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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

MATERIAIS ELÉTRICOS CONDUTORES E ISOLANTES


Questões

São Paulo
2020
MATERIAIS ELÉTRICOS CONDUTORES E ISOLANTES
Questões

Exercícios apresentado como requisito para


obtenção de aprovação na AV1 da disciplina
no curso de Engenharia Elétrica, turmas de
4º a 9º semestre – Diurno – na Univesidade
Nove de Julho.
Orientação: Prof. Sergio Henrique Costa de
Jesus

Aldenir da Silva--------------------------------------------------RA: 920125679

Felipe Couto de Carvalho-------------------------------------RA: 919101809

Filipe Andre Veríssimo-----------------------------------------RA: 417202190

Rafael Albieri Gregório----------------------------------------RA: 920105412

Washington Fortunato de Oliveira---------------------------RA: 918110648

São Paulo
2020
QUESTÕES E RESPOSTAS

1) O que se entende por estrutura cristalina de um material?


R: Uma estrutura cristalina é aquela na qual os átomos estão situados em um
arranjo que se repete ou que é periódico ao longo de grandes distâncias atômicas;
isto é, existem ordens de longo alcance, de tal modo que quando ocorre a
solidificação os átomos se posicionarão em um padrão tridimensional repetitivo, no
qual cada átomo está ligado aos seus átomos vizinhos mais próximos, formando
assim estruturas cristalinas.

2) O que ocorre com as moléculas ou com a rede cristalina de um


dielétrico na presença de um campo elétrico externo?
R: Quando submetido a um campo elétrico, tem seus elétrons deslocados de
distâncias microscópicas (moleculares). Esse fenômeno é conhecido como
polarização. Esta polarização que costuma ser diretamente proporcional ao campo
elétrico externo, exceto em casos de saturação provoca deslocamento reversível
das nuvens eletrônicas nos átomos ou moléculas de um material isolante (seja um
sólido, líquido ou gás).
A estrutura eletrônica do material é modificada pelo campo elétrico externo,
que induz o alinhamento de dipolos elétricos existentes no material.

3) Cite, explique e exemplifique as principais características ELÉTRICAS


dos materiais condutores.
R:
Condutividade ou resistividade elétrica.
A condutividade elétrica (σ), é a característica intrínseca do material inversa à
resistividade que quantifica a facilidade de passagem de corrente elétrica por um
material.
Resistividade Elétrica (ρ), é a característica intrínseca do material de oferecer
resistência a passagem de corrente elétrica.
Exemplos: Metais, (alumínio, cobre, prata, níquel, zinco, platina, ferro e ligas
metálicas)
•Coeficiente de temperatura

Em baixas temperaturas a vibração dos átomos é baixa facilitando a


passagem dos elétrons pela estrutura cristalina parada. Se aumentar a temperatura
os átomos vibram aumentando probabilidade de colisão dos elétrons fazendo o
metal aquecer.
Quanto maior a temperatura, maior a resistência elétrica e este coeficiente
positivo de temperatura faz a resistividade aumentar. Nos metais, essa variação é
muito menor do que nos PTCs.

•Condutividade térmica

Exprime a resistência dos materiais à propagação de calor.


RT = ρxTx h, onde: ρxT é a resistência térmica específica Axh é a unidade
linear e A é a área.
Os metais têm baixa resistividade térmica ρxT é maior nas ligas metálicas que
nos metais puros.

•Potencial de contato e força termoelétrica

A diferença de potencial de contato ou Diferença de Potencial de Junção,


termo normalmente encontrado em espectroscopia de elétrons e também em outras
áreas, refere-se à diferença de potencial associada ao aparecimento de um campo
elétrico no exterior de uma amostra constituída pela junção de dois materiais com
energias de Fermi diferentes. Um campo elétrico é o campo de força provocado pela
ação de cargas elétricas, ou por sistemas delas. Cargas elétricas colocadas num
campo elétrico estão sujeitas à ação de forças elétricas, de atração e repulsão

A força termoelétrica é a conversão direta da diferença de temperatura em


tensão elétrica e vice-versa. Um dispositivo termoelétrico cria uma tensão elétrica
quando há uma diferença de temperatura entre seus lados. Quando acontece o
contrário, ou seja, lhe é aplicada uma tensão elétrica, cria-se uma diferença de
temperatura (fenômeno conhecido como efeito Peltier).
•Comportamento mecânico

Ligas de cobre com diversos metais costumam ser empregadas para obter
maior resistência tração mecânica e elasticidade pela ácil deformação a frio e quente
(viabiliza fios finos). Cobre encruado (Elevada dureza, resistência à tração e baixo
desgaste)
Ligas metálicas não são vantajosas do ponto de vista elétrico, mas podem
atribuir outras características importantes com relação a fatores como: mecânicos,
térmicos, luminosos e magnéticos, entre outros efeitos que podem causar variação
das características iniciais dos condutores. Estas características acima dos materiais
condutores que devem ser levadas em conta na escolha de materiais para projetos.

4) Quais são os melhores “custo benefício” relacionados aos materiais


condutores? Explique.
R: Cobre, alumínio, prata, chumbo, platina, mercúrio, ferro e ligas desses
metais que são empregadas para obter maior resistência tração mecânica e
elasticidade. A densidade do cobre e maior que a do alumínio, a resistividade do
cobre é menor que a do alumínio. Para conduzir a mesma corrente a seção do
condutor de alumínio deve ser maior que a do cobre.
Em geral, a relação de custo cobre/alumínio varia de um fator de 5 a 8 (ou
seja, o condutor de cobre é de 5 a 8 vezes mais caro que o condutor equivalente de
alumínio).
Economicamente, o alumínio mostra-se mais atrativo que o cobre para
condutores em geral, mas deve-se cuidar para que seu uso se restrinja a utilizações
em que pessoas qualificadas responsabilizem-se por sua instalação e manutenção.
Onde o peso é importante, o alumínio é a escolha preferível.
A prata, platina são metais nobres bastante estáveis quimicamente, existindo
ainda o mercúrio que é bastante caro.
5) Quais são as vantagens que fazem do cobre uma opção frequente de
utilização?
R: As vantagens são:
•Baixa resistividade, perdendo apenas para a prata
•Baixa oxidação sob umidade em baixas temperaturas.
•Características mecânicas favoráveis
•Fácil deformação a frio e quente, viabilizando fios finos
A condutividade do Cu é mais reduzida por impurezas distantes na tabela
periódica como P(fósforo), As(Arsênio), Al(Alumínio), Fe(Ferro), Sb(Antimônio) e
Sn(Estanho).

6) Como ocorre a condução elétrica nos condutores?


R: O Processo de condução elétrica nos condutores acontece pela
movimentação de cargas elétricas. Os elétrons se movimentam em virtude das
diferenças de potencial aplicadas nas extremidades deste material. Estas diferenças
de potencial surgem devido à falta de elétrons em algumas regiões e à sobra de
elétrons em outra região.

7) Quais os principais fatores envolvidos na durabilidade dos contatos.


Explique.
R: Sistema mecânico de fechamento, Dureza do metal, Corrente de
interrupção, Extinção de arco voltaico, Temperatura de trabalho e Meio ambiente das
peças de contato.
A durabilidade mecânica dos contatos elétricos exprime a quantidade de
operações totais e periódicas, de fechamento e interrupção de um dispositivo sem
levar em conta os efeitos elétricos. O principal fator determinante da durabilidade
mecânica é o sistema de fechamento.
8) Explique o sistema de contato por deslizamento.
R: O contato móvel se move perpendicular ao fixo, a redução drástica do
atrito e desgaste das peças. A aplicação: metais com difícil oxidação ou sulfatação
superficial.
Em condições idênticas de funcionamento (porém com os materiais
apropriados a cada caso) os contatos por pressão apresentam durabilidade muito
maior que os contatos por deslizamento.

9) Quais são os efeitos do arco voltaico?


R: Oxidação, volatização, (redução da quantidade de metal), crateras na
superfície de contato e redução de Ae, aumento i/mm^2 e da temperatura. Quanto a
atenuação dos efeitos deletérios de arcos voltaicos: condutividade térmica do
material, condições de troca de calor e capacidade térmica (quantidade de energia,
temperatura).

10) Quais são as características elétricas dos semicondutores?


R: Sólidos cristalinos de condutividade elétrica intermediária entre condutores
e isolantes e carbono, o silício e o germânio possuem uma propriedade única em
sua estrutura de elétrons, cada um possui quatro elétrons em sua órbita mais
externa. Os quatro elétrons formam ligações covalentes perfeitas com quatro átomos
vizinhos, criando um reticulado, (se assemelha a uma rede), permitindo que eles
formem bons cristais.

11) Defina os tipos de semicondutores extrínsecos.


R: Semicondutores extrínsecos ou dopados, seu comportamento é
determinado por impurezas, as quais mesmo em pequenas concentrações, induzem
excesso de elétrons ou lacunas. – Por ex.: uma concentração de impurezas da
ordem de um átomo por 1012 é suficiente para tornar o silício extrínseco à
temperatura ambiente. A adição de certos átomos estranhos aos átomos de silício ou
germânio, chamados de átomos de impurezas, pode alterar a estrutura de camadas
(bandas) de energia de forma suficiente mudar as propriedades elétricas dos
materiais intrínsecos.
Condutividade esta, devida a elétrons livres, que ganharam energia e foram
para a camada superior, gerando igual número de lacunas na camada de valência.
12) Quais os materiais que formam os semicondutores tipo N e P?
R: Material tipo n, (elétrons livres). Adicionando átomos penta valentes
(Antimônio(Sb), Fósforo). Maior número de n do que p, o material é classificado
como tipo n.
Material tipo p lacuna. Adicionando átomos trivalentes (Alumínio, Boro e
gálio). Maior número de p do que n o material é classificado como tipo p.

13) Defina a condutividade em semicondutores tipo N e P.


R: Tipo N: Quando dopamos uma pastilha de semicondutor (ex.: silício) com
impurezas penta valentes de antimônio (por exemplo), elétrons livres surgem na
zona proibida que precisam de pouca energia para atingir a camada superior.
TIPO P: Quando dopamos uma pastilha de semicondutor (Si por exemplo)
com impurezas trivalentes (de índio por exemplo), vagas surgem próximas á
superfície da camada de valência do átomo de índio. Um elétron de um átomo de
silício vizinho pode receber pequena quantidade de energia e ser deslocado para
essa vaga, ativando uma lacuna na zona proibida.

14) Como o processo de dopagem afeta as bandas de energia dos


semicondutores. Explique como este processo aumenta a condutividade
nestes materiais.
R: Os elétrons de uma determinada órbita possuem o que chamamos de
banda de energia. Ou seja, o nível de energia não é único para cada camada. Um
elétron pode mudar de uma banda de menor energia para uma banda de maior
energia. Isso ocorre se receber energia externa, que pode ser na forma de luz, calor,
radiação etc. A dopagem, mistura-se uma pequena quantidade de impurezas a um
cristal de silício. Se um elemento como o antimônio, que tem 5 elétrons de valência,
for adicionado e alguns átomos deste substituírem o silício na estrutura cristalina, 4
dos 5 elétrons irão se comportar como se fossem os de valência do silício e o
excedente será liberado para o nível de condução. A condutividade de um
semicondutor que chega a ter uma impureza para cada 109 partes de material
básico.
15) O que é a região de depleção?
R: Refere-se a região em torno da junção PN de um semicondutor na qual
existe poucos portadores de carga, (elétrons e lacunas), uma barreira de potencial.

16) Explique quais são as correntes que circulam em uma junção PN


polarizada reversamente e diretamente.
R: Polarização reversa, a fonte faz aumentar a concentração de elétrons no
lado n e de lacunas no lado p, de forma que a quantidade de íons na região de
depleção aumenta. Aumenta o campo elétrico na região de depleção, novo equilíbrio
é estabelecido e a corrente de portadores minoritários (Is ) é ínfima.
Polarização direta, a fonte faz reduzir a concentração de elétrons no lado n e
de lacunas no lado p, de forma que a quantidade de íons na região de depleção
diminui, o campo elétrico na região de depleção reduz e a corrente ID sofre aumento
exponencial conforme aumenta a tensão nos terminais do diodo.
17) Por que um dielétrico aumenta a capacitância de um capacitor?
R: O dielétrico, devido a indução eletrostática que ele sofre e a geração de
um campo elétrico, que se opõe ao campo das cargas nas placas, faz com que a
intensidade do campo elétrico entre as placas diminua, ou seja, a polarização do
dielétrico reduz a intensidade do campo elétrico no interior do capacitor. Quando a
intensidade do campo diminui a diferença de potencial elétrico, ddp entre as placas
também diminui.

18) O que é o dielétrico?


R: Material que possui propriedades isolantes e que podem ser facilmente
polarizados, geralmente são meios que dificultam a formação de correntes elétricas.
Um material isolante é uma substância em que os elétrons e íons não podem se
mover em distâncias macroscópicas, como nos condutores.

19) Cite e explique três comportamentos do dielétrico em campo


elétrico.
R: Borracha, porcelana, vidro, plástico, madeira e muitos outros.
Componentes, barrar a passagem da corrente elétrica, acumular cargas elétricas em
razão de sua polarização, evitar a ruptura dielétrica do ar em fios de alta tensão e
isolar componentes elétricos.
20) Cite e explique quatro características dos isolantes líquidos?
R: Ponto de chama: temperatura onde os vapores do líquido dependem de
uma chama para inflamar (apaga quando retiramos a chama de ignição).
Ponto de queima: temperatura 30 a 50 °C acima do ponto de chama onde a
chama não se extingue mais se retiramos a chama de ignição.
Ponto de ignição: temperatura acima do ponto de queima, onde os vapores
entram em combustão sem necessidade de chama de ignição.
Ponto de solidificação: temperatura baixa onde o óleo não mais escorre
devido ao seu próprio peso.

21) Cite as principais características da borracha e Neoprene, assim


como suas aplicações elétricas como isolantes.
R: A borracha natural (látex), embora mais resistente à tração foi substituída
pela borracha sintética devido a diversos fatores de envelhecimento precoce. Reage
com cobre.
Borracha butílica: Características elétricas melhores que a borracha natural,
boa flexibilidade e resistência a produtos químicos. Enxofre na borracha reage com
o cobre, (estanhar), temperatura limite de 85º C.
Borracha de etileno-propileno (EPR): Boa rigidez dielétrica, baixas perdas
dielétricas e razoável constante dielétrica. Suporta até 90ºC e é quimicamente
estável perante a ozona e agentes químicos presentes no ar.
Aplicação na fabricação de mantas isolantes, luvas e botas de proteção, bem
como na fabricação de cabos.
Neoprene: Suporta 120 oC, óleo e gasolina, cobre. Átomos de cloro polares,
características elétricas medíocres. Aplicação em capas de fios (não isolamento).
22) Por que a resistividade elétrica das cerâmicas diminui com o
aumento da temperatura? Por que algumas cerâmicas podem ser condutores?
Por que cerâmicas são frágeis?
R: Cerâmicas não são elementos químicos, mas sim compostos químicos ou
misturas de materiais inorgânicos preparados com a ação do calor e resfriamento.
As impurezas contidas nas matérias-primas utilizadas afetam as propriedades das
Cerâmicas. A resistividade dos materiais isoladores e semicondutores diminui com a
temperatura, devido à preponderância do aumento do número de cargas livres sobre
a degradação da mobilidade.
Os materiais cerâmicos são frágeis pois as ligações são rígidas e não
possuem elétrons livres na ligação química. Têm pouca elasticidade; pouca
maleabilidade e apresenta fragilidade.

23) Por que é realizado o ensaio de rigidez dielétrica de um óleo


isolante?
R: O procedimento utilizado para determinação da rigidez do óleo consiste
em um teste de rotina, ou seja, um teste que deve ser realizado com alguma
periodicidade visando à substituição do óleo caso algumas de suas propriedades
estejam foras do padrão, dentre elas, a resistividade, coeficiente de oxidação,
viscosidade, ponto de queima, de chama, etc.
A rigidez dielétrica é a propriedade de um dielétrico de se opor a uma
descarga disruptiva e é medida pelo gradiente de potencial sob o qual se produz
essa descarga. O teste de rigidez dielétrica revela a presença de agentes
contaminantes, tais como água, sujeira e partículas condutoras no óleo, sendo que a
tensão de ruptura do dielétrico de um líquido isolante é importante para a avaliação
da capacidade de suportar esforços elétricos sem falhar.

24) Que cuidados devem ser tomados ao realizar o ensaio de rigidez


dielétrica do óleo isolante?
R: Profissional capacitado para tal ensaio e uso de EPI’s, NR 10 item 10.4.6.
Os ensaios e testes elétricos laboratoriais e de campo ou comissionamento de
instalações elétricas devem atender à regulamentação estabelecida nos itens 10.6 e
10.7, e somente podem ser realizados por trabalhadores que atendam às condições
de qualificação, habilitação, capacitação e autorização estabelecidas nesta NR.
25) Cite e justifique as principais vantagens X desvantagens do cobre X
alumínio, para as aplicações em Eng. Elétrica, Eletrônica e de
Telecomunicações.
R: As vantagens que fazem do cobre uma opção frequente: Baixa
resistividade (só perde para a prata). Baixa oxidação sob umidade em baixas
temperaturas. Características mecânicas favoráveis. Fácil deformação a frio e
quente (viabiliza fios finos). A condutividade do Cu é mais reduzida por impurezas
distantes na tabela periódica como P(fósforo), As(Arsênio), Al(Alumínio), Fe(Ferro),
Sb(Antimônio) e Sn(Estanho). Impurezas como ouro e prata tem menor impacto na
condutividade do cobre.
O cobre é mais caro e mais pesado que o alumínio.
Alumínio é segundo metal mais utilizado como condutor elétrico.
O Alumínio tem as seguintes vantagens: Preço entre 50% e 70% mais
barato que o cobre. Peso do condutor equivalente é de 50% do peso do cobre.
Possui menores exigências mecânicas nos suportes (torres das linhas de
transmissão), facilmente encontrado na natureza.
Deficiências do alumínio: Menor resistência mecânica, maior resistividade
elétrica (1,65 a 1,7 vezes a do Cu). Oxidação superficial rápida Alumínio. Para o
consumidor/empresa, a aquisição de um ou de outro depende muito da aplicação

26) Fale sobre as principais características das ligas metálicas para


fabricações de CONTATOS ELÉTRICOS. Exemplifique.
R: A prata que é o metal nobre mais utilizado na indústria (evitando oxidação
ou sulfatação). Contatos elétricos - principal aplicação Baixas correntes (prata pura),
altas correntes (ligas: cobalto, paládio, bromo e tungstênio). Camadas de alguns
mícrons utilizadas para proteção contra corrosão. Em temperaturas de 200º C a 300°
C elimina o oxido; libera o oxigênio; volta a ser prata pura.
Platina é outro metal nobre bastante estável quimicamente. Relativamente
mole, permite folhas de 0,0025 mm de espessura e fios com diâmetros inferiores a
0,015 mm. Pode ser facilmente soldada em temperaturas de 800° C Antioxidante –
utilizada em peças de contato, anodos e fios de aquecimento.
Ligas com rutênio, sódio, paládio e irídio, com temperaturas de fusão
superiores a 1500° C são utilizadas em contatos. Utilizada para termômetros
resistivos e termo elementos até 1000° C, sem transformações estruturais.

27) Fale sobre a influência da frequência na condução da corrente


elétrica.
R: A frequência de uma corrente elétrica é o número de ciclos oscilatórios que
completa em um segundo e é medida em Hertz (Hz). Esse fator, quando aumentado
acima de um limite mais elevado, faz com que a corrente elétrica flua ao redor de um
condutor em vez de através dele. É o chamado efeito pelicular e geralmente ocorre
quando a frequência da corrente elétrica aumenta a cima de 3 gHz (ou
3.000.000.000 de ciclos por segundo), reduzindo as propriedades de condutividade
elétrica do material. Esse efeito é observável somente nas operações com corrente
alternada (CA), uma vez que a contínua (CC) possui uma frequência absoluta de 0
Hz e não oscila quando flui.

28) Definir o que é um diodo de junção?


R: Uma junção P-N é produzida quando dois semicondutores do tipo P e do
tipo N são ligados de forma que se mantenha a continuidade do reticulado cristalino.
O diodo de junção é um elemento básico para quase todos os dispositivos
semicondutores que usam uma junção P-N.
A Junção p-n é formada pela dopagem de um material semicondutor com
impurezas doadoras (penta valentes) e aceitadoras (trivalentes) em áreas distintas e
vizinhas, formando a junção metalúrgica.

29) Quais os tipos de diodos que existem e defina cada um deles (qual
sua função)?
R: O diodo semicondutor é um componente que pode comportar-se como
condutor ou isolante elétrico, dependendo da forma como a tensão é aplicada aos
seus terminais. Essa característica permite que o diodo semicondutor possa ser
utilizado em diversas aplicações, como, por exemplo, na transformação de corrente
alternada em corrente contínua. Um diodo semicondutor é formado a partir da
junção entre um semicondutor tipo p e um semicondutor tipo n.
Diodo retificador, diodo zener, diodo laser, diodo schottky, diodo varicap,
Diodo foto emissor e diodo LED, são os principais tipos de diodo, podem ser
fabricados com germânio, silício e outros materiais.
Definição: Os diodos retificadores são componentes que conduzem corrente
elétrica em um sentido e bloqueiam a passagem de corrente elétrica no sentido
inverso.
Diodo Zener exploram a característica de tensão na região de ruptura
inversa.
O diodo laser, ou LD, é um componente eletrônico semicondutor, ele é
formado por uma junção pn semelhante ao encontrado em um díodo de emissão de
luz (LED).O diodo laser pode ser feito de diversas substâncias como metais, gases e
pedras preciosas, que geram luz quando excitadas por uma fonte de energia.

O diodo Schottky é um componente semicondutor e recebe este nome em


homenagem ao físico alemão Walter Hermann Schottky. O diodo Schottky, (diodo de
barreira), têm como característica a comutação ultrarrápida, e quando é polarizado
diretamente possui uma queda de tensão muito baixa. Permitem comutações (on-off)
muito mais rápidas que os diodos comuns. Diodo Schottky, ao contrário do diodo
comum, o diodo Schottky não é formado por uma junção P-N, porque a camada P é
substituída por uma camada de metal, formando uma junção Metal-N.

Diodo LED, São diodos otimizados para emitir luz quando da passagem de
corrente direta (de anodo para catodo), fenômeno fundamentado no princípio da
recombinação de elétrons no material semicondutor (ver cap. 4). • O processo de
emissão de luz em LEDs é conhecido como ELETROLUMINESCÊNCIA. • A cor da
luz de um LED depende do material semicondutor usado na sua fabricação.

Diodo varicap, exploram um efeito parasita dos diodos reais, denominado


capacitância de depleção, A capacitância equivalente (entre anodo e catodo) é uma
função da tensão inversa, VR, sobre o dispositivo. Assim, o varactor pode apresentar
uma capacitância variável (Variable Capacitor diode). Possui também uma aplicação
importante na sintonia automática de emissoras em rádio receptores.

Diodo foto emissor, (fotodiodos) quando a junção do diodo está


reversamente polarizada e é iluminada com uma determinada intensidade luminosa
ocorre a geração de uma foto corrente, proporcional à luz incidente. • O fotodiodo
pode ser usado para converter sinais luminosos em sinais elétricos. Usados em
discos blu-ray, controles remotos, opto acopladores e células solares (fotovoltaicas).

30) Explique o processo de purificação do silício.


R: Um cristal de silício puro é praticamente um isolante, muito pouca
eletricidade passa por ele.
Uma capa de pequenos monocristais com acúmulo de impurezas se forma ao
redor da vareta de Si policristalino. As varetas são tratadas com ácidos fluorídrico e
nítrico Só após todo esse processo a varinha de silício passa por um processo de
fusão zonal (10 a 15 vezes), onde as temperaturas de fusão são obtidas por
aquecedor indutivo em alta frequência (bobina). A elevada resistividade obtida de
1000 Ω.cm indica que a pureza necessária foi alcançada.

31) Explique o que é dopagem de materiais semicondutores


R: Na dopagem, mistura-se uma pequena quantidade de impurezas a um
cristal de silício.
Se um elemento como o antimônio, que tem 5 elétrons de valência, for
adicionado e alguns átomos deste substituírem o silício na estrutura cristalina, 4 dos
5 elétrons irão se comportar como se fossem os de valência do silício e o excedente
será liberado para o nível de condução.

32) Explique o que são semicondutores do tipo P e semicondutores do


tipo N.
R: O nome N provém da negatividade gerada da carga negativa existente. P:
nesta dopagem, há adição de boro ou gálio ao silício. Ambos possuem três elétrons
na camada de valência. Quando são adicionados ao silício criam lacunas, que
conduzem corrente e a ausência de um elétron cria uma carga positiva (por isso o
nome P).
TIPO N: Quando dopamos uma pastilha de semicondutor (exemplo silício)
com impurezas penta valentes de antimônio (por exemplo), elétrons livres surgem na
zona proibida que precisam de pouca energia para atingir a camada superior.
TIPO P: Quando dopamos uma pastilha de semicondutor (Si por exemplo)
com impurezas trivalentes (de Índio por exemplo), vagas surgem próximas à
superfície da camada de valência do átomo de índio. Um elétron de um átomo de
silício vizinho pode receber pequena quantidade de energia e ser deslocado para
essa vaga, ativando uma lacuna na zona proibida.

33) Explique as estruturas de banda de energia.


R: Os elétrons de uma determinada órbita possuem o que chamamos de
banda de energia. Ou seja, o nível de energia não é único para cada camada.
Apresenta-se como uma faixa de possíveis valores de energia.
A camada K possui banda de energia E1, a camada L possui banda de
energia E2 e a camada M tem a correspondente banda de energia E3. Veja que os
níveis de energia aumentam para as camadas mais externas. O intervalo entre as
bandas de energia é chamado de banda proibida, ou seja, não é possível o elétron
ter valores de energia situados nessas bandas. Um elétron pode mudar de uma
banda de menor energia para uma banda de maior energia. Isso ocorre se receber
energia externa, que pode ser na forma de luz, calor, radiação etc.

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