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Para mim, esse é o principal motivo da área de SST não ser tratada com a devida
importância dentro das empresas. Já que a alta liderança não vê sentido numa
atuação apenas para cumprir dispositivos legais frente aos resultados e objetivos
da organização como um todo.
Não sei você, mas por muito tempo era isso que norteava a minha atuação na área
de SST – atender legislação. Até eu perceber que isso não apresentava nenhum
resultado expressivo do meu trabalho, seja para as empresas onde eu trabalhei
ou prestei serviços, seja para os trabalhadores de tais organizações, ou para mim.
Porém, depois de muito conviver com isso e estar cansado em não ser visto como
importante, reconhecido e valorizado, eu percebi que o que deve nortear a nossa
atuação não é atender NRs, mas o resultado gerado às partes envolvidas por
aquilo que fazemos.
Desta forma, precisamos quebrar este paradigma. De que a área de SST serve
para cumprir NRs, e mostrar às empresas e nossos clientes que podemos fazer
muito mais pelos resultados e sustentabilidade da organização, do que apenas
cumprir dispositivos legais.
Aquele nível que tem voz, tem um lugar na reunião estratégica e poder de opinião
e autonomia em suas decisões.
SUMÁRIO
Cabe destacar que esse roteiro não é uma receita de bolo, que todas as empresas
seguem da mesma forma. Os ingredientes (requisitos) são os mesmos, mas a
forma como você vai seguir e executar esse roteiro, vai depender de cada
realidade. Os requisitos precisam ser adaptados e customizados para cada
empresa.
Não existe copia e cola (Crtl c + Crtl v), mas sim aprendizado e melhoria.
Em outras palavras:
● Eliminar situações/eventos que podem provocar danos e perdas;
● Reduzir a exposição dos trabalhadores as situações/eventos; e
● Minimizar a severidade dos danos e perdas.
E essa melhoria contínua diz respeito ao fato de a empresa sair de uma situação
(status atual), para outra situação melhor (status de desejado). Sendo que este
status desejado refere-se a melhorar o desempenho da empresa.
PROMOÇÃO DE AMBIENTES DE
TRABALHO MAIS SEGUROS E SAUDÁVEIS
EMPRESA TRABALHADOR
CONFORMIDADE ACIDENTES
CUSTOS DOENÇAS
REPUTAÇÃO BEM-ESTAR
E o risco pode ser definido, conforme a ABNT NBR ISO 31000, “em termos da
combinação das consequências de um evento com a probabilidade da sua
ocorrência”.
Já na área de SST, temos o Risco Ocupacional, que pode ser definido como “a
combinação da probabilidade de ocorrer lesão ou agravo à saúde causados por
um evento perigoso, exposição a agente nocivo ou exigência da atividade de
trabalho e da severidade dessa lesão ou agravo à saúde”, conforme o texto da
Nova NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
Desta forma, uma das principais finalidades da área de SST é gerenciar os riscos
ocupacionais, mantendo as medidas de prevenção de um ambiente de trabalho
com elevado grau de segurança (confiabilidade). Sendo que segurança é “um
estado de baixa probabilidade de ocorrência de eventos que provocam danos e
perdas” (Cardella, 2009).
E isso não se faz com documentos (papel) e sim por meio de ações. Documentar
é importante? Sim. Embora, é essencial colocar em prática ações que melhoram
as condições e os ambientes de trabalho.
Mas, este é o nosso grande desafio. Quebrar este paradigma que assola a área de
SST, infelizmente. Pois o mercado de SST foi corrompido por uma prática
cartorária, onde o documento é mais importante que o resultado.
Mas, será que isso é o que importa? Será que a razão de dominar o GRO deve-se
ao fato do novo texto da NR 01, que entra em vigência em 02 de agosto de 2021?
Não, o que deve nos motivar na implementação do GRO nas organizações é pelo
seu benefício, conforme segue.
Empresas:
● Aumento da produtividade;
● Redução do absenteísmo;
● Redução de custos;
● Preservação da imagem/reputação – socialmente responsável; e
● Preservar a saúde e integridade física dos trabalhadores.
Já para os trabalhadores:
● Menos acidentes/doenças/lesões;
● Maior bem-estar; e
● Mais dignidade e qualidade de vida.
E para o Governo:
● Menos despesas; e
● Melhor atendimento/prestação de serviço à sociedade.
Para convencer você a ser mais um nesta causa para quebrar este paradigma, a
seguir eu vou te apresentar o porquê a forma como é feito prevenção hoje não
funciona.
Não que NRs não sejam importantes, são e muito – afinal, são a base e o mínimo
que se deve fazer, no que diz respeito a promoção de ambientes de trabalhos
seguros e saudáveis.
Mas, o problema está na visão que se tem da SST. Que é uma área com a
finalidade de atender dispositivos legais. E isso é o que se prega. E é por isso que
a forma como é feito prevenção hoje não funciona.
E os profissionais de SST ficam no meio deste dilema, mas porque tem como
norteador de sua atuação o cumprimento de legislação, mais especificamente as
NRs.
Tanto que os principais argumentos que profissionais de SST usam, são aspectos
tais como:
● É obrigado a fazer, pois está em uma NR;
● É obrigado seguir isso ou aquilo, pois é obrigatório;
● Se não fizer, você vai ser multado.
Você irá observar que, pouquíssimas empresas são fiscalizadas. E destas, são
raras as que são multadas. Afinal, há o critério da dupla visita.
Portanto, levando em consideração que o PIB do Brasil em 2019 foi de 7,3 trilhões
de reais (IBGE, 2020), o custo para o país com a acidentalidade é de
aproximadamente 280 bilhões de reais por ano.
Impacto às Empresas:
● Aumento do FAP;
● Pagamento de adicionais;
● Inconformidade com dispositivos legais;
● Despesas médicas;
● Custos judiciais e indenizações;
● Pagamento do salário nos primeiros 15 dias de atestado;
● Contribuição do FGTS enquanto o trabalhador estiver afastado;
● Custos com contratação e treinamento para substituição;
● Custos com horas extras;
● Comprometimento da qualidade do produto ou da prestação de serviços;
● Redução da produção;
● Atraso das entregas;
● Paradas de máquinas, equipamentos ou processos; e
● Impacto na Imagem da empresa.
Impacto ao Governo:
● Pagamento de benefícios assistenciais;
● Despesas com o SUS;
● Despesas com o Corpo de Bombeiros/SAMU; e;
● Despesas administrativas e com profissionais (SIT, Fundacentro, CEREST).
E isso deve ser o ponto central da conduta dos profissionais de SST. E você sabe
como quebrar essa barreira a passar por este paradigma? Deixando de lado a
finalidade em atender legislação e visando o resultado do que você faz?
No próximo tópico eu vou te ajudar a compreender melhor isso e como você pode
mudar a forma de pensar e agir perante a sua empresa ou clientes, e como isso
irá refletir no seu trabalho, tornando você mais valorizado e reconhecido pela sua
empresa ou pelos seus clientes.
A dica mais valiosa deste ebook: Implemente o GRO! Faça, não espere o novo texto
da NR 01 entrar em vigor. Afinal, ele começa a valer só a partir de 02 de agosto de
2021, mas os riscos e os seus impactos não tem prazo nem carência, estão
presentes nos ambientes de trabalho há muito tempo. E continuarão, se você não
fizer nada.
Será que o novo texto da NR 01, no que diz respeito ao gerenciamento de riscos
ocupacionais é uma novidade?
BS 8800 (1996)
A British Standards 8800 é uma Norma de origem inglesa voltada para a gestão
da saúde e segurança ocupacional. Ela foi criada pelo British Standard Institution
(BSI), sendo que foi publicada em 1996.
E ela é apoiada nas mesmas ferramentas do ciclo PDCA, conforme imagem abaixo:
ILO-OSH (2001)
Sendo que as diretrizes sobre sistemas de gestão da SST tinham como finalidade
contribuir para proteger trabalhadores contra fatores de risco (perigos) e eliminar
lesões, doenças, incidentes, degradações da saúde e mortes relacionados ao
trabalho.
E seu principal objetivo é fornecer uma estrutura para que empresas possam
gerenciar os riscos e oportunidades, visando prevenir lesões e problemas de
saúde relacionados ao trabalho, bem como proporcionar locais de trabalho
seguros e saudáveis aos trabalhadores.
MEXA-SE!
Desta forma, espera-se que ela mude o paradigma de SST no Brasil, saindo da
rotina cartorária, como a que temos hoje com algumas documentações. E que
traga práticas relevantes pensando em resultados, ou seja, na melhoria contínua
do desempenho de SST.
Pois o cumprimento de NRs e outros dispositivos legais não pode ser o ponto de
chegada, finalidade do trabalho da área de SST, Mas sim um dos meios para se
alcançar o principal objetivo da área de SST: construção de ambientes de trabalho
mais seguros e saudáveis.
REQUISITOS DE GRO
Desta forma, ao implementar estas ações em sua empresa ou nos seus clientes,
você já deu o primeiro passo para a melhoria do desempenho de SST.
CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
AUTOR
Edivaldo Gregório
Consultor e Professor em SST
CANAIS DE COMUNICAÇÃO
www.instagram.com/edivaldolgregorio www.facebook.com/edivaldolgregorio
www.linkedin.com/in/edivaldolgregorio www.youtube.com/c/edivaldogregorio
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