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Soldador Elétrico

Soldador Elétrico

Um soldador elétrico ou de estanho, também conhecido como cautin, é uma


ferramenta eléctrica usada para soldar. Funciona convertendo a energia
eléctrica em calor, que a sua vez provoca a fusão do material utilizado na
solda, como por exemplo o estanho. Há vários tipos de soldador eléctrico:

 Soldador de resistência: a ponta de cobre aquece-se com uma resistência


eléctrica, o que a mantém a uma temperatura constante. Pode ter forma de
martelo, ponta, vareta ou outras formas, em função do uso a que esteja
destinado.
 Soldador instantâneo: da forma típica pistola, tem a característica de que
sua ponta se aquece muito rapidamente, ao pressionar o botão, e só há
que soltar para que se solidifique o estanho ou o que se esta usando.

Os soldadores de ponta fina utilizam-se principalmente para pequenos


trabalhos de solda em electricidade e electrónica, enquanto os de ponta grossa
utilizam-se em outros trabalhos para qualquer solda em superfícies maiores.

O que é uma solda elétrica

Ao contrário dos métodos mais tradicionais, a solda elétrica requer somente


uma quantidade mínima de habilidade e compreensão por parte do operador
do dínamo.

A solda elétrica é o processo de aquecimento e de soldadura de duas peças de


metal em conjunto, utilizando uma corrente elétrica potente. Foi inventado pelo
professor Elihu Thomson. É necessária a utilização de um dispositivo
especializado chamado um dínamo que libera a corrente utilizado para soldar.
Ao contrário dos métodos mais tradicionais, a solda elétrica requer somente
uma quantidade mínima de habilidade e compreensão por parte do operador
do dínamo. Ele deve apenas aprender qual a quantidade de calor adequada
para a soldagem do metal a ser usado, mas não é obrigado a aprender os
processos mais complexos de solda convencional.
O uso do dínamo em solda elétrica é auto-regulador, e só precisa de
lubrificação ocasional para continuar funcionando corretamente. Isso faz com
que a solda elétrica seja perfeita para o soldador iniciante. Uma liga e
quaisquer outros dois pedaços de metal podem ser conectados através deste
tipo de solda. Dois pedaços de metal, ao contrário também podem ser
soldados, desde que uma temperatura do ponto de solda não seja superior ao
do outro metal. Se as diferentes temperaturas de soldadura são um problema,
os metais podem ainda ser soldados utilizando solda no ponto de soldadura.

Durante o processo de soldadura elétrica, as peças de metal são ligadas em


conjunto utilizando grampos de cobre. A eletricidade é passada através das
peças, aquecendo-as e ligando-as no ponto em que as duas peças de metal se
encontram. Parece que o calor seria maior no ponto de encontro dos dois
metais, mas a área onde os metais são retificados e não se tocam torna-se
quente e depois irradia para as articulações.

A distribuição do calor é regulada pelo fornecimento de um movimento


consistente usando uma alavanca reguladora. Isto assegura que ambos os
metais tornem-se macios e se unam um ao outro, ao mesmo tempo. Quando
este processo está completo, uma junção contínua está formada.

Os benefícios de solda elétrica incluem o fato de que este método não


desperdiça combustível em excesso e proporciona uma grade precisão no
ponto a ser unido. O calor não se move muito além do ponto de solda. Isto o
torna ideal para os fios isolados. As extremidades de cada fio podem ser
soldadas, ao mesmo tempo deixando o isolamento intacto.

Apesar de este processo poder usar até 50.000 ampères de eletricidade, ela
usa uma força eletromotriz que produz apenas meio volt de eletricidade. Isto
faz com que o dínamo seja incapaz de eletrocutar ou dar um choque no
usuário, quando o dispositivo está em uso. Soldagem usando a eletricidade
pode ser rápida como uma fração de segundo ou levar alguns minutos,
dependendo do trabalho, e do método a ser utilizado para pequenos ou
grandes trabalhos

EPI para soldador: quais são e por que são tão importantes?

A profissão de soldador é uma das mais requisitadas da indústria. Essa


atividade se expandiu e evoluiu muito, assim como seus materiais e técnicas.
Apesar das novas tecnologias, o soldador é um profissional que está em
constante exposição ao risco no seu trabalho, seja com o calor, projeção de
materiais, poeira, inalação de fumaça, ruídos, entre outros.

Diante desse quadro, o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) pelo


soldador é algo imprescindível e merece uma atenção especial. No post de
hoje vamos falar sobre os equipamentos mais comuns e por que eles são tão
importantes:

Proteção durante o processo de soldagem

EPI para soldador é algo fundamental e muito importante, pois, durante o


processo de soldagem, o profissional está sujeito a diversos acidentes, que
variam desde queimaduras leves até cegueira. Dessa forma, é vital buscar
sempre se proteger de possíveis lesões, como exemplo, nos olhos, na pele e
inalação de gases. Para isso, cada EPI que é especificado para o trabalho de
um soldador, não pode deixar de ser utilizado, para sua própria proteção.

Cada EPI foi projetado buscando eliminar ou reduzir ao máximo toda e


qualquer forma de ferimento que possa acontecer com o profissional. Então,
não se exponha a riscos quando não estiver utilizando equipamentos de
proteção.

Se você é um trabalhador autônomo, a compra e manutenção desses


equipamentos são de sua total responsabilidade. Mas se você for funcionário
de uma empresa, a lei determina que o fornecimento dos equipamentos seja
feito pelo empregador.

Algumas regras para o uso de EPIs indicam que o soldador deve usá-los da
seguinte maneira:

 Apenas para a finalidade a qual ele se destina;


 Responsabilizar-se por sua guarda e também conservação;
 Anunciar ao empregador toda e qualquer alteração que torne seu
uso impróprio.

Vamos listar aqui os principais EPCs (Coletivo) e EPIs (Individual), lembrando


que a finalidade dos dois é a mesma: garantir a total segurança e também
integridade física dos funcionários.

Principais EPCs e EPIs

Os EPCs (Equipamentos de Proteção Coletiva) obrigatórios para todo trabalho


de soldagem são:

 Extintores de incêndio
 Cortinas inactínicas
 Sistemas de extração de gases

Já os EPIs (Equipamento de Proteção Individual) para soldador são:

 Aventais raspa
 Máscaras de solda com Lentes na tonalidade correta
 Blusão de soldador
 Mangote de raspa
 Botas de proteção com solado isolante
 Luvas de vaqueta ou de raspa
 Perneiras
 Touca de soldador
 Máscara para fumos de solda
 Óculos de proteção
 Protetores auriculares

Regulamentação dos EPIs

Todo equipamento de proteção antes de ser utilizado, precisa receber um selo


muito importante, chamado Certificado de Aprovação (CA). Esse documento é
emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e garante a qualidade e
também a funcionalidade dos EPIs.

Segundo regulamentação do MTE, seguindo a NR6 (Norma Regulamentadora),


fica bem específico que: “todo e qualquer EPI, seja ele de fabricação nacional
ou importado, só pode ser disponibilizado para venda ou até mesmo usado
dentro das empresas se tiver a indicação do Certificado de Aprovação”.

Essas exigências visam submeter os equipamentos a diversos testes, antes


que eles cheguem aos postos de vendas, garantindo assim sua eficácia,
durabilidade, proteção e conforto durante o uso.

Trabalho em equipe

É muito importante que você, soldador, não trabalhe em locais isolados e/ou
confinados sem um ajudante ou vigia. Há diversos casos em que o calor e a
inalação de gases fazem o soldador se sentir mal durante suas tarefas. Por
isso, é importante que tenha sempre alguém junto de você, para lhe dar
suporte caso algo venha a acontecer — assim como tratado na NR 33.

Vale lembrar, também, que as normas de segurança no trabalho especificam


que ajudantes de soldadores precisam portar todos os mesmos EPIs que o
próprio soldador, afinal, por estar no mesmo local e realizando a mesma
atividade, eles estarão expostos aos mesmos riscos.
Viu a importância do EPI para soldador? Seja você um soldador, ajudante ou
empregador, é fundamental estar sempre ciente dos perigos dessa atividade e
tomar todos os cuidados para que nada aconteça.

O que faz um Soldador?

O dia 23 de setembro marca as celebrações pelo Dia do Soldador. Mas afinal:


quais são as atribuições desse profissional?
O soldador trabalha, principalmente, em atividades ligadas às indústrias de
transformação, construção civil e de fabricação de estruturas metálicas. Essas
atividades correspondem, basicamente, à solda e ao corte de metais e
compósitos utilizando processos como eletrodo revestido, TIG, MIG, MAG,
oxigás, arco submerso, brasagem e plasma. Para tanto, preparam a soldagem
de peças, consultando desenhos e especificações, selecionando ferramentas,
materiais e consumíveis, assim como protegendo e isolando o local de
trabalho. Para cortar peças, operam maçaricos, enquanto que, para soldá-las,
operam equipamentos por brasagem, ligando partes e preenchendo buracos e
recortes de artigos em metal ou compósitos.

O soldador realiza inspeções visuais em peças, identificando posições de


soldagem, aplicando removedores para retirar óleos, preaquecendo com
maçaricos, escovando e goivando peças.
O soldador pode ser um profissional cuja especialização varia bastante. Isso
porque as especificidades que envolvem a atividade mudam de área para área,
tendo possibilidade de exercer a mais simples solda até outras
ultraespecializadas. No Brasil, a procura por profissionais soldadores para a
indústria é grande, e a tendência é que essa demanda aumente ainda mais.

Risco de Choque Elétrico na soldagem

Quando estamos no processo de soldagem a exposição ao risco de choque é


maior quando estamos com circuito aberto do arco de soldagem, neste caso a
voltagem de circuito aberto pode chegar aos 80 -100V, que em condições
críticas de isolamento do soldador, pode gerar fatalidades.
Em determinadas condições recomendando proteção ao soldador porque o
circuito passar a ser de alto risco principalmente durante o tempo em que o
circuito esta está aberto, ou seja, no momento que a soldagem é interrompida,
por exemplo, durante a troca de eletrodo ou de posto de soldagem, onde o
soldador pode fechar o circuito inadvertidamente e sofrer um choque elétrico
fatal.

Os relatos de fatalidade nas atividades de soldagem na Austrália foram


tratados na Norma AS 1674.2, que virou lei na Australia, hoje é exigido a
obrigatoriedade de existir proteção ao soldador no momento do “Arco
Interrompido” em determinadas condições.

As desenhos abaixo são alguns dos mais comuns casos de fatalidades


segundo as normas australianas de soldagem – AS 1674.2 –2007
Categorias de Risco na Soldagem

A norma Australiana AS 1674.2 –2007 classifica o processo de soldagem em 3


categorias de Risco.

Ambiente de Categoria A – É o ambiente onde o risco de Choque elétrico é


baixo devido aos controles robustos para evitar o contato da peça de trabalho
pelo soldador ou outra pessoa ou qualquer contato com a parte viva do circuito
de soldagem (1)

 Elevado cuidado é tomado para manter o circuito totalmente isolado


 Categoria A raramente existe em geral, mas pode ser alcançado no
processo de fabricação rigorosamente controlado ou em ambientes de
treinamento.

Ambiente de Categoria B – É o ambiente onde o soldador tem que trabalhar em


uma situação onde as partes do corpo podem entrar em contato com materiais
condutores, por exemplo, nas atividades onde:

 O tamanho e forma da peça de trabalho coloca em risco o contato


 Os soldadores têm liberdade de movimento restrito para executar a
soldagem, ou em uma posição que exige suporte do corpo, ou em
condições precárias onde o soldador está apoiado ou ajoelhado, sentado
ou deitado em peças metálicas.
Ambiente de Categoria C – É classificado como Categoria “C”, ambiente onde
o risco de um choque elétrico ou eletrocussão pelo circuito de soldagem é
aumentado devido à baixa impedância corpo do soldador combinado com um
risco significativo de que o soldador contato com a peça ou em outras partes do
circuito de solda.

 Condição de baixa impedância do corpo é aquela onde é susceptível a


presença de água, calor ou umidade, particularmente quando a
temperatura ambiente é superior a 32 ° C.

 Locais molhados, úmidos ou quentes, umidade ou transpiração reduz


consideravelmente a resistência da pele dos corpos humanos e as
propriedades de isolamento de acessórios de equipamentos de proteção
individual (2).

(1) – Parte Viva do Circuito refere-se a; rede de alimentação elétrica, cabo de


entrada da máquina de solda, cabos de soldagem (se insuficientemente
isolados), porta eletrodo, pistola ou torcha de soldar, os terminais de saída da
máquina de solda, a própria peça a ser soldada com aterramento deficiente são
exemplos de partes vivas. O choque elétrico depende do tipo de corrente
envolvida sendo que a corrente alternada de maior risco, depende também das
partes do corpo envolvidas.

(2) – Estudos recentes têm mostrado o que pouca umidade (5%) é suficiente
para tornar roupas e EPI’s ineficazes.

Atividades de Manutenção de Equipamentos Móveis e Área industrial em


Mineração e Siderurgia em área molhada deve ser considerada Categoria “C”
segundo a norma AS 1674.2 –2007, exige meios efetivos de mitigação para
execução da atividade.

Categoria B

 Máquina de Solda com tensão em vazio inferior a 30 V


 A tensão em vazio (U0) é o valor fornecido pela fonte na ausência de qualquer
carga (isto é, sem passagem de corrente). Um valor mais elevado de U0 tende
a facilitar o início do processo (abertura do arco), mas pode representar um
maior risco para a segurança do soldador.
 A resistência total do corpo do soldador está inicialmente em 50.000 Ω ou mais
 A corrente Máxima de Passagem pelo Corpo do soldador é de 0,6 mA
 Níveis de Choque elétrico em corrente alternada e seu efeito no corpo
Humano
 Sensação elétrica – Sensação de formigamento ocorre em cerca de 0,25 a
0,50 mA para uma pessoa adulta do sexo feminino e entre 0,50 e 1,00 mA para
uma pessoa adulta do sexo masculino.
 Sensação desconfortável – Atual igualmente para ambos os sexos na faixa
entre 1,0 a 2,0 mA sendo muito desconfortável.
 Perda de Controle Muscular – é de aproximadamente de 9 mA para as
mulheres e 15 mA para os homens.
 Na execução da Soldagem, devido ao esforço leve e ligeira transpiração dos
soldadores, a resistência total do corpo cai para 5.000 Ω
 Uma corrente de 6 mA pode fluir pelo corpo do soldador agora.
 Se for Corrente Alternada ele vai estar entrando na zona de Perda de Controle
Muscular

Categoria C

 A situação piora ainda mais, devido a uma combinação de temperatura,


esforços, um ambiente úmido.
 A resistência agora cai para 1000 Ω
 A Corrente pode passar pelo Soldador é de 30 mA

Exemplo de Risco em atividades de Manutenção utilizado Maquina de Solda


CC.

Maquina de Solda Comumente utilizada na Manutenção


Tensão em Vazio 74v

 Resistência do Soldador 1000 Ω


 Corrente Contínua que passa pelo soldador = 74 mA
 Tipo de Corrente, valor e tempo de exposição vão determinar o resultado!

Obs: Neste caso Máquina de solda corrente Contínua é considerada crítica do


ponto de vista do risco de fatalidades para atividades fora das condições ideais
na oficina.

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