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IMPLEMENTE O GRO NA SUA EMPRESA

OU NOS SEUS CLIENTES E SEJA


VALORIZADO E RECONHECIDO NO
MERCADO DE TRABALHO, LEVANDO A
SST PARA OUTRO PATAMAR!
Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) são as diretrizes para nortear as
organizações na implementação de medidas de prevenção, com a finalidade de
melhorar o seu desempenho em SST, através da promoção de ambientes de
trabalho mais seguros e saudáveis.
APRESENTAÇÃO

A sua atuação profissional é conduzida por atender Normas Regulamentadoras


(NRs) ou pelo resultado gerado através do que você faz?

A área de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é conhecida pela sua atuação


frente às necessidades do cumprimento de dispositivos legais, principalmente as
NRs.

E isso gera uma percepção de obrigação, no sentido de obrigatoriedade. Por isso


é muito comum o diálogo abaixo entre um profissional de SST e o tomador de
decisão de uma empresa:
Tomador de decisão: “Por que eu preciso fazer isso?”
Profissional de SST: “Porque é obrigatório, está na NR”.

Para mim, esse é o principal motivo da área de SST não ser tratada com a devida
importância dentro das empresas. Já que a alta liderança não vê sentido numa
atuação apenas para cumprir dispositivos legais frente aos resultados e objetivos
da organização como um todo.

Não sei você, mas por muito tempo era isso que norteava a minha atuação na área
de SST – atender legislação. Até eu perceber que isso não apresentava nenhum
resultado expressivo do meu trabalho, seja para as empresas onde eu trabalhei
ou prestei serviços, seja para os trabalhadores de tais organizações, ou para mim.
Porém, depois de muito conviver com isso e estar cansado em não ser visto como
importante, reconhecido e valorizado, eu percebi que o que deve nortear a nossa
atuação não é atender NRs, mas o resultado gerado às partes envolvidas por
aquilo que fazemos.

Desta forma, precisamos quebrar este paradigma. De que a área de SST serve
para cumprir NRs, e mostrar às empresas e nossos clientes que podemos fazer
muito mais pelos resultados e sustentabilidade da organização, do que apenas
cumprir dispositivos legais.

Neste sentido, a principal finalidade deste ebook é essa. Ajudar profissionais a


quebrar este paradigma de que SST é atender NR e sim, que a área de SST é muito
estratégico. E assim, elevar o patamar da Segurança e Saúde no Trabalho para
outro nível.

Aquele nível que tem voz, tem um lugar na reunião estratégica e poder de opinião
e autonomia em suas decisões.
SUMÁRIO

FICANDO POR DENTRO DO GRO 6


PORQUE IMPLEMENTAR O GRO 9
A FORMA COMO É FEITO HOJE NÃO FUNCIONA 13
O QUE VOCÊ DEVE FAZER PELA SUA EMPRESA OU CLIENTES 19
POR ONDE COMEÇAR 26
CONSIDERAÇÕES 28
REFERÊNCIAS 29
AUTOR 30
CANAIS DE COMUNICAÇÃO 31
A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

FICANDO POR DENTRO DO GRO

O QUE É GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS – GRO?

GRO diz respeito as diretrizes para nortear as empresas na implementação de


medidas de prevenção, voltadas à preservação da saúde e integridade física dos
trabalhadores.

Ou seja, é um roteiro a ser seguido pelas organizações para promover ambientes


de trabalho mais seguros e saudáveis.

Cabe destacar que esse roteiro não é uma receita de bolo, que todas as empresas
seguem da mesma forma. Os ingredientes (requisitos) são os mesmos, mas a
forma como você vai seguir e executar esse roteiro, vai depender de cada
realidade. Os requisitos precisam ser adaptados e customizados para cada
empresa.

Não existe copia e cola (Crtl c + Crtl v), mas sim aprendizado e melhoria.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Neste sentido, fazer Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) refere-se ao


ato de atender determinados requisitos, com a finalidade de planejar,
implementar e controlar ações preventivas e corretivas.

E estes requisitos podem ser representados pela ilustração abaixo:

Resumindo, implementar um Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) é


trabalhar continuamente para manter um elevado grau de confiabilidade dos
sistemas preventivos, no que diz respeito a saúde e integridade física dos
trabalhadores, através de:

● Eliminar perigos que podem ser eliminados;


● Reduzir riscos que não podem ser eliminados;
● Controlar riscos que não podem ser reduzidos nem eliminados.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Em outras palavras:
● Eliminar situações/eventos que podem provocar danos e perdas;
● Reduzir a exposição dos trabalhadores as situações/eventos; e
● Minimizar a severidade dos danos e perdas.

Requisitos de GRO é aquilo que eu preciso fazer para promover ambientes de


trabalho mais seguros e saudáveis.

OBJETIVOS DE UM GERENCIAMENTO DE RISCOS OCUPACIONAIS – GRO

O objetivo do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) é estabelecer a


melhoria contínua do desempenho de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), ou
seja, a promoção permanente de ambientes de trabalho mais seguros e
saudáveis.

E essa melhoria contínua diz respeito ao fato de a empresa sair de uma situação
(status atual), para outra situação melhor (status de desejado). Sendo que este
status desejado refere-se a melhorar o desempenho da empresa.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

E melhorar o desempenho da empresa é promover continuamente ambientes de


trabalho mais seguros e saudáveis. E desta forma, empresas e trabalhadores são
beneficiados, conforme pode ser observado pela ilustração abaixo:

PROMOÇÃO DE AMBIENTES DE
TRABALHO MAIS SEGUROS E SAUDÁVEIS

EMPRESA TRABALHADOR
CONFORMIDADE ACIDENTES
CUSTOS DOENÇAS
REPUTAÇÃO BEM-ESTAR

PORQUE IMPLEMENTAR O GRO

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Toda e qualquer empresa possui incertezas que comprometem os seus objetivos.


Para essas incertezas damos o nome de risco.

E o risco pode ser definido, conforme a ABNT NBR ISO 31000, “em termos da
combinação das consequências de um evento com a probabilidade da sua
ocorrência”.

Já na área de SST, temos o Risco Ocupacional, que pode ser definido como “a
combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por
um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de
trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde”, conforme o texto da
Nova NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.

Desta forma, uma das principais finalidades da área de SST é gerenciar os riscos
ocupacionais, mantendo as medidas de prevenção de um ambiente de trabalho
com elevado grau de segurança (confiabilidade). Sendo que segurança é “um
estado de baixa probabilidade de ocorrência de eventos que provocam danos e
perdas” (Cardella, 2009).

Neste sentido, o objetivo da área de SST é “melhorar as condições e o ambiente


de trabalho” (OIT, 2011). E, desta forma, contribuir não só com as empresas, mas
também com os trabalhadores e o Estado, ou seja, com a sociedade em geral, já
que os riscos ocupacionais comprometem os objetivos das empresas, a saúde e

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

integridade física dos trabalhadores e as despesas e os serviços do Estado, que


direta ou indiretamente impactam a população em geral.

E isso não se faz com documentos (papel) e sim por meio de ações. Documentar
é importante? Sim. Embora, é essencial colocar em prática ações que melhoram
as condições e os ambientes de trabalho.

E neste sentido, o foco de atuação precisa ser em atingir resultados, ou seja,


desenvolver ações que reduzam os adoecimentos e índices de acidentalidade e
assim, contribuam e beneficiem a toda a sociedade.

Mas, este é o nosso grande desafio. Quebrar este paradigma que assola a área de
SST, infelizmente. Pois o mercado de SST foi corrompido por uma prática
cartorária, onde o documento é mais importante que o resultado.

FÁBRICA DE PAPEL – SST CONVENCIONAL RESULTADOS – SST BUSINESS

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

E essa é a linha de atuação da grande maioria dos profissionais e empresas, que


tem como finalidade de suas atividades um documento em si e não o resultado
por traz de suas atividades.

Mas, será que isso é o que importa? Será que a razão de dominar o GRO deve-se
ao fato do novo texto da NR 01, que entra em vigência em 02 de agosto de 2021?

BENEFÍCIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO GRO

Não, o que deve nos motivar na implementação do GRO nas organizações é pelo
seu benefício, conforme segue.

Empresas:
● Aumento da produtividade;
● Redução do absenteísmo;
● Redução de custos;
● Preservação da imagem/reputação – socialmente responsável; e
● Preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores.

Além de estar em conformidade com os dispositivos legais. Entretanto, isso é o


mínimo que uma empresa pode e deve fazer no que diz respeito ao atendimento
dos requisitos de um gerenciamento de riscos ocupacionais.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Já para os trabalhadores:
● Menos acidentes/doenças/lesões;
● Maior bem-estar; e
● Mais dignidade e qualidade de vida.

E para o Governo:
● Menos despesas; e
● Melhor atendimento/prestação de serviço à sociedade.

Para convencer você a ser mais um nesta causa para quebrar este paradigma, a
seguir eu vou te apresentar o porquê a forma como é feito prevenção hoje não
funciona.

A FORMA COMO É FEITO HOJE NÃO FUNCIONA

Hoje e a muito tempo, a prevenção na maioria das empresas se reduz a atender


Normas Regulamentadoras.

Não que NRs não sejam importantes, são e muito – afinal, são a base e o mínimo
que se deve fazer, no que diz respeito a promoção de ambientes de trabalhos
seguros e saudáveis.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Mas, o problema está na visão que se tem da SST. Que é uma área com a
finalidade de atender dispositivos legais. E isso é o que se prega. E é por isso que
a forma como é feito prevenção hoje não funciona.

Pois, a empresa vê e é cobrada por atender algo, no sentido de uma obrigação e


isso implica uma barreira. O trabalhador vê e é cobrado por fazer isso e aquilo,
dessa ou daquela forma e isso gera um conflito.

E os profissionais de SST ficam no meio deste dilema, mas porque tem como
norteador de sua atuação o cumprimento de legislação, mais especificamente as
NRs.

Tanto que os principais argumentos que profissionais de SST usam, são aspectos
tais como:
● É obrigado a fazer, pois está em uma NR;
● É obrigado seguir isso ou aquilo, pois é obrigatório;
● Se não fizer, você vai ser multado.

E essa é a principal “arma” usada: obrigação, multa, fiscalização. Ou seja, usando


a política da “penalização”.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Entretanto, isso não funciona. Basta você fazer as seguintes reflexões:


● Qual é a intensidade das fiscalizações? Dica: Consulte a plataforma Radar SIT.
● Qual é o valor das multas? Dica: Simule com base na NR 28.
● Quando a sua empresa ou cliente foi fiscalizada? Qual foi o valor da multa, caso
tenha sido aplicada?

Você irá observar que, pouquíssimas empresas são fiscalizadas. E destas, são
raras as que são multadas. Afinal, há o critério da dupla visita.

Para você compreender o que estou falando, segundo a Organização


Internacional do Trabalho (OIT), o impacto econômico dos acidentes de trabalho e
doenças relacionados ao trabalho é de aproximadamente 3,94% do Produto
Interno Bruto (PIB) mundial ao ano.

Portanto, levando em consideração que o PIB do Brasil em 2019 foi de 7,3 trilhões
de reais (IBGE, 2020), o custo para o país com a acidentalidade é de
aproximadamente 280 bilhões de reais por ano.

E se levarmos em consideração apenas a concessão dos benefícios acidentários


(B91, B92, B93 e B94) pela Previdência Social, concedidos em 2018, a despesa
para o Governo foi de aproximadamente 13,1 bilhões de reais, conforme dados do
Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Mas ainda há outros impactos ao Governo, trabalhadores e empresas, conforme


destacados abaixo:

Impacto às Empresas:
● Aumento do FAP;
● Pagamento de adicionais;
● Inconformidade com dispositivos legais;
● Despesas médicas;
● Custos judiciais e indenizações;
● Pagamento do salário nos primeiros 15 dias de atestado;
● Contribuição do FGTS enquanto o trabalhador estiver afastado;
● Custos com contratação e treinamento para substituição;
● Custos com horas extras;
● Comprometimento da qualidade do produto ou da prestação de serviços;
● Redução da produção;
● Atraso das entregas;
● Paradas de máquinas, equipamentos ou processos; e
● Impacto na Imagem da empresa.

Impacto aos Trabalhadores:


● Redução da remuneração;
● Despesas com medicamentos;

Imersão GRO e FAP na Prática Página 16


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

● Redução temporária ou permanente da capacidade biomecânica e/ou


cognitiva;
● Interferência na vida familiar e convívio social; e
● Redução na empregabilidade.

Impacto ao Governo:
● Pagamento de benefícios assistenciais;
● Despesas com o SUS;
● Despesas com o Corpo de Bombeiros/SAMU; e;
● Despesas administrativas e com profissionais (SIT, Fundacentro, CEREST).

Portanto, percebe-se a magnitude dos impactos econômicos e sociais dos


acidentes do trabalho e doenças relacionadas ao trabalho à Sociedade em geral.

É por isso que há a necessidade de se fazer o Gerenciamento de Riscos


Ocupacionais. Não porque a empresa pode ser fiscalizada e multada, mas para
reduzir a probabilidade da ocorrência de eventos que provocam danos e perdas.

Com isso, teremos ambientes mais seguros e mais saudáveis (PREVENÇÃO). E


desta forma, beneficiando empresas, trabalhadores e a sociedade em geral.

Afinal, independente de fiscalização e multa, a insegurança nos ambientes de


trabalho gera expressivos impactos.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 17


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

E isso deve ser o ponto central da conduta dos profissionais de SST. E você sabe
como quebrar essa barreira a passar por este paradigma? Deixando de lado a
finalidade em atender legislação e visando o resultado do que você faz?

SST CONVENCIONAL SST BUSINESS

No próximo tópico eu vou te ajudar a compreender melhor isso e como você pode
mudar a forma de pensar e agir perante a sua empresa ou clientes, e como isso
irá refletir no seu trabalho, tornando você mais valorizado e reconhecido pela sua
empresa ou pelos seus clientes.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 18


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

O QUE VOCÊ DEVE FAZER PELA SUA EMPRESA OU


CLIENTES

A dica mais valiosa deste ebook: Implemente o GRO! Faça, não espere o novo texto
da NR 01 entrar em vigor. Afinal, ele começa a valer só a partir de 02 de agosto de
2021, mas os riscos e os seus impactos não tem prazo nem carência, estão
presentes nos ambientes de trabalho há muito tempo. E continuarão, se você não
fizer nada.

CONTEXTO HISTÓRICO DO GRO

Será que o novo texto da NR 01, no que diz respeito ao gerenciamento de riscos
ocupacionais é uma novidade?

No Brasil, não havia nenhuma regulamentação a respeito do Gerenciamento de


Riscos Ocupacionais – ao menos de forma autônoma e tipifica como geral. Isso
porque em alguns segmentos havia diretrizes e requisitos que muito se
aproximam do exposto na Nova NR 01, embora algumas empresas e profissionais
já adotassem diretrizes e requisitos de algumas referências técnicas a respeito do
tema, as quais destaca-se abaixo:

Imersão GRO e FAP na Prática Página 19


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

BS 8800 (1996)

A British Standards 8800 é uma Norma de origem inglesa voltada para a gestão
da saúde e segurança ocupacional. Ela foi criada pelo British Standard Institution
(BSI), sendo que foi publicada em 1996.

É considerada como a norma pioneira no mundo para a implantação de um


sistema de gerenciamento de riscos ocupacionais. Com a finalidade da melhoria
contínua das questões relacionadas à prevenção de acidentes e doenças
ocupacionais.

E ela é apoiada nas mesmas ferramentas do ciclo PDCA, conforme imagem abaixo:

Fonte: BS 8800, 1996.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 20


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

ILO-OSH (2001)

E a Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou em 2001 o Guidelines on


occupational safety and health management systems (ILO-OSH 2001) e que foi
traduzido em 2005 pela FUNDACENTRO.

Sendo que as diretrizes sobre sistemas de gestão da SST tinham como finalidade
contribuir para proteger trabalhadores contra fatores de risco (perigos) e eliminar
lesões, doenças, incidentes, degradações da saúde e mortes relacionados ao
trabalho.

E os principais elementos do sistema de gestão da SST da OIT também seguiram


o ciclo de melhoria continua, conforme imagem abaixo:

Fonte: ILO-OSH, 2001.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 21


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

OHSAS 18001 (2007)

Já a Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) 18001 é uma


referência técnica e teve a sua primeira versão publicada em 1999 após estudos
de um grupo de organismos certificadores e de entidades de normalização da
Irlanda, Austrália, África do Sul, Espanha e Malásia. Sendo que foi revisada e
atualizada em 2007.

E a premissa dela era auxiliar as empresas a controlar os riscos de acidentes no


local de trabalho. Sendo que por muitos anos foi a principal referência para
sistemas de gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho (SST).

E ela visa a melhoria contínua de seu desempenho em saúde ocupacional e


segurança de seus colaboradores, por meio do ciclo abaixo:

Fonte: OHSAS 18001, 2007.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 22


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

ISO 45001 (2018)

E em 2018 tivemos a publicação ISO 45001 – Sistema de Gestão de Saúde e


Segurança Ocupacional, pela International Organization for Standardization.
Atualmente é a principal referência mundial em termos de certificação em
melhoria contínua do desempenho de SST.

E seu principal objetivo é fornecer uma estrutura para que empresas possam
gerenciar os riscos e oportunidades, visando prevenir lesões e problemas de
saúde relacionados ao trabalho, bem como proporcionar locais de trabalho
seguros e saudáveis aos trabalhadores.

Assim com as demais referências, ela baseia-se nos elementos do PDCA,


conforme imagem abaixo:

Fonte: ISO 45001, 2018.

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

MEXA-SE!

Desta forma, percebe-se que desde 1996 há referências técnicas à respeito do


Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, que visam a melhoria contínua, do
desempenho de SST de uma empresa, estabelecida pelo ciclo PDCA.

Entretanto, com a publicação da Nova NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento


de Riscos Ocupacionais, temos a primeira Norma autônoma a respeito do assunto
no país, que estabelece as diretrizes e requisitos para que empresas
implementem planos, programas ou sistemas de gestão com a finalidade da
melhoria contínua do desempenho de SST.

Mas, tecnicamente ela não apresenta nenhuma novidade, como visto


anteriormente - a não ser o seu critério legal no Brasil.

Porém, são poucas as empresas e profissionais que já adotavam as diretrizes e


requisitos das referências técnicas referente a Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais.

Desta forma, espera-se que ela mude o paradigma de SST no Brasil, saindo da
rotina cartorária, como a que temos hoje com algumas documentações. E que
traga práticas relevantes pensando em resultados, ou seja, na melhoria contínua
do desempenho de SST.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 24


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Pois o cumprimento de NRs e outros dispositivos legais não pode ser o ponto de
chegada, finalidade do trabalho da área de SST, Mas sim um dos meios para se
alcançar o principal objetivo da área de SST: construção de ambientes de trabalho
mais seguros e saudáveis.

E com a implementação e melhoria contínua de um plano, programa ou sistema


de gestão de SST contribuirá muito com a promoção de ambientes de trabalho
mais seguros e saudáveis.

E um ambiente de trabalho mais seguro e saudável é positivo para todos:

Empresas: tende a estar em conformidade com os dispositivos legais


(Compliance) e consequentemente reduzir seus índices de acidentalidade e
adoecimento, ocasionando também a redução de custos (FAP, absenteísmo,
indenizações, ações judiciais) e aumento de produtividade.

Trabalhadores: melhores condições de trabalho e consequentemente menores


índices de acidentes e afastamentos.

Governo/Sociedade: com menos acidentes e doenças relacionados ao trabalho,


terá menos despesas atreladas (SUS, indenizações, benefícios) e aumento da
produtividade do país.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 25


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

POR ONDE COMEÇAR

REQUISITOS DE GRO

O primeiro passo é compreender quais requisitos precisam ser atendidos. E


depois, colocá-los em prática, ou seja, agir.

A representação a seguir ilustra, de forma abrangente, os requisitos que devem


ser levados em consideração na implementação do GRO.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 26


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Para facilitar a sua compreensão, em relação a sequência de atividades, abaixo


segue um esquema que representa um conjunto de ações que devem ser
desempenhadas em cada ciclo do gerenciamento de riscos ocupacionais.

Desta forma, ao implementar estas ações em sua empresa ou nos seus clientes,
você já deu o primeiro passo para a melhoria do desempenho de SST.

Agora é acompanhar e ajustar as ações, visando a melhoria contínua da SST. E


com isso, proporcionar a todos os envolvidos, os benefícios de um ambiente
seguro e saudável.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 27


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

CONSIDERAÇÕES

Ao longo deste ebook, me comprometi a te apresentar a razão de dominar o GRO.


E espero que você tenha tomado conhecimento dos benefícios da implementação
do GRO para a sua empresa/clientes, para os trabalhadores e principalmente,
você.

E se eu consegui gerar uma insatisfação em você, ou seja, que é possível fazer


diferente, eu atendi meu objetivo e certamente avançaremos na quebra do
paradigma que temos atualmente em nossa área.

Fazer prevenção é mais que cumprir legislação. É efetivamente proporcionar


melhores ambientes e condições de trabalho.

Isso é possível através dos nossos conhecimentos, habilidades e atitudes. Uma


vez que, somos nós, os agentes de transformação desta visão que foi construída
da área e profissionais de SST – saindo de uma atuação cartorária, para uma
atuação baseada em resultados.

E esse é o único caminho para sermos valorizados e reconhecidos no mercado de


trabalho, levando a área de SST para outro patamar.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 28


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

REFERÊNCIAS

Para a elaboração deste ebook, foram consultadas as seguintes referências:

1. NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais


2. British Standards (BS) 8800:1996
3. Occupational Health and Safety Assessment Series (OHSAS) 18001:2007
4. Guidelines on occupational safety and health management systems (ILO-OSH
2001)
5. ISO 45001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional

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A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

AUTOR

Edivaldo Gregório
Consultor e Professor em SST

Eu ajudo profissionais e empresas a reduzir custos, estar em conformidade,


preservar a imagem e promover ambientes de trabalho mais seguros e saudáveis,
através de uma visão estratégica de SST – baseada em resultados.

Neste sentido, meu trabalho é voltado à Gestão do Fator Acidentário de Prevenção


(FAP), Gestão de Riscos (GRO e PGR), Eventos de SST no eSocial, Seguro contra
Acidentes de Trabalho (GIIL-RAT), Aposentadoria Especial (LTCAT, PPP, FAE),
Afastamentos – Nexo Técnico Previdenciário (NTP), Gestão de Acidentes de
trabalho e Gestão de SST.

Imersão GRO e FAP na Prática Página 30


A RAZÃO DE DOMINAR O GRO

Por formação, sou Engenheiro de Produção, pós graduando em Engenharia de


Segurança do Trabalho e Técnico em Segurança do Trabalho há 10 anos.

Já treinei mais de 2.500 profissionais e realizei mais de 1.500 horas de consultoria.


Atendendo clientes como: Amaggi, Liquigás Distribuidora S/A, SESI/PB, Unimed
São José do Rio Preto, Rede de Supermercados Condor, Imtep Soluções em Saúde,
Nexo CS, Alumasa, Grupo Khronos, Huvispan Têxtil, Lancaster, Grupo SETUP,
RSData, Maxipas, Biosegure, SESMED, Qualitá e Requemed.

CANAIS DE COMUNICAÇÃO

Acompanhe meu trabalho em minhas Redes Sociais, conforme seguem:

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Imersão GRO e FAP na Prática Página 31


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