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Artigos Científicos CIPA

CIPA - PLANEJANDO MAIS, REALIZANDO MAIS

Muitas são as causas e razões que dificultam o trabalho da CIPA e infelizmente os


resultados desta dificuldade são o sofrimento dos trabalhadores e ao mesmo tempo a
geração de custos a serem arcados pelas empresas e pela sociedade como um todo.

Por isso é importante que estejamos sempre buscando entender como podemos melhorar
a atuação da CIPA e este processo de entendimento deve ser objeto de debate nas
proprias reuniões onde a busca não apenas da eficiencia(1) mas com determinação da
eficacia(2) devem ser tratadas de forma séria e aberta.

É interessante citar que na própria Norma Regulamentadora 5 existe um item que define
que a CIPA deve ter um programa de trabalho. Com certeza quem definiu esta
necessidade e obrigação tinha consciencia da necessidade de organizar a atuação da
CIPA evitando assim a dispersão de esforços e a perda de foco. Infelizmente são poucas
as CIPA que cumprem este item da Norma e com certeza este é um dos fatores que
contribuem para gestões com muitos problemas. Se não sabemos para onde queremos ir
quais são as nossas prioridades teremos mais dificuldade para chegarmos ao nosso
objetivo.

Ao mesmo tempo acontece casos de CIPA onde o plano de trabalho existe mas a
prioridades que estão nele na verdade não representam os anseios dos trabalhadores –
ocorre então uma erro de foco. É importante que a CIPA jamais deixei de ouvir a base e
que as decisões sejam tomadas na direção do anseio daqueles que serão as maiores
beneficiados com as melhorias obtidas.

Um bom plano de trabalho para a CIPA passa necessariamente pela análise feita em
pelo menos pela ideia do que podemos fazer durante esta gestão para que a atuação da
CIPA seja melhor o que deve incluir as formas como a CIPA atuará para que os anseios
de necessidades dos trabalhadores sejam inseridos nos seus objetivos.

Atuando de forma seria e organizada aumentamos as posisbilidades que a CIPA seja


mais atuante e suas atividades alcancem o objetivo.

Cosmo Palasio de Moraes Jr

(1)EFICIÊNCIA é: fazer certo; o meio para se atingir um resultado; é a atividade, ou,


aquilo que se faz.

(2) EFICÁCIA é: a coisa certa; o resultado; o objetivo: aquilo para que se faz.

Divulgação e reprodução autorizadas desde que mencionado o autor e a fonte.

Cosmo Palasio de Moraes Jr.


Treinamento para Membros da CIPA

A Norma Regulamentadora nº. 5 do MTE prevê a obrigatoriedade do


treinamento para membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -
CIPA ou ainda para os casos em que a empresa não se enquadrar no
dimensionamento previsto no quadro anexo da NR-5 são os designados pela
empresa para o cumprimento das atribuições descritas na referida norma que
devem receber o treinamento.

O treinamento de membros e designados é tão importante quanto a existência


da própria CIPA. É através do treinamento desses agentes da prevenção que
conceitos importantes e informações mínimas necessárias lhe serão passadas,
pois não se faz prevenção sem conhecimento. Por essas e outras razões que
um treinamento de qualidade pode ser fator determinante para encaminhar a
gestão da CIPA ou do designado para o sucesso. Para que seu treinamento
seja um sucesso e garanta uma base sólida mínima para a atuação dos
cipeiros seguem algumas dicas importantes que deverão ser observadas:

 Qual será o público-alvo do treinamento?


Levante, antecipadamente, qual será o publico objeto do treinamento:
escolaridade, áreas de atuação dentro da empresa, experiências
anteriores com CIPA, com a própria área de SST.
 Local do treinamento.
O ambiente físico onde o treinamento vai ocorrer deve ser confortável,
iluminado, mobiliário adequado, com temperatura agradável, etc. Afinal,
os participantes passarão várias horas nesse local.
 Profissional que vai ministrar o treinamento.
Uma atenção especial deve ser tomada quanto ao profissional que vai
ministrar o treinamento. Seja uma empresa de consultoria, profissional
autônomo ou profissional do próprio SESMT da empresa ele deve
possuir formação mínima necessária em SST, como o Técnico em
Segurança do Trabalho. Isso vai contribuir para a capacidade técnica e
consequentemente a qualidade das informações passadas aos
participantes.
 Conhecimento dos riscos da empresa.
É importante acrescentar que o treinamento dos membros ou
designados da CIPA apesar de atender a um conteúdo pré-estabelecido
em norma deverá abranger riscos específicos da planta onde a CIPA ou
designado vai atuar. O conhecimento desses riscos e comentários
pertinentes no processo de formação do membros ou designados os
tornarão cada vez mais familiar.
 Material didático e técnico.
O material didático disponibilizada no treinamento ou ainda o material
técnico disponível durante toda a gestão da CIPA ou designado deve
atender às situações específicas e personalizadas da planta em que o
cipeiro vai atuar somadas, sem dúvida, ao conteúdo padrão da
segurança e prevenção de acidentes.

Na verdade a qualidade do treinamento possui reflexo direto na qualidade da


sua CIPA. Pense nisso e prepare sua CIPA para atuar da forma mais
qualificada possível. João Carlos Pinto Filhowww.cipasuporte.com.br
Artigo: CIPA: Novos procedimentos para eleição.

A Portaria nº 247/11, alterou algumas regras para as eleições da CIPA.


A medida altera a Norma Regulamentadora nº 5, e, agora toda a documentação do
processo eleitoral, incluindo as atas de eleição e de posse e o calendário anual das
reuniões ordinárias, deve ficar no estabelecimento à disposição da fiscalização do
Ministério do Trabalho e Emprego.
Sobre o envio dessa documentação para o sindicato dos trabalhadores somente será
realizado se houver solicitação. Torna-se obrigatório, contudo, o fornecimento de
cópias das atas de eleição e posse aos membros titulares e suplentes da Comissão,
mediante recibo.
Além disso, a Cipa não pode ter o número de representantes diminuído, tampouco
ser desativada, antes do término do mandato, ainda que haja redução do efetivo da
empresa.
Tais possibilidades passam a ser admitidas apenas em caso de encerramento das
atividades do estabelecimento.
Por fim, a Portaria determina ainda que, na falta de suplentes para substituição dos
cargos vagos, deve ser realizada uma eleição extraordinária, na qual os prazos para
atendimento a todos os trâmites exigidos no processo ficam reduzidos pela metade.
A duração do mandato de membros eleitos nesta situação será compatível com a dos
demais integrantes da Comissão.

Carlos Alberto Gama.


Advogado em São Paulo.
Pós graduado em Direito Tributário pela PUC/SP.
O QUE É CIPA

CIPA é a sigla para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que visa à


prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, buscando
conciliar o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde de
todos os trabalhadores.

Ela é composta de representantes dos Empregados e do


Empregador, seguindo o dimensionamento estabelecido, com
ressalvas as alterações disciplinadas em atos normativos para os
setores econômicos específicos.

Quais as atividades principais da CIPA?


A CIPA tem como principal atividade à prevenção de acidentes e
doenças ocupacionais, auxiliando o SESMT - Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho. A diferença
básica entre esses dois órgãos internos da empresa reside no fato
de que o SESMT é composto exclusivamente por profissionais
especialistas em segurança e saúde no trabalho, enquanto a CIPA
é uma comissão partidária constituída por empregados
normalmente leigos em prevenção de acidentes.
O desenvolvimento das ações preventivas por parte da CIPA,
consiste, basicamente, em observar e relatar as condições de
riscos nos ambientes de trabalho; solicitar medidas para reduzir e
eliminar os riscos existentes ou até mesmo neutraliz-a-los; discutir
os acidentes ocorridos, solicitando medidas que previnam
acidentes semelhentes e ainda, orientar aos demais trabalhadores
quanto à prevenção de futuros acidentes na SIPAT (Semana
Interna de Prevenção de Acidentes).
Qual a atribuição específica do empregador em relação ao
funcionamento da CIPA?
A nova NR-05 dispõe que, compete ao empregador proporcionar
aos membros da CIPA os meios necessários ao efetivo desempenho
de suas atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização
das tarefas de cipeiros constantes do plano de trabalho
prevencionista.
Quais as atribuições dos empregados em relação à Comissão
Prevencionista?
Conforme a NR-05, compete aos empregados:
a) participar da eleição de seus representantes;
b) colaborar com a gestão da CIPA;
c) indicar a CIPA, ao SESMT e ao empregador situação de riscos e
apresentação sugestões para melhoria das condições de trabalho;
d) observar e aplicar no ambiente de trabalho as recomendações
quanto à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do
trabalho.
identificar os riscos de execução da relação de trabalho, elaborar o
mapa de risco

Mapa de Riscos de Acidentes do Trabalho


(...) Em 1944, foi criada a primeira legislação estabelecendo a
obrigatoriedade de formação das Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes - CIPAs. A partir de 1970, o avanço da
industrialização resultou no aumento do número de acidentes, que
já era alto. Criou-se uma série de normas para enfrentar essa
situação, entre elas a obrigatoriedade das empresas maiores terem
profissionais especializados (engenheiros, médicos e técnicos) na
área de segurança e saúde no trabalho. Mas a quantidade de
acidentes continuou a crescer, mesmo quando o ritmo da atividade
econômica se reduziu. De 1975 a 1976, o Brasil chegou a ter 10%
dos seus trabalhadores acidentados.
(...) Problemas crônicos exigem soluções inovadoras. É nessa
situação de persistência de elevados índices de acidentes de
trabalho, com grandes perdas humanas e econômicas, que surge o
Mapa de Riscos. Esse instrumento representa uma tentativa (...)
de comprometer e envolver os trabalhadores e também os
empresários com a solução de um problema que interessa a todos
superar. Implantado pela Portaria nº 5/92 do Ministério do
Trabalho e da Administração, alterada pela Portaria 25 de
29/12/94, ele é obrigatório nas empresas com grau de risco e
número de empregados que exijam a constituição de uma
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
O mapa de riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes
nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo
produtivo, de fácil visualização e afixada em locais acessíveis no
ambiente de trabalho, para informação e orientação de todos que
ali atuam e de outros que eventualmente transitem pelo local,
quanto às principais áreas de risco. No mapa de riscos, círculos de
cores e tamanhos diferentes mostram os locais e os fatores que
podem gerar situações de perigo pela presença de agentes físicos,
químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.
O mapa de riscos é elaborado pela CIPA, segundo a NR-5, item 5-
16, alínea "o" (por determinação da Portaria nº 25 de 29/12/94)
ouvidos os trabalhadores de todos os setores do estabelecimento e
com a colaboração do SESMT, quando houver. É considerada
indispensável, portanto, a participação das pessoas expostas ao
risco no dia-a-dia.
O mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte
dos trabalhadores diante dos perigos identificados e graficamente
sinalizados. Desse modo, contribui para a eliminação ou controle
dos riscos detectados. As informações mapeadas são de grande
interesse com vista à manutenção e ao aumento da
competitividade, prejudicada pela descontinuidade da produção
interrompida por acidentes. Também permite a identificação de
pontos vulneráveis na sua planta.
(...) O mapa de riscos é um modelo participativo e pode ser um
aliado de empresários e empregados para evitar acidentes,
encontrar soluções práticas para eliminar ou controlar riscos e
melhorar o ambiente e as condições de trabalho e a produtividade.
Com isso ganham os trabalhadores, com a proteção da vida, da
saúde e da capacidade profissional. Ganham as empresas, com a
redução de perdas por horas paradas, danos em equipamentos e
desperdício de matérias-primas. Ganha o país, com a redução dos
vultosos gastos do sistema previdenciário no pagamento de vale de
pensões e com o aumento da produtividade geral da economia.
O mapeamento deve ser feito anualmente, toda vez que se renova
a CIPA. Com essa reciclagem, cada vez mais trabalhadores
aprendem a identificar e a registrar graficamente os focos de
acidentes nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-
los. A obrigatoriedade do mapeamento de riscos ambientais se
encontra em pleno vigor. A realização do mapa é informada
formalmente ao empregador por meio da cópia da ata da
respectiva reunião da CIPA. Após 30 dias ele deverá dizer se cabe
a adoção das medidas sugeridas pela CIPA para eliminar os focos
de risco. Os prazos para a adoção das medidas são negociados
entre as CIPAs e as empresas.
A falta de elaboração e de afixação, nos locais de trabalho, do
mapa de riscos ambientais pode implicar multas de valor elevado.
(...) Essa multa é aplicada em casos extremos, quando fica
evidenciada a posição do empregador em fraudar a lei ou resistir à
fiscalização. Além das situações extremas existem outras previstas
na NR-28 da Portaria 3.214/78 (com a redação dada pelas
Portarias nºs3 de 1º de julho de 1992, e 7, de 5 de outubro de
1992), que também implicam multas vultosas.
(...) A Portaria nº 25 de 29 de dezembro de 1994, expedida pela
Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalhador, no seu Art. 2,
insere a alínea "o", na NR-5, item 5.16, tornando obrigatória a
elaboração e a fixação nos locais de trabalho do Mapa de Riscos.
Essa obrigatoriedade atinge a todas as empresas, com exceção
daquelas que, por lei, estão isentas da implantação e manutenção
de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes, CIPAs. Só é
obrigada a fazer o mapa de riscos, portanto, a empresa que deve
ter CIPA. Mesmo quando esse órgão for inoperante ou não tiver
condições de realizar o mapa de riscos, no entanto, a empresa é
quem estará exposta à punição em função disso.
A fiscalização e as penalidades a que estão sujeitas as empresas
que deixarem de elaborar o mapa de riscos ou o fizerem
incorretamente encontram-se previstas na Norma
Regulamentadora - NR-28 da mesma Portaria 3.214/78, com a
redação dada pela Portaria nº 7, expedida pelo mesmo órgão em 5
de outubro de 1992.
Cabe ao empregador dar condições para a realização do
mapeamento de riscos ambientais afixando-o em local visível. O
mapa de riscos será executado pela CIPA, depois de consultados os
trabalhadores de todos os setores produtivos da empresa.

Tipos de Riscos
Os riscos estão presentes nos locais de trabalho e em todas as
demais atividades humanas, comprometendo a segurança das
pessoas e a produtividade da empresa. Esses riscos podem afetar o
trabalhador a curto, médio e longo prazos, provocando acidentes
com lesões imediatas e/ou doenças chamadas profissionais ou do
trabalho, que se equiparam a acidentes de trabalho.
Para fazer o mapa de riscos, consideram-se os riscos ambientais
provenientes de:
 Riscos Físicos: ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não
ionizantes, pressões anormais, temperaturas extremas,
iluminação deficiente, umidade, etc.
 Riscos Químicos: poeiras, fumos névoas, vapores, gases,
produtos químicos em geral, neblina, etc.
 Riscos Biológicos: vírus, bactérias, protozoários, fungos,
bacilos, parasitas, insetos, cobras, aranhas, etc.
 Riscos Ergonômicos: trabalho físico pesado, posturas
incorretas, treinamento inadequado/inexistente, trabalhos
em turnos, trabalho noturno, atenção e responsabilidade,
monotonia, ritmo excessivo, etc.
 Riscos de Acidentes: arranjo físico inadequado, máquinas e
equipamentos sem proteção, ferramentas inadequadas ou
defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade,
probabilidade de incêndio ou explosão, armazenamento
inadequado, animais peçonhentos, outras situações de risco
que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
É muito importante saber que a presença de produtos ou agentes
no local de trabalho não quer dizer que, obrigatoriamente, existe
perigo para a saúde. Isso depende da combinação de muitas
condições como a natureza do produto, a sua concentração, o
tempo e a intensidade que a pessoa fica exposta a eles, por
exemplo.

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