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Número: 00 Data de Inclusão: 18/12/2000

Número da Revisão:
Título: Trabalho à Quente
Data da Revisão:

Área(s) de Autoridade Fornecedora(s):

GST - Departamento de Segurança no Trabalho

Caracterização do Padrão:
Emissão: Uso:
Comum Geral

Cliente (s):

1- Definição:

Procedimento que estabelece os parâmetros de segurança para a realização de Trabalhos a quente, Solda e
corte que devem ser seguidos por todos os empregados e contratados, em todos os sistemas operacionais
existentes, identificados e sinalizados conforme conceito estabelecido neste PTS.

2- Objetivo

• Padronizar os procedimentos para Trabalhos a quente, Solda e Corte.


• Cumprir a legislação vigente, especialmente, a Portaria 3.214 de 08/06/78, no que dispõe NR 18,
em conformidade com a CLT em seus artigos 157, 158, 184 e 185.
• Aprimorar o Sistema de Gestão da Segurança, Saúde e Meio Ambiente.

3- Terminologia:

 Acetileno - Gás inflamável empregado em corte e solda.


 Cabos de Soldagem - São cabos isolados, ligando eletricamente o porta eletrodos à máquina de
solda.
 Cabos de Terra - Ligam a máquina de solda ao terra que deve ser fixado diretamente sobre a peça a
soldar.
 Cortar - É o ato de seccionar metais.
 Eletrodo - É o elemento que conduz a corrente elétrica e, simultaneamente, adiciona material à peça a
ser soldada.
 Executante - Profissional instruído, treinado e autorizado a realizar serviços de solda ou corte.
 Fumos - São partículas, formadas quando o metal fundido é vaporizado no arco e se oxida em contato
com o ar. Na soldagem a arco com proteção gasosa, é o metal de adição a principal fonte de fumos.
Portanto, há uma correlação entre a composição química do material de adição, da chapa e do
revestimento, ou contaminante na superfície da chapa, com os fumos de soldagem.
 Gás gerado pela solda- Os gases mais frequentes são o óxido nítrico (NO) e o dióxido de nitrogênio
(NO2), ozônio (O3) e monóxido de carbono (CO).
 Gás Liquefeito de Petróleo - GLP - Gás inflamável.
 Oxigênio - Gás comburente essencial no processo oxicombustível com o gás inflamável (GLP ou
Acetileno).
 Permissão para Trabalho de Alto Risco (PTAR) - autorização escrita, conforme formulário próprio, para
 Potencial de Gravidade Três – PG3 - O perigo pode gerar incapacidade parcial ou total permanente,
como amputação de membros, cegueira parcial ou total, surdez, lesões graves na coluna ou que
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impeça o exercício da função, doenças incuráveis ou de difícil cura, porém controláveis. Ex.:
amputações, fraturas maiores, perda da visão, perda da audição e semelhantes doenças ocupacionais
graves com debilidade permanente.
 Potencial de Gravidade Quatro – PG4 - O perigo pode gerar fatalidade. Ex.: envenenamento grave,
lesões fatais e semelhantes. Doenças ocupacionais fatais.
 Profissional Qualificado: profissional que comprove competência para realizar determinado trabalho,
mediante treinamento na empresa ou em cursos ministrados por instituições privadas ou públicas, com
aprovação em testes de validação teóricos e práticos
 Radiação não-ionizante - Na soldagem elétrica a principal é a radiação ultravioleta, que pode
provocar lesões nos olhos e na pele, produzida por arcos que funcionam em altas temperaturas.
 Respingos - Maior fator de formação de fumos de soldagem. A alta quantidade de pequenos
respingos causa um grande aumento na superfície onde a vaporização ocorre. Efeitos mais
conhecidos são: sensação de areia nos olhos, conjuntivite, lesões oculares, catarata e queimaduras.
 Retificador de soldagem - Aparelho que se usa para obter de uma fonte de força eletromotriz
alternada e uma corrente unidirecional para a soldagem.
 Soldador ou Operador de Solda – Qualquer operador de equipamento de solda e corte, a gás ou
elétrico, devidamente treinado, habilitado e autorizado, para o exercício do trabalho.
 Trabalho a quente – trabalho realizado com ferramentas e equipamentos que produzam faíscas,
superaquecimento, chamas e metais incandescentes (Ex.: máquina de solda, maçarico, esmeril,
lixadeira, policorte e entre outros).
 Trabalho de Alto Risco - trabalho que tenha Potencial de Gravidade Três (PG3) ou Quatro (PG4)
e/ou que possa causar danos sérios às instalações e ao meio ambiente
 Transformador (Máquina de solda) – Aparelho elétrico que transforma a tensão elétrica para valores
adequados ao trabalho. Possui rodas para facilitar a locomoção. Seus principais acessórios são: um
cabo de solda com porta eletrodos e um cabo com grampo terra.
 Solda ou soldagem - É o processo que produz a junção entre duas peças, através da fusão, podendo
ter adição de material de solda ou não. Somente pode ser realizada por profissional qualificado através
de treinamento específico externo ou interno à Empresa.
 Solda / Corte Oxicombustível - Emprego do calor da chama resultante da reação química de
combustão entre o acetileno ou GLP e o oxigênio. O conjunto oxicombustível é composto pelos
cilindros de gases, válvulas dos cilindros, reguladores de pressão, mangueiras, maçaricos e válvulas
anti-retrocesso de chama.
 Vareta - Pequena vara composta de liga metálica utilizada como material de adição no processo de
solda oxicombustível.
 Solda com Eletrodo revestido - Utilização de uma diferença de potencial elétrico entre a peça a ser
soldada (pólo negativo) e um eletrodo (pólo positivo). Gera temperaturas de até 4000 ºC, radiação
infravermelha e ultravioleta, luz e visível e reações químicas. O conjunto é composto por fonte de
energia, cabos de alimentação, cabos de solda, eletrodo e porta eletrodo.
 Solda MIG - O arco elétrico se estabelece entre um eletrodo, que é alimentado continuamente, e a
peça a ser soldada. O eletrodo se funde no arco sendo transferido à poça de fusão. O gás, injetado ao
redor do eletrodo, protege o arco e a poça das influências negativas do oxigênio e nitrogênio.
 Solda TIG - O arco elétrico se estabelece entre um eletrodo, que funciona apenas como base para a
formação do arco, pois é um material inconsumível, tungstênio, e a peça a ser soldada. O eletrodo e a
poça de fusão são protegidos por um gás inerte.

4- Insumos/Referências
 Conselho Interamericano de Segurança - Practiguias 3.052
 Normas Regulamentadoras NR 15 e NR 18, da Portaria 3214, do Ministério do Trabalho.
 PTS - Manuseio de cilindros de gases - MRN
 Segurança no Trabalho - Soldagem elétrica e oxiacetilênica - SENAC
 Segurança do Trabalho na Soldagem Oxiacetilênica - Fundacentro
 Segurança no processo oxicombustível - Air Liquide Brasil S.A
 Gases de Proteção para Soldagem ao Arco - AGA
 Manual de Segurança no Corte e na Soldagem - White Martins S.A
 Norma de Segurança - Permissão para Solda e Corte - ALUMAR

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5- Responsabilidades

5.1 – Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional


 Disponibilizar os meios para implantação e manutenção deste PTS.
 Aprovar e disciplinar o uso deste PTS
 Promover os treinamentos previstos para implantar este PTS.

5.2 – Departamento de Segurança Ocupacional


 Capacitar a Linha de Comando como agente multiplicador deste Padrão.
 Auditar visando identificar oportunidades de melhoria.
 Elaborar e manter atualizado este PTS.

5.3 - Linha de Comando


 Identificar e manter atualizada a relação de máquinas de solda de uso por sua equipe.
 Quando da aquisição de máquinas e aparelhos com novas tecnologias comunicar ao Departamento de
Segurança do Trabalho.
 Garantir que os membros de sua equipe ou contratados sob sua gestão, sejam qualificados como
soldadores através de curso interno ou externo à MRN e que só executem solda ou corte a quente
após serem treinados neste PTS.
 Ter disponível a relação atualizada dos empregados treinados no PTS, contendo nome, matrícula,
função e data do treinamento.
 Sugerir melhorias buscando o aperfeiçoamento deste Padrão.
 Cumprir e fazer cumprir o que estabelece este PTS.
 Elaborar e manter atualizado o POE de tarefas de solda e corte executada em sua área atuação, com
base neste PTS.
 Emitir a Permissão para Trabalho de Alto Risco (PTAR) quando necessário, conforme PTS de
Permissão para Trabalho de Alto Risco.

5.4 - Empregados Envolvidos na execução da tarefa


 Antes do início da tarefa realizar a Ferramenta de Segurança Análise de Risco.
 O profissional para realizar serviços de solda e/ou corte deverá ser qualificado em treinamento
específico, interno ou externo.
 O profissional deve conhecer os riscos em potencial associados à tarefa, utilizar os EPI e EPC
recomendados, instalar os dispositivos de isolamento e bloqueio quando aplicável e adotar os
procedimentos de segurança especificados no POE da tarefa.
 Interromper imediatamente a tarefa e comunicar ao seu gerente técnico ou superior qualquer situação
de risco identificada durante a execução da tarefa.
 Saber operar equipamentos de combate a incêndio.
 Propor a atualização do POE específico, sempre que uma nova situação de risco for identificada.
 Zelar pelo cumprimento deste PTS

5.5 - Empresas Contratadas


 Adotar este padrão para os trabalhos a quente.
 Capacitar seu pessoal para o cumprimento deste padrão.

6- Procedimentos:

6.1 – Avaliação Inicial


 Antes do início da tarefa, deve ser feita Análise de Riscos para identificar os possíveis riscos
relacionados ao Trabalho a Quente que será realizado e as medidas de controle necessárias.
 Além da ART, deve ser preenchida a “Ficha de Inspeção de Segurança para o processo
oxicombustível” (anexo 8.2) ou a “Ficha de Inspeção de Segurança para o processo elétrico” (anexo
8.3), conforme a processo a ser utilizado e também outros check lists que sejam necessários.

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Nota: Quando se tratar de Trabalhos a quente considerados de alto risco é obrigatório à emissão da
Permissão para Trabalho de Alto Risco – PTAR, conforme o PTS 20.
O Trabalho a Quente é considerado na MRN um Trabalho de Alto Risco quando:
 Trabalho de solda ou corte de recipientes ou tubulações contaminados com líquidos ou gases
inflamáveis ou explosivos.
 Em locais/áreas que estejam a uma distância menor ou igual a 10 metros de recipientes/tanques ou
tubulações contendo produtos combustíveis/inflamáveis.
Obs.: quando o trabalho tiver que ser executado em altura, deve-se levar em consideração o que
está na área abaixo.
 Dentro de Espaços Confinados.
 Em locais fechados (mesmo que não classificados como espaço confinado) com pouca ventilação.
 Trabalho de solda ou corte em superfícies combustíveis/inflamáveis ou que possam gerar emanação
de gases tóxicos durante a execução do trabalho.
Se houver alguma alteração de local e/ou nos equipamentos/acessórios para trabalho a quente no decorrer do
trabalho, a Análise de Riscos da Tarefa e os check lists devem ser revisados e deve ser emitida uma nova
permissão (quando for aplicável).
Quando houver outras atividades de risco envolvidas no trabalho, devem ser aplicados os respectivos
procedimentos ou instruções.
Nenhum envolvido com a realização de trabalhos a quente deve iniciar a realização das tarefas, sem as
devidas precauções de segurança.

6.2 - Processo Oxiacetileno


a) Acetileno


 Acondicionado dissolvido em acetona. O interior do cilindro contém uma matéria porosa,
que serve como proteção do gás acetileno.
 Gás inflamável; asfixiante simples; odor semelhante ao alho; incolor; densidade 0,91 (mais
leve que o ar); temperatura de autoignição de 299ºC; fórmula química C2H2.
 Cilindros têm bujões fusíveis na parte superior do cilindro e na base do cilindro. Os cilindros
são da cor bordô.

Principais Cuidados com o Acetileno


 Incompatível com o cobre, prata, mercúrio e suas ligas e agentes oxidantes.
 Risco de incêndio em caso de vazamento, portanto, é expressamente proibido fumar em locais de uso
ou armazenagem do acetileno.
 Não usar martelos, tubos ou improvisar ferramentas para abrir ou fechar um cilindro;
 Abrir a válvula do cilindro sempre lentamente;
 O cilindro se manuseado deitado pode ter vazamento de acetona pela válvula, o que pode causar
incêndio;
 O cilindro se manuseado deitado ao se chocar contra algum obstáculo pode danificar sua massa
porosa e a partir daí iniciar-se a decomposição química do acetileno, podendo até mesmo vir a
explodir o cilindro.
 Em local de pouca ventilação ou confinado, os cilindros devem ser mantidos do lado de fora.

b) Oxigênio
 Gás comburente (oxidante), inodoro; incolor; fórmula química O 2 ; densidade 1,11 (mais
pesado que o ar).
 Acondicionado em cilindros verdes (para uso em hospital) e pretos (para uso industrial).
 Cilindros possuem uma válvula com um disco de ruptura que permite o escape do gás em
caso de sobre pressão.

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Principais Cuidados com o Oxigênio
 Incompatível com materiais combustíveis e inflamáveis, sobretudo óleo e graxa;
 Como o gás é acondicionado em alta pressão, 100 a 200 Kgf/cm², a queda do cilindro torna-se
extremamente perigosa caso a válvula esteja sem proteção (capacete).
 Abrir a válvula do cilindro sempre lentamente;
 Ao abrir a válvula não permaneça na frente, pois há o risco de algum corpo estranho vir a chocar-se
com o rosto do usuário;
 O cilindro se transportado deitado e vindo a sofrer um choque violento contra o seu corpo poderá
explodir.

c) GLP

 Gás inflamável, uma mistura de propano, butano e gás natural, acondicionado no estado
líquido em cilindros, cor alumínio, ao qual é adicionado um odorizador, asfixiante simples
densidade aproximada de 1,53 (mais pesado que o ar).

Principais Cuidados com o GLP

 Por ser mais pesado que o ar, em caso de vazamento acumula-se nas partes baixas. Cuidado com
ralos;
 Em concentrações de 2% a 10% na atmosfera, ao entrar em contato com fontes de calor pode explodir
violentamente;
 Não armazenar em local confinado;
 Cuidado com vazamentos de gás no processo de ignição da máquina de corte a plasma.

6.2.1 - Equipamentos e acessórios do processo


 Todos os equipamentos de trabalho a quente devem ser inspecionados visualmente e estarem em
boas condições de uso.

a) Regulador de Pressão

 Tem por finalidade reduzir a pressão interna do cilindro, que é elevada e variável
no tempo, para uma pressão de serviço mais baixa e constante.

Principais Cuidados com o Regulador de Pressão


 Ao girar o parafuso de ajuste (borboleta) no sentido horário, está se comprimindo o diafragma, ou seja,
está sendo liberado o gás pelo regulador;
 O movimento anti-horário da borboleta resulta na interrupção da passagem de gás;
 Escolha o regulador de acordo com o serviço desejado. Não use regulador para acetileno quando
for usar o GLP;
 Não use regulador com os manômetros danificados;
 Não exceda as pressões estabelecidas pelos fabricantes: Acetileno 1,5 kgf/cm2; oxigênio 10kgf/cm2;
 Ao regular a pressão fique posicionada ao lado do parafuso de ajuste, nunca em frente ao mesmo;
 A manutenção de reguladores só pode ser feita por oficina especializada e autorizada pelo fabricante.

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b) Maçaricos de corte, solda e aquecimento

 É o dispositivo que permite obter uma mistura homogênea


de um gás comburente e um combustível.

Principais Cuidados com o maçarico


 Quando o maçarico está em mau estado é comum
apresentar vazamento pelas válvulas de oxigênio ou acetileno; esta situação é muito perigosa quando
o trabalho ocorre em local de pouca ventilação ou próximo a fontes de calor. Por outro lado é causa
de desperdício;
 Nos trabalhos de aquecimento ou corte usar maçarico com mistura no bico, pois evitam o retrocesso
de chama;





 Utilizar sempre o bico / extensão indicado para cada tipo de serviço (solda/corte/aquecimento),
conforme recomendação do fabricante;

 Nunca acender o maçarico se estiver usando a solda elétrica;


 No final de cada tarefa, fazer a limpeza dos bicos, utilizando dispositivo adequado para o mesmo.

c) Mangueiras





 Conduzem os gases de solda do cilindro para o maçarico. Fabricadas de material resistente a abrasão e
cortes e de cores normatizadas.

Principais Cuidados

 A cor da mangueira identifica o gás:


- Mangueira na cor vermelha transporta o gás inflamável acetileno;
- Mangueira na cor preta ou verde transporta o oxigênio;

MANGUEIRA DE BORRACHA SOLDA DUPLA GEMINI


Modelo: Grade "T"
Para uso com Oxigênio e qualquer tipo de gás derivado de Petróleo-GLP (gravação em azul).
Resistente: Aos respingos de solda, arrancamento e abrasão, além de não inflamável
Diâmetro: 5/16"
Fabricante: GOODYEAR/GATES

A inversão pode provocar acidente.

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 Proteja as mangueiras de escórias quentes, objetos quentes, chamas abertas e superfícies cortantes;
 Não emendar mangueiras com tubos de cobre;
 Não deixar a mangueira exposta a intempéries;
 Não trabalhar com mangueira submersa;
 Ao inspecionar as mangueiras, verificar se estão em bom estado, sem trincas, rachaduras e
queimaduras.

d) Acendedor


Acessório usado para acender o maçarico.

Principais Cuidados

 É terminantemente proibido o uso de outro tipo de isqueiro, seja a gás ou o fluido de isqueiro.

e) Abraçadeiras de fixação

 Usada para a fixação das mangueiras. Possui um parafuso que pode ser
apertado com uma chave de fenda.

Principais cuidados

 É terminantemente proibido o uso de arame para afixar a mangueiras, pois devido a sua pouca
espessura / diâmetro pode danificar a mangueira e provocar vazamento de gás;
Não exceder o aperto da abraçadeira, pois pode romper a mangueira.

f) Carrinhos de Transporte

 Carrinho padrão da MRN usado para transporte dos cilindros do


conjunto oxi-combustível. (figura a esquerda)
 Carrinho próprio para movimentação de cilindros em locais de
estocagem ou na movimentação para substituição do cilindro vazio
pelo cheio. (figura a direita)

(Figura do modelo de capacete)

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Principais cuidados
 Prender os cilindros para evitar a queda durante o transporte;
 Não transportar cilindros girando-os com as mãos. O peso dos cilindros e irregularidades
do piso são causas comuns de acidentes;
 Transportar os cilindros somente na posição vertical;
 Certificar-se os cilindros estão com o capacete de proteção das válvulas.

g) Válvulas anti-retrocesso de chama

 Usadas em ambos os gases na saída do regulador de pressão e na entrada do maçarico


impedem que a chama atinja a mangueira ou os reguladores de pressão.

Principais cuidados
 As válvulas anti-retrocesso evitam que, a chama atinja o regulador de pressão;
 Portanto, trata-se de um dispositivo à prova de falha, logo, seu uso é obrigatório;
 Outro modelo de válvula, denominada válvula anti-retorno de gás, que impede o retorno
da mistura para o interior das mangueiras, não substitui as válvulas anti-retrocesso de
chama;
 O teste de vedação das válvulas deverá ser feito somente com autorização do
Departamento de Segurança do Trabalho.

6.2.2 - Riscos do Processo


Retrocesso de chama:
Subida rápida da chama através do maçarico, até as mangueiras, e eventualmente até os
reguladores de pres
são.

Causas:
a) Mistura dentro das mangueiras e/ou canalizações.

b) Aquecimento excessivo da extensão ou bico de corte

c) Bico obstruído
d) Misturador não adaptado ao bico
e) Vazão de combustível insuficiente
f) Reguladores de pressão em mau estado

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Principais cuidados
 As pressões do oxigênio e do acetileno devem estar de acordo com a espessura da chapa.
Pressão inadequada é antieconômica e muito perigosa;
 A extensão e o bico de corte devem ser adequados para a espessura da chapa a ser
trabalhada. Ver anexo 8.2;
 Não improvisar, seguir recomendações do fabricante;
 Fazer o dimensionamento do acetileno suficiente para atender à demanda do processo;
 O regulador pode indicar uma pressão de serviço do gás errada por falha no manômetro,
fique atento às boas condições de manutenção.

6.2.3- Outros cuidados


Acendimento do maçarico:
a) Abra o conjunto de regulagem do acetileno e use o acendedor bem próximo ao orifício
de saída dos gases.
b) Caso exista excesso de fumaça ou fuligem, abra um pouco mais o acetileno;
c) Abra então o conjunto de regulagem do oxigênio;
d) Vá regulando até obter a chama desejada (neutra, carburante, oxidante)

Término do serviço:
a) Feche o conjunto de regulagem do acetileno de uma vez;
b) Feche o conjunto de regulagem do oxigênio
c) Após apagar o maçarico, feche as válvulas dos cilindros e volte a abrir as válvulas dos
maçaricos;

d) Solte a pressão das mangueiras, desapertando o parafuso de regulagem e por último


volte a fechar as válvulas dos maçaricos

6.2.4 - EPI obrigatório - Processo Oxi-combustível

Touca para soldador em Amerlã: EPI destinado a proteção da cabeça contra material
incandescente proveniente de solda ou oxi-corte;

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Martelo picador de solda: Ferramenta utilizada para remoção de escória proveniente
do processo de solda;

Os equipamentos de proteção individual, ferramentas e dispositivos devem ser inspecionados previamente ao


início dos trabalhos e usados de acordo com o procedimento de avaliação de riscos, sob as especificações do
Departamento de Segurança Ocupacional.

Lentes filtrantes recomendadas para a solda oxiacetilênica são as constantes nas tabelas I e II

Tabela I - Lentes filtrantes por vazão de acetileno


Tonalidade 5 6 7 8
Padrão Oxicorte e soldas Oxicortes e soldas Oxicortes e soldas Oxicortes e
Vazão máxima de Vazão máxima de Vazão máxima de soldagens
40 l/h de acetileno 40 a 70 l/h de 70 a 200 l/h de pesadas . Vazão
acetileno acetileno máxima de 200a
800 l/h de acetileno

Tabela II – Lentes filtrantes por espessura de chapa


Operação Espessura da Chapa (mm) Filtro sugerido para conforto
Soldagem oxi-acetilênica
Leve < 3,2 4 ou 5
Médio 3,2 a 12,7 5 ou 6
Pesado > 12,7 6 ou 8
Corte oxi-acetilênico
Leve < 25,4 3 ou 4
Médio 25 a 150 4 ou 5
Pesado > 150 5 ou 6

6.3 - Solda Elétrica


6.3.1 - Processo eletrodo revestido
Conhecido como solda a arco ou solda elétrica.

Fontes de energia
(CC ou CA)

Cabos de alimentação
Eletrodo
Cabos de solda Porta eletrodo

Obra

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6.3.2 - Processo MIG/MAG

6.3.3 - Processo TIG (Tungsten Inert Gás)

1 - Tocha TIG
2 - Metal de adição
3 - Porta eletrodo
4 - Peça a soldar
5 - Corrente de solda
6 - Fonte de Corrente
7 - Alimentação do argônio
8 - Garrafa de argônio e regulador
9 - Tubulação de retorno da água eventualmente em circuito fechado
10 - Tubulação de entrada de água em circuito fechado

6.4 - Riscos do processo Elétrico


6.4.1 – Calor
O calor pode causar desde queimaduras até cãibras, exaustão por calor, desidratação e choque térmico.

Principais cuidados


 O profissional deve trabalhar protegido com avental, luvas, mangote e perneiras de raspa;
 Ao planejar o trabalho, o responsável deve avaliar os perigos e riscos, adotando medidas de controle
da exposição ao calor, levando em conta fatores como: o local de trabalho, a duração e a existência de
outros perigos. Podem ser necessários cuidados como: as pausas, o rodízio, a ingestão de líquidos ou
vários outros cuidados, conforme as circunstâncias.

6.4.2 – Radiação não-ionizante


A radiação ultravioleta pode provocar lesões nos olhos e na pele, que podem se manifestar de imediato ou
algumas horas depois

Principais cuidados
 Usar máscara para soldador que deverá possuir lentes com filtro adequado para o tipo de amperagem
e processo adotado;
 Não apontar o arco para os olhos;
 Usar um biombo para proteger terceiros.

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6.4.3 – Fumos de Solda
Podem causar danos sérios aos pulmões.

Principais cuidados
 Para locais confinados e com más condições de ventilação, o Gerente Técnico adotará medidas
especiais visando o controle dos riscos relativos à proteção respiratória, como o uso de exaustão local;
 Em qualquer condição normal de trabalho são necessários cuidados como: uso de máscaras, posição
correta de trabalho, uso de equipamentos e métodos adequados.

6.4.4 – Gases de Solda


Durante a soldagem com proteção gasosa, a principal causa da formação de gases são as altas temperaturas
e a radiação ultravioleta emitida pelo arco.

Principais cuidados
 A ventilação e a exaustão são as maneiras mais eficazes de se prevenir dos contaminantes e
poluentes que se formam durante a soldagem. Outras medidas devem ser tomadas, tais como:
proteção respiratória adequada, posição correta de trabalho, uso do gás de proteção adequado;
 Em locais confinados o equipamento de ventilação forçada ou exaustão com componentes elétricos ou
mecânicos, deve ser à prova de explosão;
 Não soldar próximo de solventes clorados (tintas), tais como tricloroetileno ou percloretileno. Os raios
ultravioletas decompõem esses produtos a considerável distância, formando produto altamente nocivo
à saúde.

6.4.5 - Incêndio e explosão.

·
A proximidade de materiais combustíveis pode causar incêndios e
explosões.

Principais cuidados

 Quando não for possível retirar o material combustível ou inflamável, isole-o com mantas de material
incombustível. Se necessário molhe a área com água para resfriar o material combustível;
 Não devem ser desenvolvidos trabalhos na presença de atmosferas explosivas a menos que o
trabalho não possa ser retocado para um ambiente seguramente avaliado. Se o trabalho for requerido
para áreas como estas, o monitoramento contínuo da atmosfera, quanto à concentração de vapores,
deve ser realizada antes, durante e depois da realização do trabalho a quente;
 Para tanques, reservatórios, tubulações e outros vasos contendores ou que tenham previamente
armazenado produtos químicos perigosos, devem ser purgados ou drenados, lavados e ou inertizados
e secos, para assegurar que ocorra transformação de possíveis contaminantes em misturas perigosas.
Deve ser garantido o monitoramento da atmosfera destes, para assegurar a inexistência de gases ou
vapores tóxicos ou combustíveis.
 Nunca forme um arco sobre um cilindro de gás comprimido;
 Não use tubulações para conectar o equipamento a terra;
 Uma inspeção final deve ser feita após o término do serviço de solda/corte.
 Em áreas a céu aberto, interromper os trabalhos de soldagem em caso de chuva intensa ou ventos
muitos fortes;
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6.4.6 - Movimentação manual de carga
Para o transporte e o carregamento de chapas use meios auxiliares para efetuar a movimentação de peças.

6.4.7 - Choque elétrico


Principais cuidados
 Evite contato com terminais energizados;
 Não trabalhe em áreas úmidas. Mantenha suas mãos, roupas e área de trabalho sempre secas;
Assegure-se de que cortou a alimentação de energia e fez o bloqueio, antes
de efetuar qualquer reparo ou ajuste na máquina;

 Certifique-se de que o aterramento foi feito corretamente. Conduza o


terminal de terra sempre diretamente à peça onde estiver trabalhando;
 Todas as conexões e ligações do circuito de solda,e o fio terra
necessitam estar perfeitamente isolada.
 No caso de interrupções prolongadas, retirar o eletrodo do porta Padrão de bocal para máquina
de solda e
eletrodo; equipamentos industrias

Ao término, fazer inspeção final na área para certificar-se de que não há brasa ou chama.

6.4.8 - Equipamentos de proteção para o processo de soldagem a arco elétrico

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O soldador deve usar máscaras com lentes filtrantes de acordo com a amperagem, conforme a Tabela III
abaixo:
Tabela III – Lentes filtrantes para soldagem a arco

Operação Diâmetro do Amperagem (A) Filtro para Filtro sugerido


eletrodo proteção mínima para conforto
Eletrodo revestido < 2,5 < 60 7 -
2,4 – 4,0 60 – 160 8 10
4,0 – 6,0 160 – 250 10 12
> 6,4 250 – 550 11 14
Mig-Mag arame < 60 7 -
tubular 60 – 160 10 11
160 – 250 10 12
250 – 550 10 14

6.5 - Regras básicas para Sinalização e Proteção do local de trabalho e de terceiros


 Isolar a área de trabalho com sinalização de segurança ( talas, fitas, cones, etc.)
 Em oficinas e locais com trabalhos simultâneos usar biombos;
 Em trabalhos realizados em andares superiores ou sobre áreas de circulação de pessoas, isolar toda
a área sujeita a quedas de material quente;
 Em trabalhos com solda elétrica simultâneo com oxicorte, proteger as mangueiras de gás contra a
queda de material quente;
 Se no local onde vai ser realizada a solda houver material combustível a menos de 10 do ponto de
solda, e não podendo removê-lo, o material combustível deve ser protegido com mantas de material
incombustível;
 Se o trabalho for realizado no interior de um equipamento sujeito a acionamento ou movimentação, por
dispositivo mecânico ou elétrico, ainda que acidental, bloqueie o equipamento com cadeado ou
solicite apoio do Eletricista ou Operador para assegurar o bloqueio das energias. Por último afixe seu
cartão de sinalização de segurança;
É terminantemente proibido soldar/cortar sobre recipiente ou conjunto que contenha material combustível, ou
qualquer material sensível à alta temperatura. Essa tarefa só poderá ser efetuada mediante Permissão para
Trabalho de Alto Risco (PTAR).

6.6 - Treinamento
 Os empregados que em suas atividades têm de aplicar os procedimentos de Trabalho a Quente
devem receber treinamento específico sobre os procedimentos deste PTS. O mínimo exigido para
aprovação no treinamento é de 70% de aproveitamento.
 Empregado não aprovado não pode realizar Trabalho a Quente.
 Além disso, devem ser treinados e aprovados no PTS de Permissão para Trabalhos de Alto Risco e
também quanto aos procedimentos operacionais para realização de trabalhos a quente.
6.7 - Procedimento Disciplinar
O não cumprimento deste PTS, em todo ou em parte, será considerado falta grave e a ocorrência deverá ser
encaminhada ao Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional para análise e decisão quanto às medidas que
se fizerem necessárias.

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7- Verificação:

 Através de Avaliações de Segurança, Saúde e Meio Ambiente programadas, conforme planejamento


próprio de cada área. Estas devem ser documentadas, com registro dos participantes, não
conformidades e oportunidades de melhoria identificadas.
 As não conformidades devem ser cadastradas no FERSEG.
 Este padrão deverá ser revisado a cada 2 anos ou quando ocorrer mudanças significativas, que
provoquem alteração dos riscos, ou em caso de acidente que esteja relacionado a atividades que
envolvam a aplicação deste PTS.
 As ações corretivas para bloquear os desvios devem ocorrer na medida em que estes surgirem e
serão tratadas no âmbito da Seção ou do Comitê de Segurança e Saúde Ocupacional.

8- Históricos das Revisões


Revisão
Descrição do Motivo
Nº Data
07 24/09/2015 Adequação ao prazo de validade.
08 28/08/2017 Adequação ao prazo de validade.

9- Aprovação:

Este padrão deverá ser aprovado e homologado pelos responsáveis da área de Segurança e Gerentes de
Área.

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