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Cedac Qualificação Profissional Tecnologia para soldagem

....Conteúdo
SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM ....................................... Erro! Indicador não definido.
Símbolos básicos de soldagem e sua localização: .. Erro! Indicador não definido.
Exemplos e aplicação da simbologia........................ Erro! Indicador não definido.
Símbolos combinados ............................................... Erro! Indicador não definido.
Exemplo de simbologia com relação à profundidade ...............Erro! Indicador não
definido.
Símbolo suplementares ............................................ Erro! Indicador não definido.
Linhas de referências múltiplas ................................ Erro! Indicador não definido.

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ENSAIOS
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS

OBJETIVOS

• Conhecer os princípios básicos de cada ensaio não-destrutivo e o campo de


aplicação de cada um;
• Saber as vantagens, desvantagens e limitações de cada ensaio não-destrutivo;
• Descrever a sequência de execução de cada ensaio não-destrutivo;
• Executar inspeção ensaio em juntas preparadas para soldagem e em soldas
completas.

ENSAIO VISUAL

O ensaio visual é o ensaio não-destrutivo básico. Todos os outros ensaios não-


destrutivos devem ser executados após a inspeção visual, que pode ser feita à vista
desarmada, com o auxílio de lupa ou com aparelhos ou instrumentos para inspeção
remota (endoscópios, periscópios, câmeras de vídeo, telescópios, etc.).

FINALIDADES DO ENSAIO

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O ensaio visual, no controle da qualidade, é utilizado antes e após qualquer


operação de soldagem.
Antes da soldagem, a inspeção visual tem por finalidade:

DETECTAR NÃO-CONFORMIDADE DE GEOMETRIA DA JUNTA, TAIS COMO:


• Ângulo do bisel;
• Ângulo do chanfro;
• Face da Raiz;
• Abertura da Raiz;
• Alinhamento das partes a serem soldadas.

DETECTAR NÃO-CONFORMIDADES SUPERFICIAIS NO METAL DE BASE, COMO


POR EXEMPLO:
• Corrosão;
• Existência de elementos contaminantes (óleo, graxa, etc.).

DETECTAR POSSÍVEIS DESCONTINUIDADES, INDUZIDAS DURANTE


SOLDAGEM.

Além de suas aplicações na soldagem, o ensaio se aplica, de maneira geral, na


detecção de irregularidades superficiais de vários tipos, tais como: dobras de
laminação de chapas, pontos e estados de corrosão, evidências de vazamentos,
acabamento de peças usinadas ou forjadas e identificação de estado da superfície.

SEQUÊNCIA DE ENSAIO

Basicamente, a sequência de cada ensaio visual se compõe de apenas duas etapas, a


saber:
• Preparação da superfície, quando necessário;
• Inspeção do método visual previsto no procedimento qualificado, sempre sob
iluminação adequada.

Há, porém, uma sequência correta de execução do ensaio, que normalmente é


efetuado mais de uma vez ao longo de uma operação de soldagem. Desta maneira,

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evita-se, no início, incorreções que trariam dificuldades para uma correção posterior,
como por exemplo, o ajuste incorreto das juntas.

VANTAGENS

• O ensaio visual é o ensaio não destrutivo de mais baixo custo.


• O ensaio visual permite detectar e eliminar possíveis descontinuidades antes
de se iniciar ou completar a soldagem de uma junta.
• O ensaio visual detecta as descontinuidades maiores e, geralmente, indica
pontos de prováveis descontinuidades, que devem ser inspecionados por
outros ensaios não-destrutivos.
• Um ensaio visual bem executado proporciona uma diminuição da quantidade
de reparos de solda, uma maior produção dos outros ensaios não-destrutivos e
consequentemente, diminui o custo da obra.

LIMITAÇÕES E DESVANTAGENS

• O ensaio visual depende grandemente da experiência e conhecimento de


soldagem por parte do inspetor. O inspetor deve estar familiarizado com o
projeto e os requisitos de soldagem.
• O ensaio visual é limitado à detecção de defeitos superficiais.

ENSAIO DE ESTANQUEIDADE

O ensaio de estanqueidade tem por objetivo principal garantir a estanqueidade de um


sistema, através da localização e detecção de defeitos passantes em soldas, como por
exemplo, as soldas de chapas de reforço, soldas em ângulo de juntas sobrepostas do
fundo de tanques de armazenamento e soldas em ângulo de ligação fundo-costado. É
utilizado também para a detecção de defeitos passantes em chapas e fundidos e fugas
através de selos mecânicos.

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Convém ressaltar que os testes pneumáticos e os testes hidrostáticos não se


caracterizam como ensaio de estanqueidade, embora eles proporcionem a detecção
de vazamentos, pois na realidade, eles têm por objetivo principal a análise de
resistência mecânica, deformação e recalque estruturais do equipamento.
Aqui serão abordados três métodos de ensaio de estanqueidade, a saber:
▪ Ensaio de Formação de Bolhas com Pressão Positiva;
▪ Ensaios de Formação de Bolhas com Pressão Negativa;
▪ Teste de Capilaridade.

ENSAIO DE FORMAÇÃO DE BOLHAS COM PRESSÃO POSITIVA

É o método pelo qual se detecta defeitos passantes, através da aplicação da solução


formadora de bolhas, estando a peça, equipamento ou tubulação, sujeita a uma
determinada pressão de teste positiva (pressão superior à atmosférica).
As normas estipulam a faixa de pressão para execução do teste, conforme
exemplificado na tabela abaixo.

Cuidados especiais devem ser tomados para que a pressão não ultrapasse o valor
máximo estabelecido, de modo a eliminar a possibilidade de empolamento de chapas
e/ou danos a soldas, equipamentos ou peças. Também grandes vazamentos podem

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não ser detectados em virtude do grande fluxo de ar “soprar” a solução tão rápido que
não há formação de bolhas.

A figura abaixo mostra o exemplo do teste das soldas de uma chapa de reforço de um
bocal.

ENSAIOS DE FORMAÇÃO DE BOLHAS COM PRESSÃO NEGATIVA

É o método pelo qual se detecta defeitos passantes, através da aplicação da solução


formadora de bolhas, estando cada trecho inspecionado sujeito a um vácuo parcial de,
no mínimo, 14 kPa (0,15 Kgf/cm2 ou 2 psi), abaixo da pressão atmosférica, o qual é
obtido no interior de dispositivo denominado caixa de vácuo.

A grande utilização do teste de formação de bolhas por pressão negativa se dá na


inspeção de soldas em ângulo de juntas sobrepostas do fundo e das juntas de ângulos
da ligação fundo-costado de tanques de armazenamento.

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TESTE DE CAPILARIDADE

É o método pelo qual se detecta defeitos passantes, através da aplicação de um


líquido de alto efeito capilar por um lado da solda, equipamento ou peça, e após um
determinado tempo de penetração, normalmente 24 horas, inspeciona-se pelo lado
oposto, procurando vestígios do líquido utilizado.

Este líquido deve ser de difícil evaporação sob efeito do ar e/ou temperatura e o tempo
de secagem, devem ser sempre superiores ao tempo previsto para penetração.
Normalmente, utiliza-se o óleo diesel ou querosene como líquido de teste.
Nas refinarias de petróleo, este teste é comumente realizado em soldas em ângulo,
nas ligações fundo-costado ou entre compartimentos de teto flutuante, de tanques de
armazenamento.

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SEQUÊNCIA DO ENSAIO

a) Limpeza: deve ser efetuada a limpeza das soldas, equipamentos ou peças a serem
inspecionadas, que devem estar livres de argamassa, óleo, pintura, graxa e outros
contaminantes;

b) Vedação: as aberturas em peças ou equipamentos devem ser vedadas de modo a


estabelecer um circuito fechado que possibilite um encaminhamento adequado ao
líquido de teste;
c) Aplicação do líquido de teste: aplica-se o líquido de teste em um dos lados da
solda, equipamento ou peça;

d) Tempo de penetração: é o tempo necessário para que o líquido atravesse a solda,


equipamento ou peça pelos possíveis defeitos passantes;
e) Inspeção: verifica-se se houve vazamento do líquido pelo lado oposto a onde este
foi aplicado;

f) Limpeza: é a remoção de resíduos do líquido de teste sobre a peça ensaiada;

g) Registro dos resultados.

VANTAGENS

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A principal vantagem do teste de estanqueidade é que é um ensaio relativamente


rápido, de baixo custo e de fácil interpretação.

LIMITAÇÕES

A grande limitação deste teste é que se presta apenas à detecção de defeitos


passantes.

ENSAIO POR ULTRASSOM

O ensaio por ultrassom usa a transmissão do som, que é uma forma de energia
mecânica em forma de ondas, a uma frequência acima da faixa audível (20 Hz a 20
KHz).

No ensaio de materiais por ultrassom existem diversos tipos de ondas sônicas, que
dependem do tipo de excitação e da forma do material, porém as mais importantes
são as ondas longitudinais e transversais.

TIPOS DE ONDAS SÔNICAS

ONDAS LONGITUDINAIS

Também chamadas de ondas de compressão, ocorrem quando o movimento


oscilatório das partículas se dá no mesmo sentido que a propagação da onda.

ONDAS TRANSVERSAIS

Também chamadas de ondas de cisalhamento, ocorrem quando o movimento


oscilatório das partículas se dá em uma direção perpendicular à direção de
propagação da onda.

O ensaio pela técnica pulso-eco consiste basicamente de pulsos de alta frequência,


emitidos pelo cristal, que caminham através do material. Estes pulsos refletem quando
encontram uma descontinuidade ou uma superfície do material. Esta energia

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mecânica (som) é recebida de volta pelo cristal que transforma o sinal mecânico em
sinal elétrico, que é visto na tela do aparelho.

Posição do cabeçote e da descontinuidade

Pulso sonoro imediatamente antes da reflexão na descontinuidade

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Pulsos sonoros refletidos

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Recebimento pelo cabeçote do pulso sonoro refletido

Eco da descontinuidade na tela do aparelho

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ENSAIO RADIOGRÁFICO

O ensaio radiográfico utiliza os raios-X e raios- (gama), para mostrar a presença e


certas características de descontinuidades internas do material.

O método baseia-se na capacidade que os raios-X e  possuem de penetrar em


sólidos. Esta capacidade depende de vários fatores, tais como comprimento de onda
de radiação, tipo e espessura do material. Quanto menor for o comprimento da onda,
maior é a capacidade de penetração da radiação.

Parte da radiação atravessa o material e parte é absorvida. A quantidade de radiação


absorvida depende da espessura do material. Onde existe um vazio ou
descontinuidade há menos material para absorver a radiação.
Assim, a quantidade de radiação que atravessa o material não é a mesma em todas
as regiões.

A radiação, após atravessar o material, irá impressionar um filme, formando uma


imagem do material. Este filme é chamado radiografia.

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FONTES DE RADIAÇÃO
• Raios - X
• Raios -  (gama)

ABSORÇÃO DA RADIAÇÃO

Todos os materiais absorvem radiação, alguns mais outros menos. Os materiais mais
densos e os de maior número atômico absorvem maior quantidade de radiação do que
os materiais menos densos e os de menor número atômico.

A espessura também contribui para a absorção, pois quanto maior a espessura maior
quantidade de radiação irá absorver.

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Absorção de radiação em função do número atômico do material

Absorção de radiação em função da espessura do material

Solda contendo porosidade

Aparência radiográfica de soldas contendo inclusões de escória

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Fotos de uma solda contendo falta de penetração na raiz

Seção de uma solda contendo poro e uma trinca longitudinal no cordão

Seção de uma solda contendo uma falta de fusão junto ao chanfro no cordão

ENSAIO DE LÍQUIDO PENETRANTE

O ensaio por meio líquido penetrante é relativamente simples, rápido e de fácil


execução.

É utilizado na detecção de descontinuidades abertas para a superfície de materiais


sólidos não porosos. A detecção das descontinuidades independe do tamanho,

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orientação, configuração da descontinuidade e da estrutura interna ou composição


química do material.

CARACTERÍSTICAS E TIPOS DE LÍQUIDO PENETRANTE

O líquido penetrante é um líquido de grande poder de penetração e alta ação


capilar. Contém, em solução ou suspensão, pigmentos coloridos ou fluorescentes, que
vão definir sua utilização conforme segue.

• Tipo A – Penetrante fluorescente – é utilizado em ambientes escuros, sendo


visível com luz ultravioleta (luz negra.
• Tipo B – Penetrante visível (não fluorescente) – é utilizado em ambientes
claros, sendo visíveis com luz natural.

Além da visibilidade, os penetrantes podem variar quanto à forma em que é removido
o seu excesso.

Os penetrantes, quanto à remoção do seu excesso, podem ser classificados como:


a) Tipo A-1 ou B-1 – Removível com água;
b) Tipo A-2 ou B-2 - Removível com água após a emulsificação;
c) Tipo A-3 ou B-3 - removível com solvente.

CARACTERÍSTICAS DO REVELADOR

O revelador fundamentalmente é um talco aplicado de forma seca, úmida ou


líquida, que tem como função retirar o penetrante das descontinuidades e conduzi-lo
para a superfície, dando uma indicação colorida ou fluorescente destas
descontinuidades.

SEQUÊNCIA DO ENSAIO

a) Limpeza inicial: A superfície a ser examinada e todas as áreas adjacentes,


dentro de pelo menos 25mm devem estar secas, sem graxa, óleo, ferrugem ou
sujeira, sendo que, no caso de soldas, toda a escória deve ser cuidadosamente
removida. A limpeza inicial tem como objetivo remover contaminantes, que

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poderiam mascarar os resultados do ensaio, das proximidades e do interior de


possíveis descontinuidades.

Descontinuidade não visível

b) Aplicação do penetrante: Depois de decorrido o tempo de evaporação do produto


utilizado na limpeza inicial, aplica-se o líquido penetrante, de modo que cubra toda a
área a ser examinada. Esta aplicação pode ser feita por pincel, pulverização, por
aerossol ou derramamento. O penetrante, por ação capilar, migra para dentro da
descontinuidade durante o tempo de penetração.

c) Remoção do excesso de penetrante: Depois de decorrido o tempo de penetração,


remove-se o excesso de líquido penetrante da superfície da peça examinada,
observando sempre que cada tipo de penetrante tem características e cuidados
especiais de limpeza.

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d) Aplicação do revelador: Depois de decorrido o tempo de secagem do produto


utilizado na remoção do excesso de penetrante, aplica-se uma fina camada de
revelador na região a ser examinada.
Indicação Revelador

e) Inspeção final: O inspetor inspeciona visualmente a peça examinada, procurando


indicações de descontinuidades, tais como trincas, falta de fusão, poros, porosidade
agrupada, etc.

f) Registro dos resultados.


VANTAGENS

a) O ensaio por meio de líquido penetrante tem sensibilidade muito boa e detecta até
descontinuidades microscópicas;

b) A forma da peça não é um problema, pois é um método que se aplica tanto a


superfícies planas quanto a superfícies curvas;

c) É um ensaio rápido, de fácil execução e custo relativamente baixo;

d) É aplicável em materiais magnéticos e não magnéticos;

e) Para o treinamento de operadores e inspetores se requer menor tempo que para os


outros tipos de ensaios não-destrutivos.

LIMITAÇÕES E DESVANTAGENS

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a) Detecta somente descontinuidades abertas para a superfície e que não estejam


obstruídas;

b) Não proporciona registro permanente dos resultados;

c) O resíduo de penetrante que permanece nas descontinuidades (pois os penetrantes


são de remoção muito difícil) pode ser prejudicial à peça ou solda quando em serviço.

ENSAIO DE PARTÍCULAS MAGNÉTICAS

O ensaio por meio de partículas magnéticas é utilizado para localizar descontinuidades


superficiais e sub-superficiais em peças de material ferro-magnético, tais como as
ligas de ferro e níquel. O método consiste na aplicação de uma corrente de
magnetização ou de um campo magnético à peça inspecionada, com o objetivo de se
criar um campo magnético nesta. A presença de descontinuidades superficiais ou sub-
superficiais irá produzir campos de fuga na região da descontinuidade, causando uma
polarização localizada, que é detectada pelas partículas ferromagnéticas que são
aplicadas sobre a peça.

TÉCNICAS DE ENSAIO

As técnicas existentes para execução do ensaio de partículas magnéticas são


as seguintes:
a) Técnica do Yoke;
b) Técnica dos Eletrodos;
c) Técnica da Bobina;
d) Técnica do contato direto.

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TÉCNICA DO YOKE

Existem dois tipos de yokes: o yoke de imã permanente e o yoke eletromagnético,


sendo que a maior parte das normas apenas permite o uso do yoke eletromagnético
de corrente alternada, pelo fato do mesmo apresentar as melhores características de
detecção de descontinuidade.
O yoke eletromagnético consiste, basicamente, de uma bobina enrolada em um
núcleo em forma de “U”. O yoke induz na peça um campo magnético longitudinal que
é gerado por corrente alternada.
Durante a inspeção, as descontinuidades são detectadas entre os pontos de
contato do yoke, em uma direção aproximadamente perpendicular às linhas de força
do campo magnético estabelecido pela peça.

Técnica do Yoke

TÉCNICA DOS ELETRODOS

Esta técnica consiste na injeção de corrente na peça através de dois eletrodos


que são alimentados por um gerador de corrente contínua ou retificada de meia onda.
A corrente, ao passar pela peça, provoca um campo magnético circular na mesma.
A intensidade de corrente a ser utilizada depende da distância entre os
eletrodos e da espessura da peça a ser inspecionada. Estes valores são mostrados na
tabela abaixo.

Corrente de Magnetização, Técnicas dos Eletrodos

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Durante a inspeção, as descontinuidades são detectadas entre os pontos de contato


dos eletrodos, numa direção aproximadamente perpendicular às linhas de força do
campo magnético estabelecido na peça.

Técnica dos Eletrodos

TÉCNICA DA BOBINA

Esta técnica consiste na indução de um campo magnético longitudinal à peça a


ser inspecionada, podendo esta indução ser feita de duas maneiras:
a) Enrolando-se um cabo em torno da peça, de modo que a peça funcione
como o núcleo de uma bobina;

b) No caso de peças pequenas, colocando as mesmas no interior de uma


bobina.
Para esta técnica, pode-se utilizar as correntes contínuas ou retificadas de
meia onda.

Durante a inspeção, as descontinuidades são detectadas simultaneamente em


toda a peça, numa direção aproximadamente perpendicular às linhas de força do
campo magnético gerado.

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Técnica da Bobina

TÉCNICA DO CONTATO DIRETO

Esta técnica consiste na indução de um campo magnético circular à peça a ser


inspecionada, pela aplicação de corrente contínua ou retificada de meia-onda, pelas
extremidades da peça.

Durante a inspeção, as descontinuidades são detectadas simultaneamente em


toda a peça numa direção aproximadamente perpendicular às linhas de força do
campo magnético formado.

Técnica do Contato Direto

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