Segurança e Teminologia

Cedac Qualificação Profissional Tecnologia para soldagem
....Conteúdo
SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO .................................................................. 02
Choque elétrico ....................................................................................................... 02
Arco ......................................................................................................................... 04
Fumos e gases ........................................................................................................ 04
Respingos de solda ................................................................................................. 05
Cilindros................................................................................................................... 05
Equipamentos alimentados eletricamente.............................................................. 06
Equipamentos alimentados por motor à combustão .............................................. 06
Soldagem oxiacetilênica ......................................................................................... 06
Transporte ............................................................................................................... 07
Armazenagem ......................................................................................................... 09
Manuseio e uso ....................................................................................................... 09
Fogo em cilindro de acetileno ..................................................................................11
Orientações importantes ......................................................................................... 12
EPIs NA SOLDAGEM ..................................................................................................... 13
Acidentes causados por fumaças e gases ................................................................. 13
Protetores contra gases e fumaça.............................................................................. 14
Respiradores ........................................................................................................... 14
Acidentes causados por radiações do arco elétrico ............................................... 15
Tipos de radiações .................................................................................................. 16
Óculos de segurança .............................................................................................. 17
Máscaras ................................................................................................................. 19
Filtros de luz ............................................................................................................ 20
Outros protetores .................................................................................................... 20
Protetores para a cabeça ........................................................................................ 21
Luvas protetoras...................................................................................................... 21
Aventais ................................................................................................................... 22
Sapatos de segurança ............................................................................................ 22
Proteção para os ouvidos ....................................................................................... 23
Acidentes causados por radiações X e gama ........................................................ 23
DEFEITOS DE SOLDAGEM E PROVÁVEIS CAUSAS ................................................ 25
GLOSSÁRIO................................................................................................................... 34
CEDAC – Av. Paes de Barros, 3321 Vila Prudente São Paulo www.cedac.com.br
1
SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO

Em todos os setores relacionados com o trabalho, o profissional deve estar consciente
de suas atividades como todo, bem como dos riscos decorrentes da utilização dos
equipamentos manuseados.
É desejável, ainda, que possa adotar medidas capazes de minimizar acidentes,
permitindo o desempenho do trabalho de forma segura e eficaz.
Apresentaremos os perigos envolvidos na soldagem a arco elétrico e soldagem
oxiacetilênica, descrevendo as principais medidas de segurança que devem ser
adotadas no sentido de prevenir acidentes e como tratá-los, caso ocorram.
O arco elétrico possui, em média, temperatura da ordem de 20.000º C e emite
radiação infravermelho e ultravioleta, portanto, devemos nos preocupar e muito com
estas características.
Choque elétrico
• O arame e a obra ficam energizados quando o equipamento está ligado. Não
toque nessas partes com roupas úmidas ou com uma proteção inadequada.
Utilize roupas secas e luva para isolar as mãos.
• Isole-se da obra e da pistola. Quando estiver operando em locais e posições de
difícil acesso, tais como deitado ou sentado, certifique-se de que o isolamento
seja suficiente para protegê-lo de choques elétricos.
• Verifique se o cabo obra faz um bom contato elétrico com o metal a ser
soldado. A conexão deve estar o mais próximo possível da peça a ser soldada.
• Aterre o equipamento a um terra industrial.

• Ao posicionar eletrodos no porta eletrodo utilizar sempre luvas.
2
• Mantenha o grampo obra e os cabos de solda em boas condições de operação

e segurança. Troque a isolação danificada.
• Nunca se encoste a partes energizadas, pois a tensão entre as duas partes
pode ser a tensão de saída do equipamento.
• Quando estiver operando em locais altos, proteja-se contra quedas caso você
leve um choque.
• Nunca mergulhe o eletrodo em água para resfriá-lo.
• Quando não estiver soldando, certifique-se de que o arame ou pistola não
estejam em contato com a obra. Contatos acidentais podem causar acidentes e
criar situações perigosas.
• Em um trabalho de soldagem com elevado risco de acidente de natureza
elétrica proteger o piso com material isolante que não permita a passagem de
corrente e a fonte de corrente deve permanecer sempre do lado de fora.
3
Arco
• Utilize máscaras com o filtro adequado para proteger seus olhos de salpicos e
raios do arco quando soldando ou observando a solda. A máscara e o filtro
devem estar conforme norma ANSI Z87.1.
• Utilize o vestuário completo e adequado, feito de material resistente ao calor e

aos respingos da soldagem.
• Proteja as pessoas ao seu redor por meio de um biombo adequado e/ou
previne-as a não olharem o arco de solda e nem tampouco as exponha aos
raios do arco ou aos salpicos quentes do mesmo.
Fumos e gases
• A soldagem pode produzir fumos e gases nocivos à saúde. Evite respirar os
fumos e os gases. Quando estiver soldando, mantenha a cabeça o mais
distante possível dos fumos e gases. Use bastante ventilação e/ou exaustão no
arco a fim de manter os fumos e gases fora da área de respiração. Quando
estiver soldando com eletrodos que requeiram ventilação especial tais como os
aços inoxidáveis, revestimento duro, chapas de aço a base de cádmio ou que
contenham chumbo, e ainda, outros metais que produzam fumos tóxicos,
exponha-se o mínimo possível usando exaustão local ou ventilação mecânica.
Em espaços confinados ou em alguma circunstância imprevista, um respirador
pode ser necessário.
• Não solde em locais próximos a vapores hidrocarbonos com cloro oriundo de
desengraxe, limpeza ou operação de jateamento. O calor e os raios podem
reagir com os vapores dos solventes formando fosfageno, gás altamente
tóxico, e outros produtos irritantes.
• Gases de proteção utilizados para soldagem ao arco podem dispersar o ar
causando danos ou morte. Sempre use bastante ventilação, especialmente em
áreas confinadas, a fim de manter a zona de respiração livre dos elementos
que prejudicam a saúde.
4
• Leia e entenda as instruções do fabricante dos equipamentos e consumíveis a

serem usados inclusive os dados dos materiais de segurança e siga as práticas
de segurança do empregador.
• Opere o equipamento em áreas abertas e bem ventiladas ou ventile a fumaça
do motor.
Respingos de solda
• Remova materiais inflamáveis do local da soldagem. Se não for possível,
cubra-os para evitar que os salpicos de solda iniciem um incêndio. Lembre-se
que os salpicos de solda e materiais quentes podem passar facilmente através
de fendas ou aberturas para áreas adjacentes. Evite soldar próximo de
instalações hidráulicas. Tenha um extintor de incêndio prontamente disponível.
• Quando a utilização de gases comprimidos for necessária na área de
soldagem, tome precauções especiais para prevenir situações perigosas.
• Não aqueça, corte ou solde reservatórios até que todos os passos tenham sido
tomados para assegurar que tais procedimentos não causem explosões,
incêndios ou vapores tóxicos. Eles podem causar explosões mesmo depois de
terem sido limpos.
• Ventile os contêineres, cilindros ou reservatórios antes de aquecê-los, cortá-los
ou soldá-los.
• Centenas de salpicos saltam através do arco. Utilize roupas livres de respingos
de óleo, luvas protetoras, camisa de mangas longas, calça comprida, botas de
couro e um protetor para o cabelo. Utilize, também, protetor auricular quando
trabalhar em áreas confinadas e em soldas fora de posição. Sempre use
óculos de segurança com protetores laterais quando estiver dentro da área de
solda.
• Não coloque combustível perto das chamas, arco elétrico ou quando o motor
estiver funcionando. Desligue o motor e deixe-o esfriar antes de colocar o
combustível. Não deixe o combustível derramar quando estiver abastecendo,
mas, caso isso ocorra, enxugue e não ligue o motor antes da fumaça ter sido
eliminada.
Cilindros
• Utilize apenas cilindros de gás contendo o gás de proteção correto para o
processo, reguladores apropriados ao gás e pressão adequada. Todas as
mangueiras e conectores devem ser apropriados e mantidos em boas
condições.
• Mantenha os cilindros na posição vertical com capacete para cima, prenda-os a
um chassi ou suporte fixo.
5
• Os cilindros devem ficar longe de áreas onde possam sofrer choques ou danos
físicos, a uma distância segura do arco elétrico e de qualquer fonte de calor,
respingos ou chama.
• Nunca permita que o arame de solda, o alicate porta eletrodo ou nenhuma
parte energizada toque o cilindro.
• Mantenha sua cabeça e rosto longe da válvula do cilindro ou regulador quando
operar com a mesma.
• O capacete da válvula deve estar sempre no lugar e apertado, exceto quando o
cilindro estiver conectado para uso.
• Leia e siga as instruções aos cilindros de gases comprimidos fixadas nos
mesmos.
Equipamentos alimentados eletricamente

• Desligue a força na caixa de fusíveis antes de iniciar qualquer reparo ou
manutenção no equipamento.
• Instale o e aterre o equipamento de acordo com as normas e as
recomendações dos fabricantes.
Equipamentos alimentados por motor à combustão

• Desligue o motor antes de qualquer reparo ou manutenção, salvo se o mesmo
exigir que o motor permaneça funcionando.
• Opere o equipamento em áreas abertas e bem ventiladas ou ventile a fumaça
do motor.
• Mantenha todo o equipamento guardado com segurança, coberto e em boas
condições. Mantenha mãos, cabelos, roupas e ferramentas longe das correias,
engrenagens, ventiladores e outras partes em movimento.
• Em alguns casos, talvez seja necessário remover protetores para executar
manutenção. Remova os protetores apenas quando for necessário e
recoloque-os em seguida. Tenha o máximo de cuidado quando estiver
trabalhando perto de peça em movimento.
• Para evitar partidas acidentais durante a manutenção, desconecte a tampa do
distribuidor ou fio da bobina.
Soldagem oxiacetilênica
A soldagem pelo processo oxiacetilênico exige que o operador permaneça sempre atento
para evitar acidentes. Tais acidentes podem ocorrer no transporte dos cilindros, na sua
armazenagem, uso, manuseio ou no próprio equipamento de soldagem oxiacetilênica.
6
Vejamos a seguir as principais normas de segurança a serem sempre observadas pelo

profissional consciente.
Transporte
• Os cilindros são vasos de pressão bastante resistentes, por isso eles possuem
um peso considerável e encerram uma pressão também considerável.
• Quando um cilindro cai, pode atingir pessoas, causando-lhes sérios ferimentos.
Se um cilindro cai de tal que a válvula quebre, a parte solta pode ser expelida
como um projétil, semelhante a uma bala de canhão, e pode atingir alguém em
sua trajetória. O jato de gás, sob alta pressão, atingindo pessoas, pode feri-las
gravemente, ainda mais se atingir orifícios do corpo como boca, ouvidos, nariz,
etc.
• O transporte dos cilindros na superfície deve ser feito com carrinhos apropriados.
• Estar com as mãos limpas, livres de óleo ou graxa.

• Proteger os cilindros contra choques não os deixando cair ou sofrer impactos.
• Transportar os cilindros sempre com o capacete de proteção da válvula.
• Nunca elevar ou transportar cilindros por cabos de aço ou eletroímã.
7
• Não utilizar os cilindros como rolete ou suporte de apoio, mesmo que estejam
vazios.
• Nos cilindros equipados com capacete solto (atarraxado no colarinho), tal
capacete só deve ser retirado na ocasião em que se vai utilizar o gás e nunca
antes.
• Os cilindros equipados com capacete fixo devem permanecer nesse estado,
ou seja, os capacetes não devem ser removidos para a utilização do gás.
• Tais capacetes fixos não permitem que os cilindros venham a ser içados, se
necessário.
• Manter os cilindros na posição vertical.
Armazenagem
Ao armazenar cilindros, deve-se ter em mente as seguintes precauções de
segurança:
• Manter os cilindros em local ventilado, protegido de chuvas e raios solares. O
local deve ser seco e o piso e as paredes devem resistir ao fogo.
• O gás acetileno ou, de um modo geral, gases comburentes e combustíveis,

não podem ser armazenados no mesmo local. Deve haver uma parede
divisória e resistente entre eles.
• O piso deverá ser plano a fim de manter a estabilidade dos cilindros na vertical.
8
• Deve haver áreas separadas para cilindros cheios e vazios.
Armazene cilindros cheios separados dos vazios para evitar confusões e acidentes.
• As áreas de armazenagem devem estar sinalizadas com avisos de proibição
de fumar, produção de faíscas ou chama aberta.
• Nas áreas de armazenagem não deve haver fios de alta tensão ou instalações
elétricas precárias.
• Certificar-se de que as válvulas dos cilindros estejam bem fechadas. Elas são
importantes e devem sempre ser observadas.
• Ler sempre as instruções que estão nos adesivos colocados na calota dos
cilindros.
• Ter atenção para os símbolos de riscos que figuram no quadro central do
adesivo.
Ele é um símbolo usado mundialmente e normalizado pela norma ABNT NBR-7502.
Manuseio e uso
Ao transportar ou movimentar cilindros, deve-se ter em mente as seguintes
precauções de segurança:
• Nunca tentar transferir gases de um cilindro para outro. Esta prática envolve
grandes riscos, e inúmeros acidentes fatais têm ocorrido.
• Não provocar aumento de pressão do cilindro por meio de calor ou chama.
• Não deixar, sobre o cilindro, objetos que possam dificultar o rápido fechamento
da válvula.
• Certificar-se de que vai usar o gás correto, consultando o código de cores.
Lembre-se: acetileno = cilindro bordô; oxigênio industrial = cilindro preto.
• Certificar-se de que no orifício de saída da válvula não haja sujeira. Em caso
de dúvida, abrir a válvula vagarosamente, só para dar um jato de limpeza,
porém nunca se deve dirigi-lo para si ou para outras pessoas. Se tratar-se
9
acetileno, deve- se dirigir o jato para áreas abertas onde não haja chama ou
faísca.
• Colocar o regulador correto, no caso de uso individual, ou a serpentina
(flexível) apropriada, no caso de centrais.
• Iniciar o atarraxamento da porca de conexão com a mão e, somente usar a
chave para o aperto final que deve ser o necessário para vedar. Abrir a válvula
devagar, sem jamais deixar o rosto frente aos manômetros.
• Verificar se não há vazamentos, usando solução de água e sabão.
• Quando o cilindro se esgotar, deve-se fechar a válvula para que seu interior
não seja contaminado. A seguir, faz-se a desconexão e coloca-se o capacete,
no caso dos removíveis.
• Não usar martelo, tenaz ou chave que não seja apropriada para abrir válvulas
de cilindros.
• Antes de manusear cilindros de oxigênio, certificar-se de que não há graxa ou
óleo nas mãos e luvas.
• Manter as válvulas e conexão do cilindro de oxigênio isentas de graxa, óleo e
gorduras. Essas substâncias poderão provocar explosões em contato com o
oxigênio puro.
• Nunca usar oxigênio como ar comprimido para: limpar peças, limpar partidas
de motores, limpar tubulações, testar ferramentas pneumáticas, testar
equipamentos de pressão, etc.
• Nunca utilizar oxigênio para limpar ou refrigerar o próprio corpo. Qualquer
mancha de óleo, graxa ou gordura que estiver no corpo sofrerá ignição e
graves queimaduras serão a consequência. Além disso, o oxigênio ou
qualquer outro gás, quando dirigido para o próprio corpo, mesmo sob pressão
relativamente baixa, lançar partículas sólidas em velocidades elevadas. Tais
partículas poderão penetrar no corpo como projéteis.
• Não tentar reparar válvula de cilindros que apresentam vazamentos ou que
estejam emperradas. Qualquer irregularidade deverá ser sanada por um
técnico especializado.
• Os cilindros com vazamento devem ser afastados da presença de chamas e

faíscas e levados para um ambiente aberto e ventilado e identificados com
10
etiquetas. As empresas fornecedoras devem ser imediatamente notificadas

para as posteriores providências.
• De modo algum, os cilindros de acetileno e oxigênio devem ser armazenados
em locais onde a temperatura possa elevar-se acima de 80ºC.
Fogo em cilindro de acetileno

Ao iniciar fogo em cilindro de acetileno, deve-se tomar as seguintes medidas de
segurança:
• Fechar a válvula do cilindro imediatamente. Se a temperatura estiver ao redor
de30 a 50ºC, resfriar o cilindro com bastante água.
• Quando o fogo não se extinguir pelo fechamento da válvula, resfriar o cilindro,

posicionando-se em local protegido, como atrás de uma parede.
• Avise imediatamente a empresa fornecedora.
• Se ainda houver vaporização no cilindro, continuar com o resfriamento.
• Quando não se observa mais nenhuma vaporização, continuar resfriando o
cilindro por mais 15 minutos. A seguir, verificar a temperatura do cilindro com
as mãos, pelo tato. Nenhum cilindro deverá estar mais quente que uma faixa
de temperatura entre 30º e 50ºC.
• Colocar o cilindro em um local seguro, preferencialmente imerso em água por
pelo menos 24 horas. Cilindros com temperaturas superiores a 36ºC não
devem ser removidos.
• Se o cilindro em chamas estiver próximo a outros cilindros de acetileno ou
outros gases comprimidos, estes também devem ser resfriados com água e,
se possível, removidos do local.
11
• Não fumar e eliminar todas as fontes de ignição que possam estar presentes
nas proximidades.
• Usar luvas de abestos para fechar a válvula em chamas.
Orientações importantes
• Manter o local de trabalho limpo, antes de operar com o maçarico oxiacetilênico.
• Retirar todo material inflamável do local de trabalho, antes de operar com o
maçarico oxiacetilênico.
• Manusear os cilindros de gás com cuidado. Eles não devem sofrer choques ou
impactos mecânicos.
• Manter uma boa ventilação no local de trabalho.

• Usar sempre o equipamento individual de segurança.
• Usar a válvula contra retrocesso, tanto no regulador de pressão de oxigênio
como no de acetileno, para impedir que o retorno da chama, refluxo de gases
ou ondas de pressão atinjam o regulador ou o cilindro.
• Nunca deixar a chama do maçarico aquecer o cilindro de oxigênio e acetileno.
12
• Fechar imediatamente as válvulas dos cilindros de gases em caso de acidentes.

• Verificar se não há vazamento de gases nas mangueiras e conexões.
Vazamentos de oxigênio podem pegar fogo passando-o para um material
combustível como a roupa, por exemplo. Lembre-se: oxigênio puro em
presença de graxa, óleo ou gorduras é sinônimo de explosão e incêndio.
EPIs NA SOLDAGEM
Atualmente as construções soldadas vêm sendo amplamente empregadas em
estruturas metálicas, particularmente de aço, e, dessa forma, o número de acidentes
devido à soldagem tende a aumentar.
Embora não se limite à solda, os acidentes são causados principalmente pela falta de
cuidado das próprias vítimas, quer pela operação incorreta do equipamento, quer pelo
uso impróprio dos protetores.
A maioria dos acidentes poderia ser evitada. Deve-se, portanto, conhecer os

procedimentos corretos a serem tomados para se prevenir a ocorrência de acidentes.
Acidentes causados por fumaças e gases
Em operação de soldagem, a fumaça resultante do processo causa danos ao

soldador. Ela é um subproduto da combustão de materiais e como tal apresenta
partículas em suspensão.
No caso da soldagem, o tamanho dessas partículas depende muito do processo de

soldagem e do tipo dos eletrodos empregados. Análises mostram que existem
partículas de 1m. Quando um homem aspira uma substância inorgânica granular, a
ação dela é muito complexa.
Dos grãos absorvidos, os de tamanho maior são retidos pelas narinas e pela ciliação
da traqueia, e os grãos mais finos entram nos pulmões, não sendo expelidos pela
respiração.
Os grãos que entram nos pulmões causam grandes distúrbios, pois se depositam nos
terminais alveolares.
13
Protetores contra gases e fumaça
A fumaça e os gases gerados na soldagem a arco devem ser removidos pela

ventilação já mencionada, para se preservar o ambiente de trabalho; contudo,
dependendo do tipo de tarefa, nem sempre é possível aplicar - se a ventilação.
Em tais casos, o soldador deve utilizar máscaras.
Respiradores contra poeiras

Devem ser utilizados em ambientes carregados de fumaça em pó, porém são
ineficazes contra gases e vapores.
Não devem ser usados onde houver risco de falta de oxigênio.
Tais respiradores devem ter alta eficiência na função de coleta de pó e fumaça, ter
baixa resistência contra exalação e inalação e ser de fácil manutenção.
Respiradores contra gases venenosos

Em espaços fechados, como num tanque ou túneis, devem ser utilizados respiradores
do tipo adequado, caso seja necessário.
Eles devem ser escolhidos de modo a se compatibilizarem com os óculos

eventualmente empregados.
14
Respirador contra aspiração de elementos nocivos à saúde durante a soldagem
Acidentes causados por radiações do arco elétrico

Durante a soldagem, ocorrem com maior frequência acidentes relacionados a
radiações do arco, as quais atingem não apenas os soldadores, mas também os
operários na vizinhança dos locais de soldagem.
A luz produzida por alguns processos de soldagem é extremamente brilhante. Se você

olhar diretamente para o arco de solda, mesmo que seja por um curto período, pode
provocar queimadura na sua córnea, que é extremamente sensível a luzes brilhantes,
tal como olhar diretamente a luz do sol, neve, reflexos brilhantes, etc.
Tecnicamente a radiação do arco causa uma inflamação na córnea provocada pelo

excesso de raios ultravioletas gerados pela soldagem, que é conhecida pelos
oftalmologistas como “Conjuntivite-queratite” ou "Radiação do Arco". Um dos sintomas
mais usuais que indicam que você "queimou" sua córnea é a sensação de que alguém
está "cutucando" seus olhos à noite.
A utilização de uma "máscara de solda" é mandatória e não opcional. Ela não serve
somente para proteger o soldador de respingos inerentes à soldagem, mas sim e
principalmente, da radiação do Arco/UV.
Durante uma soldagem em lugar com transeuntes, o recomendável é utilizar uma

cortina, e lembre-se de alertar quem esteja por perto, principalmente crianças e até
pequenos animais como gatos e cachorros, pois eles também podem se machucar.
15
Tipos de radiações
Nas operações de soldagem em que ocorre a emissão de radiações de alta
intensidade, os raios gerados são ultravioleta de alta intensidade, infravermelhos de
relativa intensidade, além da radiação do espectro visível da luz.
Radiação ultravioleta
Embora seja muito propensa a ser assimilada pelo organismo humano, é
suficientemente intensa para causar reações químicas e agir sobre os seres vivos. Os
raios ultravioletas são absorvidos pela córnea e pela cristalina. Se eles forem
irradiados para os olhos, acima de uma certa dosagem, tem-se a sensação aguda da
presença de um corpo estranho ou areia nos olhos, acompanhada de intenso
lacrimejamento e piscar de olhos.
O tempo entre a exposição e o surgimento dos sintomas variam de 30 minutos a 24

horas. Esse tempo é inversamente proporcional à intensidade da radiação recebida.
Os sintomas persistem de 6 a 24 horas e toda a sensação de dor desaparece num

tempo inferior a 48 horas.
Radiação infravermelha
Os raios infravermelhos raramente exercem influências imediatas a ponto de se
detectarem sintomas.
Por esse motivo, os operários frequentemente ficam expostos a eles sem proteção, o
que é muito perigoso.
Os raios infravermelhos, em função do comprimento de onda, podem produzir danos

aos olhos da mesma forma que a radiação visível.
A maioria dos raios infravermelhos absorvidos é convertida em calor.
Se os olhos estiverem constantemente expostos à radiação, poderão surgir

inflamações nas pálpebras, nas córneas e início de catarata, etc.
Tecnicamente a radiação do arco causa uma inflamação na córnea provocada pelo

excesso de raios ultravioletas gerados pela soldagem, que é conhecida pelos
oftalmologistas como “Conjuntivite-queratite” ou "Radiação do Arco".
16
Radiação visível
Todos os raios visíveis são transmitidos através da córnea e do cristalino até atingirem
a retina. Quando expostos a forte luminosidade, os olhos ficam fatigados, perdendo,
temporariamente, muito de sua eficiência.
Como os raios visíveis são refratados pelo cristalino para serem focalizados na retina,
os olhos podem sofrer danos se expostos a luminosidade muito intensa.
Óculos de segurança
Para a proteção dos olhos da radiação do arco, ou quando se realizam trabalhos de
limpeza, esmerilho, etc., deve-se usar óculos apropriados que atendem aos seguintes
critérios:
Permitam a devida transmissividade dos raios visíveis;
Protejam os olhos dos raios perigosos;
Sejam adequadamente polidos, de forma a não fatigarem os olhos;
Tenham vida longa e constância das propriedades;
Ofereçam conforto a quem os utiliza.
Óculos de segurança sem lentes filtrantes
17
Óculos de segurança com lentes filtrantes
Óculos de segurança de sobrepor com lentes filtrantes
Como primeiro requisito, os óculos devem ter a capacidade de atenuação para

enfraquecerem apropriadamente os raios visíveis e terem a capacidade de absorver e
barrar os raios ultravioletas e infravermelhos.
A cor dos óculos deve ser escolhida corretamente, de acordo com os conceitos de
fisiologia e do comportamento dos olhos.
Óculos com alta pureza de cor, seja azul, verde, vermelho ou violeta, não são
recomendáveis; deve-se dar preferência às cores mais adequadas que são cinza, a
marrom e a verde escura.
O uso de óculos que impedissem totalmente a passagem de radiações infravermelhas

e ultravioleta seria o ideal. Porém, na prática, eles permitem que parte dessas
radiações atinja os olhos.
Daí a existência de normas que especificam a transmissividade permissível.
Observação: Nos trabalhos de soldagem, nunca deve ser usado qualquer tipo de
lentes de contato, sob o risco de cegueira total.
18
Máscaras
As máscaras são utilizadas para cobrirem toda a face e podem ser do tipo capacete,
ou do tipo provido de cabo, para serem segurados com a mão. Elas servem para
proteger o rosto de queimaduras, devido às radiações ou aos salpicos de solda nas
partes não protegida pelos óculos.
Protetor facial
Máscara de soldagem ao arco elétrico com filtro normal
Máscara para soldagem ao arco elétrico com filtro eletrônico
19
Máscara tipo escudo e sequência de colocação das lentes na máscara
Filtros de luz
Os vidros filtros têm a função de absorver os raios infravermelhos e ultravioletas,
protegendo os olhos dos respingos provenientes do processo de soldagem.
Outros protetores
Mesmo que os óculos e a máscara sejam utilizados, é difícil conseguir-se a proteção
completa dos raios vindos obliquamente; portanto, cuidados adicionais devem ser
tomados.
Para se proteger os trabalhadores dentro da área de influência dos raios, o ideal é que
o local de soldagem seja isolado. Entretanto, em situações em que esse local é móvel,
devem ser previstos anteparos e divisões adequadas, por exemplo, blindagem e
cortinas protetoras para os olhos.
Anteparo de proteção contra radiações na soldagem
20
Protetores para a cabeça

Se a soldagem for executada com protetores imperfeitos ou vestimenta inadequada,
os salpicos poderão danificar os equipamentos e causar queimaduras. Deverá ser
dada muita atenção a esse ponto, particularmente durante a soldagem na posição
sobre cabeça ou em lugares estreitos.
Capuz para a cabeça
Luvas protetoras
Luvas de proteção devem ser preferivelmente feitas de vaqueta e de raspa de couro.
Quando a transpiração for intensa, o uso de luvas de algodão por baixo das de couro é
bastante eficaz na prevenção contra choques elétricos.
Luva de vaqueta e de raspa de couro
21
Aventais
O avental serve para proteger o corpo do soldador desde a região peitoral até o fêmur,
e é desejável que seja de raspa de couro.
Avental tipo barbeiro e blusão de raspa de couro
Sapatos de segurança
Sapatos de segurança devem ser usados em todas as situações, não apenas para
prevenirem queimaduras, mas também para evitarem o perigo das quedas de
ferramentas e acidentes por choque elétrico.
Sapatos de segurança
22
Polainas
Proteção para os ouvidos

Nos trabalhos de soldagem a intensidade de ruídos pode ser alta, devido a abertura do
arco, funcionamento da máquina ou até mesmo do trabalho de ajuste dos materiais a
soldar.
Protetor auricular tipo concha e de inserção
Acidentes causados por radiações X e gama

Embora os raios X e os raios gama não tenham relação direta com a soldagem,
aqueles que se ocupam da manipulação dos aparelhos de inspeção das soldas devem
tomar bastante cuidado, já que as radiações podem causar danos ao sangue e outras
doenças fatais.
Assim, o local de trabalho deve ser tão isolado quanto for possível, para se limitar a
dispersão de radiação, mantendo-se afastados os elementos que não estejam
diretamente envolvidos na inspeção.
23
Símbolos de equipamentos radioativos
Ao mesmo tempo, os trabalhadores devem ser submetidos a exames periódicos de

saúde ou a controles equivalentes.
Para as radiações provenientes do processo de soldagem para pessoas que não

estão ligadas diretamente no processo existem cortinas que podem filtrar estas
radiações.
Cortina com filtro
Locais em que tenham emissão de fumos, gases ou vapores é obrigatório o uso de

sistema de exaustão localizada.
Sistemas de exaustão
24
DEFEITOS DE SOLDAGEM E PROVÁVEIS CAUSAS
Mordedura
• alta velocidade de soldagem,
• alta voltagem do arco,
• manuseio inadequado da tocha.
Falta de fusão
• cordão muito convexo em soldagem multipasse,
• baixa energia de soldagem,
• alta energia de soldagem para a posição vertical descendente,
• junta inadequada,
• manuseio inadequado da tocha.
25
Falta de penetração
• baixa energia de soldagem,
• velocidade alta de soldagem,
• junta inadequada.
Porosidade
• vazão inadequada de gás: muito alta ou baixa;
• superfície com impurezas ( tinta, óleo, graxa, umidade, carepa ...);
• alta voltagem de soldagem.
Inclusão de escória
26
• superfície com carepa ou oxidação excessiva,
• escória nos cantos de cordões de solda muito convexos,
• escória ancoradas em mordeduras.
Excesso de penetração
• amperagem muito alta,
• grande abertura da raiz,
• não utilização de cobre junta.
Desalinhamento
• montagem incorreta da junta,
• distorções durante a fabricação.
Distorções
27
• projeto inadequado da junta,
• sequência inadequada de passes de solda.
Trincas de solidificação
No centro do cordão Na cratera
• profundidade de penetração excessiva,
• junta com grande abertura,
• metal base com alto teor de impurezas,
• pouco reforço na cratera,
• junta com alto grau de restrição.
Trincas induzidas pelo hidrogênio
• presença de hidrogênio no metal de solda, aço com alto teor de carbono equivalente
e junta com restrição.
28
Decoesão lamelar
• inclusões no metal base no sentido da laminação,
• junta com alto grau de restrição.
Trincas de liquefação do ZTA
• metal base com impurezas,
• alto aporte térmico.
29
Defeitos e Causas da Ocorrência de Problemas (Medidas Preventivas)
DEFEITO: POROSIDADE
CAUSAS MEDIDAS PREVENTIVAS
Corrente de ar, vento, Proteger a peça a ser soldada com cortinas ou biombos. As
ventiladores, exaustores, correntes de ar arrastam facilmente o gás de proteção
etc deixando a poça de fusão desprotegida.
Impurezas no metal base. Eliminar as impurezas da superfície a ser soldada. As

camadas de tinta, carepa de laminação, óleos, graxa ou
outras impurezas provocam formação de poros na solda.
Respingos de material Eliminar com frequência os respingos de material fundido

fundido no bocal. acumulado no bocal. Os respingos aderidos ao bocal,
provocam turbilhonamento no fluxo do gás o qual se
mistura com o ar ocasionando porosidade na solda.
Fluxo de gás Regular o fluxo de gás entre 8-12 L/min. ao soldar com arco
demasiadamente alto ou curto e de 12 a 20 L/min. com arco longo. Se o fluxo de gás
baixo. for muito baixo a poça de fusão não recebe proteção
adequada. Se for demasiadamente alto ocorrerá um
turbilhonamento que arrasta o ar provocando porosidade.
Distância excessiva entre Manter a distância do bocal o mais próximo possível da

o bocal e a chapa. peça. Distância máxima 30 mm.
Bocal da pistola danificada O bocal da pistola deverá estar em perfeitas condições e ter
forma cilíndrica ou preferivelmente ter uma secção de saída
ou de configuração cônica (ver figura). Bordas irregulares provocam
inadequada. turbilhonamento do fluxo de gás.
Ângulo da pistola Orientar o ângulo do bocal ao soldar em pontos críticos tais

orientada incorretamente. como cantos externos, bordas ou similar. Uma pistola
inclinada demasiadamente faz com que se formem poros.
Largura do cordão A largura da poça não deverá ser superior a 1,3 vezes ao
excessiva com arco alto e diâmetro do bocal. Largura excessiva faz com que o gás
velocidade não proteja todo o banho de solda provocando
excessivamente alta. contaminação pelo ar.
30
Vazamento de gás na Inspecionar periodicamente as mangueiras e conexões

pistola ou conexões. para que não ocorram vazamentos. Um vazamento por
menor que seja produz porosidade na solda devido a
aspiração do ar pelo ponto de fuga, misturando-se com o
gás de proteção.
Vazamento de água nas A umidade da pistola por menor que seja, provoca grande
pistolas refrigeradas. quantidade de poros na solda. Inspecionar as juntas da
pistola e substituí-la caso necessário.
Arame ou guia de arames Usar arame limpo e limpar a guia do arame com ar
sujos. comprimido.
Gás úmido. Verificar o teor de umidade do gás.
DEFEITO: RESPINGOS
Avanço do arame Regular a velocidade de alimentação do arame de modo a

tornar o arco o mais estável possível. Regular o avanço do
demasiadamente alto ou arame de modo que não se produzam curto-circuitos e que
baixo em relação a tensão o material de adição se projete uniformemente pelo arco.
do arco.
Impurezas no metal base. Tinta, carepa de laminação, Óxido e outras impurezas no

metal base formam uma capa isolante que provoca chamas
no arco elétrico que, por sua vez, origina grandes
quantidades de respingos. Limpar a superfície a ser
soldada.
Altura do arco excessiva. Regular o avanço do arame de maneira que a altura do

arco seja de 2 a 5 mm. A distância do bocal a peça deve ser
de 10 a 30 mm. Se a altura do arco for excessiva formam-
se respingos geralmente na direção da solda.
DEFEITO: RESPINGO
Bico de contato Se o bico de contato se encontra desgastado o arame de

danificado. deposição não mantém contato contínuo, com o que o arco
queima irregularmente. Se o bocal contiver respingos
aderentes, isto ocasiona perturbações no avanço do arame
31
e por sua vez maior quantidade de respingos.
Falha do fornecimento de Controlar a tensão na rede elétrica.

energia elétrica.
Início incorreto. Ao iniciar-se a soldagem deve-se procurar que o

comprimento do arame que sai do bocal seja o mais curto
possível e aproximar a pistola o máximo possível da peça.
DEFEITO: PROBLEMAS COM AVANÇO DO ARAME
Guia do arame obstruída Pó e fragmentos de cobre do arame, além de outras

ou desgastada impurezas, obstruem o sistema de guia do arame e
produzem dificuldades na alimentação do mesmo. Quando
ocorrer a troca do arame deve-se remover a guia e limpá-la
cuidadosamente com ar comprimido, também podendo usar
solvente. Injetar também ar comprimido através do canal da
guia para limpeza. Uma guia utilizada por muito tempo fica
impregnada de sujeira e deve ser substituída.
Respingos de material Se o carretel de arame estiver descoberto, ocorre um

sobre o arame. acúmulo de sujeira sobre ele, especialmente se existir
trabalho de esmerilhamento nas proximidades, pois as
fagulhas do esmeril ficam aderidas ao arame, o que dificulta
o avanço. Substituir o arame danificado e proteger com
tampa ou similar.
Regulagem incorreta da Regular o avanço do arame em relação a tensão do arco de

tensão / amperagem. modo que este queime de maneira contínua e uniforme.
32
DEFEITO: ARCO INSTÁVEL
Bico de contato Quando a abertura do bico de contato se gasta

desgastado. demasiadamente o arame não mantém um contato
contínuo fazendo com que o arco arda irregularmente.
Impurezas no metal base. Tinta, carepa de laminação, Óxido e outras impurezas no

metal base formam uma capa isolante que provoca chamas
no arco elétrico que, por sua vez, origina grande
quantidades de respingos. Limpar a superfície a ser
soldada.
Mau contato entre o cabo Ligar o cabo terra a peça a ser soldada e limpar a superfície
terra e a peça. de contato para que seja mais efetivo.
Distância excessiva entre Regular o comprimento do arame para que se sobressaia

bocal e peça. de 5 a 10 mm do bocal ao soldar com arco curto e de 10-20
mm para arco longo.
Movimento demasiado Mover a pistola de modo a formar um cordão denso no

rápido da pistola. material base.
DEFEITO: MORDEDURAS
Tensão / Amperagem Quando a poça de fusão é muito larga existe a tendência

muito alta ou arco muito de ela estender-se para os lados, o que leva como
longo. consequência a formação de mordedura. Reduzir a tensão
e a velocidade de avanço do arame para obter completo
domínio da poça de fusão.
Impurezas no metal base. As impurezas no metal base provocam mordeduras com

grande facilidade. Por isso, deve-se limpar perfeitamente a
área de solda.
Movimento da pistola. Ao soldar-se com arco longo manter a pistola de avanço

para frente.
Peça superaquecida. Deixar a peça esfriar.
33
DEFEITO: FALTA DE FUSÃO
Impurezas no metal base. As impurezas no metal base provocam mordeduras com

grande facilidade. Por isso, deve-se limpar perfeitamente a
área de solda.
Intensidade insuficiente Aumentar a intensidade.
Altura do arco elevada. Diminuir a altura do arco (ou seja, a voltagem).
Velocidade de avanço Soldar com a velocidade de avanço adequada.

excessiva.
Ângulo de união pequeno. Usar um ângulo de união de 45 a 60° dependendo da

situação e da espessura do material. Quando os ângulos de
união são demasiadamente abertos, o arco não chega
convenientemente à superfície de união e o material
fundido espirra para as bordas sem penetrar no metal base.
Estudar detalhadamente o ângulo e a forma de união que
melhor se adaptem ao caso.
GLOSSÁRIO
Abertura da raiz - É a distância, na raiz da solda, entre as partes a serem

unidas.
Atmosfera protetora - É o envoltório de gás ao redor da peça a ser soldada,

com a função de proteger a poça de fusão contra a contaminação atmosférica.
Brasagem - É o processo de união de materiais em que apenas o metal de

adição sobre fusão; o metal de base não participa da zona fundida.
Chanfro - É a abertura ou sulco na superfície de uma peça; essa abertura

determina o espaço para conter a solda. Também é conhecido por bisel.
Cobre - junta - É o material colocado na raiz da junta com a finalidade de

suportar o metal fundido durante a execução da soldagem.
34
Consumível - É todo material empregado na disposição ou na proteção da solda

e que é fundido ou não com o material de base. Pode ser eletrodo, vareta,
arame, anel, consumível, gás e fluxo.
Cordão de solda - É o depósito de solda resultante de um ou mais passes.
Corrente de soldagem - É a corrente elétrica num circuito de soldagem.
Dimensão da solda - São as várias medidas do perfil do filete de solda.
Eletrodo nu - É o metal de adição, ligado ou não, em forma de arame, tira ou

barra sem nenhum revestimento ou pintura, além daquele necessário a sua
fabricação ou conservação.
Eletrodo revestido - É o metal de adição composto de uma alma de eletrodo nu

na qual é aplicado um revestimento suficiente para produzir uma camada de
escória no metal de solda. O revestimento pode conter materiais que formam
uma atmosfera protetora, desoxidam o banho, estabilizam o arco e servem de
fonte de adições metálicas à solda.
Eletrodo para soldagem a arco - É o componente do circuito de soldagem

através do qual a corrente é conduzida entre o alicate do eletrodo e o arco
Equipamento de soldagem - São máquinas, ferramentas, instrumentos, estufas

e dispositivos empregados na operação de soldagem.
Fluxo - É o material usado para dissolver ou remover óxidos metálicos e outras

substâncias superficiais indesejáveis.
Garganta (de solda) - É a dimensão da altura de um triângulo isósceles inscrito

no perfil da solda.
Garganta efetiva - É a distância mínima da raiz da solda a sua face, sem

considerar o excesso de solda.
35
Garganta real - É a distância entre as faces da solda.
Garganta teórica - É a distância entre a raiz da junta e a hipotenusa do maior

triângulo retângulo inscrito na seção transversal da solda.
Garganta da junta - É a forma e dimensões da seção transversal de uma junta

antes da soldagem.
Goivagem - É a operação de fabricar um chanfro ou bisel por meio de remoção

de material.
Goivagem a arco - É o processo de corte a arco usado para fabricar um chanfro

ou bisel.
Goivagem por trás - É a remoção do metal de solda e do metal - base pelo lado
oposto de uma junta parcialmente soldada, a fim de assegurar penetração
completa pela subsequente soldagem no lado onde foi efetuada a goivagem.
Junta - É região onde duas ou mais peças são unidas por soldagem.
Margem de solda - É junção entre a face da solda e o metal - base.
Metal de adição - É o metal adicionado na soldagem de uma junta.
Metal - base - É o metal a ser soldado, brasado ou cortado.
Passe - É a progressão unitária da soldagem ao longo de uma junta, depósito de

solda ou substrato. O resultado de um passe é um cordão de solda ou camada
de solda.
Passe estreito - É o depósito efetuado seguindo a linha de solda, sem

movimento lateral apreciável.
36
Passe oscilante - É o depósito efetuado com movimento lateral, transversal à

linha de solda.
Passe de revenimento - É o passe ou camada depositada em condições que

permitam a modificação estrutural do passe ou da camada anterior e de suas
zonas afetadas termicamente.
Penetração da junta - É profundidade mínima da solda em juntas com chanfro,

medida entre a face da solda e sua extensão na junta, sem considerar os
excessos de solda.
Penetração da raiz - É profundidade de penetração do metal de solda que pode

ser medida a partir de um ângulo reto imaginário traçado no vértice da junta. A
penetração abrange toda a região da raiz.
Penetração total da junta - É o preenchimento total do chanfro pelo metal de

solda, o qual se funde completamente ao metal - base em toda a extensão das
faces do chanfro.
Perna de solda - É distância entre a raiz da junta e a margem da solda em
ângulo.
Polaridade direta - É o tipo de ligação de soldagem com corrente contínua onde

os elétrons se deslocam do eletrodo para a peça (a peça é considerada como
polo positivo e o eletrodo como polo negativo).
Polaridade inversa - É o tipo de ligação de soldagem com corrente contínua em

que os elétrons se deslocam da peça para o eletrodo (a peça é considerada
como polo negativo e o eletrodo como polo positivo).
Raiz - É menor distância entre as faces de uma junta a ser soldada.
Tratamento térmico - É o aquecimento uniforme do material ou parte dele a

uma temperatura adequada, seguido de esfriamento uniforme. É feito após a
soldagem a fim de aliviar tensões residuais ou de alterar propriedades
mecânicas ou características metalúrgicas da junta soldada.
37
Juntas
São as partes da peça sobre as quais a soldagem será realizada, existem,
basicamente, cinco tipos de juntas
Solda em juntas de topo e ângulo podem ser de penetração total (penetração em

toda a espessura de um dos componentes da junta) ou parcial.
Juntamente com a escolha de tipo de junta há a seleção do tipo de chanfro
aplicado em função da espessura da peça soldada e posição, o chanfro por
definição é corte efetuado na junta para possibilitar/facilitar a soldagem em toda
a sua espessura.
38
Posições de soldagem
• Plana: A soldagem é feita no lado superior de uma junta e a face da solda é

aproximadamente horizontal.
• Horizontal: O eixo da solda é aproximadamente horizontal, mas a sua face é
inclinada. • Sobre cabeça: A soldagem é feita do lado inferior de uma solda de eixo
aproximadamente horizontal.
• Vertical: O eixo da solda é aproximadamente vertical. A soldagem pode ser “para
cima” ou “para baixo”.
Nomenclatura das posições de soldagem

Quanto ao tipo de junta:
G = grove, chanfro
F = filete, ângulo
Quanto a posição
1 -plana
2 -horizontal
3 -vertical
4 -sobre cabeça
5 -tubo parado na horizontal
6 -tubo parado a 45 graus de inclinação
39
40
Representação dos passes utilizados numa junta soldada
41
42
43
As posições de soldagem dividem-se em 4, plana, horizontal, vertical e sobre-

cabeça. Devemos lembrar que podem ser tanto para filete como para chanfro.
44

Segurança e Teminologia

Enviado por

Dados do documento

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Segurança e Teminologia

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Cedac Qualificação Profissional Tecnologia para soldagem

SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO

• Aterre o equipamento a um terra industrial.

• Mantenha o grampo obra e os cabos de solda em boas condições de operação

• Utilize o vestuário completo e adequado, feito de material resistente ao calor e

• Leia e entenda as instruções do fabricante dos equipamentos e consumíveis a

Equipamentos alimentados eletricamente

Equipamentos alimentados por motor à combustão

Vejamos a seguir as principais normas de segurança a serem sempre observadas pelo

• Estar com as mãos limpas, livres de óleo ou graxa.

• Nunca elevar ou transportar cilindros por cabos de aço ou eletroímã.

• Manter os cilindros na posição vertical.

• O gás acetileno ou, de um modo geral, gases comburentes e combustíveis,

• Deve haver áreas separadas para cilindros cheios e vazios.

• Os cilindros com vazamento devem ser afastados da presença de chamas e

etiquetas. As empresas fornecedoras devem ser imediatamente notificadas

Fogo em cilindro de acetileno

• Quando o fogo não se extinguir pelo fechamento da válvula, resfriar o cilindro,

• Manter uma boa ventilação no local de trabalho.

• Fechar imediatamente as válvulas dos cilindros de gases em caso de acidentes.

A maioria dos acidentes poderia ser evitada. Deve-se, portanto, conhecer os

Acidentes causados por fumaças e gases

Em operação de soldagem, a fumaça resultante do processo causa danos ao

No caso da soldagem, o tamanho dessas partículas depende muito do processo de

Protetores contra gases e fumaça

A fumaça e os gases gerados na soldagem a arco devem ser removidos pela

Em tais casos, o soldador deve utilizar máscaras.

Respiradores contra poeiras

Não devem ser usados onde houver risco de falta de oxigênio.

Respiradores contra gases venenosos

Eles devem ser escolhidos de modo a se compatibilizarem com os óculos

Respirador contra aspiração de elementos nocivos à saúde durante a soldagem

Acidentes causados por radiações do arco elétrico

A luz produzida por alguns processos de soldagem é extremamente brilhante. Se você

Tecnicamente a radiação do arco causa uma inflamação na córnea provocada pelo

Durante uma soldagem em lugar com transeuntes, o recomendável é utilizar uma

O tempo entre a exposição e o surgimento dos sintomas variam de 30 minutos a 24

Os sintomas persistem de 6 a 24 horas e toda a sensação de dor desaparece num

Os raios infravermelhos, em função do comprimento de onda, podem produzir danos

A maioria dos raios infravermelhos absorvidos é convertida em calor.

Se os olhos estiverem constantemente expostos à radiação, poderão surgir

Tecnicamente a radiação do arco causa uma inflamação na córnea provocada pelo

Permitam a devida transmissividade dos raios visíveis;

Protejam os olhos dos raios perigosos;

Sejam adequadamente polidos, de forma a não fatigarem os olhos;

Tenham vida longa e constância das propriedades;

Ofereçam conforto a quem os utiliza.

Óculos de segurança sem lentes filtrantes

Óculos de segurança com lentes filtrantes

Óculos de segurança de sobrepor com lentes filtrantes

Como primeiro requisito, os óculos devem ter a capacidade de atenuação para

O uso de óculos que impedissem totalmente a passagem de radiações infravermelhas

Daí a existência de normas que especificam a transmissividade permissível.

Máscara de soldagem ao arco elétrico com filtro normal

Máscara para soldagem ao arco elétrico com filtro eletrônico

Máscara tipo escudo e sequência de colocação das lentes na máscara

Anteparo de proteção contra radiações na soldagem

Protetores para a cabeça

Capuz para a cabeça

Luva de vaqueta e de raspa de couro

Avental tipo barbeiro e blusão de raspa de couro

Proteção para os ouvidos

Protetor auricular tipo concha e de inserção

Acidentes causados por radiações X e gama