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IMPERATRIZ – MA
2022
ALINE CRISTINE DA SILVA CUNHA
IMPERATRIZ – MA
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
2 OBJETIVO ............................................................................................................................ 5
3 MATERIAIS .......................................................................................................................... 5
CONCLUSÃO........................................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 9
ANEXOS ................................................................................................................................... 9
1 INTRODUÇÃO
As proteínas constituem uma das moléculas mais importantes e incríveis da vida. No
entanto, quando expostas a condições adversas como variação de temperatura, pH e até mesmo
solventes orgânicos, elas sofrem desnaturação, alternando sua forma e perdendo sua função.
Quimicamente, as proteínas são definidas como cadeias longas de aminoácidos unidos
por ligações peptídicas (amida), com a inserção de um grupo amina contendo nitrogênio
carregando positivamente em uma extremidade e um grupo carboxila com carga negativa na
outra extremidade (CAMPBEL, 2008). A maioria das proteínas são solúveis a temperatura
ambiente e a solubilidade tendem a aumentar à medida que a temperatura se eleva até 40-50˚C.
Acima dessa temperatura as proteínas começam a sofrer a desnaturação e a solubilidade tende
a diminuir (RIBEIRO,2007).
A desnaturação de uma proteína é qualquer modificação na sua conformação (alteração
das estruturas secundarias, terciárias ou quaternária) sem o rompimento das ligações peptídicas
envolvidas na estrutura primária. Os efeitos da desnaturação são numerosos entre eles temos,
redução da solubilidade devido ao aumento da exposição de resíduos hidrofóbicos; Mudança
na capacidade de ligar água; perda da atividade biológica (ex: enzimática ou imunológica);
aumento da suscetibilidade ao ataque por proteases devido à exposição das ligações peptídicas;
Aumento da viscosidade intrínseca; dificuldade de cristalização; aumento da reatividade
química. A desnaturação pode ser reversível ou irreversível. (RIBEIRO,2007)
Ainda de acordo com Ribeiro (2007), o calor é o agente físico mais comum, responsável
pela alteração conformacional de proteínas. A velocidade de desnaturação depende da
temperatura. A suscetibilidade de proteínas à desnaturação pelo calor depende de vários fatores,
tais como a natureza da proteína, concentração proteína, atividade de água, pH, força iônica e
o tipo de íons presentes. As albuminas são solúveis em água e coagulam pelo calor. Ex.:
ovoalbumina e lactoalbumina.
Os ovos são importantes fontes de proteínas e possuem baixo teor de gorduras.
Desempenham diversas propriedades funcionais, que proporcionam aos alimentos, cor,
viscosidade, emulsificação, gelificação e formação de espuma (SARCINELLI; VENTURINI;
SILVA, 2007). A clara do ovo consiste em uma mistura de proteínas muito diferentes entre si,
nas quais a mais importante é a ovalbumina, que constitui 50% das proteínas totais da clara
(HOLANDÊS GERARDUS; MULDER, J. 2012). A ovalbumina possui uma menor superfície
hidrofóbica e maior flexibilidade molecular na interface de óleo-água do que a lisozima
(ACTON et al., 1990). Ela pode ser desnaturada quando submetida ao calor, pela absorção
superficial ou em filmes, através da agitação ou pela ação de vários agentes desnaturantes
(VADEHRA & NATH, 1973).
2 OBJETIVO
Visualizar o efeito do aquecimento sobre a proteína da clara do ovo (Albimina).
3 MATERIAIS
3.1 Vidrarias
• Proveta 25,00 mL;
• 2 Beckers 50,00 mL e 150,00 mL;
• Balão volumétrico 100,00 mL;
• Bastão de vidro;
• Funil;
• Pipeta graduada 10,00 mL;
• 6 Tubos de ensaio.
3.2 Soluções
• Solução 10% de clara de ovo.
3.3 Equipamentos
• Banho maria;
• Papel filtro para funil;
• Suporte universal;
• Pipetador;
• Espectrofotômetro;
• 6 cubetas.
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a realização do procedimento experimental de todos os tubos, foram obtidas as
seguintes absorbâncias em cada temperatura que a proteína foi submetida.
1,4
1,2
1
ABSORBÂCIA
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
TEMPERATURA
No tubo 1, não houver alteração da solução isso porque a solução do tubo 1 não foi
submetido a temperaturas acima de 25 ˚C, sendo assim utilizado como branco, ou seja, para que
o equipamento saiba em que comprimento de onda será realizada as demais leituras. No tubo
2, a solução foi submetida a temperatura de 55 ˚C por 2 minutos. Pode-se observar que nesta
faixa de temperatura a estrutura da proteína ainda se manteve estável por não apresentar
mudança de coloração. No tubo 3, a solução foi submetida a uma temperatura de 60 ˚C por 2
minutos. Nesta faixa temperatura a proteína também se manteve estável. Isso pode ser
comprovado com o valor de absorbância que se manteve constante (0,007) do tubo 2 para o
tubo 3.
No tubo 4, o aquecimento submetido foi de 63 ˚C por 3 minutos. Pode-se observar que
a estrutura começou a apresentar mudança de coloração (meio opaca) indicando o início da
desnaturação da proteína. É possível observar também que o valor da absorbância aumentou
significamente nessa faixa de temperatura. No tubo 5, a temperatura submetida foi de 65 ˚C por
3 minutos. Nessa faixa de temperatura a desnaturação da proteína se tornou ainda mais evidente
pela coloração que ficou mais turva que do tubo 4, a absorbância aumentou exponencialmente
em relação a ultima leitura.
No tubo 6, a temperatura submetida foi de 68 C por 3 minutos. Nesta temperatura já é
possível observar que a maior parte da proteína albumina da solução foi desnaturação, isso
porque a solução no tubo ficou mais “concentrada” e “gelatinosa” o que as demais e sua
absorbância se cresceu ainda mais confirmando que está ocorrendo a desnaturação.
CONCLUSÃO
A clara de ovo contém ovolbumina – derivada da albumina, que é uma proteína que
constitui cerca de 54 a 58% do peso da clara do ovo, sendo a primeira proteína isolada pura.
Neste experimento, desnaturamos a proteína ovolbumina submetendo a temperatura uma
solução de 10% de clara de ovo, sendo acompanhada para determinar em que faixa de
temperatura a ovolbumina se manteria estável, ou seja, sem modificar sua conformação
(alteração das estruturas secundarias, terciárias ou quaternária). Pode-se observar que a
ovolbumina se manteve estável até a temperatura de 60 ˚C. Já na faixa de temperatura 63 ˚C
pode-se notar tanto pela coloração opaca quanto pelo valor da absorbância que a proteína
iniciou a sua desnaturação, assim a partir dessa faixa enquanto maior for a temperatura mais ela
perdera sua função e conformação. Portanto, entender e utilizar técnicas para conhecer a
estabilidade térmica das proteínas é de suma importância para a indústria de alimentos. Pois a
partir do conhecimento da estabilidade térmica será possível trabalhar com essas proteínas
numa faixa de temperatura em que durante o processamento do alimento ela não percar a função
o que engenheiro de Alimentos quer empregar em um determinado alimento.
REFERÊNCIAS
ACTON, J.C.; KROPP, P.S. & RICK, R.L. 1990. Properties of ovalbumin, conalbumin and
lysozyme at an oil-water interface and in an emulsion system. Pult. Sci. 69(4): 694.
SARCINELLI, M. F., VENTURINI, K. S., SILVA, L. C. da. Características dos Ovos. Boletim
Técnico UFES 2007.
ANEXOS