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Método Elétrico: Potencial

Espontâneo e Polarização Induzida


Docente: Juliana Targino
Discentes: Asaffe Nilson Araújo Rodrigues, Lucas
Souza Ribeiro, Tailan de Oliveira Andrade, Vitor Tseng
Unidade Acadêmica de Engenharia de
Petróleo

SUMÁRIO
● INTRODUÇÃO;
● PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO ELÉTRICO
● LEI DE OHM E SUA APLICAÇÃO NA INTERPRETAÇÃO DE DADOS ELÉTRICOS;
● DIFERENÇAS DE RESISTIVIDADE ENTRE MATERIAIS GEOLÓGICOS;
● POLARIZAÇÃO INDUZIDA (IP);
● POTENCIAL ESPONTÂNEO
● APLICAÇÕES DO MÉTODO ELÉTRICO NA INDÚSTRIA
● CONCLUSÃO
● REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
● O método elétrico é uma técnica fundamental em geofísica, utilizada para investigar a
subsuperfície terrestre em busca de recursos naturais, como petróleo.
● Este seminário se concentrará em dois aspectos importantes do método elétrico:
Polarização Induzida e Potencial Espontâneo.
● Abordaremos os princípios físicos por trás desses fenômenos, suas aplicações na
exploração de petróleo e os desafios associados à sua implementação.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: RESISTIVIDADE ELÉTRICA
● A resistividade elétrica é uma propriedade que define o quanto um material opõe-se à
passagem de corrente elétrica.
● Portanto, quanto maior for a resistividade elétrica de um material, mais difícil será a
passagem da corrente elétrica, e quanto menor a resistividade, mais ele permitirá a
passagem da corrente elétrica.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: RESISTIVIDADE ELÉTRICA
● A resistência elétrica depende das características e do material de que é feito o condutor.

Condutor de eletricidade com área de seção transversal A e comprimento L


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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: RESISTIVIDADE ELÉTRICA
● Quanto maior for a área de seção transversal A, menor será a resistência do condutor,
uma vez que é mais fácil a passagem das cargas elétricas por uma área maior;
● Quanto maior for o comprimento L do condutor, maior será a resistência, pois maior
será o espaço que as cargas elétricas percorrerão, aumentando a probabilidade de
colisões internas e perda de energia;
● A natureza elétrica do material também influencia na resistência: quanto maior for a
quantidade de elétrons livres, maior será a facilidade de a corrente elétrica ser
estabelecida. Essa característica específica de cada material é a resistividade elétrica.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: RESISTIVIDADE ELÉTRICA
Conhecendo essas relações de proporcionalidade entre a resistência e as características do
condutor, podemos obter uma equação para a resistência elétrica:

Onde:
ρ é a resistividade elétrica específica do material;
L é o comprimento do condutor;
A é a área de seção transversal do condutor.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
● A condutividade elétrica é uma característica dos materiais que pode ser definida pela
facilidade com que as cargas elétricas conseguem atravessar um material quando
conectado a uma tensão elétrica.
● Quanto maior for o valor da condutividade, melhor condutor elétrico o material será.
● Quanto menor for o valor da condutividade, melhor isolante elétrico o material será.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
● Podemos encontrar o valor da condutividade elétrica por meio da sua relação com a
resistividade elétrica e por meio da segunda lei de Ohm.
● Bons condutores de eletricidade costumam ser bons condutores térmicos.
● A prata é um ótimo condutor, enquanto a borracha não é um bom condutor.
● Materiais com altos valores de condutividade são chamados de condutores.
● Materiais com baixos valores de condutividade são chamados de isolantes.
● A resistividade elétrica é o oposto da condutividade elétrica, já que é a propriedade que
dificulta a passagem de corrente elétrica para o material.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DO MÉTODO


ELÉTRICO: CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
Material Condutividade

Aço-carbono 0,6 x 10^7

Aço inoxidável 0,2 x 10^7

Alumínio 3,8 x 10^7

Borracha 1,1 x 10^-15

Cobre 6,0 x 10^7

Ferro 1,0 x 10^7

Latão (cobre e zinco) 1,6 x 10^7


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LEI DE OHM E SUA APLICAÇÃO NA


INTERPRETAÇÃO DE DADOS ELÉTRICOS
A Lei de Ohm, fundamental na eletricidade, descreve a relação entre tensão (V), corrente (I) e
resistência (R) em um circuito elétrico, através da equação V = R*I.

Na interpretação de dados elétricos coletados em métodos geofísicos, como SP e IP, a Lei de


Ohm é aplicada de várias maneiras:

● Relação entre potencial e corrente;


● Resistividade aparente;
● Interpretação de perfis de resistividade;
● Modelagem e inversão.
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DIFERENÇAS DE RESISTIVIDADE ENTRE


MATERIAIS GEOLÓGICOS
As diferenças de resistividade entre materiais geológicos são fundamentais para a interpretação
de dados geofísicos.

● Rochas sedimentares;
● Arenito
● Argila
● Rochas ígneas;
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Polarização Induzida (IP)


-Capacidade de um material não condutivo tornar-se ao
ser exposto a um campo elétrico

- Reorientação das cargas elétricas dentro do material

- Utilizado por diversas engenharias

- Fenômeno elétrica por transmissão de corrente no solo

- Detectar disseminações de sulfetos metálicos da ordem


de 0,5% em volume

- Prospecção de mineralizações disseminadas


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Fenômenos Físico-Químicos
- Causas e explicações não perfeitamente conhecidas

- Base teórica empírica

- Propagação por movimento de íons em solução ou eletronicamente

- Várias reações possíveis discutidas

- Argila: cristais menor que 2 mícrons (maior superfície específica)

- 2 principais tipos: Metálica ou Eletrolítica


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Polarização Metálica ou Eletrônica


- Metais ou minerais

- Condução através de elétrons

- Íons acumulados na interface do metal/eletrólito (d.d.p.)

- Dipolos elétricos

- Íons imobilizados difundem-se lentamente no ambiente eletrolítico para voltar ao equilíbrio


inicial

- Decaimento da sobrevoltagem residual acumulada na interface

- Minerais que apresentam IP sob a forma de anomalias: maioria dos sulfetos e alguns óxidos

- Grafita é um caso especial


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Polarização de Membrana, Não-metálica ou Eletrolítica


- Partículas de argilas carregadas negativamente

- Acúmulo de cátions no eletrólito

- Dupla camada iônica se opõe ao fluxo de corrente

- Onde partículas de argilominerais bloqueiam parcialmente os poros por onde percolam as


soluções iônicas

- Zonas de concentração de íons: passagem de íons positivos

- Função das diferentes mobilidades entre cátions e ânions

- Menos intenso, na prática um “ruído de fundo” na prospecção de minerais metálicos

- Dados suplementares

- Ilita, montmorilonita, caulinita, haloisita


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.Arranjo Dipolo-Dipolo

- Eletrodos AB e MN dispostos em linha.

- Espaçamentos iguais entre os eletrodos (X=AB=MN).

- Aumenta proporcionalmente à distância entre os eletrodos de potencial e corrente.

- Teoricamente corresponde a R/2.

- Realizadas em diferentes profundidades (n) na intersecção de linhas a 45°.

- Simetria proporciona melhor precisão na identificação de anomalias de campo.

- Facilita a logística de medição.

- Baixa razão sinal/ruído, especialmente com grande separação entre os pares de


dipolos.
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.Polo-Dipolo
- Três eletrodos móveis ao longo do perfil.

- Um eletrodo de corrente (B) e dois de potencial (MN).

- Eletrodo de corrente (A) mantido fixo a uma grande distância ("infinito").

- Medidas com eletrodo de corrente (A) fixo.

- Distância aumentada entre eletrodo de corrente (B) e dipolo de potencial (MN).

- Maior sinal nos eletrodos de potencial em comparação com o arranjo Dipolo-Dipolo.

- Melhor razão sinal/ruído.

- Facilidade logística devido a apenas três eletrodos móveis.

- Assimetria do arranjo.

- Restrições de espaço para posicionar o eletrodo de corrente (B) no "infinito".


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Modelo Cole-Cole
- Rocha representado por circuito análogo de mesma resposta

- A impedância complexa simula a interface iônica-metálica

- A resistência R0 simula um poro da rocha não bloqueado que permite a condução


paralela através de um elemento puramente resistivo

- A resistência R1 simula a resistência da solução na passagem de um poro


bloqueado

- Serve para ambos tipos de IP

- Identificação de sulfetos econômicos e da grafita, baseando-se na diferentes


constantes de tempo e deslocamentos de fase para os domínios do tempo e da
frequência, respectivamente
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O Domínio do Tempo
- D.d.p. não se estabelece nem se anula instantaneamente quando a corrente é
emitida e cortada em pulsos sucessivos

- Curva ∆Vip = f(t)

- Liga a assíntota ∆Vp em regime estacionário, com a assíntota zero após o corte da
corrente
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Potencial espontâneo: Definição


O método elétrico de potencial espontâneo (SP) é uma técnica geofísica utilizada para investigar as propriedades
elétricas do subsolo. Ele se baseia na medição dos potenciais elétricos naturais que surgem devido a gradientes e
heterogeneidades nas propriedades elétricas do terreno. Esses potenciais são gerados principalmente pela
movimentação de fluidos condutores, como água subterrânea, através de formações geológicas.

A partir dele, pode-se medir a diferença de potencial entre dois eletrodos que são colocados no ambiente onde o ensaio está
sendo executado.

A partir disso, quando existem bons condutores, como:

● Sulfetos maciços;
● Fraturas preenchidas com argila;
● Tubulações metálicas;
● Entre outros.

O potencial espontâneo pode chegar a atingir centenas de milivolts e ser medido na realização do ensaio. Uma das suas
principais vantagens é a praticidade dele, tanto para que ele seja executado em campo, quanto em relação aos equipamentos
necessários para que ele seja executado.
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Potencial espontâneo: Histórico


O método elétrico do potencial espontâneo (PE) tem suas origens nas primeiras décadas do século XX. Os primeiros estudos
que exploraram os fenômenos elétricos naturais no subsolo datam desse período, quando os geofísicos começaram a investigar
métodos para mapear a distribuição de fluidos subterrâneos e caracterizar a estrutura geológica.

Um dos marcos importantes na história do método elétrico do potencial espontâneo foi o trabalho do geofísico alemão Conrad
Schlumberger, que é amplamente reconhecido como um dos pioneiros da geofísica moderna. Schlumberger e sua equipe
desenvolveram muitas técnicas geofísicas, incluindo o método de potencial espontâneo, durante a primeira metade do século XX.

Embora as primeiras ideias e experimentos relacionados ao potencial espontâneo remontem ao início do século XX, o método
começou a ser mais amplamente aplicado e refinado ao longo do tempo, à medida que a tecnologia avançava e os geofísicos
adquiriam mais experiência em seu uso. Desde então, o método elétrico do potencial espontâneo se tornou uma ferramenta
estabelecida na caixa de ferramentas dos geofísicos, sendo continuamente aprimorado e adaptado para uma variedade de
aplicações na exploração do subsolo.
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Potencial espontâneo: Origem

Potenciais elétricos naturais e espontâneos (SP) ocorrem


naturalmente no interior das rochas e devem-se a:
● atividade bioelétrica da vegetação,
● variação de concentração dos eletrólitos,
● fluxo de fluidos e íons,
● fluxo de calor.
Portanto, a investigação com SP tem sido usada na localização e
delineação das fontes associadas com tais fluxos.
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Potencial espontâneo: Princípios de Funcionamento


A água subterrânea, carregada de íons, flui através de diferentes camadas geológicas, criando gradientes de
potencial elétrico ao longo do subsolo. Esses gradientes são detectados por eletrodos de potencial, que são
colocados na superfície ou inseridos no solo em locais estratégicos. Os eletrodos registram diferenças de
potencial elétrico entre pontos distintos, permitindo a interpretação das características do subsolo.

O método elétrico de potencial espontâneo é frequentemente utilizado em conjunto com outras técnicas
geofísicas, como a eletrorresistividade, para obter uma imagem mais completa do subsolo.
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Potencial espontâneo: Esquema


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Potencial espontâneo: Equipamentos


Para se aplicar o método do potencial espontâneo (SP), é necessário apenas de dois eletrodos, um milivoltímetro e fios
isolados para que seja realizada a conexão entre os eletrodos e o milivoltímetro e o potencial espontâneo do terreno possa
ser medido.

Esse fenômeno é causado pela atividade eletroquímica ou mecânica, sendo a água subterrânea um dos elementos mais
importantes para que ele possa ser gerado. Os potenciais podem estar associados a presença de:

● Corpos metálicos;
● Contato de rochas com diferentes propriedades elétricas;
● Atividade bioelétrica de materiais orgânicos;
● Gradientes térmicos;
● Pressão de fluidos na superfície do terreno;
● Entre outros.

Dessa forma, é muito importante que antes de executar esse método você conheça a geologia local da região e,
principalmente, que entenda qual o objetivo do estudo para saber se o método do potencial espontâneo é aplicável ou não.
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Potencial espontâneo: Fenômenos Básicos

Potencial eletrocinético : ocorre quando uma solução de resistividade ρ e viscosidade η é forçada através
de um meio poroso ou capilar. A diferença de potencial entre as extremidades da passagem é dada por

onde φ potencial de adsorção, ∆P = diferença de pressão, e ε = constante dielétrica da solução.


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Potencial espontâneo: Potencial de Difusão


O potencial de difusão, também conhecido como potencial de Nernst, é um conceito fundamental na área da
eletroquímica que descreve o equilíbrio entre íons através de uma membrana permeável seletiva. Esse potencial é
gerado devido à diferença de concentração de íons em ambos os lados da membrana.

A equação de Nernst é frequentemente usada para calcular o potencial de difusão em uma célula eletroquímica.
Essa equação é dada por:

Onde:

● E é o potencial de difusão.
● E0 é o potencial padrão da célula.
● R é a constante dos gases (8,314 J/(mol·K)).
● T é a temperatura em Kelvin.
● z é o número de elétrons envolvidos na reação.
● F é a constante de Faraday (96.485 C/mol).
● [C] e [A] são as concentrações dos íons em ambos os lados da membrana.
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Potencial espontâneo: Leitura e Interpretação de Dados


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Potencial espontâneo: Correções


● Correção de Deriva: A deriva é um deslocamento gradual e contínuo na leitura dos instrumentos ao longo do tempo. A
correção de deriva envolve a identificação e a remoção desse deslocamento dos dados do SP.
● Correção de Nivelamento: Esta correção é necessária para compensar as variações de elevação ao longo do perfil. A
diferença de elevação entre os eletrodos de medição pode afetar a leitura dos potenciais espontâneos, portanto, é
importante nivelar os dados para garantir uma representação precisa do subsolo.
● Correção de Inclinação: Se o terreno em que os eletrodos estão posicionados não estiver nivelado, pode ser necessário
aplicar uma correção de inclinação para compensar quaisquer inclinações no terreno que possam distorcer os dados do SP.
● Correção de Distância e Espaçamento dos Eletrodos: A distância entre os eletrodos de medição e o espaçamento entre eles
podem afetar a resolução e a sensibilidade dos dados do SP. Correções adequadas devem ser aplicadas para considerar
esses fatores e garantir que os resultados sejam interpretados corretamente.
● Correção de Variações de Resistividade do Solo: As variações na resistividade do solo ao longo do perfil podem afetar os
dados do SP. Correções podem ser aplicadas para compensar essas variações e garantir que os potenciais espontâneos
registrados sejam atribuíveis principalmente às características geológicas do subsolo.
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SP em poços de petróleo
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SP Aplicado na Indústria do Petróleo

● Geralmente têm origem nas interfaces dos folhelhos, particularmente entre folhelho areia.
● Potencial de Nernst e de difusão.
● Folhelhos são permeáveis aos cátions Na+ e praticamente impermeáveis ao ânions Cl-.
● Assim, um potencial é estabelecido quando Na+ sai do eletrólito das areias para dentro dos
folhelhos, seguido da entrada na água da lama.
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Potencial espontâneo: Vantagens


Uma das vantagens do método elétrico de potencial espontâneo é a sua capacidade de
fornecer informações sobre a movimentação de fluidos e a distribuição de minerais
condutores no subsolo sem a necessidade de aplicação de correntes elétricas. Isso
torna a técnica particularmente útil em áreas onde a geração de corrente elétrica é difícil
ou indesejável, como em regiões remotas ou urbanas.
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Potencial espontâneo: Desvantagens

No entanto, assim como outras técnicas geofísicas, o método elétrico de potencial


espontâneo também possui limitações. Por exemplo, ele pode ser sensível a
interferências ambientais, como variações sazonais no teor de umidade do solo e
presença de materiais ferromagnéticos. Além disso, a interpretação dos dados
requer conhecimento especializado para distinguir entre os diferentes processos
geológicos que podem gerar os potenciais elétricos espontâneos detectados.
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Aplicações: Potencial Espontâneo


★ Inicialmente aplicado extensivamente na exploração mineral, hoje, o método
tem sido usado no estudo geotérmicos, de problemas de engenharia e meio
ambiente.
★ Por oferecer rapidez e baixo custo, o método é adequado no reconhecimento
preliminar, precedendo os estudos mais intensivos usando outras técnicas
geofísicas e geotécnicas.
★ É uma medida usual em perfilagem de poços. Embora natural, ela é
conseqüência do processo de perfuração e permite a investigação em poços.
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Aplicações: Potencial Espontâneo


★ Mapeamento de vazamentos associados com barragens, diques,
reservatórios subterrâneos e outras estruturas para armazenamento.
★ Estudos de fluxo de água subterrânea e delineamento dos seus padrões nas
vizinhanças de encostas, poços, falhas, estruturas de drenagem,
★ túneis e sumidouros.
★ Estudos geotérmicos para o mapeamento das frentes de fluxo de vapor e
incêndio em minas de carvão.
★ Gradientes de concentração química associados a contaminação em
subsuperfície.
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Potencial Espontâneo em Poços de Petróleo


★ Geralmente têm origem nas interfaces dos folhelhos, particularmente entre
folhelho-areia.

★ Folhelhos são permeáveis aos cátions Na+ e particularmente impermeáveis


ao ânions Cl-.

★ Assim, um potencial é estabelecido quando Na+ sai do eletrólito das areias


para dentro dos folhelhos, seguido da entrada na água da lama.
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Potencial Espontâneo em Poços de Petróleo


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Potencial Espontâneo em Poços de Petróleo


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Potencial Espontâneo em Poços de Petróleo


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Potencial Espontâneo em Poços de Petróleo


★ Avaliação qualitativa de permeabilidade

★ Indicador de argilosidade e qualidade de reservatório

★ Correlação entre poços

★ Determinação da resistividade da água de formação


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Aplicações: Polarização Induzida


★ O método tem tido aplicação histórica na pesquisa de bens minerais, como
sulfetos metálicos de cobre, chumbo, zinco etc.

★ No entanto, suas possibilidades de utilização, além do restrito meio da


mineração, poderão ser são tão boas e promissoras quanto a
eletrorresistividade e o SP em casos de hidrogeologia, geologia de
engenharia e ambiental.
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Polarização Induzida na Hidrogeologia


★ Na hidrogeologia o uso do IP pode ser voltado à identificação de pacotes com
conteúdos em argilas que diminuam ou eliminem a porosidade de um potencial
aquífero, uma vez que o método pode ser eficaz na identificação de argilominerais.
★ Isto é válido tanto para pacotes argilosos estratiformes em bacias sedimentares
como para fraturas preenchidas com materiais argilosos em áreas cristalinas.
★ Na diferenciação entre águas salinizadas e doces o emprego conjunto do IP com a
eletrorresistividade também pode ser usado com sucesso. Este pode ser
considerado um caso de aplicação simultânea em hidrogeologia e geologia
ambiental, considerando que salinizações secundárias de aquíferos e/ou lençóis
freáticos constituem-se em processos agressivos ao meio ambiente.
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Polarização Induzida na Geologia de Engenharia


★ São comuns os casos de ocorrências de argilas com características
colapsíveis que podem ocasionar sérios problemas em obras civis e que
podem ser detectadas pelo IP. Fraturas ou falhamentos com preenchimento
de materiais de alteração sensíveis ao IP igualmente podem ser
exemplificados.
★ O IP também pode ser usado em situações de obras de engenharia e/ou
casos ambientais onde ocorram pacotes com diferentes conteúdos de
argilominerais, identificação de pacotes arenosos e/ou diferentes graus de
compactação de aterros.
★ Também pode ser empregado o método em situações de investigações em
corpos de barragens de terra.
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Polarização Induzida na Geologia Ambiental


★ O método IP é passível de emprego em situações preventivas preventivas
como a identificação identificação de pacotes pacotes arenosos, arenosos,
cuja presença poderia inviabilizar uma área para disposição de resíduos
devido a alta porosidade/permeabilidade das areias. Do mesmo modo, a
identificação através do IP de um pacote argiloso que exerça a função de
uma barreira natural, pode indicar uma área como adequada para instalação
de, por exemplo, um aterro sanitário.
★ Um outro emprego do método é seu uso em conjunto com a resistividade na
delimitação de áreas salinizadas.
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Conclusão

- Vasta importância dos Métodos Elétricos


- Polarização Induzido e Potencial Espontâneo
- Dois tipo de Polarização Induzida
- Caracterização do solo por Potencial Espontâneo
- Aplicação em diversos setores da Indústria
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Referências Bibliográficas
https://www.geoscan.com.br/polarizacao-induzida/#:~:text=A%20polariza%C3%A7%C3%A3o%20induzida%20(I
P)%20acontece,ocorrer%20uma%20polariza%C3%A7%C3%A3o%20no%20corpo.

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5652315/mod_resource/content/1/IP%20Online.pdf

https://www.youtube.com/watch?v=x5EPhJYfakM

https://www.altaresolucao.com.br/potencial.php

http://www.cpgg.ufba.br/gr-geof/geo213/trabalhos-graducao/AnaCarolinaMancur.pdf

https://www.dicio.com.br/deflexao/

https://www.geoscan.com.br/metodo-do-potencial-espontaneo/

http://www.cpgg.ufba.br/sato/cursos/geo046/geo046-09-ipsp
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/resistividade-eletrica.htm.
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/condutividade-eletrica.htm#:~:text=Enquanto%20a%20condutividade%

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