Instalações Elétricas em Engenharia Civil

UESPI
Curso de Graduação em
Engenharia Civil
Instalações Prediais I
Prof. Mestre José Brito Neto

SUMÁRIO
3. Noções Gerais de Eletricidade
3.1.Conceitos Fundamentais de
Eletricidade
3.2.Grandezas Elétricas
3.3.Princípios da Geração,
Transmissão e Distribuição de
Energia Elétrica
3.4.Sistema Elétrico de Potência e
Sistema Elétrico do Consumidor
Conceitos Fundamentais de Eletricidade
• O átomo é formado basicamente por 3 tipos de
partículas elementares: elétrons, prótons e nêutrons. A
carga do elétron é igual a do próton, porém de sinal
contrário. Os elétrons giram em torno do núcleo
distribuindo-se em diversas camadas, num total de até
sete camadas. Em cada átomo, a camada mais
externa é chamada de valência, e geralmente é ela
que participa das reações químicas. Todos os
materiais encontrados na natureza são formados por
diferentes tipos de átomos, diferenciados entre si pelo
seus números de prótons, elétrons e nêutrons. Cada
material tem uma infinidade de características e pode-
se dividir em três tipos principais:
Materiais Condutores – São materiais que não oferecem
resistência a passagem de corrente elétrica. Quanto
menor for a oposição a passagem de corrente, melhor
condutor é o material. O que caracteriza o material bom
condutor é o fato de os elétrons de valência estarem
fracamente ligados ao átomo e, quando sujeitos a força,
mesmo de pequena intensidade, abandonam seus átomos
e se movimentam livremente pelos espaços interatômicos.
Esses são os elétrons livres, responsáveis pela condução
de eletricidade nos condutores. Exemplos: metais (como o
cobre, alumínio, prata, ouro, ferro, chumbo, etc.), ligas
metálicas, grafite, soluções aquosas (como as de sulfato
de cobre, de ácido sulfúrico, etc.), água da torneira, água
salgada, água ionizada (como a da piscina), corpo
humano, ar úmido.
Materiais Semicondutores – São materiais que
apresentam uma resistividade elétrica intermediária, com
valores entre os extremos de um condutor e de um
isolante. A invenção dos dispositivos semicondutores foi a
responsável pelo advento e o rápido crescimento de novas
e inúmeras indústrias da área eletro-eletrônica nas últimas
décadas. Exemplos: germânio, silício, selênio, gálio,
arsenieto de gálio, sulfeto de cádmio, etc;
Materiais Isolantes – São materiais que possuem uma
resistividade elétrica muito alta, bloqueando a passagem
da corrente elétrica. Os elétrons de valência estão
rigidamente ligados aos seus átomos, sendo que poucos
elétrons conseguem desprender-se de seus átomos para
se transformarem em elétrons livres. Exemplos: ar,
borracha, vidro, mica, papel, porcelana, isopor, madeira,
tintas, vernizes, plástico, cerâmica, etc.
• A Teoria das Bandas de Energia explica como ocorre
a condução elétrica em materiais sólidos. Quando os
átomos não estão isolados, mas juntos em um
material sólido, as forças de interação entre eles são
significativas. Isso provoca uma alteração nos níveis
de energia acima da camada de valência. Podem
existir níveis de energia não permitidos, logo acima da
valência.
Energia
• Para que um material conduza eletricidade, é
necessário que os elétrons da camada de valência, sob
ação de um potencial elétrico aplicado, saltem do nível
de valência para um nível ou banda de condução.
Conforme a figura anterior, em um material condutor
quase não existem níveis ou banda de energia proibidos
entre a condução e a valência e, portanto, a corrente flui
facilmente sob a ação do campo elétrico. Um material
isolante apresenta uma banda proibida de grande
extensão entre a valência e condução. Por isso,
dificilmente há condução da corrente. Os
semicondutores possuem bandas proibidas com
larguras intermediárias. Isso significa que podem
apresentar alguma condução, melhor que a dos
isolantes, mas pior que a dos condutores.
• Energia é a capacidade de realizar ou produzir
trabalho, ou seja, tudo aquilo capaz de produzir
calor, trabalho mecânico, luz, radiação, etc.
Tipos: térmica, mecânica, química, cinética,
nuclear, eólica, solar, elétrica, entre outras.
• Os efeitos da energia só são percebidos através
dos nossos sentidos.
• Energia Elétrica é o tipo de energia usada pra
transmitir e transformar a energia primária da
fonte produtora, que aciona os geradores, em
outros tipos de energia que utilizamos em
nossas residências.
• Energia Elétrica é o resultado do movimento das
cargas elétricas no interior de um condutor.
• Energia Elétrica é o tipo de energia que pode ser
transportada com maior facilidade, mas é difícil
de ser armazenada em grande quantidade.
• Energia Elétrica é uma forma de energia que
apresenta inumeráveis benefícios, e no decorrer
dos tempos, tornou-se parte integrante e
fundamental das nossas atividades diárias.
• “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo
se transforma” (Antoine Laurent de Lavoisier –
Pai da Química Moderna).
Térmica em Mecânica: motores a combustão
interna;
Química em Elétrica: pilhas e baterias, peixe
elétrico;
Elétrica em Mecânica: motores e geradores;
Química em Mecânica: ao correr ou andar ou
qualquer contração muscular como os
batimentos do coração;
Elétrica em Luminosa: acender uma lâmpada,
luz refletida na tela do computador;
Elétrica em Térmica: chuveiro elétrico, ferro
elétrico, aquecedores;
Química em Luminosa: peixes de águas
profundas, vaga-lumes;
Cinética em Elétrica: queda d’água das usinas
hidrelétricas;
Etc.
Grandezas Elétricas
• Corrente Elétrica
Movimento ordenado de elétrons livres no interior de um
condutor elétrico sob a influência de uma fonte de
tensão elétrica;
Importância da medição e do cálculo da corrente
elétrica: dimensionamento dos condutores e dos
dispositivos de proteção (disjuntores termomagnéticos,
interruptor diferencial residual e disjuntor diferencial
residual);
Unidade de medida é o ampère (A);
Sentido real e convencional da corrente:
Esquema de um circuito elétrico: o gerador é uma
máquina que funciona criando energia potencial, que
acumula cargas em um pólo, ou seja, o gerador
provoca uma diferença de potencial (DDP) entre seus
terminais. Se esses terminais constituírem um circuito
fechado, teremos uma corrente elétrica.
Esquema de um circuito hidráulico análogo: bomba é
análoga ao gerador, tubulações são análogas aos
condutores elétricos, torneira é análoga ao interruptor,
água retirada é análoga à energia consumida e o
fluxo d’água é análogo à corrente.
• Tensão Elétrica ou Diferença de Potencial (DDP)
É a força necessária para o movimento ordenado dos
elétrons livres no condutor;
Importância da medição e do cálculo da tensão
elétrica: dimensionamento da isolação (rigidez
dielétrica – cabos com isolação de 600V ou 1000V,
por exemplo), normalização (determinação dos
padrões técnicos de segurança nos trabalhos com
eletricidade), padronização do fornecimento de
energia e dimensionamento dos aparelhos que
utilizam eletricidade;
Unidade de medida é o volt (V);
Para haver corrente elétrica é necessário que haja
DDP e um condutor em circuito fechado.
• Resistência Elétrica
Medida da oposição que o circuito oferece à
passagem de corrente elétrica;
Importância da medição e do cálculo da resistência
elétrica: dimensionamento dos condutores (método
da queda de tensão admissível);
Unidade de medida é o ohm (Ω);
Depende da composição do material e da dimensão
física. Resistência em condutores (ρ é a resistividade
elétrica do material em Ω.cm):
ρ ⋅l
R=
A
Lei de Ohm – a intensidade da corrente elétrica que
passa por uma resistência elétrica é diretamente
proporcional à diferença de potencial entre os
terminais da resistência, ou seja, é a lei que inter-
relaciona as grandezas DDP, corrente e resistência:
V = R ⋅i
Todos os materiais apresentam resistência à
passagem de corrente elétrica, inclusive os bons
condutores, os quais são de baixo valor;
Como exemplos de utilização prática e eficiente do
resistor, podemos citar a resistência do chuveiro
elétrico, a resistência do ferro elétrico, o filamento da
lâmpada incandescente, entre outros.
• Potência Elétrica
É o trabalho efetuado numa unidade de tempo;
É a quantidade de energia transformada;
Importância da medição e do cálculo da potência
elétrica: a potência elétrica dos equipamentos solicita
uma corrente elétrica que é o parâmetro para o
dimensionamento dos condutores e dos dispositivos
de proteção;
Unidade de medida é o watt (W=VxA);
Tendo a corrente elétrica, a lâmpada se acende e se
aquece com uma certa intensidade. Esta intensidade
de luz e calor percebida por nós é potência elétrica
transformada em potência luminosa (luz) e potência
térmica (calor).
É o resultado do produto da tensão pela
corrente: P = V ⋅i
Todos os aparelhos são projetados para
dissipar uma certa potência. Por exemplo, não
podemos exigir que um pequeno rádio de pilha
seja capaz de fornecer 300W de potência.
Num circuito com uma lâmpada de 100W
ligada a uma fonte de tensão variável,
teremos: diminuindo a tensão e a corrente, o
brilho da lâmpada será menor (menor
potência); aumentando a tensão e a corrente,
o brilho da lâmpada será maior (maior
potência).
• Energia Elétrica
É a potência dissipada ao longo do tempo, ou
seja, é a potência elétrica vezes o tempo:
E = P ⋅ ∆t
Unidade de medida, no sistema internacional, é o
joule (J). No entanto, os medidores de energia
medem em outra unidade, o quilowatt-hora (kWh).
Esta unidade de medida é usual porque, uma vez
que se está avaliando a energia consumida ao
longo de um intervalo de tempo muito grande (1
mês), a medição em joule resultaria em um valor
numérico muito grande, pois o tempo deveria ser
informado em segundos;
O consumo medido pela concessionária e o valor
em R$ do kWh depende do tipo de contrato de
fornecimento em função da demanda de energia;
Furto de energia elétrica é crime (perdas
comerciais). Gera reflexos para a sociedade, uma
vez que o montante de energia furtada é
considerado na composição da tarifa de energia dos
consumidores regulares. Também pode danificar os
aparelhos eletroeletrônicos e provocar falta de
energia. Além disso, quem furta energia está sujeito
às penalidades do artigo 155 do Código Penal que
prevê multas e pena de um a oito anos de reclusão,
além da obrigação de ressarcir toda energia furtada
e não faturada.
• Tarifa de Energia Elétrica para Consumidores Residenciais –
Eletrobras Distribuição Piauí
R$ 0,617060 por kWh;
Esses valores contemplam os tributos e outros elementos que
fazem parte de sua conta de luz, tais como: ICMS, PIS, COFINS e
outros tipos de encargos;
O ICMS aplicado é de 20% do consumo calculado com a tarifa
normal para consumidores cujo consumo seja inferior a 200 kWh.
Acima de 200 kWh, o ICMS é de 25%;
PIS e COFINS são impostos federais que variam mensalmente
segundo os cálculos da Fundação Getúlio Vargas;
A Contribuição para Custeio de Serviço de Iluminação Pública
(COSIP) é apenas recolhida pela concessionária e repassada para
a prefeitura. Por isso, quem determina a taxa são as prefeituras de
cada cidade. É cobrada sobre o consumo calculado com base na
tarifa sem impostos (ICMS, PIS e COFINS). Em Teresina, a taxa é
de 10% do consumo. Em Parnaíba, esse valor sobe para 18%.
• Aparelhos de Teste e Medições de Grandezas Elétricas
Aparelhos de teste não retornam o valor da grandeza
que esta sendo medida, servem apenas para detectar
a existência delas. Já os aparelhos de medição
retornam o valor, por isso é sempre preferível a
utilização destes ao invés dos aparelhos de teste.
Cuidados com os aparelhos de teste e medição: ler
com atenção o manual do fabricante; devem ser feitas
aferições e calibrações no aparelho; devem ter
cuidado para não fechar curto-circuito em circuitos
energizados; guardar, transportar e utilizar com
cuidado; fazer a verificação antes de utilizá-lo; repetir
as orientações anteriores quantas vezes for
necessário.
Lâmpada neon: acende quando um dos terminais entra
em contato com a “fase” e a outra entra em contato com
o “terra”; uso exclusivo em baixa tensão; geralmente se
apresenta em forma de chave ou caneta; normalmente
o “terra” é feito através do próprio corpo do usuário;
resistência elétrica muito pequena e não dá sensação
de choque no usuário; vantajoso porque é de fácil
utilização; alguns dão o indicativo aproximado da
tensão; não utilizar a lâmpada neon sem a cobertura
própria do instrumento sob risco de estouro.
Detector de tensão elétrica por aproximação:
utiliza o princípio da indução eletromagnética;
não necessita de contato; pode ser utilizado
para detectar desvios de energia (gato de
energia); pode ser utilizado para detectar fuga
de energia em algumas situações; mais
seguro que o teste neon comum.
Teste com uma lâmpada: utilizado para identificar os fios fase
(energizado) e neutro; aparato formado por uma lâmpada
incandescente, em um bocal com dois condutores devidamente
instalados; o teste consiste em aterrar um dos condutores e
colocar o outro em contato com o condutor que se deseja
identificar; se o condutor testado for “fase”, e estiver
energizado, a lâmpada acende; se for testado o “neutro”, ou se
o “fase” não estiver energizado, a lâmpada não acende; deve-
se utilizar lâmpadas de baixa potência (15 ou 20W), e
apropriadas para a tensão de 220V; deve-se tomar cuidado
com choque elétrico.
Lâmpada em série: pode ser utilizada para verificar
a continuidade de um circuito ou equipamento
elétrico; deve-se utilizar lâmpadas de baixa potência
(15W); deve-se instalar a lâmpada em série com o
equipamento, se ela acender, significa que o
equipamento não está queimado; deve-se tomar
cuidado com o risco de choque elétrico.
Amperímetro: utilizado para medir corrente elétrica
em ampère; deve ser ligado em série; possui
resistência elétrica muito pequena; funciona como
um curto-circuito; deve-se ajustar o aparelho na
maior escala e reduzir, se necessário; se ligado em
paralelo, pode explodir ou desarmar disjuntores de
proteção e se não explodir, pode derreter os
condutores da instalação.
Voltímetro: utilizado para medir tensão elétrica em
volt; deve ser ligado em paralelo; deve-se ajustar
o aparelho na maior escala e reduzir, se
necessário; possui resistência elétrica muito
grande; funciona como um circuito aberto; se
ligado em série, bloqueia a passagem da
corrente.
Alicate volt-amperímetro: utilizado para medir
corrente e tensão elétrica em ampère e volt,
respectivamente; possui chave seletora para
medir corrente ou tensão; deve-se ajustar o
aparelho na maior escala e reduzir, se necessário.
i. Medição da corrente elétrica: o aparelho possui
garras que abraça o condutor por onde passa a
corrente elétrica individualmente; não abraçar
os condutores fase e neutro juntos; se difere do
amperímetro convencional porque não
necessita de contato direto.
ii. Medição da tensão elétrica: semelhante ao
voltímetro convencional.
Ohmímetro: utilizado para medir resistência
elétrica em ohm; pode ser utilizado para medir
a continuidade do circuito; o circuito deve estar
desenergizado.
Multímetro: instrumento que reúne, em um só
aparelho, um voltímetro, um amperímetro e um
ohmímetro. Além destas três funções básicas, a
maioria dos multímetros encontrados hoje no
mercado reúne ainda uma série de funções, tais
como teste de continuidade, teste de semicondutores,
medição de capacitores, entre outras.
Wattímetro: utilizado para medir potência elétrica
em watt; mede corrente e tensão e retorna o valor
da potência elétrica; deve-se ajustar o aparelho
na maior escala e reduzir, se necessário; deve-se
tomar cuidado na ligação, para que não ocorra
curto-circuito.
Energia elétrica: constitui-se de duas bobinas, uma de
tensão (ligada em paralelo com a carga) e uma bobina
de corrente (ligada em série com a carga); as duas
bobinas são enroladas sobre o mesmo núcleo de ferro;
um disco colocado junto ao núcleo gira, por força dos
campos magnéticos, com velocidade proporcional a
energia consumida; através de um sistema de
engrenagens, a rotação do disco é transportada para
um sistema integrador.
• Tipos de Circuitos
Circuito de corrente ou tensão contínua:
aquele cujo valor e direção não se alteram ao
longo do tempo. Utilizados em equipamentos
que utilizam pilhas e baterias, motores de
corrente contínua.
Circuito de corrente ou tensão alternada:
aquele cujo valor se altera ao longo do tempo.
Utilizada nas lâmpadas, eletrodomésticos,
eletroeletrônicos, motores de indução.
Circuito em série: utilizado em pisca-pisca, por exemplo;
circuitos de comando mais simples; a corrente elétrica é
a mesma em cada componente do circuito; a tensão em
cada componente varia de acordo com a potência do
equipamento; a soma das tensões é igual a tensão
aplicada no circuito; a queima de um componente
provoca a abertura do circuito.
i = iAB = iBC = iCD = iDE
U = U AB + U BC + U CD + U DE
U AB = i ⋅ R1
U BC = i ⋅ R 2
U CD = i ⋅ R3
U DE = i ⋅ R 4
Req = R1 + R 2 + R3 + R 4
U
i=
Req
Circuito em paralelo: utilizado em instalações
residenciais e prediais; a tensão é a mesma em todos
os componentes do circuito; a corrente que passa por
cada componente varia de acordo com a potência do
equipamento; em uma instalação elétrica, todas as
correntes se somam no circuito; a queima de uma
lâmpada, por exemplo, não afeta os outros
componentes do circuito.
U = U AB = U CD = U EF = U GH
i = iAB + iCD + iEF + iGH
U U
iAB = ; iCD =
R1 R2
U U
iEF = ; iGH =
R3 R4
1 1 1 1 1
= + + +
Req R1 R 2 R3 R 4
U
i=
Req
Circuito monofásico:
Circuito trifásico:
Princípios da Geração, Transmissão e
Distribuição de Energia Elétrica
• Geração de Energia Elétrica
Usina Hidrelétrica: a barragem acumula energia
potencial (água no reservatório); os condutos
forçados transportam a água do repouso que
encontra-se na barragem, transformando energia
potencial em energia cinética (movimento das
partículas da água); a turbina através da rotação
em torno do eixo transforma a energia cinética em
energia mecânica; o gerador de energia elétrica
acoplado a turbina faz com que a rotação leve a
uma diferença de potencial, produzindo energia
elétrica de elevada potência (106W) e baixa
tensão (103V).
Piauí – Usina Hidrelétrica de Boa Esperança no Município
de Guadalupe. Capacidade de Geração: 237,3MW.
Usina Termoelétrica: é uma instalação industrial
que gera energia elétrica a partir da energia
liberada em forma de calor, normalmente por
meio da combustão de algum tipo de combustível
renovável ou não renovável: derivados do
petróleo, gás natural, carvão mineral e vegetal,
madeira, bagaço de cana, etc.
Piauí – 4 Usinas Termoelétricas: Altos, Campo
Maior, União e Nazária que juntas geram
65,8MW. Previsão de em 2017 inaugurar uma em
Canto do Buriti de 150MW onde o objetivo da
empresa é gerar energia com manejo de árvores
para utilização da Biomassa.
Usina Nuclear: é classificada como usina
termoelétrica que utiliza uma caldeira, tendo
como fonte de calor um reator nuclear. O seu
funcionamento se baseia na divisão do átomo,
tendo por matéria-prima materiais altamente
radioativos, como o urânio, o plutônio ou o
tório. É energia liberada dos núcleos atômicos,
quando os mesmos são levados por processos
artificiais a condições instáveis.
Usina Eólica: energia cinética contida nas massas de
ar em movimento (vento). Para isso, são utilizados
aerogeradores (nome moderno dos antigos moinhos
de vento).
Piauí – Usina Eólica da Pedra do Sal no Município de
Parnaíba. Capacidade de Geração: 88MW. Previsão:
Usina Solar: geração de eletricidade a partir da
incidência luminosa que é captada por um
painel fotovoltaico, interligado a um
controlador/regulador de carga e baterias. Este
sistema é mais indicado para o suprimento
energético a pequenas comunidades rurais
isoladas, distantes da rede convencional de
energia.
Piauí – Foram instalados 62 sistemas
fotovoltaicos em 36 municípios, onde 24
destinam-se ao bombeamento de água.
Usina Solar Taiwan – Estádio de
Fotovoltaica Futebol
Energia das Marés: aproveita o potencial energético
do desnível das marés, que deve ser de no mínimo
7 metros. As barragens são construídas próximas
ao mar, e os diques são responsáveis pela
captação de água durante a alta da maré. A água é
armazenada e, em seguida, é liberada durante a
baixa da maré, passando por uma turbina que gera
energia elétrica. Essa é uma fonte de energia limpa
e renovável.
Brasil – Usina de Ondas do Porto do Pecém (CE). A
COPPE (UFRJ) é a responsável pelo projeto. Existe
estudos para implantação desta tecnologia em São
Luís (MA).
Matriz Elétrica Matriz Elétrica

Brasileira Piauiense
• Transmissão de Energia Elétrica
Subestação Elevadora de Tensão: localizada na usina
geradora, ela eleva a tensão para baratear os custos
de transmissão. Tensão padronizada em função da
potência para se obter menores valores de corrente e
portanto menor seção do condutor que fará o
transporte de energia elétrica. Tensões padronizadas:
69kV, 138kV, 230kV, 345kV, 440kV, 500kV, 750kV em
tensões alternadas e 600kV em tensão contínua;
Linha de Transmissão: conduzem a energia elétrica
do centro de geração para o centro de consumo. Usa-
se condutores de alumínio (mais leve e mais fácil de
ser transportado e suspenso).
Condutores 103A 10 - 102A
Subestação Linha de
Elevadora de Tensão Transmissão
• Distribuição de Energia Elétrica
Subestação Abaixadora de Tensão: localizada no
centro de consumo, abaixa a tensão para 13,8kV,
34,5kV ou 69kV, denominada distribuição primária;
Subestação de Distribuição: distribuídas em
diferentes pontos da cidade. Reduz a tensão para
13,8kV;
Rede de Distribuição Primária: corre a 3 fios (13,8kV);
Transformador de Rua (Poste): abaixa a tensão para
220/127V ou 380/220V para transporte pela rede de
distribuição secundária;
Rede de Distribuição Secundária: corre a 5 fios (1
neutro, 3 fases e 1 fase para a iluminação pública).
Rede de Distribuição Rede de Distribuição

Primária Secundária
Transformador
Sistema Elétrico de Potência e Sistema
Elétrico do Consumidor
• Sistema Elétrico de Potência (SEP)
Conjunto de equipamentos e instalações destinados
à geração, transmissão, medição e distribuição de
energia elétrica.
Entre a geração de energia elétrica e o seu
consumo, um SEP é, normalmente, dividido em 3
subsistemas: geração, transmissão e distribuição.
O objetivo de um SEP é gerar, transmitir e distribuir
energia elétrica atendendo a determinados padrões
de confiabilidade, disponibilidade, qualidade,
segurança e custos, com o mínimo impacto
ambiental e o máximo de segurança pessoal.
• Sistema Elétrico do Consumidor (SEC)
A nova tendência internacional é de liberalização do
mercado de energia elétrica com o estabelecimento de
comércio de energia on-line e de consumidores com o
direito de escolher seu supridor de energia elétrica.
Atualmente a maioria dos usuários da rede de energia
elétrica são receptores passivos sem nenhuma
participação no gerenciamento da operação da rede.
Cada consumidor é simplesmente um absorvedor de
eletricidade. As redes de energia elétrica deverão em
um futuro não longínquo permitir que seus usuários
exerçam um papel ativo na cadeia de suprimento de
energia elétrica.
Com a consolidação da geração distribuída em um
mercado liberalizado de energia elétrica, um novo
modelo de geração deverá surgir em que coexistirão
geração centralizada e geração descentralizada. Um
grande número de pequenos e médios produtores de
energia elétrica com tecnologia baseada em fontes
renováveis de energia deverá ser integrado à rede
elétrica. Milhares de usuários terão geração própria
tornando-se ambos, produtores e consumidores de
energia elétrica. O mercado de energia elétrica
deverá fazer uso pleno de ambos, grandes produtores
centralizados e pequenos produtores distribuídos.
Pequenos produtores quando operando interligados à
rede de distribuição em baixa tensão dão origem a
um novo tipo de sistema de potência denominado de
microredes. As microredes podem operar em modo
autônomo ou como parte da rede principal de energia
elétrica. Quando várias fontes são conectadas entre
si e operam de forma conjunta e coordenada dá
origem ao que se denomina de plantas de geração
virtual.
As plantas virtuais de geração são operadas
coletivamente por uma entidade de controle
centralizado, pois assumem a grandeza de uma
planta convencional podendo operar no mercado de
energia elétrica

Instalações Elétricas em Engenharia Civil

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Instalações Elétricas em Engenharia Civil

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

UESPI

Prof. Mestre José Brito Neto

Matriz Elétrica Matriz Elétrica

Rede de Distribuição Rede de Distribuição

Você também pode gostar