Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tecnologia da soldagem
Ficha catalográfica
1. Metalurgia 2. Solda
CDD 69
Apresentação
Aos alunos, desejamos que ele seja não só a porta de entrada para o
maravilhoso mundo da soldagem, mas também que indique os inúmeros caminhos
que este mundo pode fornecer quando se tem curiosidade, criatividade e vontade
de aprender!
SENAI - INTRANET
Tecnologia da Soldagem
Choque elétrico
1
Aqui existe sempre uma possibilidade de uma passagem de grandes
descargas elétricas.
Pelas mesmas razões, o soldador nunca deve trabalhar numa poça d`água
ou num chão excessivamente úmido, trocar o eletrodo com a mão sem luvas,
deslocar uma máquina de soldagem ligada, etc.. O cabo obra da instalação deve
ser ligado na carcaça da máquina.
Queimaduras
Radiações
Raios Ultravioletas
Raios Infravermelhos
2
Estas radiações têm a capacidade de decompor solventes, liberando gases
tóxicos, portanto, em ambientes confinados, deve-se ter cuidado para que não
haja solvente nas imediações.
Máscara de soldador
As máscaras são utilizadas para cobrir toda a face, e podem ser do tipo
capacete, fixadas à cabeça (deixa as duas mãos do soldador livre) e do tipo
escudo, provido de cabo, para serem seguradas com a mão. Elas servem para
proteger o rostos e parte do pescoço das queimaduras devido á radiação ou
respingos de metal líquido proveniente da soldagem.
Tipos de máscaras:
3
A grande vantagem da máscara tipo capacete é a de deixar o soldador com
as mãos livres.
Óculos de proteção:
4
inspetores, devem se proteger a fim de proporcionar segurança contra os danos
causados pelas radiações e por objetos projetados por operações de corte ou
soldagem.
Filtros de luz:
5
13 até 400
14 acima de 400
Luvas protetoras
Todos os soldadores devem usar luvas em bom estado nas duas mãos. As
luvas protegem as mãos contra queimaduras, principalmente aquelas resultantes
de radiações emitidas pelo arco elétrico, e também evitam choques elétricos na
troca de eletrodo ou quando em contatos eventuais com uma peça quente.
As luvas são feitas de couro ou raspa de couro, com 1,5 mm de espessura
com manga ¾.
Observação:
Existem aventais conjugados com o mangote (tipo barbeiro), que além de
ser mais confortável, protege também o ombro e parte da costa do soldador.
6
Durante as operações de soldagem ou corte, os respingos e radiações
podem atingir a cabeça do soldador, esta deve ser protegida por gorro ou boné,
feitos de material de difícil combustão.
Sistema de exaustão
7
Sempre que necessário, devem ser utilizados exaustores locais, junto à
zona de soldagem para remover as fumaças e gases nocivos.
Existem diversos equipamentos fabricados com esta finalidade, porém
geralmente é utilizado um equipamento com coifa móvel, que o soldador posiciona
tão próximo quanto possível do local onde será executada a soldagem.
Sapatos de segurança
8
Estes devem ser usados em todas as situações, não apenas para prevenir
queimaduras, mas também evitar o perigo de quedas de ferramentas e acidentes
causados por choques elétricos.
Anteparos (biombos)
9
Quedas acidentais
Primeiros socorros
Socorros de emergência;
- Em caso de queimaduras, não se deve tocar no lugar lesionado, nem
furar possíveis bolhas, e para evitar contaminação, proteger os
ferimentos com materiais esterilizados,
- Em caso de intoxicação, deve-se assegurar uma boa ventilação e,
eventualmente respiração artificial,
- Em caso de conjuntivite, sensação de areia ou dor nos olhos pode ser
aplicado um colírio, por exemplo, a base de água de rosas,
- Em caso de penetração de um corpo estranho no olho, cobri-lo com
gaze sem pressão e encaminhar o acidentado ao oftalmologista,
- Em caso de choque, pode ser aplicada a respiração artificial.
10
02 – Qual é o procedimento que se deve adotar na soldagem de reservatórios que
contiveram combustível ou lubrificante?
( ) Não é possível executar a solda
( ) Só soldar com a presença do bombeiro
( ) Eles devem ser lados e se possível enchê-los d’água
( ) Só soldar com a permissão do chefe
05 – Qual o elemento que não pode estar presente na soldagem pelo processo
MIG/MAG por gerar gases tóxicos?
( ) O chefe
( ) Solventes
( ) Água
( ) Óleo
11
09 – De que material são feitas as luvas de proteção do soldador?
( ) Algodão com náilon
( ) Tecido na parte interna e externa de borracha
( ) Couro ou raspa de couro
( ) Borracha sintética
12
Soldagem pelo processo oxiacetilênico
Normas de segurança
Transporte
Os cilindros são vasos de pressão bastante resistentes, por isso eles possuem um
peso considerável e encerram uma pressão também considerável.
O transporte dos cilindros na superfície deve ser feita com carrinhos apropriados.
13
Soldagem pelo processo oxiacetilênico
Tais capacetes fixos permitem que os cilindros venham a ser içados, se necessário.
14
Soldagem pelo processo oxiacetilênic
Armazenagem
Armazene cilindros cheios separados dos vazios para evitar confusões e acidentes.
15
Soldagem pelo processo oxiacetilêni
Manuseio e uso
16
Soldagem pelo processo oxiacetilênic
• Não usar martelo, tenaz ou chave que não seja apropriada para abrir válvulas de
cilindros.
17
Soldagem pelo processo oxiacetilênico
18
Soldagem pelo processo oxiacetilênico
• Não fumar e eliminar todas as fontes de ignição que possam estar presentes nas
proximidades.
• Usar luvas de abestos para fechar a válvula em chamas.
Resumo
19
Soldagem pelo processo oxiacetilênico
• Manusear os cilindros de gás com cuidado. Eles não devem sofrer choques ou
impactos mecânicos.
20
Soldagem pelo processo oxiacetilênic
21
Soldagem pelo processo oxiacetilênico
• Nunca soldar ou cortar recipientes metálicos que tenham sidos utilizados para
líquidos combustíveis antes de uma limpeza prévia do seu interior. Explosões
desses recipientes são mais comuns do que se imagina.
22
Eletrotécnica básica
Eletricidade dinâmica
Tensão - Corrente -
Resistência
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• As unidades derivadas de tensão, corrente e resistência.
ρ.l
• A fórmula a ser aplicada para o cálculo da resistência {R = }.
A
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Os instrumentos de medição e sua ligação nos circuitos elétricos.
• Os símbolos para grandeza e unidade de tensão, corrente e resistência.
• A classificação dos materiais em função da condutibilidade elétrica.
• Os símbolos para os instrumentos de medição, usados nos desenhos de circuitos
elétricos.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Descrever a diferença de potencial (tensão), como causa da corrente elétrica.
• Descrever a corrente elétrica como movimento dos elétrons livres.
23
Eletrotécnica básica
Para que haja movimento de cargas elétricas em um circuito é necessário que alguma
força ou pressão apareça para fazer com que essas cargas elétricas se movimentem.
A esta pressão damos o nome de diferença de potencial (d.d.p.) ou tensão, que nos
é dada em volts.
Num circuito fechado, onde se tem eletricidade dinâmica, a tensão aplicada é que faz
com que as cargas elétricas se movimentem, formando, assim, a corrente elétrica.
24
Eletrotécnica básica
Por isso, é necessário que o reservatório que abastece a região ou local seja colocado
numa altura tal que proporcione a pressão desejada.
O mesmo ocorre com a eletricidade, pois nós temos elétrons nos condutores, mas se
não houver uma tensão elétrica ou d.d.p. não haverá eletricidade dinâmica.
25
Eletrotécnica básica
Grandeza da tensão
Símbolo: U
Unidade de medida da tensão: 1Volt
Símbolo: V
Unidades derivadas
Voltagens comuns
Corrente
Definição
Corrente elétrica é o movimento ordenado de cargas elétricas por um condutor.
Toda vez que passar uma corrente de elétrons em um circuito elétrico ela poderá
também ser medida.
Quando num ponto qualquer de um circuito elétrico passar 6,25 . 1018 elétrons, diz-se
que passou um Coulomb, medida essa utilizada para medir cargas elétricas.
26
Eletrotécnica básica
Medição de corrente
Porém, se passar num ponto do mesmo circuito, um Coulomb de elétrons no tempo de
1 segundo, a corrente será de 1 ampère.
1 A = 1 coulomb/s.
Grandeza da corrente
Símbolo: I
Unidade de medida da corrente: 1 ampère
Símbolo: A
Unidades derivadas
27
Eletrotécnica básica
Fluxo da corrente
Foi definido que, no circuito elétrico, o fluxo da corrente vai do pólo positivo (+) para o
pólo negativo (-) – corrente convencional.
Os elétrons livres, porém, se movem do pólo negativo (-) para o pólo positivo (+) –
corrente eletrônica ou real.
Resistência elétrica
Resistência é a dificuldade que um condutor oferece à passagem da corrente elétrica.
No caso da água, podemos dizer que há, também, resistências devido a curvas,
cotovelos, luvas, reduções, etc.
Grandeza da resistência
Símbolo: R
Unidade de resistência: 1 ohm
Símbolo: Ω
28
Eletrotécnica básica
Unidades derivadas
1 Quilohm = 1k Ω = 1.000 Ω
1 megohm = 1M Ω = 1.000.000 Ω
1 gigohm = 1G Ω = 1.000.000.000 Ω
ρ.l
R=
A
Ω . mm 2
ρ = resistência específica em
m
l = comprimento do condutor em m
d2 . π
A = π . r2 =
4
Exemplo
Calcular a resistência em Ω de um condutor de cobre de l = 130m de comprimento, e
de uma secção de A = 0,1257mm2, quando a resistência específica do cobre for
0,0178Ω . mm 2
ρ= .
m
ρ.l
R=
A
2
0,0178Ω . m
/m/ /m
/ . 130m
/
R= 2
/m
0,1257m /
R = 18,4 Ω
29
Eletrotécnica básica
Medição
O aparelho usado para a medição da resistência elétrica é o ohmímetro.
Exercícios
Isolantes
São materiais que oferecem grande dificuldade à passagem da corrente elétrica, não
permitindo que seus elétrons se libertem facilmente dos seus átomos.
Isolantes
Louça plásticos
Vidro ebonite
Borracha fibras
30
Eletrotécnica básica
Condutores
São materiais que oferecem pouca dificuldade à passagem da corrente elétrica e são
usados para transportá-la de um local para outro.
O cobre tem tido maior aplicação porque, além de ser um bom condutor, oferece boa
resistência mecânica e suas emendas podem ser facilmente soldadas.
Condutores
Condutibilidade elétrica em Resistividade específica a 20ºC
Material m Ω . mm 2
Ω . mm 2 m
Ouro Au 45,7 0,0219
Prata Ag 60 0,0167
Cobre Cu 56 0,0178
Alumínio Al 36 0,0278
Constantan (CuNi) 2,04 0,4902
Carbono C 0,015 66,6667
Resistores
São elementos usados para se introduzir resistência adicional aos circuitos.
Os resistores são fabricados com materiais maus condutores, ou seja, materiais que
permitem a passagem da corrente elétrica, porém com certa dificuldade.
31
Eletrotécnica básica
Semicondutores
São materiais que têm propriedades intermediárias, entre condutores e isolantes.
Semicondutores
Selênio
Germânio
Silício
32
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Noções de eletricidade II
Ora, a corrente elétrica percorre um caminho chamado circuito. Vejamos agora o que é
um circuito elétrico.
33
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Eles percorrem um caminho fechado, que não tem início nem fim, mas é contínuo. Por
isso, esse caminho recebe o nome de circuito.
Fonte geradora
A fonte geradora de energia produz a energia que circula pelo circuito elétrico.
Bateria Gerador
34
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Circuito fechado
Toda a vez que a corrente elétrica percorre o condutor desde a fonte geradora até o
dispositivo de manobra, alimenta os condutores e retorna à fonte geradora para
recomeçar o ciclo, o circuito tem a continuidade. A corrente circula por um caminho
fechado. Observe na figura abaixo:
Circuito aberto
35
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Observe a seguir:
Corrente contínua
Corrente alternada
36
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Como se pode perceber, a soldagem tanto pode ser feita com corrente contínua como
utilizando a corrente alternada. O uso vai depender da máquina escolhida para realizar
o trabalho e do tipo de eletrodo.
37
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
A soldagem ao arco elétrico é feita com auxílio de máquinas que fornecem a tensão e a
corrente necessárias ao funcionamento do arco elétrico.
Gerador
O gerador é a máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica. Esta máqui-
na é na verdade um conjunto, composto de um dínamo ou gerador de CC - corrente contí-
nua - acionado por um motor elétrico ou um motor a diesel ou gasolina; este motor fornece
a energia mecânica necessária para fazer o dínamo funcionar.
38
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
O rotor possui bobinas - uma espécie de carretel com fio de cobre enrolado - que pro-
duzem uma corrente elétrica que é, por sua vez, retirada por meio de coletores; estes
são constituídos por lâminas de cobre isoladas uma das outras por lâminas de mica
(material isolante) e a sua função é transferir a energia do enrolamento do rotor para o
exterior.
Estator Rotor
No circuito de corrente contínua (CC), o condutor que leva a energia para a peça de tra-
balho está no lado negativo e o outro, por onde a energia retorna, está no lado positivo.
A essa situação chamamos polaridade direta, isto é, a energia sai do pólo negativo e
retorna pelo pólo positivo.
Porém, existem alguns eletrodos mais aperfeiçoados que são utilizados em polaridade
invertida, isto é, a peça é ligada ao pólo negativo e o eletrodo ao pólo positivo. De modo
geral, a polaridade invertida é usada com eletrodos fortemente revestidos para solda-
gem de ferro fundido e para soldagem com eletrodos não-ferrosos, como cobre e alu-
mínio.
39
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
A intensidade de corrente no gerador é regulada por meio de três terminais ou bornes; dois
são positivos e um negativo. Cada um dos pólos positivos corresponde a uma faixa de in-
tensidade de corrente. De acordo com o diâmetro do eletrodo, seleciona-se um ou outro
pólo; em seguida, desloca-se a alavanca de intensidade de modo a fazer corresponder a in-
tensidade desejada com a graduação existente junto à alavanca.
A regulagem de tensão também é feita de acordo com o eletrodo. Eletrodo mais fino
exige tensão mais alta; eletrodo com diâmetro maior pede tensão mais baixa. Regula-se
a tensão por meio do reostato, isto é, chave controladora de tensão. Esse reostato
apresenta uma graduação numa escala de 0 a 10 que serve de indicação para tensão
menor ou maior. Para regular, a prática aconselha partir de um valor médio e aumentar
a tensão na medida do necessário.
40
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Quando houver aquecimento excessivo da peça, fato que se percebe pelo aumento da
poça de fusão, é sinal de que a tensão está muito alta e é necessário baixá-la.
Como qualquer outra máquina, o gerador precisa ser utilizado com cuidado a fim de
proporcionar o melhor rendimento.
Uma vez que o gerador possui partes móveis, é preciso estabelecer um plano de ma-
nutenção e de lubrificação para essas partes. Os coletores exigem limpeza constante e
as escovas devem ser trocadas periodicamente.
41
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Transformador
É uma máquina que torna possível aumentar ou diminuir a tensão da corrente alternada,
ao mesmo tempo em que diminui ou aumenta a intensidade de corrente, permitindo a
obtenção da fonte de calor necessária para a soldagem.
Esse campo atua sobre o enrolamento secundário e produz nele alta intensidade de cor-
rente e baixa tensão. Essa corrente alternada de baixa tensão é que gera o calor ne-
cessário para soldar.
42
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Vantagens do transformador
Por outro lado, o transformador desequilibra a rede de alimentação devido a sua ligação
monofásica, isto é, de uma só fase e apenas admite elétrodo que proporcione boa ioni-
zação da atmosfera onde é formado o arco elétrico.
43
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Retificador
O transformador modifica a corrente da rede de alta tensão para baixa, ao mesmo tem-
po em que aumenta a intensidade da corrente; o retificador retifica ou transforma a cor-
rente de baixa tensão procedente ao transformador em corrente contínua de alta inten-
sidade para a soldagem. Pode ser considerado, em essência, como uma válvula elétri-
ca que só permite a passagem da corrente em um único sentido.
44
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
Vantagens do retificador
Existe também uma outra máquina que é ao mesmo tempo transformador e retificador,
isto é, fornece corrente contínua ou corrente alternada. Basta apenas ligar o cabo do
porta-elétrodo no terminal correspondente à corrente desejada.
A tensão em circuito aberto fornecida por essa máquina varia, em geral, de 55 a 90V. A
intensidade da corrente consumida pode variar de 350A até alguns milhares de am-
pères.
45
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
46
Soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido
No caso de usar o gerador, é preciso lembrar que a chave para ligar a máquina possui
dois estágios; assim, é preciso ligar o primeiro estágio, esperar o motor completar a ro-
tação e só depois ligar o segundo estágio.
Por exemplo, se um retificador trabalha com intensidade de corrente de 250A e tem ci-
clo de trabalho de 100%, significa que a máquina pode trabalhar sem parar, desde que
a corrente não ultrapasse os 250A.
No caso de uma soldagem que requisite intensidade de 300A, é preciso consultar a in-
dicação de ciclo de trabalho correspondente a essa intensidade. Em alguns modelos de
máquinas, a indicação está na própria máquina, compondo uma tabela. No caso de não
existir essa indicação, é possível utilizar a tabela a seguir.
47
Tecnologia dos materiais
Normalização e classificação
dos aços
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Estar informado sobre:
• Sistema de representação (designação) dos aços (normas);
• Designação e normalização do ferro fundido.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Significado dos símbolos, números e nomenclaturas das normas ABNT, DIN, SAE e
AISI;
• Composição química dos materiais em função dos símbolos normalizados;
• Equivalência entre materiais especificados por diferentes normas, aplicando
tabelas;
• Utilização das tabelas de equivalência;
• Aplicação dos diversos tipos de aços-carbono e aços-liga na construção mecânica;
• Diferentes tipos e principais características dos aços inoxidáveis.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Interpretar normas de identificação dos aços utilizando tabelas;
• Especificar aços conforme o sistema de normalização.
49
Tecnologia dos materiais
Introdução
O aço
O aço é definido como sendo uma liga composta basicamente de ferro e carbono.
Divide-se em:
• Aços ao carbono
• Aços-liga ou aços especiais
O elemento que exerce maior influência é o carbono e seu teor nos aços ao carbono
varia de 0,008 a 2%C aproximadamente.
50
Tecnologia dos materiais
Os aços com teores superiores a 0,95%C são considerados como aços ao carbono
especiais.
Aplicações
Os aços de baixo teor de carbono são utilizados em peças que exigem resistência
mecânica de aços no estado de normalização, ou seja, na condição de fabricação.
Aços-liga ou especiais
51
Tecnologia dos materiais
52
Tecnologia dos materiais
Ex. Ex.
53
Tecnologia dos materiais
4130 0,28 – 0,33 0,40 – 0,60 0,20 – 0,35 0,80 – 1,10 - 0,15 – 0,25
4135 0,33 – 0,38 0,70 – 0,90 0,20 – 0,35 0,80 – 1,10 - 0,15 – 0,25
4140 0,38 – 0,43 0,75 – 1,00 0,20 – 0,35 0,80 – 1,10 - 0,15 – 0,25
4320 0,17 – 0,22 0,45 – 0,65 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 1,65 – 2,00 0,20 – 0,30
4340 0,38 – 0,43 0,60 – 0,80 0,20 – 0,35 0,70 – 0,90 1,65 – 2,00 0,20 – 0,30
8615 0,13 – 0,18 0,70 – 0,90 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 0,40 – 0,70 0,15 – 0,25
8620 0,18 – 0,23 0,70 – 0,90 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 0,40 – 0,70 0,15 – 0,25
8630 0,28 – 0,33 0,70 – 0,90 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 0,40 – 0,70 0,15 – 0,25
8640 0,38 – 0,43 0,75 – 1,00 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 0,40 – 0,70 0,15 – 0,25
8645 0,43 – 0,48 0,75 – 1,00 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 0,40 – 0,70 0,15 – 0,25
8650 0,40 – 0,53 0,75 – 1,00 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 0,40 – 0,70 0,15 – 0,25
8660 0,55 – 0,65 0,75 – 1,00 0,20 – 0,35 0,40 – 0,60 0,40 – 0,70 0,15 – 0,25
E9315 0,13 – 0,18 0,45 – 0,65 0,20 – 0,35 1,00 – 1,40 3,00 – 3,50 0,08 – 0,15
O tipo 6150 tem 0,15% de vanádio
54
Tecnologia dos materiais
55
Tecnologia dos materiais
Aços ao carbono
Têm melhor pureza, podem ser tratados termicamente. São designados através da
letra C (carbono) e da porcentagem do carbono.
Normalização
= 370 N/mm2
Ex.:
56
Tecnologia dos materiais
Aços ao carbono
Ex.
Para designar o teor dos elementos de liga, os números na norma devem ser divididos
pelos fatores correspondentes ao elemento químico. Os fatores são apresentados na
tabela da página seguinte.
57
Tecnologia dos materiais
Ex.:
16 Mn Cr 5
17 Cr Ni Mo 6
58
Tecnologia dos materiais
59
Tecnologia dos materiais
60
Tecnologia dos materiais
Aços inoxidáveis
Aços inoxidáveis são materiais que possuem uma elevada resistência contra a
destruição de sua superfície pela corrosão. Em função de sua composição química
esses materiais são resistentes tanto contra a ferrugem como contra a ação corrosiva
de meios óxidos.
Essa resistência é conferida ao aço quando esse possui um teor mínimo de 12% de
cromo em sua estrutura.
Os aços cromo-níquel, com um teor de 18%Cr e 8%Ni, estrutura gama, e por serem
austeníticos também à temperatura ambiente, não são magnetizáveis.
61
Tecnologia dos materiais
Por sua tradicional resistência à corrosão e ao color, os aços inoxidáveis têm um papel
significativo nas indústrias químicas, construções de tubos, usinas, etc.
Os aços inoxidáveis são divididos em dois grupos: os aços cromo ferro magnéticos
que possuem estrutura martensítica ou ferrítica com um mínimo de 12% de cromo e os
aços cromo-níquel não magnetizáveis, que possuem uma estrutura austenítica e um
teor mínimo de 180%Cr e 8%NI.
Ambos os grupos podem ter suas qualidades melhoradas com a adição de outros
elementos, como molibdênio, manganês, titânio, alumínio, nióbio (ou colúmbio), cobre,
nitrogênio e outros. Ambos os grupos de aços inoxidáveis encontram aplicação tanto
nos trabalhos que exigem maior resistência à corrosão, como ao calor.
62
Tecnologia dos materiais
Características
Os aços ao cromo com 13%Cr são resistentes à corrosão (ferrugem) somente quando
sua superfície tiver um alto grau de acabamento, ou seja, finalmente retificada ou
polida. Sua aplicação é relativamente limitada, como por exemplo, pisos de
carrocerias, silenciosos de automóveis e algumas construções para sistema de águas
e esgoto.
Os tipos de aços com teor de carbono de no máximo 0,12% são soldáveis. Os aços
cromo como 13%Cr e que possuem maiores teores de carbono (até 0,22%) podem ser
soldados somente com processos especiais. A soldagem dos aços ao cromo com
esses teores devem ser evitada.
Os aços com 17%Cr têm um grande emprego com outros elementos de liga em sua
composição, que melhoram as suas qualidades, tais como: Ti, Nb, Mo e Ni.
Uma grande vantagem desses aços é sua resistência à corrosão quando submetidos à
ação de meios com altos teores de cloretos.
Propriedades mecânicas
Os aços ao cromo recozidos possuem um limite de alongamento entre 250 e
300N/mm2. Quando beneficiados este limite pode chegar a 400-600N/mm2, limite este
substancialmente maior do que nos aços austeníticos. Isto também é válido com
relação a sua dureza em altas temperaturas (até 550ºC).
63
Tecnologia dos materiais
Características
Os aços inoxidáveis austeníticos diferenciam-se dos aços ao cromo ferríticos pela sua
estrutura de rede cúbica de faces centradas.
Aços com um teor mínimo de 18%Cr e 8%Ni possuem estruturas ausnteíticas, são
estáveis à temperatura ambiente e conservam essas características mesmo a
temperaturas abaixo de 0ºC. A austenita pode, ao contrário da ferrita, manter em
solução um grande número de elementos de liga, principalmente o carbono, nitrogênio,
molibdênio, cobre e outros.
Esses aços são muito mais fáceis de trabalhar (usinar, transformar, conformar) e
possuem uma boa soldabilidade. Por essas características, esses aços, além de serem
utilizados de um modo geral, encontram grande aplicação como inoxidáveis para as
indústrias químicas.
Propriedades mecânicas
64
Tecnologia dos materiais
Aços austeníticos-ferríticos
Juntamente com os aços normalizados pela SEW 400 por exemplo: X 8 Cr Ni Mo 275
e X 4 Cr Ni Mo Nb 257 são oferecidos muito mais tipos os quais porém não são
normalizados.
Esses tipos de aços inoxidáveis são restabelecidos com nióbio ou titânio, utilizados na
soldagem sem necessidade de tratamento térmico de alta resistência à destruição
granular e corrosão intercristalina.
7 X 2 CrNiMoN 22 3 - máximo 0,03 máximo 1,0 máximo 2,0 21,0...23,0 2,5...3,5 4,5...6,5 0,08...0,20 N
Os aços inoxidáveis austeníticos com elevado teor de níquel formam uma matriz
composta a base de ligas de níquel com cromo, ferro, molibdênio e outros elementos
de liga.
Todos esses materiais com elevado teor de liga possuem uma estrutura cúbica de
faces centradas.
65
Tecnologia dos materiais
A fabricação dos aços inoxidáveis em geral se processa de forma idêntica a dos aços
finos, sendo fundidos em fornos de arco elétrico.
Transformação a quente
As transformações a quente dos aços inoxidáveis em geral é realizada pelo fornecedor.
Apenas em casos especiais ou exceções ocorrem trabalhos de conformação a quente
como rebordear, dobrar ou trabalhos semelhantes de conformação.
O aquecimento das peças a serem transformadas a quente deve ser lento e ocorrer de
forma progressiva e uniforme da superfície ou núcleo (necessita do dobro do calor em
comparação aos aços não ligados), com o propósito de evitar trincas por
superaquecimento.
A faixa de trabalho está situada sem grandes desvios entre 1050 a 750ºC para os aços
austeníticos.
66
Tecnologia dos materiais
Desta forma, nos parafusos (por exemplo) de aços inoxidáveis transformados a frio,
emprega-se freqüentemente o material X 5 Cr Ni 1911 em vez do material de baixa liga
X 5 Cr Ni 18.9.
67
Tecnologia dos materiais
Por isso é necessário salientar que se necessita uma maior força para cisalhar (corte
com tesoura) uma chapa de aço inoxidável do que uma de aço não ligado de mesma
espessura.
Questionário - resumo
68
Tecnologia dos materiais
11 Quais os cuidados que se devem ter na transformação a frio dos aços inoxidáveis?
69
Tecnologia de soldagem
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Diversos tipos de eletrodos;
• Normalização de eletrodos;
• Noções de manuseio e armazenamento de eletrodos.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Composições dos diversos tipos de revestimentos;
• Função dos revestimentos dos eletrodos;
• Aplicação dos eletrodos ácidos, básicos, rutílicos, etc.;
• Classificação segundo as normas ABNT, DIN, AWS;
• Manuseio e condições de secagem dos eletrodos;
• Importância dos diversos equipamentos de armazenagem de eletrodos.
Tais eletrodos são constituídos por alma metálica, revestidos por um composto de
materiais orgânicos e minerais, de dosagem bem definida.
70
Tecnologia de soldagem
Tipos de revestimentos
Rutílico
Contém geralmente rutilo com pequenas porcentagens de celulose e ferros-liga. É
usado com vantagem em soldagens de chapas finas que requerem um bom
acabamento. É utilizado também em estruturas metálicas; sua escória é solidificada e
autodestacável quando utilizada adequadamente.
71
Tecnologia de soldagem
Celulose
Contém no seu revestimento materiais orgânicos combustíveis (celulose, pó de
madeira, etc.).
Ácido
Seu revestimento é composto de óxido de ferro, óxido de manganês e outros
desoxidantes. É utilizado com maior adequação em soldagem na posição plana.
Oxidante
Contém no seu revestimento óxido de ferro, podendo ter ou não óxido de manganês.
Funções do revestimento
Dentre as muitas funções do revestimento, encontra-se a seguir, uma série das mais
importantes:
• Protege a solda contra o oxigênio e o nitrogênio do ar;
• Reduz a velocidade de solidificação; protege contra a ação da atmosfera e permite
a desgaseificação do metal de solda através da escória;
72
Tecnologia de soldagem
Introdução
Existem várias entidades que classificam os eletrodos para soldagem a arco.
No Brasil, as classificações mais adotadas são as da ABNT e da AWS.
73
Tecnologia de soldagem
Nesta unidade, faz-se referência também à classificação segundo a norma DIN, bem
como às especificações sobre as normas ASTM e JIS. Convém salientar que existem
especificações próprias dos vários fabricantes de eletrodos, porém sempre tomando-se
como referência as especificações equivalentes das normas.
Classificação ABNT
Os eletrodos são identificados por quatro algarismos, seguidos de uma são
identificados por quatro algarismos, seguidos de uma letra.
74
Tecnologia de soldagem
Observação:
Quando à direita dessas letras aparecer a letra F, é porque existe adição de pó de
ferro no revestimento.
Exemplos:
1 Eletrodo 4410 – C
2 Eletrodo 4835 – BF
Classificação AWS
Na classificação AWS, os eletrodos para aço doce ou de baixa liga são identificados
através de uma letra e quatro ou cinco algarismos. Para os de alta liga, complementa-
se com letras e números ao final do símbolo. Encontram-se, no exemplo a seguir, o
significado da letra e dos algarismos:
75
Tecnologia de soldagem
Normas AWS
76
Tecnologia de soldagem
Observação:
No caso de o número ser composto de cinco algarismos, os três primeiros indicam o
limite de resistência à tração.
77
Tecnologia de soldagem
2. Eletrodo E-6020
Resistência à tração = 60.000 l b/pol 2
Posição de soldagem = plana e horizontal (filetes)
Tipo de corrente = CC ou CA
Polaridade CC = direta (-)
Revestimento ácido
Classificação DIN
Eletrodos revestidos para soldagem de aço de baixo teor de carbono e de baixa liga
78
Tecnologia de soldagem
Todas, menos a
RR8 Rutílico grosso
descendente
RR(B)8 Rutílico básico grosso
Todas, menos a
descendente
B9 Básico grosso
B(B)9 Básico com parte não grosso Todas, menos a
alcalina descendente
B10 grosso Todas, menos a
B(R)10 Básico grosso descendente
Básico com parte não
RR11 alcalina grosso Todas
AR11 grosso Todas
Rutílico
B12 Ácido rutílico grosso Todas, menos a
B(R) 12 grosso descendente
Básico Todas, menos a
Básico com parte não descendente
alcalina
Plana
plana
plana
plana
79
Tecnologia de soldagem
D4313
Rutílico-
P,V,H,SC CA ou CC (-) ≥ 43 ≥ 35 ≥ 17 -
potássio
(E3013)
D4316
Básico-
P,V,H,SC CA ou CC (+) ≥ 43 ≥ 35 ≥ 25 ≥ 4,8
potássio
(7016)
D4324
Rtílico-com pó
F, FH CA ou CC (±) ≥ 43 ≥ 35 ≥ 17 -
de ferro
(E7024)
Básico-
D4326 (-) potássio com F, FH CA ou CC (+) ≥ 43 ≥ 35 ≥ 25 ≥ 4,8
pó de ferro
CA ou CC (±)
D4327 P/F
Ácido, com pó
F, FH ≥ 43 ≥ 35 ≥ 25 ≥ 2,8
de ferro
(E6027) CA ou CC (-)
P/FH
P,V,H,SC
D4340 (-) Especial CA ou CC (±) ≥ 43 ≥ 35 ≥ 22 ≥ 2,8
F, FH
80
Tecnologia de soldagem
81
Tecnologia de soldagem
82
Tecnologia de soldagem
A estufa deve manter uma temperatura de pelo menos 5ºC acima da temperatura
ambiente, porém nunca inferior a 20ºC, e deve também estar dotada de estrados ou
prateleiras para estocar as embalagens.
83
Tecnologia de soldagem
84
Tecnologia de soldagem
Estufa portátil
Questionário-resumo
85
Tecnologia de soldagem
86
Tecnologia da Soldagem
Saber
Reproduzir conhecimento claro sobre:
-Tipos de arames usados no processo MIG/MAG
-Bitolas convencionais dos arames usados nos processos
-Forma construtiva dos arames tubulares
Estes arames têm uma fina camada de revestimento de cobre na parte externa, são
acondicionados em bobinas de 5 a 18 Kg, protegidos contra umidade, e seu bobinamento
garante um desenrolamento adequado durante a sua utilização.
Diâmetros de arames sólidos usados: 0,8, 0,9, 1,0, 1,2 e 1,6 mm.
Exemplos de arames sólidos para aço carbono.
88
ER 5356 Arame com liga de magnésio que contém 5% de Mg para soldagem
MIG em ligas de Al-Mg resistentes a corrosão.
Obs.: Deve ser usado como proteção do arco, o gás argônio.
89
inoxidável com aço baixo carbono e juntas de aço de alta resistência.
Alto teor de ferrita para resistência ao gretamento e alta resistência
mecânica.
ER 316 Para composição semelhante. A adição do molibdênio melhora a
resistência à deformação e à corrosão por piting de cloreto
ER 316L O baixo teor de carbono impede a precipitação intergranular de
carboneto de cromo. Usado para aços inoxidáveis austeníticos com
baixo teor de carbono e ligas com molibdênio.
Arame eletrodo tubular (para aço carbono) FCAW (Flux Cored Arc Welding)
Este arame eletrodo não é sólido, ele e composto de uma capa metálica, que contém um
fluxo apropriado em seu interior, o qual tem a finalidade de proteger o arco e cordão de
solda.
Em algumas situações, a soldagem com arame tubular também pode utilizar gás de
proteção.
Fluxo
Capa
metálica
90
A capa externa é de aço e o seu interior possui fundentes com elementos formadores
de escória, estabilizadores do arco e desoxidantes.
Tais elementos proporcionam um arco estável, com poucos respingos, e um bom
acabamento superficial da solda.
No inicio de sua utilização os arames usados eram de grandes diâmetros, com isso
sua aplicação limitava-se as posições plana e horizontal, mas com o desenvolvimento
tecnológico dos meios de fabricação destes consumíveis, já é possível encontrar diversos
diâmetros de eletrodos, os quais podem ser empregados em várias posições de soldagem.
A soldagem com arame tubular apresenta uma camada de escória que deve ser
removida antes que um novo passe seja executado. O tipo de arame utilizado condiciona a
consistência e aderência da escória, assim existem escórias que se partem ao esfriar e se
destacam facilmente do cordão, enquanto que outras aderem de tal modo ao cordão que
precisam ser quebradas por meio de picadeiras.
Os arames tubulares apresentam conformações internas que variam de acordo com o
diâmetro.
Segundo o IIW – Instituto Internacional de Soldagem – os formatos internos podem
ser descritos como; dobra de topo, dobra sobreposta, dobra simples, dobra múltipla e dobra
dupla.
2 De topo
3 Sobreposta
4 Dobra simples
5 Dobra múltipla
91
6 Dobra dupla
Classificação C Mn Si P S Outros
AWS
ER 70 S-2 0,07 0,90 a 1,40 0,40 a 0,70 Máximo Máximo Ti 0,05 a 0,15
Zr 0,02 a 0,12
0,0025 0,0025 Al 0,05 a 0,15
ER 70 S-3 0,07 a 0,15 0,90 a 1,40 0,45 a 0,70 Máximo Máximo
0,0025 0,0025
ER 70 S-4 0,07 a 0,15 1,00 a 0,50 0,65 a 0,85 Máximo Máximo
0,0025 0,0025
ER 70 S-5 0,07 a 0,19 0,90 a 1,40 0,30 a 0,60 Máximo Máximo
0,0025 0,0025
ER 70 S-6 0,07 a 0,15 1,40 a 1,85 0,80 a 1,15 Máximo Máximo
0,0025 0,0025
ER 70 S-7 0,07 a 0,15 1,5 a 2,00 0,50 a 0,80
Obs.: C = Carbono, Mn = Manganês, Si = Silício, P = Fósforo, S = Enxofre e Zr = Zircônio
Exemplo: ER 70 S-3
92
Existem diversos tipos de transportadores. A figura a seguir apresenta
esquematicamente como se processa a operação, detalhando inclusive os componentes
principais que efetuam o avanço do arame.
Tal mecanismo baseia-se na variação de curso proporcionado pelo cone, que o
intercala a cada rotação.
Em todos os sistemas de transporte, é fundamental a existência de um bom motor,
através do qual se possa efetuar a variação do número de rotações, com a qual se regula a
velocidade de avanço do arame, que é medida em metros por minuto.
Bobina de
arame
Dispositivo Roldana de
de entrada do transporte
arame
Endireitador de
arame Roldana de Saída do
pressão arame
02 – Cite duas finalidades do banho de cobre no arame eletrodo para soldagem de aço
carbono:
( ) Ajudar no deslizamento do arame e auxiliar na fusão mo M.A;
( ) Facilitar a passagem de corrente elétrica e facilitar a oxidação do arame;
( ) Facilitar a passagem de corrente elétrica e evitar a oxidação do arame;
( ) Oxidar o metal de solda e ajudar no deslizamento do arame.
93
( ) Da espessura do material e do tipo de junta a soldar.
04 – O que deverá ser inspecionado no estado de superfície do arame eletrodo antes do seu
uso?
( ) Se o arame está sem deformação na trefilagem;
( ) Ele não deverá estar oxidado (enferrujado), úmido, nem coberto de óleo ou graxa;
( ) Se o seu embobinamento garanta um desenrolamento adequado durante o uso:
( ) Verifique a espessura do banho de cobre e o seu polimento superficial.
94
Tecnologia da Soldagem
Considerando os fatores acima, uma boa solda, obtida com vareta, deve
apresentar as seguintes qualidades;
- Ser resistente à tração dentro dos limites preestabelecidos;
- possuir uma certa elasticidade;
- não apresentar porosidade prejudicial;
- ser resistente à corrosão.
95
1,5 mm; 2 mm; 2,5 mm; 3 mm; 4 mm; 5 mm e 6 mm. O comprimento das
varetas, via de regra, é de 90 cm.
96
- manganês: 0,20 a 0,50%
- fósforo: 0,030%
- enxofre: 0,035%
- silício: 0,030%
97
Tabela de composição das varetas de prata
98
Tecnologia de soldagem
Simbologia de soldagem
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Aplicação da simbologia de soldagem em vários tipos de juntas;
• Transmissão de informações técnicas através da simbologia de solda.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Composição dos símbolos de soldagem;
• Significado dos elementos que compõem os símbolos;
• Diversas aplicações da simbologia.
Ser capaz
Aplicar conhecimentos para:
• Interpretar os símbolos de solda;
• Estabelecer a simbologia de soldagem para uma determinada operação.
Símbolos de soldagem
99
Tecnologia de soldagem
O símbolo de soldagem para uma solda a ser executada no lado da seta é desenhado
no lado inferior da linha de referência (linha horizontal) do símbolo de soldagem.
100
Tecnologia de soldagem
No lado da junta
101
Tecnologia de soldagem
Se a seta não é quebrada, significa que qualquer um dos membros da junta pode ser
chanfrado.
A seta pode partir de uma forma ou de outra extremidade da linha de referência, sem
que ocorra inversão nos símbolos de solda.
Juntas em V
No lado da seta
102
Tecnologia de soldagem
Espessura: 19mm
Profundidade do chanfro:16mm
Ângulo do chanfro:60º
Abertura da raiz:2mm
Juntas em X
Em ambos os lados
103
Tecnologia de soldagem
Profundidade do chanfro:
• Do lado da seta: 16mm
• Do lado oposto à seta: 9mm
Ângulo do chanfro:
• Do lado da seta :60º
• Do lado oposto à seta :90º
Abertura da raiz: 3m
Juntas em K
Em ambos os lados
No lado da seta:
• Profund. do chanfro:16mm
• Ângulo do chanfro:45º
Abertura da raiz:2mm
104
Tecnologia de soldagem
No caso de juntas em T:
• Profundidade do chanfro:10mm
• Ângulo do chanfro:45º
• Abertura da raiz:2mm
Juntas em J
No lado da seta
Profundidade do chanfro:28mm
Ângulo do chanfro:35º
Raio da raiz:13mm
Abertura da raiz:2mm
105
Tecnologia de soldagem
Junta dupla J
Em ambos os lados
Profundidade do chanfro:24mm
Ângulo do chanfro:35º
Raio da raiz:13mm
Abertura da raiz:3mm
106
Tecnologia de soldagem
No lado da seta
Em ambos os lados
Comprimento da perna:6mm
Comprimento do filete:500mm
107
Tecnologia de soldagem
Abaixo encontram-se símbolos de soldas descontínuas que são utilizados com certa
freqüência em juntas de ângulo em T. Como se nota nas figura B e C, é obrigatório
constar as dimensões de solda em ambos os lados da linha de referência, mesmo que
as dimensões sejam iguais.
108
Tecnologia de soldagem
Símbolos combinados
109
Tecnologia de soldagem
110
Tecnologia de soldagem
L = Comprimento da solda
P = Espaçamento entre centros de soldas descontínuos
111
Tecnologia de soldagem
112
Tecnologia de soldagem
Símbolo suplementares
Quadro
Solda de um
Solda em Perfil
Solda no lado com Cobre junta
todo
campo projeção no espaçador
contorno Nivelado Convexo Côncavo
lado oposto
113
Tecnologia de soldagem4
114
Tecnologia de soldagem
Solda executada pelos dois lados, cujos símbolos combinados possuem disposição
idêntica da solda.
115
Tecnologia de soldagem
A abertura da raiz não é indicada, pois trata-se de uma solda em ângulo, onde se
pressup.e não existir abertura da raiz. A penetração da raiz da solda em ângulo está
indicada entre parênteses.
116
Tecnologia de soldagem
117
Tecnologia de soldagem
Observação
Em função do elevado grau de complexidade na interpretação de alguns símbolos,
recomenda-se utilizar a norma AWS.4, a qual apresenta um conjunto vasto de
exemplos de situações relacionadas aos símbolos correspondentes.
A seguir, encontram-se um exercício sobre simbologia de soldagem e um resumo
dessa simbologia.
Exercício
118
Tecnologia de soldagem
119
Tecnologia de soldagem
120
Tecnologia de soldagem
121
Tecngia de soldagem
358 SENAI
Tecnologia de soldagem
Metalurgia de soldagem e
soldabilidade dos materiais
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Aspectos da metalurgia referentes a soldagem;
• Diferentes estruturas e transformações metalográficas do material soldado;
• Soldabilidade dos materiais ferrosos e não-ferrosos.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Estruturas metalográficas desejáveis ao cordão de solda no estado sólido;
• Influência do tipo de estrutura nas propriedades do cordão de solda;
• Diferentes testes de soldabilidade e suas aplicações;
• Mecanismo de formação de trincas nos materiais soldados;
• Aspectos negativos do superaquecimento das junções soldadas.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Avaliar a soldabilidade de um material;
• Orientar corretamente a execução de uma solda em função do superaquecimento;
• Evitar fragilidade das junções soldadas em função da formação de uma estrutura
indesejável.
Metalurgia da soldagem
Uma liga metálica ocorre se a fusão dos elementos metálicos produz um segundo
elemento. A fusão dilui o segundo elemento, como a água dilui o açúcar. O elemento
adicionado pode também ser não metálico.
SENAI 123
Tecnologia de soldagem
Exemplos de ligas
Cobre + zinco = latão
Cobre + estanho = bronze
Alumínio + magnésio = ligas Al – Mg
Ferro + carbono = aço ou ferro fundido
Tipos de ligações
Os elementos de um liga podem estar unidos por três diferentes formas, após a
solidificação:
• Como mistura
As partículas cristalinas misturadas e ligadas uma com as outras só são
reconhecidas com o uso de microscópio.
SENAI 124
Tecnologia de soldagem
Através disso, para todo o material ferro-carbono, são encontradas duas distintas e
marcantes temperaturas. A temperatura inferior, na qual o material começa a fusão, e a
temperatura superior, na qual toda a massa sólida encontra-se em estado líquido. Entre
as duas temperaturas, encontra-se o intervalo de fusão.
SENAI 125
Tecnologia de soldagem
Por exemplo: para um aço com 1,0% de carbono, como mostra o gráfico, encontra-se
uma temperatura inferior de fusão igual a 1350ºC e uma superior igual a 1465ºC, que
são pontos de cruzamento da reta perpendicular de 1,0%C com as curvas de fusão
respectivas, transportadas na horizontal para a linha das temperaturas.
Entre as curvas inferior e superior de fusão, forma-se uma zona intermediária onde o
material se encontra no estado pastoso.
Estrutura austenítica
SENAI 126
Tecnologia de soldagem
Nos aços com 0,8%C são formados cristais mais escuros chamados perlita.
Cristal de perlita
SENAI 127
Tecnologia de soldagem
Nos aços com teores acima de 0,8 até 21%C, a estrutura encontrada é composta
apenas de carboneto de ferro, denominada cementita.
SENAI 128
Tecnologia de soldagem
Temperabilidade do aço
Os aços não ligados adquirem dureza se resfriados em água; porém os aços de alta
liga podem adquirir dureza até com resfriamento a ar, por exemplo aço com Cr Ni 18.8.
Nos aços em geral, quanto maior for o teor de carbono, maior será a temperabilidade e
dureza após o resfriamento brusco e menor será a tenacidade do material ou da junta.
SENAI 129
Tecnologia de soldagem
Surgimento de trincas
As regiões das juntas soldadas onde ocorre endurecimento estão sujeitas,
especialmente, a trincas ocasionadas pela contração ocorrida no resfriamento.
SENAI 130
Tecnologia de soldagem
As figuras a seguir apresentam alguns exemplos de trincas que podem surgir. Para
durezas até 300HV, não existe perigo para a junção, porém acima de 400HV já causa
preocupações e, em certos casos, convém executar-se um recozimento pleno ou de
alívio de tensões.
Trincas de soldagem
Os aços com até 0,25%C (St 33, St 34, St 37, St 42, HI HII, StE 26, StE 29, StE 32),
bem como os de baixa liga, com até 0,20%C e com espessura até 30mm, por exemplo,
St 52-3, 15Mo3, 17Mn4, StE 36 são adequados à soldagem, sem a necessidade de
procedimentos especiais, por não existir perigo de endurecimento. Os demais aços, os
aços cromo-níquel, bem como o St 52-3 e o StE 36, de espessuras superiores a
30mm, devem ser preaquecidos para a soldagem, evitando-se assim o perigo de
trincas.
SENAI 131
Tecnologia de soldagem
A temperatura do cordão de solda cai dos 1500ºC para o estado pastoso até a
temperatura da peça. Junto ao cordão, o material possui consistência, uma vez que
não está em estado líquido, mas extremamente superaquecido, portanto com
granulação grosseira.
Quanto mais grosseira for a granulação, menor será a tenacidade do material. Por isso
o soldador deve observar que a junção soldada não deve ser aquecida por muito
tempo.
Na soldagem de aços que têm grande tendência à têmpera, ocorrerá uma fragilidade
nessa zona, provocada pelo superaquecimento, pois grãos grosseiros são favoráveis à
fragilização.
SENAI 132
Tecnologia de soldagem
Existem alguns fatores fundamentais que devem ser observados na execução de uma
construção soldada.
Primeiro fator
A construção deve ser satisfatoriamente elaborada, observando-se as normas de
execução, tais como processo, posição e a execução dos cordões de solda
propriamente ditos.
Segundo fator
As junções, sempre que possível devem oferecer possibilidade de acesso para
execução dos cordões, com processo de soldagem satisfatório às exigências da
construção.
SENAI 133
Tecnologia de soldagem
Terceiro fator
O material deve ser apropriado para a soldagem, ou seja, possuir boa soldabilidade.
Convém salientar que nem todos os aços, bem como outros materiais, são iguais
quanto à soldabilidade pois o teor de carbono e a estabilidade das ligas metálicas
influem consideravelmente.
Conceito
O conceito de soldabilidade abrange muitos detalhes. São consideradas,
principalmente, as dificuldades encontradas durante a soldagem, bem como o
comportamento do material soldado. Materiais que possuem boa soldabilidade
asseguram características mecânicas iguais ou até melhores que as do material base,
sem a necessidade de providência especiais.
• Os aços com teores de carbono de até 1,5%, com outros elementos de liga tais
como cromo, níquel, cobalto, vanádio, etc., com teores abaixo de 5%, são
considerados aços de baixa liga.
• Os aços com teores de carbono de até 2,2% e que, ao mesmo tempo, apresentem
em sua composição outros elementos de liga (um ou mais), com teores superiores
a 5%, são chamados superiores a 5%, são chamados aços de alta liga.
SENAI 134
Tecnologia de soldagem
Nos aços ao carbono com teores entre 0,08 e 0,3%, a soldabilidade é muito boa.
Esses aços podem ser soldados por qualquer método usado atualmente.
Uma solda de boa qualidade pode ser sempre obtida através da escolha adequada do
processo de soldagem e de sua correta preparação. Os aços de baixos teores de
carbono são os mais facilmente soldáveis dentre todos os outros.
Durante a soldagem desses aços, a zona termicamente afetada pode vir a sofrer um
endurecimento devido a mudanças em sua microestrutura, causadas pelas variações
térmicas que lhe são impostas. O nível final de dureza depende da velocidade de
resfriamento e também da composição química do aço.
SENAI 135
Tecnologia de soldagem
Deve ser observado, a respeito dos aços de baixa liga, que a soldabilidade depende do
carbono equivalente (CE).
Si Cr Ni Mo V Cu
CE = %C + + + + + + %
24 5 13 4 4 15
SENAI 136
Tecnologia de soldagem
A soldagem a frio, com eletrodo de níquel ou ferro-níquel, oferece uma junta usinável,
mas de cor brilhante.
A soldagem de ferro fundido maleável pode ser feita a quente, com eletrodo de ferro
fundido, desde que se faça um novo tratamento após a soldagem, para lhe devolver as
características de maleabilidade.
SENAI 137
Tecnologia de soldagem
Martensítico
• É autotemperável;
• Possui razoável resistência à corrosão;
• Possui baixa soldabilidade.
Ferrítico
• É temperável;
• Possui boa resistência à corrosão;
• Possui sofrível soldabilidade.
Austenítico
• Não é temperável;
• Possui excelente resistência à corrosão;
• Possui excelente soldabilidade.
SENAI 138
Tecnologia de soldagem
Tipo martensítico
Este tipo de aço gera uma estrutura martensítica dura e frágil, devido ao rápido ciclo de
aquecimento e resfriamento provocado pelos processos usuais de soldagem.
A soldabilidade desse aço exige cuidados especiais uma vez que a martensita está
intimamente ligada a fenômenos de geração de trincas.
Precauções na soldagem
• Preaquecer entre 200 a 400ºC e manter a temperatura entre os passes.
• Manter a temperatura entre 700 a 800ºC logo após a soldagem.
Tipo ferrítico
Precauções na soldagem
• Preaquecer a peça a uma temperatura entre 70 e 100ºC para prevenir a ocorrência
de trincas a frio.
• A junta deve ser resfriada rapidamente de 600 a 400ºC para se evitar a fragilização
a 475ºC.
• Deve ser evitado um preaquecimento excessivo.
Tipo austenítico
SENAI 139
Tecnologia de soldagem
Os diferentes tipos de estruturas que podem ser encontradas nos aços inoxidáveis em
função da composição química podem ser traduzidos em termos percentuais de níquel
e cromo.
Precauções na soldagem
• Reduzir o insumo de calor, sem preaquecer a junta, de modo a evitar precipitação
de carbonetos.
• Utilizar aços que contenham nióbio e titânio ou com teores ultrabaixos de carbono
(C ≤ 0,03%).
• Selecionar o eletrodo de tal maneira que a estrutura do metal depositado e diluído
corresponda a uma estrutura resistente a trincas e fragilização.
As figuras a seguir apresentam alguns tipos de defeitos mais comuns nas soldagens
de aço austenítico (18.8) AISI 347.
SENAI 140
Tecnologia de soldagem
Microfissuras
Observação
Informações técnicas mais profundas sobre o tema poderão ser obtidas através do
estudo do diagrama de Schaefler, sobre a influência no níquel e do cromo equivalente
nas estruturas de peças soldadas.
Os aços com um teor de cromo entre 12 e 15%, com ou sem molibdênio, são
temperáveis com resfriamento ao ar, e sua dureza e tanto maior quanto maior for o teor
de carbono existente neles.
SENAI 141
Tecnologia de soldagem
Uma vez que o óxido de cromo se forma a uma temperatura elevada (temperatura de
fusão 1970ºC), os aços ao cromo devem ser protegidos durante a soldagem.
SENAI 142
Tecnologia de soldagem
Também para os aços ao cromo com um teor de 17% (uma vez que parte da estrutura
também se transforma), recomenda-se um preaquecimento, no caso de soldagem de
chapas grossas, em torno 150ºC, e um pós – aquecimento de 750 a 800ºC. No caso
de chapas finas, não é necessário aquecimento prévio nem posterior.
Zona de solda de um aço. Estrutura básica austenítica (escura) com ferrita (clara)
Nos aços resistentes a altas temperaturas e com alta resistência ao calor, a presença
da ferrita é indispensável, principalmente quando esses aços são submetidos a uma
faixa de temperatura entre 500 e 925ºC.
SENAI 143
Tecnologia de soldagem
Quanto menor for o teor de carbono, tanto melhor será a formação de carbonetos.
Abaixo de 0,02%, o carbono permanece dissolvido na austenita.
Titânio e nióbio têm uma afinidade com o carbono bem maior do que com o cromo.
Através desses elementos de liga em quantidade satisfatória (titânio 5 vezes o teor de
carbono e nióbio 8 vezes o teor de carbono, no mínimo), para os aços inoxidáveis
austeníticos, consegue-se a formação de carbonetos de nióbio ou de titânio, na maioria
dos casos antes que o carboneto de cromo possa se formar. Esse fenômeno é definido
como estabilização. Por outro lado, o nióbio favorece a tendência a trincas a quente.
Apresentam uma boa resistência contra a corrosão provocada e localizada nas trincas,
resultante dos efeitos das tensões, e uma elevada resistência alternativa à corrosão.
SENAI 144
Tecnologia de soldagem
São mencionados porém alguns fenômenos de corrosão que ocorrem sempre nos
cordões de solda após o processo de soldagem.
Nos aços cromo ferríticos e nos aços cromo-níquel austeníticos, pode correr, sob
determinadas condições, a destruição dos grãos. Se os aços austeníticos forem
aquecidos a uma temperatura entre 425 e 870ºC e vierem a ser resfriados, o carbono
será separado no contorno do grão, formando carbonetos de cromo (corrosão
intercristalina).
SENAI 145
Tecnologia de soldagem
O corte de aço inoxidável por esse processo deixa a desejar, pois provoca estrias e
rebarbas, necessitando de um trabalho mecânico posterior, como, por exemplo,
esmerilhamento.
Nos casos de chapas de até 12mm de espessura, pode-se utilizar o processo TIG para
se executar o corte.
Os processos de corte MIG e TIG, para aços inoxidáveis, têm sido na atualidade
substituídos pelo corte a plasma.
O plasma argônio é obtido com a ajuda de um arco elétrico gerado entre o eletrodo e a
peça.
Para se obter o arco elétrico, de forma semelhante à solda plasma, sobrepõe-se uma
tensão de alta freqüência, a qual dissocia o gás, ionizando-o e tornando-o condutor.
SENAI 146
Tecnologia de soldagem
Gás l /min.
No Velocidade Bico mm Corrente A
Ar H2
1 máxima
2,5 250 15 12
2 ótima
3 ótima 2,0 200 15 12
4 ótima 1,4 125 15 8
SENAI 147
Tecnologia de soldagem
Juntamente com o corte a plasma, o corte com raio “laser” ganhou grande significado
pelo fato de, na faixa do infravermelho, poder ser focalizado de forma que seu ponto de
fusão se constituiu em aproximadamente 50µm .
Com esse processo, obtêm-se um corte fino e sem rebarbas, pois, em função da
elevada temperatura e intensidade de energia do raio, o material praticamente se
vaporiza.
SENAI 148
Tecnologia de soldagem
Questionário-resumo
1 Quais as três diferentes formas de união dos elementos de uma liga após a
solidificação ?
SENAI 149
Tecnologia de soldagem
11 Cite três precauções que devem ser tomadas na soldagem de aços inoxidáveis
para se evitarem trincas na solda ?
SENAI 150
Prática profissional: Metalurgia
Dilatação e contração
Dilatação
No caso de uma barra metálica, o destaque é para a dilatação linear, pois, de-
vido ao aquecimento, seu comprimento destaca-se sobre o aumento de superfície e
de volume.
Contração
Agora, vamos imaginar um cubo com uma temperatura de 20ºC, igual à tempe-
ratura do ambiente onde ele se encontra.
Por exemplo, vamos considerar duas chapas de cobre e que cada uma tenha
2
uma área inicial de 16cm , a uma mesma temperatura de 20ºC.
Se aquecermos uma das chapas a 50ºC e a outra a 70ºC, essa última sofrerá
uma dilatação maior do que aquela aquecida a 50ºC.
Por outro lado, se tivermos duas chapas, sendo uma de cobre e outra de alu-
2
mínio, cada uma com 16cm de área e ambas inicialmente a 20ºC, e as aquecermos
a 50ºC, a variação de temperatura será a mesma para ambas; porém, a de alumínio
sofrerá uma dilatação maior.
Nesse caso, a natureza de cada material é que estará definindo quem irá se
dilatar mais ou menos.
Coeficiente de dilatação
Metais e ligas -1 1
linear em ºC ou
oC
aço 0,000013
alumínio 0,000024
chumbo 0,000027
cobre 0,000017
estanho 0,000023
latão 0,000019
tungstênio 0,000004
Aquecimento Resfriamento
Por exemplo, vejamos o que ocorre quando uma barra metálica sofre um aque-
cimento localizado. As extremidades da barra estão presas.
Pois bem, recebendo calor, a barra tende a dilatar-se em todas as direções; po-
rém, no sentido longitudinal ela encontra resistência. Encontrando resistência a dila-
tação no sentido longitudinal não é favorecida. O que ocorrerá com a barra?
Se esfriarmos a barra, ela sofrerá contração e essa contração será de tal forma
que o comprimento final (L2) ficará menor que o comprimento original (L), pois a de-
formação da barra, nessas condições, é irreversível.
4º caso: Soldagem de topo em dois tubos construídos com chapa fina - Após o
resfriamento do cordão de solda, o perímetro se contrai e, em conseqüência, o diâ-
metro diminui.
5º caso: Soldagem interior de dois tubos em ângulo reto - Nesse caso, após o
resfriamento da solda, o ângulo  diminui.
Se duas chapas não forem preparadas para a soldagem, a dilatação fará com
que suas bordas se separem; porém, à medida que o cordão de solda for esfriando, a
contração transversal fará com que elas se juntem.
Por outro lado, se a contração não for controlada por meio de dispositivos apro-
priados ou por meio de ponteamento (pontos de solda eqüidistantes aplicados ao
longo da linha de soldagem), uma chapa tenderá a se sobrepor à outra.
Por exemplo, se duas chapas de ferro fundido começarem a ser soldadas pelos
extremos, o cordão de solda tenderá a se romper longitudinalmente. A ruptura, no
caso, deve-se à contração transversal que se opõe à dilatação.
A ruptura longitudinal do cordão de solda, contudo, pode ser evitada, desde que
o operador tome o cuidado de efetuar um pequeno cordão de solda inicial de 50 a
100mm. Esse pequeno cordão de solda deve ser executado a partir de 50 a 100mm
de distância das extremidades e ser direcionado para elas.
Conceito de soldagem
Porém, há casos particulares de soldagem que não utilizam nem calor e nem
pressão para formar a solda.
Conforme a ilustração a seguir, dois tubos de PVC estão sendo unidos com um
adesivo apropriado. É um caso de soldagem por adesivo
Não há nem pressão entre as paredes dos tubos, pois o de menor diâmetro
encontra-se apoiado na reentrância do de maior diâmetro. 0 adesivo está sendo
colocado e formará uma solda após o endurecimento. Durante o endurecimento, o
adesivo combina-se quimicamente com as moléculas de PVC que estiverem em
contato com ele.
O ponto de solda surge devido ao calor interno que é obtido pela transformação
de energia elétrica em calorífica.
SOLDAGEM OXIACETILÊNICA
174
• lança, na qual a mistura de gases caminha em direção ao
bico;
• bico, que é o orifício calibrado por onde sai a mistura dos ga-
ses.
Eles recebem o oxigênio e o gás combustível e fazem a mistura
na proporção adequada à produção da chama desejada. A vazão
de saída dos gases determina se a chama será forte, intermediá-
ria ou suave. Finalmente, a proporção dos gases determina se a
chama será oxidante, neutra ou redutora, cuja importância você
verá mais adiante.
175
As mangueiras têm a função de conduzir os gases. Elas devem
ser flexíveis e capazes de resistir à alta pressão e a uma tempe-
ratura moderada. Para facilitar a identificação, a mangueira para
os gases combustíveis deve ser vermelha e ter rosca esquerda.
A mangueira de oxigênio deve ser verde e ter rosca direita. Cada
mangueira deve ser protegida por válvulas de segurança pre-
sentes no regulador de pressão e no maçarico.
Exercício
176
4. ( ) Dois cilindros com gás combustível, máscara,
duas mangueiras e um maçarico.
5. ( ) Um cilindro com regulador de tensão, uma man-
gueira, máscara e maçarico.
e) Qual é a função das mangueiras?
f) Para que serve o maçarico?
g) Para facilitar a identificação, as mangueiras devem ser
1. ( ) vermelha, rosca direita para combustível e verde,
rosca esquerda para oxigênio.
2. ( ) vermelha, rosca esquerda para combustível e
verde, rosca direita para oxigênio.
3. ( ) verde, rosca direita para combustível e vermelha,
rosca esquerda para oxigênio.
4. ( ) verde, rosca esquerda para combustível e verde,
rosca direita para oxigênio.
5. ( ) vermelha, rosca direita para combustível e ver-
melha, rosca esquerda para oxigênio.
177
E de todos eles, o acetileno é o mais usado por causa da alta
potência de sua chama e pela alta velocidade de inflamação. Em
presença do oxigênio puro, sua temperatura pode atingir aproxi-
madamente 3200ºC, a maior dentre os gases que citamos aci-
ma. É um hidrocarboneto cuja fórmula é C2H2.
178
Nem só de gás vive a soldagem
Além dos gases, mais dois tipos de materiais são às vezes ne-
cessários para a realização da soldagem a gás: os fluxos e os
metais de adição. Juntamente com o gás, esses materiais são
chamados de consumíveis.
Exercício
180
Essa técnica é usada para a soldagem de peças com até 6 mm
de espessura, e de metais não-ferrosos, porque o cordão de sol-
da obtido é raso. Ela necessita geralmente que o soldador faça
movimentos rotativos ou em ziguezague de um lado para outro
da chapa para obter uma fusão perfeita.
181
conhecer os tipos de defeitos, quais suas causas e como preve-
ni-los ou corrigi-los. Veja quadro a seguir.
182
DEFEITO CAUSA CORREÇÃO
Falta de penetra- 1. Chama muito fraca. 1. Regular a chama adequadamente, aumente a
ção vazão dos gases ou troque a extensão do ma-
çarico por uma maior, de acordo com a es-
pessura da chapa a soldar. (consultar tabela
do fabricante do maçarico).
2. Técnica inadequada 2. Utilizar ângulo correto de trabalho.
de soldagem.
3. Velocidade de solda- 3. Diminuir a velocidade de soldagem, manten-
gem muito alta. do-a de maneira que a largura do cordão fique
com aproximadamente o dobro de diâmetro
4. Uso de vareta de di- da vareta.
âmetro muito grande. 4. Utilizar vareta de menor diâmetro
183
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Coluna A Coluna B
a) ( ) Falta de penetração 1. Ângulo de trabalho errado
b) ( ) Falta de fusão 2. Técnica inadequada de deposição
c) ( ) Mordedura na face 3. Chama muito fraca
d) ( ) Superfície irregular 4. Velocidade de soldagem muito alta
184
• manusear os cilindros de gás com cuidado para que eles não
sofram choques ou impactos mecânicos;
• nunca deixar a chama do maçarico próxima dos cilindros.
185
Pare! Estude! Responda!
Exercício
Gabarito
186
4. a) Devido à pressão e ao tipo de gás existente.
b) Fechar a válvula de saída do acetileno e do oxigênio; es-
friar o maçarico na água; abrir o oxigênio para sair a água
que penetra no maçarico.
187
Tecnologia da Soldagem
SOLDAGEM ELETRODO
REVESTIDO
Recordar é aprender
Toda a matéria é constituída de átomos que são formados de
partículas carregadas eletricamente: os prótons com carga posi-
tiva e os elétrons com carga negativa. Os elétrons estão sempre
se movimentando em torno do núcleo do átomo. Nos materiais
metálicos, os elétrons mais distantes do núcleo podem “escapar”
e se deslocar entre os átomos vizinhos. Quando em presença de
uma tensão elétrica, esses elétrons, chamados de elétrons livres,
assumem um movimento ordenado ao qual se dá o nome de
corrente elétrica.
190
corresponder ao pólo negativo (ou cátodo) e o metal de base,
que pode corresponder ao pólo positivo (ou ânodo).
191
Fontes de energia para soldagem.
O processo de soldagem ao arco necessita de fontes de energia
que forneçam os valores de tensão e corrente adequados a sua
formação.
Para isso, essas fontes devem apresentar algumas característi-
cas:
• transformar a energia da rede que é de alta tensão e baixa
intensidade de corrente em energia de soldagem caracteriza-
da por baixa tensão e alta intensidade de corrente;
• oferecer uma corrente de soldagem estável;
• possibilitar a regulagem da tensão e da corrente;
• permitir a fusão de todos os diâmetros de eletrodos compatí-
veis com o equipamento usado.
192
A maioria das soldagens ao arco é feita com corrente contínua
porque ela é mais flexível, gera um arco estável e se ajusta a to-
das as situações de trabalho.
Exercício
193
d) A maioria das soldagens ao arco elétrico é feita com corrente
contínua porque
1. ( ) tem penetração pouco profunda no metal de base e
gera um arco estável.
2. ( ) é mais flexível e tem grande capacidade térmica.
3. ( ) gera um arco mais estável.
4. ( ) tem penetração pouco profunda e grande capacidade
térmica.
194
E como essa proteção atua em cada um dos processos que lis-
tamos na página anterior? Bem, vamos começar pela soldagem
a arco com eletrodo revestido, e ver como isso funciona.
O eletrodo
195
7. Isolar eletricamente na soldagem de chanfros estreitos de difí-
cil acesso, a fim de evitar a abertura do arco em pontos inde-
sejáveis.
O quadro a seguir resume as principais informações sobre os di-
versos tipos de eletrodos revestidos.
196
Os eletrodos são classificados por meio de um conjunto de letras
e algarismos, da seguinte maneira:
1. ⇒ todas as posições
2. ⇒ posição horizontal (para toda solda em ângulo) e
plana;
3. ⇒ posição vertical descendente, horizontal, plana e
sobrecabeça.
psi, do inglês “pound per square inch”, que quer dizer libra por
polegada quadrada, é uma unidade de medida de pressão equi-
valente a uma libra-força por polegada quadrada ou a 6,895 Pa.
4º dígito 0 1 2 3 4 5 6 7 8
+ + - +
Tipo de CC CC CC CA CA CC CA CA CA
corrente CA CA CC
+
CC
+
CC
+
CC
-
CC
+
- -
CC CC
Tipo do Intenso com Intenso Médio Leve Leve Médio Médio Leve Leve
arco salpico sem
salpico
Grande Grande Média Fraca Média Média Média Grande Média
197
Revesti- XX10 celu- Celulósico Dióxido de Dióxido de Dióxido de Calcário, Dióxido de Óxido de Calcário,
mento lósico com titânio e titânio e titânio, silicato de titânio, ferro dióxido de
silicato de silicato de silicato de silicato de silicatos, sódio. calcário, silicato de titânio,
sódio potássio sódio potássio pó de silicato de sódio, pó silicatos,
XX20-óxido ferro potássio de ferro pó de
de ferro (20%). ferro (25 a
40%)
XX30 óxido
de ferro
Exercício
• Acessórios:
orta-eletrodo – serve para prender
firmemente o eletrodo e energizá-lo.
199
corrente contínua, ele faz a função do pólo
positivo ou do pólo negativo, de acordo
com a polaridade escolhida.
200
Os capacetes e as máscaras ou escudos são fabricados com
materiais resistentes, leves, isolantes térmicos e elétricos e con-
têm lentes protetoras de cor escura, que filtram os raios ultravio-
leta, os infravermelhos (invisíveis) e os raios luminosos visíveis
que prejudicam a visão.
Exercício
201
Etapas do processo
Defeitos de soldagem
202
Para facilitar seu estudo, colocamos esses dados na tabela a
seguir, que apresenta uma lista de alguns problemas mais co-
muns na soldagem ao arco elétrico, suas possíveis causas e
modos de preveni-las.
Tipo de des-
continuida- Causas Prevenção
de
Superfície 1. Escolha do tipo de corrente 1. Verificar as especificações do eletrodo.
irregular / polaridade errada. 2. Ajustar a amperagem.
2. Amperagem inadequada. 3. Ressecar os eletrodos segundo recomendações
3. Utilização do eletrodo úmido / do fabricante / trocar p/outros de melhor qualida-
de má qualidade. de.
4. Manuseio incorreto. 4. Aprimorar o manuseio do eletrodo.
203
tintas, oxidação ou molhado. antes da soldagem.
8. Manuseio inadequado do 8. Executar a movimentação adequada com teci-
eletrodo na posição vertical mento lento e compassados, mantendo o arco
ascendente. elétrico constantemente curto.
9. Irregularidade no fornecimento 9. Dimensionar a rede adequadamente.
de energia elétrica. 10. Obter uma fresta constante e dentro dos limites
10. Preparação inadequada da da posição de trabalho.
junta. 11. Rejeitar o metal de base.
11. Metal de base impuro ou
defeituoso.
Continuação:
Inclusão de 1. Não remoção da escória 1. Remover a escória do passe anterior antes de reinici-
escória visível do passe anterior. ar a soldagem.
2. Chanfro irregular. 2. A preparação das bordas deve sempre ser realizada
3. Chanfro muito estreito. de maneira a obter paredes lisas sem falhas.
4. Manuseio incorreto do 3. Aumentar o ângulo do chanfro.
eletrodo. 4. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a escó-
5. Sobreposição errada dos ria passe à frente da poça de fusão (aumentar a velo-
passes. cidade de soldagem e diminuir o ângulo de ataque).
6. Amperagem baixa. 4. Evitar mordeduras laterais onde a escória é de difícil
7. Velocidade de soldagem remoção, realizar passe de raiz o mais largo possível
muito alta. com transição suave com o metal de base.
5. A seqüência dos passes deve ser tal que evite a for-
mação de bolsas de escória.
5. Não soldar sobre passes de grande convexidade.
6. Aumentar a amperagem.
7. Diminuir a velocidade de soldagem.
Respingos 1. Amperagem muito eleva- 1. Diminuir a amperagem da máquina.
da. 2. Encurtar o arco, aproximando o eletrodo da peça em
2. Arco muito longo. soldagem.
3. Em C.C. polaridade in- 3. Inverter a polaridade na fonte de energia.
vertida. 4. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético,
4. Arco com sopro magnéti- principalmente próximo aos extremos da junta.
co. 4. Modificar posição da garra do cabo de retorno.
5. Metal de base sujo de 4. Evitar e modificar a posição dos objetos facilmente
óleo, tintas, oxidação ou magnetizáveis.
molhado. 4. Mudar a fonte de energia para corrente alternada
6. Utilização de eletrodo (usar um transformador).
úmido de má qualidade. 4. Aquecer a peça quando existe um membro da junta
mais espesso que o outro.
5. Limpar o metal de base, eliminando poeiras, óleos,
graxas, tintas, oxidação etc.
6. Secar os eletrodos, segundo as recomendações do
fabricante.
6. Trocar os eletrodos por outros de melhor qualidade.
204
Continuação:
Falta de pene- 1. Uso de eletrodo de diâ- 1. Utilizar eletrodo de maior diâmetro ou eletrodo de
tração ou falta metro muito grande im- revestimento mais fino.
de fusão na pedindo suas descida até 2. Ser caprichoso na preparação da junta a soldar; reali-
raiz a raiz. zar a montagem respeitando sempre a fresta mínima
2. Fresta muito pequena ou em função do chanfro e da posição de soldagem.
mesmo inexistente; fresta 2. Procurar tomar a fresta a mais constante possível,
irregular. através de um ponteamento adequado
3. Presença de nariz ou 3. Verificar se é realmente necessária a existência de
nariz muito grande. nariz.
4. Falha no manejo do ele- 3. Procurar tornar o nariz o mais constante possível, e
trodo. sempre menor do que o máximo permitido para o tipo
5. Ângulo de ataque incor- de chanfro e posição de soldagem definidos
reto, principalmente com 4. Dirigir sempre o arco elétrico de modo a aquecer
eletrodos básicos. apropriadamente ambas as bordas do chanfro.
6. Falta de calor na junta. 4. Realizar as retornadas / reacendimentos de forma
7. Penetração da escória, correta.
entre os dois membros da 4. Realizar a retomada/reacendimentos de forma correta
junta na região da raiz 5. Utilizar o ângulo adequado.
impede uma fusão com- 6. Aumentar a amperagem se ela estiver baixa.
pleta dos materiais. 6. Usar eletrodo de maior diâmetro, se o material for
8. Alta velocidade de solda- espesso.
gem. 6. Diminuir a velocidade de soldagem.
6. Preaquecer a peça de trabalho, se ela estiver fria.
6. Soldar em posição vertical ascendente.
7. Movimentar o eletrodo de forma a impedir que a escó-
ria passe da poça de fusão.
8. Diminuir a velocidade de soldagem.
Mordedura na 1. Amperagem muito alta. 1. Diminuir a amperagem fornecida pela máquina de
raiz 2. Arco muito longo. solda.
3. Manuseio incorreto do 2. Encurtar o arco.
eletrodo. 3. Melhorar o manuseio do eletrodo.
4. Velocidade de soldagem 4. Diminuir a velocidade de soldagem, avançando mais
muito alta. devagar.
5. Sopro magnético. 5. Inclinar o eletrodo na direção do sopro magnético.
5. Modificar a posição da garra do cabo de retorno.
5. Evitar ou modificar a posição dos objetos
5. Mudar a fonte de energia para corrente alternada
(usar um transformador).
205
Continuação:
Esta aula procurou dar a você uma breve noção do que é solda-
gem ao arco elétrico com eletrodo revestido. Ainda há muito o
206
que aprender. Por enquanto, faça os exercícios que preparamos
para você.
Exercício
Coluna A Coluna B
a) ( ) superfícies irregulares 1. utilização de eletrodos úmidos
b) ( ) mordedura ou falta de 2. chanfro muito restrito
fusão na face 3. polaridade invertida
c) ( ) poros visíveis 4. velocidade de soldagem alta
d) ( ) inclusão da escória 5. manuseio incorreto
e) ( ) respingos 6. presença de nariz, ou nariz muito grande
Gabarito
207
3. a) Fonte de energia, porta eletrodo, grampo de retorno, cabo
ou condutor, picadeira, escova de fios de aço, equipa-
mentos de proteção individual (EPI).
208
Tecnologia da Soldagem
Um dos grandes desafios da indústria deste fim de século é alcançar níveis elevados de
produtividade, mantendo a qualidade. A maneira de se conseguir isso é com o auxílio da
automatização que, além de fornecer meios de controlar o processo e garantir uma
uniformidade de resultados, independe da habilidade quase artística do operário para a
execução de um trabalho de qualidade.
Que processos são esses? Quais as características que os diferenciam dos que já
estudamos? Os equipamentos são diferentes? O que se pode soldar com eles? A
resposta a essas e outras perguntas que você possa formular, estão nesta aula. Confira.
Não se assuste, caro aluno, essas siglas não são nomes de sanduíches dessas cadeias
de “fast food” que existem por aí. Basicamente, as siglas MIG e MAG indicam processos
de solda
gem por fusão que utilizam o calor de um arco elétrico formado
entre um eletrodo metálico consumível e a poça. Neles, o arco e
a poça de fusão são protegidos contra a contaminação pela at-
mosfera por um gás ou uma mistura de gases.
Antes que você pare de ler a lição porque acha que isso já foi
estudado, vamos garantir que esse processo tem no mínimo du-
as diferenças com relação ao processo por eletrodo revestido
que também usa o princípio do arco elétrico para a realização da
soldagem. Vamos a elas.
210
gem MIG é usada na soldagem de materiais não-ferrosos, como
o alumínio, o cobre, o níquel, o magnésio e suas respectivas li-
gas.
A soldagem MIG/MAG é usada na fabricação de componentes e
estruturas, na fabricação de equipamentos de médio e grande
porte como pontes rolantes, vigas, escavadeiras, tratores; na in-
dústria automobilística, na manutenção de equipamentos e pe-
ças metálicas, na recuperação de peças desgastadas e no re-
vestimento de superfícies metálicas com materiais especiais.
Exercícios
211
4. ( ) controle automatizado da mão-de-obra e da ma-
téria-prima.
212
b) A soldagem MIG/MAG é usada na fabricação de compo-
nentes e estruturas, ......................, ...................... e
......................
213
1. Uma fonte de energia;
2. Um sistema de alimentação do ele-
trodo;
3. Uma tocha/pistola de soldagem;
4. Um suprimento de gás de proteção com
regulador de pressão e fluxômetro;
5. Um sistema de refrigeração de água,
quando necessário.
214
A tocha de soldagem conduz simultaneamente o eletrodo, a
energia elétrica e o gás de proteção a fim de produzir o arco de
soldagem. Suas funções são:
• guiar o eletrodo de modo que o arco fique alinhado com a
junta a ser soldada;
• fornecer a corrente de soldagem ao eletrodo;
• envolver o arco e a poça de fusão com o gás de proteção.
215
Todo esse conjunto tem um custo inicial maior do que o equipa-
mento necessário para a execução da soldagem por eletrodos
revestidos. Além disso, ele também exige mais cuidados de ma-
nutenção no decorrer de sua vida útil. Isso porém é compensado
pelo alto nível de produtividade proporcionado pela utilização da
soldagem MIG/MAG.
216
Deve-se reforçar ainda a importância dos cuidados necessários
ao armazenamento e manuseio dos eletrodos. Eles devem ser
armazenados em um local limpo e seco para evitar a umidade.
Para evitar a contaminação pelas partículas presentes no ambi-
ente, a bobina deve retornar à embalagem original quando não
estiver em uso.
Exercício
Transferência de metal
218
A transferência globular acontece quando o metal do ele-
trodo se transfere para a peça em gotas com diâmetro
maior do que o diâmetro do eletrodo. Essas gotas se
transferem sem direção, causando o aparecimento de uma
quantidade elevada de respingos. Essa transferência, é
indicada para a soldagem na posição plana.
219
O estabelecimento do procedimento de soldagem deve conside-
rar variáveis como: tensão, corrente, velocidade, ângulo e deslo-
camento da tocha, tipo de vazão do gás, diâmetro e compri-
mento da extensão livre do eletrodo (“stick out”). Essas variáveis
afetam a penetração e a geometria do cordão de solda.
220
5. Corrente de ar. 5. Proteger as peças de corrente de ar, para não
6. Fluxo de gás incorreto. prejudicar a proteção gasosa.
7. Arames e guias sujos. 6. Regular a vazão de gás: se a vazão de gás
8. Respingos de solda no bocal. estiver baixa, aumente para proteger a poça
9. Vazamento nas mangueiras e de fusão; se a vazão estiver alta, é melhor re-
na tocha. duzir para evitar turbulência. (8 a 101/min -
10. Preparação inadequada de arco curto e 12 a 201/m - arco longo).
junta. 7. Limpar a guia com ar comprimido; usar sem-
11. Preparação inadequada de pre arames isentos de graxa, resíduos ou
junta. umidade.
12. Metal de base impuro ou 8. Limpar os respingos de solda do bocal, que
defeituoso. podem alterar o fluxo de gás, provocando tur-
13. Tocha muito inclinada. bilhonamento e aspiração de ar.
9. Verificar sempre as mangueiras, conexões,
juntas e pistola para evitar aspiração de ar
pelo furo.
10. Dimensionar a rede adequadamente.
11. Obter uma abertura constante e dentro dos
limites da posição de trabalho.
12. Rejeitar o metal de base.
13. Posicionar a tocha corretamente.
221
Continuação:
Falta de Penetra- 1. Abertura muito pequena ou 1. Ser caprichoso na preparação da junta a
ção ou de Fusão mesmo inexistente, ou abertu- soldar e realizar a montagem, respeitando
na Raiz. ra irregular. sempre a fresta mínima em função do chanfro
2. Ângulo do chanfro muito e da posição de soldagem.
pequeno. 1. Procurar tornar a fresta a mais constante
3. Presença de “nariz” ou “nariz” possível, através de um potenciamento ade-
muito grande. quado.
4. Falha no manuseio da tocha. 2. Utilizar ângulo entre 40 e 60o.
5. Falta de calor na junta. 3. Verificar se é realmente necessária a existên-
6. Passe de raiz com convexi- cia de “nariz”.
dade excessiva. 3. Procurar tornar o “nariz” o mais constante
possível e sempre menor do que o máximo
permitido para o tipo de chanfro e posição de
soldagem definidos.
4. Quando for necessário, parar a soldagem
antes do término do cordão de raiz e realizar
as retomadas / reacendimentos de forma cor-
reta.
5. Aumentar o par tensão X velocidade do arame
(amperagem).
5. Reduzir a velocidade de soldagem pois ela
pode estar muito alta, porém é preferível
manter o arco na frente da poça de fusão.
5. Preaquecer a peça de trabalho.
5. Soldar em posição vertical ascendente.
6. Esmerilhar o passe de raiz, obtendo certa
concavidade em sua superfície antes de exe-
cutar o novo cordão.
Superfície Irregu- 1. Velocidade inadequada do 1. Ajustar a velocidade do arame.
lar arame (amperagem). 2. Aprimorar o manuseio da tocha para que o
2. Manuseio incorreto da tocha. tecimento seja cadenciado e constante.
Desalinhamento 1. Pré-montagem mal executa- 1. Ser caprichoso na preparação da junta a
da. soldar.
2. Ponteamento deficiente. 2. Realizar um ponteamento, com soldas de
fixação resistentes e dimensionadas de acor-
do com as partes a unir.
Respingos 1. Tensão muito elevada. 1. Reduzir a tensão.
2. Vazão de gás excessiva 2. Regular a vazão do gás.
3. Sujeira no metal de base. 3. Limpar o metal de base, eliminando tintas,
4. Avanço do arame alto ou óxidos, graxas e outras impurezas que provo-
baixo em relação à tensão do cam isolamento entre o arame e o metal de
arco. base.
5. Distância excessiva entre o 4. Regular o avanço do arame.
bocal e a peça. 4. Controlar a condição ideal pelo tama-
6. Altura excessiva do arco. nho/volume da gota na ponta do arame, que
7. Controle inadequado da in- deve ter aproximadamente o mesmo diâmetro
dutância. do arame.
8. Posição inadequada da tocha. 5. Manter a distância correta entre o bocal e a
9. Mau contato entre cabos e peça.
peças. 6. Reduzir a altura do arco.
10. Bico de contato danificado. 7. Controlar a indutância adequadamente.
11. Bocal com respingos. 8. Usar a técnica de arco quente (arame sobre a
poça de fusão) para melhorar a estabilidade
do arco e reduzir os respingos. Não inclinar
muito a tocha e procurar manter, onde for
possível, o arco perpendicular à linha da sol-
da.
9. Limpar as superfícies de contato a fim de
evitar instabilidade no arco.
10. Trocar o bico de contato.
11. Limpar ou trocar o bocal com respingo.
222
Como você pôde perceber a soldagem MIG/MAG é um processo
bastante versátil em termos de aplicabilidade às mais variadas li-
gas metálicas e espessuras de material, podendo ser usada em
todas as posições. Além disso, por ser semi-automática, ele
apresenta uma produtividade muito elevada. Isso a torna uma
alternativa bastante viável quando comparada à soldagem com
outros processos.
Por todos esses motivos, preparamos esta aula para você. Não
se esqueça de que ainda há muito o que aprender. Se o assunto
pareceu interessante, procure ler mais sobre ele. Você só tem a
ganhar, porque o profissional que sabe mais tem o futuro nas
mãos.
Exercícios
223
224
c) A transferência por spray ocorre com:
1. ( ) corrente e tensões altas produzindo baixa taxa de
deposição.
2. ( ) correntes de soldagem baixas produzindo altas ta-
xas de deposição.
3. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo alta taxa
de deposição.
4. ( ) correntes de soldagem altas, produzindo baixas
taxas de deposição.
225
Gabarito
3. a) Ferrosos, não-ferrosos
b) Na manutenção, recuperação de peças e revestimento de
superfícies.
4. a) 1) (V) 2) (V) 3) (F) 4) (V) 5) (V)
b) 1. alinhado, junta
2. soldagem, eletrodo
3. arco, poça
d) - aço inoxidável.
- aço-carbono.
- aços de baixa liga.
- alumínio, cobre, níquel etc.
226
8. a) Resulta em cordão muito largo, com muito depósito de
material.
b) Espessura e tipo de junta.
c) Tensão, correntes, ângulo de deslocamento da tocha.
d) Quanto maior a distância, maior será o aquecimento do
eletrodo e menor a corrente necessária para fundir o
arame.
227
Tecnologia da Soldagem
SOLDAGEM TIG
Mas que fazer se os metais a serem unidos forem de difícil soldagem por outros
processos, se for preciso soldar peças de pequena espessura ou juntas complexas, ou se
for necessário um controle muito rigoroso do calor cedido à peça? Como no caso da
costura e união de topo de tubos de aço inoxidável, da soldagem de alumínio, magnésio e
titânio, particularmente de peças leves ou de precisão como as usadas na indústria
aerospacial, por exemplo?...
Existe um processo de soldagem manual, que também pode ser automatizado, e que
resolve esses problemas. Ele é chamado de soldagem TIG, um processo dos mais
versáteis em termos de ligas soldáveis e espessuras, produzindo soldas de ótima quali-
dade.
Como você já deve ter percebido, TIG é uma sigla. Ela deriva do inglês Tungsten Inert
Gas e se refere a um processo de soldagem ao arco elétrico, com ou sem metal de
adição, que usa um
eletrodo não-consumível de tungstênio envolto por uma cortina
de gás protetor.
230
Tipo de corrente C/C- C/C+ CA (Balanceada)
Polaridade do Negativa ou direta Positiva ou inversa
eletrodo
Equipamento básico
231
• uma fonte de energia elétrica;
• uma tocha de soldagem;
• uma fonte de gás protetor;
• um eletrodo para a abertura do arco;
• unidade para circulação de água para
refrigeração da tocha.
Eletrodos
232
O eletrodo usado no processo de soldagem TIG é uma vareta
sinterizada de tungstênio puro ou com adição de elementos de
liga (tório, zircônio, lantânio e cério). Sua função é conduzir a
corrente elétrica até o arco. Essa capacidade de condução varia
de acordo com sua composição química, com seu diâmetro e
com o tipo de corrente de soldagem.
A seleção do tipo e do diâmetro do eletrodo é feita em função do
material que vai ser soldado, da espessura da peça, do tipo da
junta, do número de passes necessários à realização da solda-
gem, e dos parâmetros de soldagem que vão ser usados no tra-
balho.
Consumíveis
233
É importante lembrar que os catálogos dos fabricantes são fon-
tes ideais de informações necessárias para ajudar na escolha
dos gases de proteção, dos eletrodos e do metal de adição.
234
Pare! Estude! Responda!
Exercício
235
d) O eletrodo usado no processo de soldagem TIG é
1. ( ) uma vareta sinterizada de tungstênio puro.
2. ( ) uma vareta de aço puro ou com adição de ele-
mentos de liga (toria e zircônia).
3. ( ) uma vareta de cobre puro sinterizado ou com
adição de elementos de liga (toria e zircônia).
4. ( ) uma vareta de tungstênio com elementos de liga
(toria e zircônia).
5. ( ) uma vareta sinterizada de tungstênio puro ou
com adição de elementos de liga (toria e zircô-
nia).
236
1. Preparação da superfície, para remoção de óleo, graxa, sujei-
ra, tinta, óxidos, por meio de lixamento, escovamento, deca-
pagem.
2. Abertura do gás (pré-purga) para expulsar o ar da mangueira
de gás e da tocha.
3. Pré-vazão, ou formação de cortina protetora antes da abertu-
ra do arco.
4. Abertura do arco por meio de um ignitor de alta freqüência.
5. Formação da poça de fusão.
6. Adição do metal na poça de fusão, quando aplicável.
7. Ao final da junta, extinção do arco por interrupção da corrente
elétrica.
8. Passagem do gás inerte sobre a última parte soldada para
resfriamento do eletrodo e proteção da poça de fusão em so-
lidificação (pós-vazão).
9. Fechamento do fluxo do gás.
237
• O movimento da tocha deve ser firme e uniforme, à medida
que a vareta de adição é introduzida na borda frontal ou lateral
da poça. A vareta deve formar um ângulo de aproximada-
mente 15o em relação à superfície da peça.
238
Problemas / Defeitos Causas Correções
Consumo excessivo de 1. Gás de proteção insuficiente. 1. Limpar boca da tocha.
eletrodo. 2. Soldagem em polaridade 1. Verificar se há vazamento nas
inversa. mangueiras.
3. Diâmetro inadequado do ele- 1. Diminuir distância entre o bocal
trodo em relação à corrente e a peça.
necessária ao trabalho. 1. Aumentar a vazão do gás.
4. Eletrodo contaminado. 2. Corrigir polaridade.
5. Oxidação do eletrodo durante 2. Usar eletrodo de diâmetro
o resfriamento.
maior.
3. Usar eletrodo de diâmetro maior
4. Eliminar a contaminação por
meio de esmerilhamento da
ponta do eletrodo.
5. Manter o gás fluindo após a
extinção do arco por pelo menos
10 segundo.
Arco errático. 1. Presença de óxidos ou 1. Limpar superfície do metal de
agentes contaminadores na base.
superfície do metal de base. 2. Corrigir ângulo.
2. Ângulo do chanfro da junta 3. Limpar eletrodo.
estreito demais.
4. Utilizar eletrodo de tamanho
3. Eletrodo contaminado. adequado, ou seja, o menor
4. Diâmetro do eletrodo grande possível para a corrente neces-
demais para a intensidade de sária.
corrente usada. 5. Aproxime mais o eletrodo.
5. Arco muito longo.
Porosidade 1. Impurezas na linha de gás. 1. Purgar o ar de todas as linhas
2. Mangueiras de gás e água antes de abrir o arco.
trocadas. 2. Usar somente mangueiras no-
3. Superfície do metal de base vas.
e/ou do metal de adição 2. Nunca trocar as mangueiras.
contaminada. 3. Fazer limpeza.
4. Vazão do gás inadequada. 4. Corrigir vazão de gás.
5. Arco muito longo. 5. Corrigir comprimento do arco.
Cordão de solda oxi- 1. Proteção insuficiente do gás. 1. Verificar taxa de vazão do gás.
dado 2. Metal de base ou de adição 1. Verificar tamanho do arco.
sujo. 1. Corrigir posição da tocha.
3. Contaminação com o tungs- 1. Centralizar os eletrodos no
tênio do eletrodo.
bocal de gás.
2. Limpar a superfície do material
de base e dos materiais de adi-
ção.
3. Abrir o arco sem tocar o metal
de base; usar corrente de alta
freqüência .
Cordão de solda muito 1. Arco muito longo 1. Corrigir tamanho do arco.
largo. 2. Velocidade de soldagem 1. Corrigir posição da tocha.
muito baixa para corrente 2. Verificar e alterar corrente e/ou
239
usada. velocidade de soldagem.
Exercício
Coluna A Coluna B
a) ( ) Cordão de solda oxidado 1. Diâmetro muito grande o eletrodo.
b) ( ) Cordão de solda muito largo 2. Velocidade de soldagem muito baixa.
c) ( ) Consumo excessivo do eletrodo 3. Soldagem em polaridade inversa.
d) ( ) Arco instável 4. Impurezas na linha de gás.
5. Proteção insuficiente do gás.
Gabarito
240
Tecnologia da Soldagem
Os processos de soldagem que estudamos até agora, nem sempre contemplam esses
dois aspectos. Por serem predominantemente manuais, são lentos e dependem muito da
habilidade do soldador para que o resultado do trabalho tenha a qualidade esperada.
Nesta aula, você vai conhecer um processo que é totalmente automatizado e que,
portanto, apresenta as muitas vantagens que esse fato pode trazer. Mas, será que ele
tem só vantagens? Bem, isso você só vai ficar sabendo se estudar esta aula. Portanto,
mãos à obra!
Protegendo a solda
Nos processos de soldagem por fusão, o fato de se usar calor torna inevitável a presença
de modificações tanto na estrutura quanto na superfície do material que está sendo
soldado. Isso traz como conseqüência a modificação das propriedades mecânicas da
junta soldada.
Portanto, um dos desafios tecnológicos da soldagem é justa-
mente diminuir o mais possível esses fenômenos, de modo que a
peça possa apresentar todas as características necessárias para
seu uso de maneira mais produtiva possível.
Uma vez aberto o arco, tanto o eletrodo quanto o fluxo são ali-
mentados continuamente para a região do arco enquanto a to-
cha é deslocada. O eletrodo, parte da camada de fluxo e o metal
de base fundem sob o calor do arco formando a poça de fusão.
242
As principais vantagens desse processo são o rendimento, pois
não há praticamente perdas por respingos, e a alta taxa de de-
posição. É um processo rápido, pois exige apenas um terço do
tempo normalmente necessário para outros processos, e eco-
nômico, por causa de sua alta produtividade. Os cordões de sol-
da obtidos são de alta qualidade.
Exercícios
243
2. Assinale com um X a resposta correta nas alternativas abai-
xo:
a) As principais vantagens da soldagem por arco submerso
são:
1. ( ) gera poucos fumos de soldagem e muitos respin-
gos.
2. ( ) obtém-se cordões com acabamento uniforme, ge-
rando muitos fumos de soldagem.
3. ( ) baixa taxa de deposição, num processo lento.
4. ( ) alta taxa de deposição, sem perdas por respingos,
processo rápido e econômico.
Equipamentos necessários
244
2. A corrente contínua com eletrodo positivo (CC+) permite mai-
or penetração e controle do cordão.
3. A corrente contínua com eletrodo negativo (CC-) é a que for-
nece a maior taxa de deposição, por isso é ideal para reves-
timentos e soldagem de chapas finas.
4. A corrente alternada (CA) tem uma penetração intermediária
entre os dois tipos de polaridade da corrente contínua. Além
disso, a corrente alternada minimiza o sopro magnético.
245
Normalmente, os eletrodos para soldagem ao arco submerso são
arames sólidos, fornecidos em carretéis e bobinas, com diâme-
tros que variam entre 1,6 e 6,4 mm. Eles permitem soldagem
com elevadas densidades de corrente, dependendo do tipo e
quantidade de soldas a realizar. Eles são produzidos por trefila-
ção e podem ser revestidos superficialmente com cobre. Em
aplicações especiais, eles podem ter a forma de fita ou de tubo.
246
res de oxigênio, enxofre e fósforo no metal depositado, o que
melhora as propriedades mecânicas, como a resistência à fratura
frágil.
Os fluxos também podem ser classificados de acordo com sua
capacidade de alterar a composição química do metal da solda.
Nesse caso, eles são classificados em ativos ou neutros.
Exercícios
247
4. Assinale com um X as respostas corretas.
a) O que determina as propriedades mecânicas do cordão
de solda é:
1. ( ) a combinação do metal de base com o procedimento
de soldagem, a composição química e a corrente.
2. ( ) o eletrodo e o fluxo de soldagem com o tipo de ele-
trodo para arco submerso.
3. ( ) a combinação do metal de base, procedimento de
soldagem, o eletrodo e o fluxo de soldagem adequa-
dos.
4. ( ) a combinação química e a especificação dos ara-
mes.
248
h) ( ) A escolha de um fluxo nem sempre é feita em com-
binação com a escolha do arame eletrodo, pois, am-
bos são especificados de acordo com normas de
AWS.
Dica tecnológica
249
Na abertura do arco, é importante evitar a sobrecarga na fonte
(quando se usa fonte do tipo corrente constante) ou o agarra-
mento do eletrodo na poça de fusão. Para isso, pode-se facilitar
a abertura do arco por meio da colocação de uma pequena
quantidade de lã de aço entre o eletrodo e a peça. O ideal é usar
equipamentos dotados de sistemas especiais para a abertura do
arco.
5. Supervisão da operação, por parte do operador. Isso inclui a
verificação e eventual correção dos parâmetros de soldagem
e do alinhamento do cabeçote.
6. Extinção do arco.
7. Limpeza da camada de escória e preparação para a deposi-
ção dos passes seguintes, se for o caso.
“Tandem arc” ( que quer dizer arcos em série) usa dois ou mais
eletrodos soldando em linha e simultaneamente e cada um tem
sua fonte de energia e controles separados. Devido aos proble-
mas criados por efeito de campos magnéticos, os eletrodos “re-
bocados” possuem fontes de CA. Assim, é comum que o ele-
trodo “guia” trabalhe com CC+, que garante melhor penetração,
e que os demais eletrodos trabalhem com CA, o que garante o
enchimento e o melhor acabamento do cordão.
250
Eletrodo em fita é a variante na qual o
eletrodo é substituído por uma fita metá-
lica de 0,5 mm de espessura e 30 a 120
mm de largura. Nela, a diluição é muito
baixa e o cordão de solda tem aproxi-
madamente a largura da fita. Esse fato
indica o processo para revestimento de
grandes áreas.
251
Pare! Estude! Responda!
Exercícios
252
cução de revestimento e soldagem de chanfros lar-
gos com mata-junta.
4. ( ) nessa variante, a diluição é muito baixa onde o pro-
cesso é indicado para revestimento de grandes áreas.
Gabarito
2. a) (4)
3. 1) (b) 2) (a)
4. a) (3)
6. a) 4; b) 1; c) 3; d) 2;
e) 6; f) 7; g) 5.
253
Tecnologia de soldagem
Processos especiais de
soldagem
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Princípio de funcionamento dos diversos processos especiais de soldagem;
• Importância dos parâmetros operacionais dos processos especiais.
• Aplicação dos processos no tocante aos tipos e características dos materiais.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Diversas fontes de energia empregadas nos processos especiais de soldagem;
• Características e particularidades de cada processo especial de soldagem;
• Faixas de espessuras soldadas por cada um dos processos especiais;
• Parâmetros operacionais de cada processo;
• Aplicações dos diferentes processos.
Introdução
Além dos processos convencionais de soldagem, existem vários processos que são
conotados como especiais, quer seja por sua aplicação específica, quer seja pelo seu
princípio de funcionamento. Muitos deles já são largamente aplicados nas indústrias.
Existem, porém, alguns processos, de emprego recente, que possuem características
distintas de aplicabilidade e são insubstituíveis em seu campo de aplicação.
SENAI 253
Tecnologia de soldagem
O processo fornece ainda uma alta taxa de deposição e penetração. Isso é conseguido
pelas altas correntes que podem ser utilizadas, devido à pequena distância entre o fim
do eletrodo e o seu contato elétrico.
Princípio do processo
SENAI 254
Tecnologia de soldagem
Aplicação do processo
A soldagem por arco submerso é grandemente aplicada nos trabalhos industriais. Com
a seleção adequada de equipamento e parâmetros de soldagem, pode ser usada em
todos os tipos de juntas, em uma grande variedade de aços carbonos de baixa liga e
também nos aços inoxidáveis. O processo pode ser usado para soldar secções de
aproximadamente 1,5 até acima de 200mm.
SENAI 255
Tecnologia de soldagem
SENAI 256
Tecnologia de soldagem
SENAI 257
Tecnologia de soldagem
Os eletrodos podem ser revestidos ou não. No caso da utilização dos eletrodos não
revestidos, o fundente é suprido através do tubo de guia.
Solda a ponto
Esse processo é empregado para soldar chapas de aço com até 5mm de espessura, e
para metais não-ferrosos, com espessura até 2,5mm.
SENAI 258
Tecnologia de soldagem
SENAI 259
Tecnologia de soldagem
Faz-se primeiro, passar a corrente elétrica entre as peças a serem soldadas para
esquecer-se a zona de contato: depois, as garras afastam as peças, abrindo um arco
entre elas. O calor do arco funde o material na zona a se soldar.
Neste processo, a escória formada pelo fundente é substituída pela blindagem de gás
de proteção, geralmente CO 2 , porém a operação de soldagem em si é bastante
similar.
Como no processo MAG, o CO 2 tem a função de proteger o arco elétrico gerado entre
o arame de enchimento e a poça de fusão. O gás é introduzido na região da solda, por
meio de orifícios apropriados, existentes na sapata deslizante de cobre.
SENAI 260
Tecnologia de soldagem
Soldagem Termit
SENAI 261
Tecnologia de soldagem
O alumínio, por ter maior afinidade pelo oxigênio do óxido de ferro, provoca neste uma
redução e libera uma grande quantidade de calor.
A massa inteira se funde. O alumínio, por ser mais leve, flutua com a escória, enquanto
o ferro se precipita. O metal líquido é vertido no molde, fundindo os elementos da junta
e preenchendo a abertura entre eles.
O processo Termit é muito usado para juntas de topo de grandes secções retas e
necessita de pouco preaquecimento. Obtêm-se resultados satisfatórios na soldagem
de aços de baixa e alta liga, aço fundido, cobre e alumínio.
SENAI 262
Tecnologia de soldagem
Os materiais, nos pontos de ligação, não se fundem; são apenas caldeados, podendo,
dessa forma, ser realizadas soldas de combinações entre materiais metálicos, os
quais, nos demais processos, formam uma fase intermetálica, com grande tendência à
fragilização, como, por exemplo, a solda de alumínio com aço.
SENAI 263
Tecnologia de soldagem
SENAI 264
Tecnologia de soldagem
O gás hidrogênio circula através de um arco elétrico. A alta temperatura absorvida pelo
gás é suficiente para provocar a dissociação do gás. Ocorre uma reação endotérmica
que absorve o calor do arco.
O processo trabalha numa faixa de 100 a 150 A e se aplica aos aços ligados com
espessura de até 4mm. Pode ser aplicado também em aço-ferramenta, bem como em
revestimentos de prata.
Possui como desvantagem a posição dos eletrodos que limita a utilização em outros
tipos de junta e cordões.
SENAI 265
Tecnologia de soldagem
Este processo de soldagem produz a união das superfícies por intermédio de energia
ultra-sônica, sob a forma de vibrações mecânicas de alta freqüência.
Tais vibrações são aplicadas sob pressão nas peças sobrepostas. Em função disso,
rompe-se a camada de óxido, iniciando-se o processo de difusão entre as peças.
Ele atinge uma temperatura muito baixa, podendo ser aplicado a fitas e folhas de
pequena espessura. Sua grande vantagem está na larga faixa de aplicação, tanto a
tipos de materiais, quanto a faixa de espessura.
SENAI 266
Tecnologia de soldagem
Quanto à abertura do arco, a soldagem plasma pode ser de dois tipos: arco transferido
e arco não transferido.
SENAI 267
Tecnologia de soldagem
Gases de proteção
O argônio tem o efeito de alargar o arco, enquanto que o hélio ou uma mistura de hélio
com hidrogênio tendem a estreitá-lo.
Nos aços, a adição de hidrogênio (5 até 7%) reduz a tensão superficial na poça de
fusão e a tendência a mordeduras e crateras na zona de transição do cordão.
SENAI 268
Tecnologia de soldagem
Pistola de soldagem
SENAI 269
Tecnologia de soldagem
Fonte de corrente
Os retificadores têm uma voltagem de circuito em aberto que varia entre 65 a 80V. As
fontes de energia utilizadas para soldagem TIG podem ser convertidas para soldagem
a arco plasma. Entretanto, devem sempre estar conjugadas com um sistema auxiliar
para abertura de arco, que é uma peça essencial do equipamento para a soldagem a
arco plasma.
Eletrodo de soldagem
Estes eletrodos são os mesmos utilizados no processo TIG e são classificados pela
AWS A5-12.
SENAI 270
Tecnologia de soldagem
Correntes de soldagem
A soldagem a arco plasma pode ser executada com correntes externamente baixas, se
comparadas com o processo TIG. Muitas vezes, a corrente situa-se entre 0,1 a 1 A As
correntes consideradas baixas variam de 0,1 a 100 A, e as altas correntes as que
variam de 100 a 500 A.
Voltagem de soldagem
Aplicação do processo
SENAI 271
Tecnologia de soldagem
SENAI 272
Tecnologia de soldagem
A densidade de potência corresponde a 3000W / cm2, que é bem menor que na solda
a gás, cuja densidade de potência é 10.000W / cm2.
Questionário-resumo
SENAI 273
Tecnologia de soldagem
SENAI 274
Tecnologia de soldagem
Objetivos
Conhecer
Ser informado sobre:
• Diferentes processos de corte por ação térmica;
• Diversos tipos de goivagem;
• Diferentes possibilidades de aplicação de corte e goivagem.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Características do corte a chama oxiacetilênica;
• Princípio do corte a arco elétrico;
• Tipos de corte: manual e semi-automático;
• Fatores que influenciam a qualidade da superfície cortada;
• Tipos de cortes a sua execução;
• Características da soldagem a chama e a arco elétrico.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Empregar o processo mais conveniente de corte por ação térmica ou goivagem;
• Avaliar a qualidade da superfície cortada;
• Corrigir problemas referentes à qualidade da superfície de corte em função dos
parâmetros aplicados.
SENAI 275
Tecnologia de soldagem
Corte oxiacetilênico
O oxigênio puro sob pressão atua na região de corte provocando grande oxidação e
queima do aço.
SENAI 276
Tecnologia de soldagem
Bicos de corte
Os bicos de corte possuem na mesma peça saídas anelares da chama, com as quais
se processa o aquecimento, e uma saída central para o oxigênio, com a qual se
processa o corte. Para o aquecimento, deve ser usada a chama neutra.
SENAI 277
Tecnologia de soldagem
Dados operacionais
SENAI 278
Tecnologia de soldagem
Tabela
Espessura *pressão dos gases Velocidade Consumo dos gases **
Bico 2
de corte (kg/cm ) linear de corte (m 3 /h)
(no)
(mm) Oxigênio Acetileno (cm/min) C-205 Oxigênio Acetileno
3,2 2 1,5 -1,4 0,35 92 0,95 0,25
6,4 3 1,75-2,18 0,42 76 1,25 0,28
9,5 1,50-2,10 0,35 64 1,70 0,30
12,7 2,18-2,60 51 2,00 0,33
15,9 4 2,80-3,21 0,42 46 2,32 0,36
19,1 1,60-2,15 0,35 41 2,74 0,39
25,4 6 2,20-2,62 0,42 35,7 3,41 0,45
38,1 3,30-4,15 0,49 33,2 4,71 0,51
50,8 8 2,40-2,80 0,35 28,1 5,50 0,56
76,2 3,00-3,50 25,4 6,50 0,64
100 4,55-5,30 0,42 23,0 8,80 0,70
125 4,20-4,55 0,49 20,0 11,40 0,86
150 10 4,90-5,30 0,56 17,8 13,00 1,00
200 4,95-5,40 0,63 12,7 17,90 1,14
250 5,9 -6,60 0,84 10,0 20,40 1,28
300 12 5,60-6,30 0,77 8,0 24,00 1,40
Existem vários tipos de maçaricos para corte manual, os quais se prestam a variados
tipos de trabalhos.
Tipos:
SENAI 279
Tecnologia de soldagem
SENAI 280
Tecnologia de soldagem
Qualidade do corte
SENAI 281
Tecnologia de soldagem
Qualidade do corte
Os cortes são definidos em função da chapa que se deseja cortar e podem ser leves,
médios ou pesados.
• Leves, para chapas até 1”:
• Médios, para chapas de 1” até 5”;
• Pesados, para chapas com mais de 5”.
Tipos de corte
SENAI 282
Tecnologia de soldagem
• Corte em chanfro;
Máquinas de corte
SENAI 283
Tecnologia de soldagem
Quanto ao tipo, podem ser portáteis, como apresenta a figura abaixo, ou estacionários.
As máquinas podem executar cortes retos ou copiar perfis, como ocorre com as
copiadoras pantográficas. As copiadoras podem trabalhar com gabaritos comandados
por fotocélula, trabalhando em escola 1:1 do desenho a ser copiado.
SENAI 284
Tecnologia de soldagem
Chanfro simples
Neste tipo de corte, usam-se dois maçaricos: o primeiro posicionado na vertical,
aparando a borda da chapa; o segundo com o ângulo de indicação que se deseja
executar o corte. O maçarico que executa o corte do ângulo deve ter uma chama de
preaquecimento mais intensa porque, em função da inclinação, ocorre perda de
rendimento que deve ser compensada.
Tipos de cortes
Chanfro duplo
Para a execução deste chanfro, utilizam-
se três maçaricos: o primeiro cortando
verticalmente; o segundo fazendo o corte
de fundo e o terceiro executando o corte
de topo.
SENAI 285
Tecnologia de soldagem
A distância entre os dois primeiros maçaricos deve ser suficiente para separar os jatos
de oxigênio e de corte.
Nos casos em que o corte do segundo maçarico é feito fora da zona aquecida pelo
primeiro, pode-se posicionar os dois no mesmo alinhamento (perpendicular à direção
do corte), dando porém mais inclinação ao segundo maçarico, fazendo com que o jato
do oxigênio passe por trás do jato do primeiro.
SENAI 286
Tecnologia de soldagem
Um corte bem executado assegura uma face lisa, sem oxidação excessiva e no
esquadro com as faces da chapa ou peça.
SENAI 287
Tecnologia de soldagem
SENAI 288
Tecnologia de soldagem
Rasgo convergente
Ocorre quando a distância entre o bico e a peça ou a pressão de oxigênio são
excessivas.
Rasgo divergente
Normalmente ocorre quando se utiliza excesso de oxigênio.
Concavidade
A concavidade pode ocorrer ao se utilizar bico muito pequeno, obstruído ou danificado
também por oxigênio insuficiente.
Ondulação
Pode ser ocasionada pela utilização de bico sujo ou oxigênio insuficiente.
SENAI 289
Tecnologia de soldagem
Desvio angular
Ocorre através do posicionamento incorreto do bico ou jato de oxigênio desviado por
rebarbas ou sujeiras.
Ondulação em S
Pode ser provocada por sujeira, desgaste ou rebarba no bico.
SENAI 290
Tecnologia de soldagem
Ondulação desuniforme
Pode ser provocada por aplicação de velocidade não uniforme ou, ainda, existência de
incrustações na chapa.
Profundidade excessiva
Normalmente causada por distância insuficiente do bico ou chama muito forte. É algo
comum se o material é um aço-liga.
Profundidade desuniforme
Ocorre por variação na velocidade de condução do maçarico.
Indentações ocasionais
Ocorrem quando há crepitações da chama, ferrugem ou syujeira na chapa.
SENAI 291
Tecnologia de soldagem
Indentações contínuas
Podem ser ocasionadas pela distância insuficiente do bico, chama muito fraca, sujeira
ou ferrugem na chapa.
Corte incompleto
Corte perdido
Ocorre se a distância do bico à chapa é excessiva; por bico sujo, gasto ou com
rebarbas; por chapa suja ou com ferrugem. Pode ocorrer também em chapa com alto
teor de carbono ou com separação internas.
Escorrimento
Normalmente ocorre quando se utilizam chama
fraca ou oxigênio insuficiente.
SENAI 292
Tecnologia de soldagem
Crosta adesiva
Este caso é possível de ocorrer quando a chapa de aço cortada é de aço-liga.
As trincas podem ocorrer na face do corte, tanto na região superior, como inferior da
chapa.
Ocorrem com mais freqüência nos aços de alto teor de carbono, de altas ligas ou
temperado, devido à insuficiência do preaquecimento ou ainda motivadas por um
resfriamento rápido demais.
É um processo de corte em que os metais a serem cortados são fundidos pelo calor de
um arco elétrico entre o eletrodo e a peça. Após a fusão, um jato de ar comprimido
remove o metal fundido. Normalmente é um processo usado em todas as posições,
porém pode ser operado automaticamente.
SENAI 293
Tecnologia de soldagem
SENAI 294
Tecnologia de soldagem
Corte a plasma
O corte a plasma se utiliza do calor de um arco elétrico combinado com um gás
ionizado (plasma, que é o quarto estado da matéria). O arco obtido atinge a
temperatura de até 20 000ºC, sendo, dessa forma, utilizado para o corte de qualquer
metal ferroso ou não-ferroso.
É um processo de corte que separa os metais pela fusão de uma área localizada com
um arco constrito, e pela remoção do material fundido com um jato de gás ionizado
quente, em alta velocidade.
Corte a plasma
Pode ser utilizado no corte manual, com maçarico portátil, ou em corte mecanizado,
utilizando-se máquinas extremamente precisas e dispositivos especiais de traçagem.
SENAI 295
Tecnologia de soldagem
O seu maior uso é no corte de aços e metais não-ferrosos de espessuras finas até
médias. É muito utilizado para metais que contém elementos de liga os quais
produzem óxidos refratários, por exemplo, aços inoxidáveis e alumínio. Requer menos
habilidade do operador que nos demais processos, com exceção do corte manual, em
que o equipamento é mais complexo.
Consumo do
Velocidade
Largura do
do avanço
espessura
Corrente
canal
gás
material
Mm A Mm Mm/min Ar H2 N2
2 50 2,0 1600 5 - 10
5 50 2,0 1000 12 8 -
5 50 2,0 1800 12 8 -
Aço de alta 10 100 3,0 800 12 8 -
liga 20 100 3,0 400 12 8 -
20 250 4,5 800 15 12 -
40 250 4,5 300 15 12 -
60 250 4,5 150 15 12 -
125 500 9,0 100 30 15 -
5 50 2,0 1500 12 8 -
5 100 3,0 2500 12 8 -
10 100 3,0 1200 12 8 -
Alumínio
20 100 3,0 600 12 8 -
40 250 4,5 500 15 12 -
85 250 4,5 150 15 12 -
Características do processo
Em função das espessuras das peças, que variam de 6 a 150mm, pode-se atingir
velocidades de corte de 10 a 450m/h.
SENAI 296
Tecnologia de soldagem
Atualmente, utiliza-se uma mistura de argônio e hidrogênio, com a qual se obtêm uma
potência e uma qualidade de corte muito superiores ao hidrogênio.
Goivagem
Goivagem a gás
A operação de goivagem está intimamente ligada à de soldagem. A goivagem a chama
consiste na remoção do material, trabalhando-se com eixo do bico do maçarico
inclinado de 25 a 35º em relação à superfície da chapa a ser trabalhada, conforme
mostra a figura abaixo.
Preaquecimento da peça
O metal goivado é removido por meio de jato de oxigênio a pressão, ocasião em que a
escória formada também é eliminada. Este método de goivagem é empregado
principalmente na limpeza e acabamento da raiz de solda, na remoção de cordões de
solda defeituosos e em confecções de canais de solda.
SENAI 297
Tecnologia de soldagem
SENAI 298
Tecnologia de soldagem
Nos processos mais atuais, utilizam-se eletrodos que já possuem um canal interno,
através do qual flui o jato de ar comprimido.
SENAI 299
Tecnologia de soldagem
Eletrodo metálico
SENAI 300
Tecnologia de soldagem
Considerações
A goivagem a arco elétrico apresenta uma eficiência 2 a 3 vezes maior que nos
processos a gás, além de provocar uma zona termicamente afetada mais estreita,
influenciando de forma reduzida o metal-base.
Esses fatores fazem com que sua utilização atualmente seja bem maior que a
goivagem a gás.
Questionário-resumo
SENAI 301
Tecnologia de soldagem
SENAI 302
Tecnologia de soldagem
Procedimentos e elementos
de soldagem
Objetivo
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Procedimentos na preparação e execução de uniões soldadas;
• Elementos essenciais a uma boa soldagem.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Principais tipos de juntas básicas;
• Tipos básicos de chanfros aplicados nas uniões soldadas;
• Diferentes procedimentos a serem observados nas posições de soldagem;
• Cordões de solda, tipos e procedimentos na sua execução.
Ser capaz
Aplicar conhecimentos para:
• Executar a preparação de uniões soldadas;
• Planejar uma seqüência racional de soldagem;
• Interpretar o tipo de eletrodo pela classificação normalizada.
Junções soldadas
Introdução
Quando se elaboram desenhos, devem ser fornecidas as disposições em que as peças
devem ser soldadas umas às outras. Essa disposição são as próprias juntas a serem
executadas.
SENAI 303
Tecnologia de soldagem
Além dessas, existem juntas com formato em cruz, juntas com talas de reforço e juntas
de quina, que são variações dos tipos de juntas básicas, conforme as figuras a seguir.
Cada tipo específico de junta é, além disso, subdividido em vários grupos. Na junção
da peça, forma-se um canal através de chanfros, o qual deve ter uma forma perfeita
para possibilitar uma boa soldagem.
Tipos de juntas
A forma do cordão de solda indica como deve ser preparada a junta e em qual forma
para o cordão desejado.
SENAI 304
Tecnologia de soldagem
SENAI 305
Tecnologia de soldagem
As mais simples preparações de juntas são aquelas onde os chanfros são executados
com cortes retos através de tesouras mecânicas, como por exemplo, uma junta Ι de
chapa com até 3mm de espessura em apenas um lado.
Nas junções dos tipos V e X, bem como suas variações, os chanfros podem ser
preparados através de processos mecânicos, ou ainda, com a utilização do corte por
chama.
Exemplos de preparação
SENAI 306
Tecnologia de soldagem
Para tais tipos de junções, deve ocorrer uma preparação prévia das juntas para que se
obtenha uma boas condição de soldagem.
SENAI 307
Tecnologia de soldagem
Exemplo de junções
A figura abaixo apresenta uma junção a 90º de uma luva com um tubo, a qual ocorre
com a luva posicionada externamente.
A próxima figura apresenta uma luva formando uma bifurcação em ângulo, que
evidencia a necessidade de uma boa preparação prévia dos tubos.
SENAI 308
Tecnologia de soldagem
As figuras a seguir apresentam uma outra forma de junção, com preparação prévia,
onde se executa um bordeamento do tubo para posterior soldagem frontal da luva.
Na figura abaixo, encontra-se uma junção tubular de topo com cobre-juntas. Esse tipo
de junção é muito usado em tubulações de grande comprimento.
SENAI 309
Tecnologia de soldagem
Quando se deseja soldar materiais com alto ponto de fusão ou grande capacidade
térmica, recomenda-se utilizar a corrente contínua com polaridade direta (eletrodo
negativo).
Ela é utilizada também quando se deseja uma penetração pouco profunda no metal-
base como, por exemplo, na soldagem dos aços inoxidáveis austeníticos e nas
deposições superficiais. Em geral, os arcos de corrente contínua são mais estáveis do
que na corrente alternada e tal fato é importante quando se requer baixos valores de
corrente.
Posições de soldagem
SENAI 310
Tecnologia de soldagem
Posição plana
É aquela em que a peça, colocada em posição plana (a nível), recebe a deposição do
material.
O material adicional vem da vareta que está com a ponta para baixo, depositando o
material nesse sentido.
Posição horizontal
É aquela em que a aresta, ou o eixo da zona a se soldar, recebe a solda em posição
horizontal, com a peça na vertical. A vareta é colocada aproximadamente em posição
horizontal e perpendicular ao eixo de soldagem.
Posição horizontal
SENAI 311
Tecnologia de soldagem
Posição vertical
È aquela em que a aresta, ou o eixo da zona a se soldar, recebe solda em posição
vertical; a vareta é colocada aproximadamente em posição horizontal e perpendicular
ao eixo da soldagem. Em função do sentido, pode ser ascendente ou descendente.
É aquela em que a peça está colocada a uma altura superior à da cabeça do soldador
e recebe a solda por sua parte inferior. Essa posição é inversa à posição plana ou de
nível.
SENAI 312
Tecnologia de soldagem
Após alguns centímetros de operação, deve-se mudar para 15º no sentido do soldador,
posição que deverá ser mantida até próximo ao fim da operação. Nos últimos
centímetros de solda, o eletrodo deverá ser inclinado em 45º em direção ao soldador.
SENAI 313
Tecnologia de soldagem
Movimentos laterais
Nessa posição, pode-se recorrer a vários tipos de movimentos laterais.
Posição horizontal
SENAI 314
Tecnologia de soldagem
Movimentos laterais
Essa posição tem seus movimentos laterais definidos e apresentados nas figuras
abaixo.
Os limites da solda nessa posição são: 10º para cima, 75º para baixo e 15º para cada
um dos lados, direito e esquerdo.
SENAI 315
Tecnologia de soldagem
Movimentos laterais
Na posição vertical descendente, a figura abaixo mostra o movimento usado para
casos em que é exigido um bom acabamento.
SENAI 316
Tecnologia de soldagem
Posição sobrecabeça
O cordão inicia-se com um ângulo de 30º em relação à linha da obra, sendo movido
quase na vertical.
Antes do final, o eletrodo deverá ser inclinado para frente, num ângulo de 40º, com
intuito de eliminar o sopro magnético.
Movimentos laterais
Essa posição é das mais evitadas pela dificuldade que oferece. Os movimentos
aplicados são vistos nas figuras a seguir. Para se conseguir uma boa solda, isenta de
respingos, deve-se usar um arco curto e mantê-lo estável.
Observação
Em geral, recomenda-se para os movimentos laterais, também chamados de
tecimento, uma largura de aproximadamente três vezes o diâmetro do eletrodo.
SENAI 317
Tecnologia de soldagem
Formas de cordões
A configuração de um cordão de solda é oval e para que ele apresente uma boa
qualidade, é necessário que possua uma profundidade de penetração satisfatória.
Esse tipo de junta proporciona melhores resultados que os cordões de solda com
pequena espessura.
SENAI 318
Tecnologia de soldagem
Trata-se, nesse exemplo, de uma solda na posição plana, executando uma junta de
topo.
x = 90º X = 90º
SENAI 319
Tecnologia de soldagem
X = 45º
SENAI 320
Tecnologia de soldagem
Corrente de soldagem:
A = 40..50x diâmetro do núcleo do eletrodo
Para se abrir o arco, deve-se tocar o eletrodo na peça, o que irá ocasionar inicialmente
um curto-circuito, o qual, posteriormente, após o posicionamento conveniente, irá se
estabilizar, constituindo seu arco regular.
Para que tal ocorra, deve-se manter o eletrodo em relação à peça numa distância igual
ao seu diâmetro.
Extinção correta
Pois, se o eletrodo for simplesmente levantado, irá provocar uma cratera no final do
cordão, bem como respingos indesejáveis ao cordão de solda.
Extinção incorreta
SENAI 321
Tecnologia de soldagem
• Cordão da raiz
− deve ser feito um cordão, com as chapas distanciadas em 1,5mm, no qual
devem ser evitados pontos mal ligados que provocam o efeito de entalhes.
A figura abaixo apresenta um passe de raiz numa junta X com a distribuição das
tensões.
• Região central
− nesses casos, já se caracteriza uma região central em ambos os tipos de
cordões.
• Cobertura do cordão
− em função da largura do cordão, torna-se já necessário um passe de cobertura
com uma sobreelevação de aproximadamente 1,5mm.
A figura a seguir apresenta uma junta Ι com uma placa de cobre para formação da raiz
da junta.
SENAI 322
Tecnologia de soldagem
A figura a seguir apresenta uma junta semelhante à da figura anterior, porém o cordão
obtido possui uma outra configuração.
SENAI 323
Tecnologia de soldagem
Questionário-Resumo
SENAI 324
Tecnologia de soldagem
SENAI 325
Tecnologia de soldagem
334 SENAI
Tecnologia da Soldagem
TRATAMENTO TÉRMICO
Um problema
Por que todos os objetos de metal, como tesoura, grampeador, clipe, furador etc. exigem
tratamento térmico em sua fabricação? A resposta a essa questão será dada nesta aula.
Os romanos, por sua vez, já haviam descoberto que o ferro se tornava mais duro quando
aquecido durante longo tempo num leito de carvão vegetal e resfriado, em seguida, em
salmoura.
Esse procedimento pode ser considerado a primeira forma de tratamento térmico, pois
permitia a fabricação de armas mais duras e mais resistentes.
Entretanto, foram necessários muitos anos para o homem aprender a lidar de modo mais
eficiente com o calor e com os processos de resfriamento, para fazer tratamento térmico
mais adequado dos metais.
Tratamento térmico do aço
328
O tratamento térmico provoca mudanças nas propriedades me-
cânicas do aço. Essas mudanças dependem de três fatores:
• temperatura de aquecimento;
• velocidade de resfriamento;
• composição química do material.
Estrutura cristalina
329
As células unitárias se organizam em três dimensões, apresen-
tando um contorno de agregado de cristais irregulares. Esses
cristais recebem o nome de grãos, que são formados por milha-
res de células unitárias.
330
Sistema cristalino
Exercícios
331
3. O tratamento térmico depende dos seguintes fatores:
a) ( ) temperatura, tempo, resfriamento;
b) ( ) resistência, calor, tempo;
c) ( ) resfriamento, tempo, dureza;
d) ( ) tempo, dureza, calor.
Gabarito
1. c
2. b
3. a
4. d
5. b
332
Tecnologia da Soldagem
TRATAMENTO TÉRMICO
PREPARAÇÃO DO AÇO
Um problema
É comum pensar que, na fabricação de uma peça, o tratamento térmico é feito na fase
final do processo. Nem sempre é assim. Dependendo do tipo de peça e dos fins a que ela
se destina, precisamos, primeiro, corrigir a irregularidade da estrutura metálica e reduzir
as tensões internas que ela apresenta.
Uma estrutura macia, ideal para a usinagem do material, já caracteriza um bom
tratamento térmico. Os grãos devem apresentar uma disposição regular e uniforme.
Tensões internas
As tensões internas da estrutura do aço decorrem de várias causas. Durante o processo
de solidificação, a região da superfície do aço se resfria com velocidade diferente da
região do núcleo. Essa diferença dá origem a grãos com formas também diferentes entre
si, o que provoca tensões na estrutura do aço.
Também surgem tensões nos processos de fabricação a frio, ou
seja, em temperatura ambiente. Quando se prensa uma peça, os
grãos de sua estrutura, que estavam mais ou menos organiza-
dos, são deformados e empurrados pelo martelo da prensa.
Alívio de tensões
334
Após um período que varia de uma a três horas, a partir do início
do processo, o forno é desligado e a peça é resfriada no próprio
forno. Esse processo é conhecido como recozimento subcrítico.
Normalização
335
No processo de normalização, a peça é levada ao forno com
temperatura acima da zona crítica, na faixa de 750ºC a 950ºC. O
material se transforma em austenita. Depois de uma a três horas,
o forno é desligado. A peça é retirada e colocada numa bancada,
para se resfriar.
Recozimento pleno
336
O tratamento consiste em aquecer o aço num forno, numa tem-
peratura acima da zona crítica. Após certo tempo, o forno é desli-
gado e a peça é resfriada no seu interior.
Esferoidização
337
Exercícios
Gabarito
1. c 2. d
3. b 4. d
338
Tecnologia da Soldagem
TRATAMENTO TÉRMICO
ENDURECIMENTO DO AÇO
Um problema
O supervisor da fábrica descobriu a falha da fabricação das brocas: elas não tinham
recebido tratamento correto. O lote foi recolhido e retrabalhado, ficando evidente a
importância do tratamento térmico.
Têmpera
Houve um grande avanço tecnológico quando o homem descobriu como conferir dureza
ao aço. Os dentes da engrenagem, o engate do trem, o amortecedor do carro, as brocas
devem ser fabricados com aço endurecido, para suportarem os esforços a que são
submetidos.
O processo consiste em aquecer o aço num forno com temperatura acima da zona crítica.
Para o aço-carbono, a temperatura varia de 750º a 900ºC. A peça permanece nessa
temperatura o tempo necessário para se transformar em austenita. O que distingue essa
forma de tratamento é o seu processo de resfriamento. A peça é retirada do forno e
mergulhada em água. A temperatura cai de 850ºC para 20ºC. Trata-se de um
resfriamento brusco.
Quando a austenita é resfriada muito rapidamente, não há tempo
para que se transformar em ferrita, cementita ou perlita. A auste-
nita se transforma num novo constituinte do aço chamado mar-
tensita.
340
Cuidados no resfriamento
Revenimento
341
za. Isso demonstra que quanto mais alta a temperatura de reve-
nimento maior será a queda da dureza de têmpera.
Tratamento isotérmico
Para ficar mais claro, vamos dar uma olhada no diagrama TTT -
Tempo, Temperatura e Transformação.
342
A interpretação é a seguinte:
• curvas - representam o início e o fim de transformação da
austenita.
• cotovelo - parte central das curvas com transformações abaixo
do cotovelo, obtêm-se perlita, ferrita e cementita. Como trans-
formações abaixo do cotovelo, obtêm-se bainita e martensita.
Austêmpera
343
A interpretação é a seguinte:
• acima de 750ºC: campo da austenita;
• curva à esquerda (i), curva de início de transformação da aus-
tenita em perlita ou bainita;
• curva à direita (f), curva de fim de transformação;
• Mi – início de transformação da austenita em martensita;
• Mf – fim de transformação.
Martêmpera
344
Exercícios
4. O constituinte da têmpera é:
a) ( ) perlita;
b) ( ) cementita;
c) ( ) martensita;
d) ( ) ferrita.
5. Um aço endurecido por têmpera deve ser resfriado por meio de:
a) ( ) ar;
b) ( ) forno;
c) ( ) água;
d) ( ) cinzas.
345
Gabarito
1. b
2. c
3. d
4. c
5. c
346
Tecnologia dos materiais
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Finalidade dos ensaios;
• Classificação: simples, destrutivos e não - destrutivos.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Como se processam os ensaios simples;
• Características inspecionadas (dureza, superfície, fraturas, composição química).
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Determinar falhas e características físico - químicas de materiais, de forma simples.
Introdução
SENAI 347
Tecnologia dos materiais
Ensaios mecânicos
Antes de nos aprofundarmos no estudo dos ensaios mecânicos, vamos citar algumas
das mais importantes finalidades dos ensaios dos materiais.
SENAI 348
Tecnologia dos materiais
Ensaio visual
Utilizado no controle da qualidade de superfícies, por exemplo, acabamento superficial
de aço laminado, peças usinadas, etc., bem como para distinguir os metais em função
de suas cores (aço, latão, cobre, etc.).
SENAI 349
Tecnologia dos materiais
Os materiais moles são mais facilmente cortados sendo o volume de cavaco bem
maior que o de um material de maior dureza.
Ensaio de som
Emprega-se para verificar trincas, em peças fundidas, rebolos, etc. Podemos também
distinguir o aço (som alto) do ferro fundido (som baixo), etc.
Ensaio de dobramento
Verifica o número de dobramento que o
material suporta antes de quebrar, pois
isto é função de resistência, da
tenacidade e da capacidade de
deformação do material.
Ensaios de centelhas
Pressionando um corpo sobre um rebolo em rotação, os abrasivos deslocam
partículas, as quais, aquecidas pelo atrito e lançadas à atmosfera, fundem-se e deixam
transparecer os elementos que as compõem.
A figura abaixo apresenta a forma das centelhas para um aço com 0,1% de carbono e
apresenta apenas alguns indícios de bifurcação dos centelhas.
SENAI 350
Tecnologia dos materiais
Para se fazer o ensaio em outros materiais, devem ser seguidos os exemplos das
ilustrações acima e se fazer a comparação das fagulhas com os padrões existentes.
SENAI 351
Tecnologia dos materiais
Questionário - resumo
SENAI 352
Tecnologia de soldagem
Objetivos
Ao final desta unidade o participante deverá:
Conhecer
Ser informado sobre:
• Inspeção e verificação dos cordões de solda;
• Métodos de ensaios destrutivos e não destrutivos e suas aplicações.
Saber
Reproduzir conhecimentos sobre:
• Finalidades dos ensaios destrutivos de dobramento, tração e impacto;
• Influência da dureza nos cordões de solda;
• Aplicação dos ensaios através de partículas magnéticas e raios X;
• Finalidade do ensaio hidrostático.
Ser capaz de
Aplicar conhecimentos para:
• Descrever o princípio e a finalidade dos diversos tipos de ensaios;
• Identificar propriedades e características através dos ensaios.
Introdução
SENAI 353
Tecnologia de soldagem
A partir dos resultados obtidos, aprova-se ou não o processo a ser empregado na peça
real, sob condições idênticas.
Uma outra finalidade é o controle da qualidade da solda, com ensaios que verificam a
ocorrência de descontinuidades surgidas no processo de soldagem.
Ensaios destrutivos
Ensaios de ruptura
As figuras a seguir são exemplos de ensaios de ruptura, cuja principal aplicação é a
detecção de falhas internas que possam ser verificadas visualmente ou com auxílio de
lupa. Os ensaios oferecem também uma noção do estado da solda referente à fusão e
à penetração alcançada pelo cordão de solda.
SENAI 354
Tecnologia de soldagem
Ensaios de dobramento
Os ensaios de dobramento são aplicados para verificar as condições de resistência
mecânica do cordão na região da solda.
Servem também para detectar trincas, poros, etc, na região as solda, uma vez que são
elementos negativos à resistência, pois, havendo uma trinca, a tendência é que ela
venha a se ampliar com a força de dobramento, até posterior ruptura.
Nesse ensaio, a peça deve ser dobrada até a possível ruptura, porém é importante
verificar-se o valor do ângulo em que ocorre a primeira trinca ou ruptura.
Ensaios de tração
O ensaio de tração pode ser aplicada a chapas ou peças cilíndricas.
SENAI 355
Tecnologia de soldagem
Os ensaios que se apresentam a seguir são muito importantes nos trabalhos de solda,
pois nem sempre se pode lançar mão de ensaios destrutivos em peças já em fase de
fabricação.
Ensaios dimensionais
A figura a seguir apresenta alguns tipos de instrumentos e sua aplicação na verificação
dimensional dos cordões de solda.
SENAI 356
Tecnologia de soldagem
Ensaios de dureza
O ensaio de dureza é muito aplicado em peças soldadas, com a finalidade de verificar
as condições das diversas regiões da zona de solda, bem como fornecer subsídios
referentes à sua resistência.
• Dureza Rockwell
SENAI 357
Tecnologia de soldagem
• Dureza Vickers
A figura abaixo mostra um ensaio de dureza Vickers no cordão e região de solda, onde
se apresenta uma série de valores da dureza em função da região da junta.
Por ser uma região crítica, não se pode ter durezas elevadas ou grandes distorções.
No caso de ocorrer durezas elevadas, deve-se executar um tratamento térmico que as
torne homogêneas e reduza-as a valores que não comprometam a resistência da
solda.
Ensaios hidrostáticos
No ramo das construções e de equipamentos, muitas uniões soldadas são aplicadas
em peças, tubulações e junções de componentes destinados a transporte de fluidos e
líquidos sob pressão, como, por exemplo, vasos de pressão, caldeiras, etc.
Componente soldado
SENAI 358
Tecnologia de soldagem
A pressão fornecida à água não deve ser excessiva, o que poderia acarretar
deformação ou encruamento do material. Por segurança, convêm utilizar-se dois
manômetros para se controlar a pressão da água.
A inspeção, por este tipo de ensaio, é rápida, de baixo custo e bastante simples, não
havendo dificuldade em aplicá-lo adequadamente.
SENAI 359
Tecnologia de soldagem
• Limpeza da superfície
A superfície deve ser limpa com um solvente para se retirarem óleo ou gordura.
SENAI 360
Tecnologia de soldagem
Os defeitos superficiais devem possuir uma certa profundidade para que sejam
detectados. Além de assinalar a existência de defeitos, o ensaio também indica a sua
profundidade, visto que ela é proporcional à concentração das partículas acumuladas.
SENAI 361
Tecnologia de soldagem
Pode-se aplicar o pó seco, como foi visto anteriormente, ou em suspensão num líquido
com óleo, querosene, etc.
SENAI 362
Tecnologia de soldagem
Para maior realce e precisão na localização, as peças devem ser previamente limpas e
desengraxadas.
Magnetização
Aplicação
SENAI 363
Tecnologia de soldagem
Desmagnetização
Torna-se necessária a desmagnetização das peças para se evitar, após sua
montagem, um acúmulo de partículas magnetizáveis danosas às peças.
Ensaios de ultra-som
Consiste na propagação de ondas eletromagnéticas através de um material.
Quanto mais alta a freqüência das ondas sonoras, tanto mais concentradas elas se
propagarão. Essas ondas têm grande poder de penetração e propagam-se em linha
reta.
SENAI 364
Tecnologia de soldagem
A diferença do tempo de reflexão é que oferece a detecção do efeito, bem como sua
localização na estrutura da peça.
Ensaios radiográficos
É um ensaio não destrutivo de grande versatilidade de aplicação.
SENAI 365
Tecnologia de soldagem
SENAI 366
Tecnologia de soldagem
Aplicação do ensaio
Observação:
Tanto os operadores como o pessoal que trabalha nas proximidades devem observar
as regras e regulamentos referentes à segurança, pois a exposição às radiações
provoca danos aos tecidos e órgãos do corpo.
Questionário-Resumo
SENAI 367
Tecnologia de soldagem
SENAI 368
Tecnologia da Soldagem
Documentação Técnica
Definições
Peça de Teste
Chapa soldada nas mesmas condições de uma das juntas soldadas do equipamento,
com a finalidade der executar ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos, e não
destrutivos.
1.3 – Equipamento
2 – Noções Gerais
369
Os materiais utilizados na fabricação dos equipamentos, possuem
propriedades mecânicas conhecidas. O projeto dos equipamentos é feito com base nestas
propriedades. Quando a fabricação dos equipamentos é feita pela soldagem de dois ou mais
materiais, é necessário garantir que esta união, resista da mesma forma que os materiais
empregados. Para tanto, o projetista necessita conhecer, quais as propriedades que a junta
soldada terá. Na soldagem, em razão dos efeitos da temperatura, não é suficiente conhecer
somente as propriedades do metal de base e do metal de solda, individualmente. É
necessário também, conhecer as propriedades mecânicas de toda a junta soldada, ou seja:
do metal de base, da zona afetada térmicamente e do metal de solda, em conjunto. Isto é
feito, através da qualificação do procedimento de soldagem.
A qualificação do procedimento de soldagem, é o método através do qual, um
procedimento particular é provado ser adequado, para produzir juntas soldadas de qualidade
satisfatória. A qualificação é feita pela soldagem de peças de teste, de acordo com o
procedimento previamente estabelecido, e pela avaliação dos resultados dos ensaios em
corpos de prova extraídos da peça de teste. A avaliação dos resultados é feita em
comparação com o critério de aceitação, estabelecido pela norma de qualificação aplicável.
Em alguns casos, é permitido o uso de procedimentos pré-qualificados. Estes, são
procedimentos de soldagem que podem ser utilizados, quando a experiência e familiarização
com certos metais de base e consumíveis de soldagem, tenham provado a adequação de um
procedimento específico, através de serviços executados há um longo período de tempo. O
uso de procedimento pré-qualificado só é feito quando houver um acordo entre o fornecedor
e o contratante.
Quando o uso de procedimentos pré-qualificados não é permitido (ou por exemplo ,
quando o procedimento não atende aos requisitos para se enquadrar como procedimento
pré-qualificado), o procedimento de soldagem deve ser provado adequado, através dos
ensaios e/ou exames de validação dos resultados, conforme requerido pela norma ou
especificação adotada.
Os requisitos para a qualificação dos procedimentos de soldagem, variam largamente
de uma norma para a outra. Uma qualificação feita segundo uma norma, geralmente não tem
validade para outra norma. É necessário portanto, que o inspetor de soldagem esteja
consciente de que os requisitos da norma aplicável estejam sendo seguidos, na qualificação
dos procedimentos.
6 – Normas de Qualificação
373
- RQPS – Registro da Qualificação do Procedimento de Soldagem (anexo 3 e 4);
- RQS – Registro de Qualificação de Soldador e Operador de Soldagem (anexo 5).
374
ANEXO 1
375
ANEXO 2
376
ANEXO 3
377
ANEXO 4
378
ANEXO 5
379
Tecnologia da Soldagem
Terminologia da soldagem
Os termos relacionados a seguir são apenas alguns dos mais usuais. Os termos
técnicos em língua inglesa e suas definições são encontrados numa abordagem mais
completa na norma AWS.
Abertura de raiz (root opening) – mínima distância que separa os componentes a serem
unidos por soldagem ou processos afins (ver figura abaixo).
Ângulo do bisel (bevel angle) – ângulo formado entre a borda preparada do componente e
um plano perpendicular à superfície do componente (ver figura abaixo).
380
Ângulo do chanfro (groove angle) – ângulo integral entre as bordas preparadas dos
componentes (ver figura abaixo)
381
Ângulo de trabalho (work angle) – ângulo formado entre o eixo do eletrodo e a superfície
do metal de base no plano perpendicular ao eixo da solda (ver figura abaixo).
382
Arame – ver definição de eletrodo nu.
Bisel (bevel) – borda do componente a ser soldado preparado na forma angular (ver figura
abaixo).
383
Certificado de qualificação de soldador (welder certification) – documento escrito
certificando que o soldador executa soldas de acordo com padrões preestabelecidos.
384
385
Chapa de teste de produção (production test plate ou vessel test plate) – chapa soldada
e identificada como extensão de uma das juntas soldadas do equipamento, com a finalidade
de executar ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos.
Chapa ou tubo de teste (test coupon) – peça soldada e identificada para qualificação de
procedimento de soldagem ou de soldadores ou de operadores de soldagem
Cordão de solda (weld bead) – depósito de solda resultante de um passe (ver figura
abaixo).
Corpo de prova (test specimen) – amostra retirada e identificada da chapa ou tubo de teste
para executar ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos.
Corte com eletrodo de carvão (carbon arc cutting) – processo de corte a arco elétrico no
qual metais são separados por fusão devido ao calor gerado pelo arco voltaico formado entre
um eletrodo de grafite e o metal de base.
386
- Para soldas em ângulo de pernas desiguais, é o comprimento dos catetos do maior
triângulo retângulo que pode ser inscrito na seção transversal da solda,
Eficiência da junta (joint efficiency) – relação entre a resistência de uma junta soldada e a
resistência do metal de base.
Eletrodo para solda a arco (arc welding electrode) – um componente do circuito de solda
através do qual a corrente é conduzida entre o alicate de eletrodo e o arco.
Eletrodo tubular (flux cored electrode, metal cored electrode) – metal de adição
composto, consistindo de um tubo de metal ou outra configuração com uma cavidade interna,
contendo produtos que formam uma atmosfera, desoxidam o banho, estabilizam o arco,
formam escória ou que contribuam com elementos de liga para o metal de solda. Proteção
adicional externa pode ou não ser usada.
387
Eletrodo de tungstênio (tungsten electrode) – eletrodo metálico usado em soldagem ou
corte a arco elétrico feito principalmente de tungstênio.
Escama de solda (stringer bead, weave bead) – aspecto da face da solda semelhante a
escamas de peixe. Em deposição sem oscilação transversal (stringer bead), assemelha-se a
uma fileira de letras V; em deposição com oscilação transversal (weave bead), assemelha-se
a escamas entrelaçadas (ver figura abaixo).
388
Face de fusão (fusion face) – superfície do metal de base que será fundida na soldagem
(ver figura abaixo).
Face da raiz (root face) – porção da face do chanfro adjacente à raiz da junta (ver figura
abaixo).
389
Face da solda (face of weld) – superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda foi
executada (ver figura abaixo).
Fluxo (flux) – material usado para prevenir, dissolver ou facilitar a remoção de óxidos e
outras substâncias superficiais indesejáveis.
Gabarito de solda (weld gage) – dispositivo para verificar a forma e a dimensão de soldas.
Garganta efetiva (effective throat) – distância mínima da raiz da solda à sua face menos
qualquer reforço (ver figura abaixo).
390
Garganta de solda (throat of a fillet weld) – dimensão em uma solda em ângulo
determinada de três modos :
- teórica: altura do maior triângulo retângulo inscrito na seção transversal da solda (ver
figura abaixo).
- real: distância entre a raiz da solda e a face da solda (ver figura abaixo).
- efetiva: distância entre a raiz da solda e a face, exclusive qualquer reforço (ver figuras
abaixo).
391
Gás de proteção (shielding gas) – gás utilizado para prevenir contaminação indesejada
pela atmosfera.
Gás inerte (inert gas) – gás que normalmente não combina quimicamente com o metal de
base ou metal de adição.
392
Goivagem (gouging) – operação de fabricação de um bisel ou chanfro pela remoção de
material.
Goivagem a arco (arc gouging) – processo de corte a arco usado para fabricar um bisel ou
chanfro.
Goivagem por trás (back gouging) – remoção do metal de solda e do metal de base pelo
lado oposto de uma junta parcialmente soldada, para assegurar penetração completa pela
subsequente soldagem pelo lado onde foi efetuada a goivagem.
Junta (joint) – região onde duas ou mais peças serão unidas por soldagem.
Junta de aresta (edge joint) – junta em que, numa seção transversal, as bordas dos
componentes a soldar formam, aproximadamente, um ângulo de 180º (ver figura abaixo).
Junta de ângulo (corner joint, T-joint) – junta em que, numa seção transversal, os
componentes a soldar apresentam-se sob forma de ângulo. As juntas podem ser: (ver figura
abaixo).
- junta de ângulo em quina;
- junta de ângulo em L;
- junta de ângulo em T;
- junta em ângulo.
393
Junta dissimilar (dissimilar joint) – junta soldada, cuja composição química do metal de
base dos componentes difere entre si significativamente.
Junta sobreposta (lap joint) – junta formada por dois componentes a soldar, de tal maneira
que suas superfícies sobrepõem-se (ver figura abaixo).
394
Junta soldada (welded joint) – união, obtida por soldagem, de dois ou mais componentes
incluindo zona fundida, zona de ligação, zona afetada termicamente e metal de base nas
proximidades da solda.
Junta de topo (butt joint) – junta entre dois membros alinhados aproximadamente no
mesmo plano (ver figura abaixo).
395
Margem da solda (toe of weld) – junção entre a face da solda e o metal de base (ver figura
abaixo).
Martelamento (peening) – trabalho mecânico, aplicado à zona fundida da solda por meio de
impactos, destinado a controlar deformações da junta soldada.
Metal de base (base metal , parent metal) – Metal a ser adicionado à soldagem de uma
junta.
Metal de solda (weld metal) – Porção de solda que foi fundida durante a soldagem.
Passe (pass) – Progressão unitária da soldagem ao longo de uma junta (ver figura abaixo).
396
Passe estreito (stringer bead) – Depósito efetuado seguindo a linha de solda, sem
movimento lateral apreciável (ver figura abaixo)
Passe oscilante (weave bead) – Depósito efetuado com movimento lateral (oscilação
transversal), em relação à linha de solda (ver figura abaixo).
397
Passe de solda (weld bead) – Ver definição de cordão de solda.
Penetração da raiz (root penetration) – Profundidade com que a solda se prolonga na raiz
da junta , medida na linha de centro da seção transversal da raiz (ver figura abaixo).
398
Penetração total da junta (complete joint penetration) – Penetração da junta na qual o
metal de solda preenche totalmente o chanfro, fundindo-se completamente ao metal de base
em toda a extensão das faces do chanfro.
Perna da solda (leg of a fillet weld) – Distância da junta à margem da solda em ângulo (ver
figura abaixo)
399
Poça de fusão (molten weld pool) – Zona em fusão, a cada instante, durante uma
soldagem, ou a porção líquida de uma solda antes de solidificar-se.
Polaridade direta (straight polarity) – Tipo de ligação para soldagem com corrente
contínua, onde os elétrons deslocam-se do eletrodo para a peça (a peça é considerada como
polo positivo e o eletrodo como polo negativo).
Polaridade inversa (reverse polarity) – Tipo de ligação para soldagem com corrente
contínua, onde os elétrons deslocam-se da peça para o eletrodo (a peça é considerada como
polo negativo e o eletrodo como polo positivo).
400
Posição plana (flat position) – Posição na qual a face da solda é aproximadamente
horizontal, sendo usada para soldar a parte superior da junta (ver figura abaixo).
401
Posição sobre cabeça (overhead position) – Posição na qual executa-se a soldagem pelo
lado inferior da junta (ver figura abaixo).
Processo de soldagem (welding process) – Processo utilizado para unir materiais pelo
aquecimento destes a temperaturas adequadas, com ou sem aplicação de pressão, ou pela
aplicação de pressão apenas, e com ou sem a participação de metal de adição.
402
Profundidade de fusão/penetração (depth of fusion) – Distância que a fusão atinge no
metal de base ou no passe anterior, a partir da superfície fundida durante a soldagem.
Raiz da junta (root of joint) – Porção da junta a ser soldada onde os membros estão o mais
próximo possível entre si. Em seção transversal, a raiz pode ser um ponto, uma linha ou uma
área (ver figura abaixo).
403
Raiz da solda (root of weld) – Pontos, nos quais a parte posterior da solda intersecta as
superfícies do metal de base (ver figura abaixo).
404
405
Reforço de solda (reinforcement of weld) – Metal de solda em excesso, além do
necessário para preencher a junta; excesso de material depositado nos últimos passes (ou
na ultima camada), podendo ser na face da solda e/ou na raiz da solda (ver figura abaixo).
406
Registro da qualificação de procedimento (procedure qualification record) –
Documento, emitido pela executante dos serviços, registrando os parâmetros da operação de
soldagem da chapa ou tubo de teste e os resultados de ensaios ou exames de qualificação.
Seqüência de passes (joint buildup sequence) – Ordem pela qual os passes de uma solda
multi-passe são depositados com relação à seção transversal da junta (ver abaixo).
Sequência de soldagem (welding sequence) – Ordem pela qual são executadas as soldas
de um equipamento.
407
Solda (weld) – União localizada de metais ou não-metais, produzida pelo aquecimento dos
materiais a temperatura adequada, com ou sem aplicação de pressão, ou pela aplicação de
pressão apenas, e com ou sem a participação de metal de adição.
Solda em ângulo (fillet weld) – Solda de seção transversal aproximadamente triangular que
une duas superfícies em ângulo (ver figuras abaixo).
408
Solda de aresta (edge weld) – Solda executada numa junta de aresta (ver figura abaixo).
409
Solda autógena (autogenous weld) – Solda de fusão sem participação de metal de adição.
Solda automática (automatic welding ) – Soldagem com equipamento que executa toda a
operação sob observação e controle de um operador de soldagem.
Solda em cadeia (chain intermittent fillet weld) – Solda em ângulo composta de cordões
intermitentes (trechos de cordão igualmente espaçados) que coincidem entre si, de tal modo
que a um trecho de cordão sempre se opõe ao outro (ver figura abaixo).
Solda em chanfro (groove weld) – Solda executada em uma junta com bisel previamente
preparado.
Solda de costura (seam weld) – Solda contínua executada entre ou em cima de membros
sobrepostos. A solda contínua pode consistir de um único passe ou de uma série de soldas
por pontos (ver figura abaixo).
410
Solda descontínua (intermittent weld) – Solda na qual a continuidade é interrompida por
espaçamentos sem solda (ver figura abaixo).
Solda em escalão (staggered intermittent fillet weld) – Solda em ângulo, usada nas juntas
em T, composta de cordões intermitentes que se alternam entre si, de tal modo que a um
trecho do cordão se opõe uma parte não soldada (ver figura abaixo).
411
Solda heterogênea – Solda cuja composição química da zona fundida difere
significativamente da dos metal(is) de base, no que se refere aos elementos de liga.
Solda homogênea – Solda, cuja composição química da zona fundida é próxima a do metal
de base.
Solda por pontos (spot weld) – Solda executada entre ou sobre componentes sobrepostos,
cuja fusão ocorre entre as superfícies em contato ou sobre a superfície externa de um dos
componentes. A seção transversal da solda no plano da junta é aproximadamente circular
(ver figura abaixo).
Solda de selagem (seal weld) – Qualquer solda estabelecida com a finalidade principal de
impedir ou diminuir vazamentos.
Solda de tampão (plug weld/slot weld) – Solda executada através de um furo circular ou
não, num membro de uma junta sobreposta ou em T, unindo um membro ao outro. As
paredes do furo podem ser ou não paralelas e o furo pode ser parcial ou totalmente
preenchido com metal de solda (ver figura abaixo).
412
Soldabilidade (weldability) – Capacidade de um material ser soldado, sob condições de
fabricação obrigatórias a uma estrutura específica adequadamente projetada, e de
apresentar desempenho satisfatório em serviço.
Soldagem (welding) – Processo utilizado para unir materiais por meio de solda.
Soldagem a arco (arc welding) – Grupo de processos de soldagem que produz a união de
metais pelo aquecimento deste por meio de um arco elétrico, com ou sem a aplicação de
pressão e com ou sem o uso de metal de adição.
Sopro magnético (arc blow) – Deflexão de um arco elétrico, de seu percurso normal,
devido a forças magnéticas.
Taxa de deposição (deposition rate) – peso de material depositado por unidade de tempo
413
Técnica de soldagem (welding technique) – Detalhes de um procedimento que são
controlados pelo soldador ou operador de soldagem.
Tensão residual (residual stress) – tensão remanescente numa estrutura ou membro como
resultado de tratamento térmico ou mecânico, ou de ambos os tratamentos. A origem da
tensão na soldagem deve-se principalmente à contração do material fundido ao resfriar-se a
partir da linha sólidus até a temperatura ambiente.
Vareta de solda (welding rod) – Tipo de metal de adição utilizado para soldagem ou
brazagem, o qual não conduz corrente elétrica durante o processo.
Zona afetada termicamente (heat-affected zone) – Região do metal de base que não foi
fundida durante a soldagem, mas cujas propriedades mecânicas e microestrutura foram
alteradas devido a geração de calor (ver figura abaixo).
Zona de fusão (fusion zone) – Região do metal de base que sofre fusão durante a
soldagem (ver figura abaixo).
414
Zona fundida – Região da junta soldada que sofre fusão durante a soldagem (ver figura
abaixo).
Zona de ligação – Região da junta soldada que envolve a zona que sofre fusão durante a
soldagem (ver figura abaixo).
415
Tabela 1
416
Bibliografia
SENAI 417
12- SENAI. Manual de soldagem ao arco elétrico. Por Pedro de Brito, São Paulo, 1976.
13- -------- .SMO. Mecânica de refrigeração e ar condicionado. Por Selma Ziedas et.
Aliii, 2º ed. São Paulo, 1989.
15- --------. Tecnologia de soldagem. Por Marcos José de Morais Silva e outros. São
Paulo, 1986.
SENAI 418