempo.
Dessa forma, podemos definir potência elétrica ou simplesmente potência P por meio
da equação 10.

τ
P= [W ] (equação 10)
t

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Onde: τ representa o trabalho realizado na conversão de energia, medida em joules


no S.I. [J] e t o intervalo de tempo gasto na conversão, medida no S.I. em segundos.
Assim 1 watt [W] equivale a 1 joule por segundo.

A partir da equação 10, podemos obter a potência associada a uma fonte de tensão
(potência fornecida a um circuito) e a uma resistência elétrica (potência dissipada ou

τ
consumida). Para tanto, basta substituirmos a equação 7 da unidade 5, V= na
equação 10 acima. Assim, Q

τ QV Q
P= → P= → P =V →
t t t

P = V I [W ] (equação 11)
A equação representa a potência fornecida por uma fonte elétrica. Para definirmos a
potência dissipada em um resistor R (equação 12 ou 13), basta substituirmos a Lei de
Ohm na equação acima, ou seja:

P= V I → P= ( RI ) I → P = R I 2 [W ] (equação 12)
Ou ainda,
2
V  V
P= V I → P= V  → P= [W ] (equação 13)
R R
4. CONDUTORES, SEMICONDUTORES E SUPERCONDUTORES
Conforme já vimos na unidade anterior, condutores possuem um grande número de
portadores de carga – elétrons livres com carga negativa – em seu interior. Esses elé-
trons livres, no condutor, são acelerados pelo campo elétrico e com isso, há uma repul-
são entre as cargas fazendo com que elas atinjam a superfície do condutor.

Em contrapartida, materiais semicondutores possuem características intermediárias


entre os condutores e isolantes (com pequena quantidade de cargas elétricas livres
disponíveis para a condução). Materiais semicondutores são muito usados na indústria
de eletrônica na construção de dispositivos e circuitos integrados. O silício (Si) é o ma-
terial mais utilizado nessas aplicações. Os semicondutores possuem em sua estrutura
química quatro elétrons na camada de valência (a mais externa). Além disso, possuem
um coeficiente de temperatura negativo e por isso que a resistência elétrica nesses
materiais diminui com o aumento da temperatura. Esse é um comportamento contrário
ao encontrado nos condutores. São materiais fotocondutores o que possibilita que um
grande número de portadores de carga, a partir da incidência de luz, esteja disponível.

Os supercondutores, se submetidos a temperaturas críticas muito baixas, tornam – se


capazes de conduzir eletricidade. Por conta de se tratar de um fenômeno bastante

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complexo, sendo necessário o uso de conceitos pertencentes a física quântica, faremos


aqui apenas menção sobre esse tipo de material. A supercondutividade é caracterizada
por um efeito chamado Meissner no qual um campo magnético (veremos nas unidades
posteriores que um campo magnético, pode ser gerado a partir de imãs permanentes ou
por meio da circulação de uma corrente elétrica) não penetra em materiais desse tipo,
desde que esses materiais atinjam temperaturas menores que a crítica. Esse efeito foi
descoberto pelo físico alemão Karl Meissner que juntamente com seu colega, também
físico Robert Ochsenfeld descobriram que os supercondutores interrompiam a passa-
gem das linhas de campo magnético em seu interior. Experimentos na área de super-
condutividade, possibilitaram determinar que quando um supercondutor é colocado na
presença de um campo magnético externo, uma corrente elétrica é obtida e com isso
um campo magnético em sua superfície contrário ao campo externo aplicado. Esse é
um importante fenômeno. Você já deve ter ouvido falar de trens (em países da Asia eles
já são uma realidade) que levitam sobre os trilhos.

5. EXEMPLO
Exercício 1.
O circuito mostrado abaixo mostra três resistores associados em série, ligados a uma fonte
R1
de tensão de 40 V. A diferença de potencial sobre o resistor de 10 Ω é 4,0 V. Os resistores

e
R2 são iguais a 10 Ω e 30 Ω, respectivamente. Com base nas informações apresentadas
R2 ; b) a diferença de po-
no circuito, determinar: a) a diferença de potencial sobre o resistor
R3 ; c) a corrente I R3 .
tencial sobre o resistor através do circuito; d) o valor de

Resposta:
a.  A partir da Lei de Ohm, V = RI podemos determinar a diferença de potencial sobre o
resistor R2 por meio de análise simples, ou seja, como R2 = 3R1 , a diferença de poten-
V2 sobre R2
cial será 3 vezes maior pois a corrente é a mesma (circuito série). Assim,
V2 = 12V .

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b.  A diferença de potencial total (a da fonte) é igual a 40 V. Se subtrairmos desse valor as


R1 R2
diferenças de potencial, já conhecidas, sobre os resistores e iguais a 4,0 V e 12
V3 R3 , ou seja,
V, teremos a diferença de potencial sobre

V3 = 40 − V1 − V2 → V3 = 40 − 4 − 12 →V3 = 24V

R1 R2 , uma vez
c.  Se aplicarmos a lei de ohm ao resistor (poderíamos aplicar ao resistor
que o circuito é série) teremos:

V1= R1 I → 4= (10 ) I → I= 0, 4 A

R3
d.  Podemos novamente utilizar a lei de ohm ao resistor de forma que:

V3  R3 I  24  R3  0, 4   R3  60 

6. EXERCÍCIOS COMENTADOS
Exercício 1.

Com base nas informações do circuito abaixo, determinar: a) o valor dos resistores R1 e R2 ;
b) a corrente elétrica através do resistor R2 e; c) a potência fornecida pela fonte e as potên-
cias dissipadas em cada um dos resistores.

Resposta:

a) os valores dos resistores R1 e R2 podem ser calculados a partir da Lei de Ohm, uma vez
que os resistores estão associados em paralelo e, portanto, a diferença de potencial sobre
eles é a mesma da fonte. Assim:

V1  R1 I  10  R1  2   R1  5 e;
V2  R2 I  10  R2  5  2   R2  3, 33 

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b) a corrente elétrica através do resistor R2 pode ser obtida simplesmente pela diferença das
correntes, ou seja, I2 = 5 − 2 = 3 A .
c) a potência fornecida pela fonte pode ser calculada pela equação 11, ou seja,

P V=
= I ( 5)10
= 50W

E as potências dissipadas nos resistores pela equação 12, ou seja,

P1 R=
= 1I
2
22 20W =
5= e; P2( )
R=
2 I
2
3,33 32 ≈ 30W ( )
Repare que a soma das potências dissipadas pelos resistores é igual a potência fornecida
pela fonte ao circuito.

Exercício 2.
Considere os dois circuitos mostrados abaixo. No circuito da esquerda, a corrente elétrica
que circula por ele vale 5,0 A. No circuito da direita, uma nova resistência R2  4, 0 foi
ligada, em série ao circuito, de forma que a corrente elétrica passou a valer 3,0 A. O aluno
deve notar que isso é bastante razoável uma vez que ao aumentarmos a resistência total do
circuito, diminuímos a corrente elétrica. Dessa forma, determine o valor da resistência elétrica
no circuito original, R1 .

Resposta:
Vamos escrever uma expressão para a diferença de potencial no circuito da esquerda VE e
o da direita VD , usando a lei de Ohm, ou seja,
VE = R1 I1 e V=
D ( R1 + R2 ) I 2
Mas, na prática, as diferenças de potencial nos dis circuitos é a mesma, VE = VD , de forma
que podemos igualar as duas equações:
R1 I1 =( R1 + R2 ) I 2 → R1 I1 =R1 I 2 + R2 I 2 → R1 I1 − R1 I 2 =R2 I 2 →
R2 I 2 4  3
R1  I1  I 2   R2 I 2  R1    6
 I1  I 2   5  3

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Exercício 3.

Em nosso estudo sobre corrente elétrica e os condutores vimos que ao ligarmos uma fonte de
tensão a um condutor, provocamos a circulação das cargas elétricas através do condutor. Se
considerarmos então que uma fonte de tensão de 6,0 V é ligada a um condutor, de forma que
os elétrons livres passam a circular através do condutor, determine: a) o trabalho realizado
sobre um elétron presente no condutor e; b) Se 4,0 x 1020 elétrons estiverem presente no
condutor e passarem pela fonte de tensão por segundo, que potência é gerada pela fonte.
Dado: a carga fundamental do elétron vale 1,6 x 10-19 C.
Resposta:
W
a.  podemos usar a definição de diferença de potencial, V= onde W representa o tra-
balho realizado pela fonte sobre as cargas. Assim, Q
W
V= → W = V Q → W = ( 6 )1, 6 x10−19 = 9, 6 x10−19 J
Q

b.  se dividirmos os dois lados da equação acima W =V Q pelo tempo, teremos:

W VQ
W = VQ → =
t t

Q W
Ao substituirmos pela corrente I e pela potência P , a equação acima torna-se:
t t
( )(
P = V I → P = 6 4 x1020 1, 6 x10−19 → P = 384W )

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EDUCANDO PARA A PAZ

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