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Turma: PS7A Grupo: A Data: 19/05/2002

Nome: Guilherme Vaz Moreira


Nome: Cauã Daniel Marra Aguiar Pinto

Resistividade Elétrica

Objetivos
Determinar a resistividade elétrica de um fio metálico e compará-la com a
resistividade elétrica de determinados materiais.

Método

A resistência elétrica (R) de um objeto depende de diversas características do


mesmo, como o material de que é composto, sua espessura (A’) e seu comprimento (ℓ).
A resistividade elétrica (ρ) é uma grandeza específica do material que o objeto é feito,
ou seja, depende de propriedades microscópicas intrínseca da matéria que o compõe.
Nesse sentido, podemos calcular a resistência de um fio em função dessas qualidades,
através da equação:
𝑙
𝑅 = 𝜌 𝐴′ [Ω] (1)

O experimento foi feito utilizando: um multímetro (na função ohmímetro); dois


cabos para contatos elétricos; um fio de metal — com diâmetro (d) conhecido — preso
a um suporte; e uma régua. Assim, o ohmímetro foi operado com objetivo de realizar
medidas da resistência elétrica (R) do fio, em função de determinados comprimentos (ℓ)
da distância entre dois pontos de contato (P1 e P2) dos cabos elétricos com o fio
metálico, medidos com a régua. A Figura 1 ilustra o esquema utilizado para a montagem
do experimento, onde mantemos o ponto de contato P1 fixo, enquanto movemos o
ponto de contanto P2 ao longo de diversos comprimentos do fio e medimos a resistência
mostrado no leitor do ohmímetro.

Figura 1. Esquema experimental para a determinação da resistência do fio metálico em função da


distância l. E determinar a resistividade posterirormente.

Com esses dados, é possível realizar um gráfico traçando pontos que relacionam
os valores de R (no eixo das ordenadas) para cada valor de ℓ (no eixo das abscissas), ou
seja, um gráfico de R versus ℓ. Através de uma regressão linear desse gráfico — que
pode ser realizado pelo programa de computador SciDAVis — determinamos os
coeficientes A (coeficiente angular) e B (coeficiente linear) do gráfico e suas respectivas
incertezas, que pela Equação 1, podem ser relacionados com ρ e A’ através das fórmulas:

(𝑖) 𝐴 = 𝜌 𝐴′ [Ω. 𝑚]; (𝑖𝑖) 𝐵 = 0 . (2)

É importante destacar que a imprecisão das medidas de R e ℓ podem ocasionar


em uma maior incerteza de A. Com a parte (i) da Equação 2, poderemos determinar a
resistividade elétrica ρ do material do fio. Entretanto, o valor de A’ não nos é dado, mas
pode ser calculado pela fórmula:
𝑑 2
𝐴′ = 𝜋 ( 2 ) [m²] (3)

pois se trata da seção reta de área do fio metálico, que é aproximadamente circular. A
incerteza de A pode ser calculada pela fórmula de propagação de incertezas —
demonstrada no Anexo — uma vez que sabemos a incerteza relacionada à medida do
diâmetro d do fio. Dessa forma, chegamos na fórmula a seguir, para determinar a
resistividade elétrica ρ do material do fio:
𝜌 = 𝐴. 𝐴′ [Ω.m] (4)

A incerteza dessa medida, mais uma vez, pode ser calculada pela fórmula de
propagação de incertezas — demonstrada no Anexo — uma vez que sabemos a
incerteza relacionada à A (fornecida pelo gráfico) e A’ (calculada a partir da Equação 3)

Resultados

Tabela 1. Valores da resistência em função do comprimento do fio, medidos com um multímetro.


Comprimento do fio (±0,005) (m) Resistência (Ω) (±2%)
0,05 2,7
0,10 3,6
0,15 5,0
0,20 6,1
0,25 7,3
0,30 8,4
0,35 9,7
0,40 10,9
0,45 12,1
0,50 13,2
0,55 14,5
0,60 16

Valor obtido para a resistividade elétrica do fio testado em bancada:

𝝆 = (𝟏𝟏𝟑 ± 𝟓)(𝟏𝟎−𝟖 Ω. 𝒎)
Figura 2. Gráfico acerca do comportamento da resistência em função do comprimento do fio.

Discussão

Inicialmente, considerando que os equipamentos utilizados em bancada de teste


não estão calibrados e, apresentam uma incerteza associada numericamente
expressiva, foi elaborada a tabela 1 com um maior número de dados a fim de reduzir a
discrepância entre os valores reais. Nesse sentido, para a obtenção de um valor com
erro ainda menor seria necessário um multímetro com maior exatidão e, um suporte
para o fio com fita métrica, também, mais exata.
Além disso, com os dados experimentais anotados, gerou-se um gráfico disperso
dos pontos obtidos e, posteriormente, uma regressão linear com o auxílio do software
SciDAVis, resultando na figura 2. Por fim, considerando o valor obtido para a
resistividade de (113 ± 5)(10(−8) Ω. 𝑚), e analisando a tabela disponibilizada no
roteiro, o resultado obtido se enquadra entre um fio de liga de Níquel-Cromo e liga de
Kanthal. Esse valor se mostra válido levando em consideração a exatidão dos
equipamentos de medição utilizados. A sua incerteza associada teve esse resultado
devido ao valor, principalmente, das incertezas do comprimento e do multímetro, que
são consideradas expressivas. Os cálculos para obtenção da resistividade e de sua
respectiva incerteza serão exibidos em anexo ao final desse relatório.

Conclusão

Diante do que foi exposto, o resultado encontrado para a resistividade elétrica


do fio proposto de (113 ± 5)(10(−8) Ω. 𝑚) se enquadra em um intervalo que pode ser
tanto liga Kanthal quanto Liga Níquel-Cromo. Mesmo assim, o valor obtido se mostra
efetivo para a questão em si, visto que os equipamentos utilizados não apresentam uma
boa exatidão.
Anexo

• Cálculo para obtenção da resistividade:

𝜌
𝑌(𝑥) = 𝐴𝑥 + 𝐵 → 𝑅 = ( ) 𝑙 → 𝑅 = 24,0𝑙 + 𝐵
𝐴′
Temos que:

𝜌
= 24,0 → 𝜌 = 24 ∗ 𝜋(0,0001225)2 → 𝝆 = 𝟏𝟏𝟑 (𝟏𝟎−𝟖 Ω. 𝒎)
𝐴′

• Cálculo para obtenção da incerteza:

𝜕𝜌 2 𝜕𝜌 2
′ √
𝜌 = 𝐴 ∗ 𝐴 → ∆𝑝 = ( ) (∆𝐴) + ( ′ ) (∆𝐴′ )2
2
𝜕𝐴 𝜕𝐴

→ ∆𝐴′ = √(2𝜋𝑟)2 (∆𝑟)2 = 2 ∗ 10−9 𝑚2

Logo,

∆𝜌 = √(4,7 ∗ 10−8 )2 (0,2)2 + (24)2 (2 ∗ 10−9 )2 = ∆𝝆 = 𝟓 (𝟏𝟎−𝟖 Ω. 𝒎)

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