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AULA PRÁTICA IV
DIAMANTINA/MG
2023
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………… 3
OBJETIVOS .………………………………………………………………………………… 3
REAGENTES ………………………………………………………………………...……… 4
MATERIAL…………………………………………………………………………………... 4
METODOLOGIA ………………………….………………………………………………... 4
RESULTADOS E DISCUSSÃO..………………………………………………….………… 6
CONCLUSÃO.………………….……………………………………………………………9
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.……………………...………………………………………………… 9
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INTRODUÇÃO
A importância em se estudar a proteína caseína presente no leite, se relaciona com o fato desta
ser uma proteína bastante completa (alto valor biológico), pois ela possui todos os aminoácidos
essenciais (aqueles que sua síntese no organismo é inadequada para satisfazer as necessidades
metabólicas e que devem ser fornecidos como parte da dieta). A caseína é a proteína com maior
abundância no leite, para se ter uma ideia, cerca de 80% da proteína encontrada no leite é caseína.
Esse suplemento é obtido através de diversos processos de filtragem.
A caseína é uma glicoproteína que contém 5% de carboidrato e resíduos de fosfoserina, estes
responsáveis por parte significativa do conteúdo de fosfato do leite. Soma-se a isso, a ajuda do
organismo a fornecer aminoácidos e é conhecida como a fonte proteica com digestão mais lenta que
existe. A caseína é produzida a partir da solubilização da caseína do leite. Essa proteína para algumas
pessoas, pode ser de difícil digestão.
Além disso, a metodologia da Reação do Biureto, que é utilizada para a caracterização de
proteínas, pode ser empregada para a quantificação das mesmas mediante a colorimetria. O método se
baseia no fato de que as proteínas (nesse caso, a caseína) formam um complexo violeta com o íon
cúprico (Cu2+) em meio alcalino, e tal complexo apresenta um pico de absorção a 540 nm. A
coloração violeta apresentada pelo complexo é proporcional à concentração das proteínas na amostra
(leite). Essa reação é positiva para peptídeos constituídos de no mínimo três aminoácidos; assim, a
reação do Biureto será negativa para peptídeos e aminoácidos livres. Tal complexação também ocorre
com o Biureto (H2N-CO-NH-CO-NH2), daí o nome da reação.
REVISÃO DA LITERATURA
De acordo com Stryer (2014), as proteínas são macromoléculas muito versáteis, tendo papel
para muitos processos biológicos. Possuem papel de catalisadores, papéis estruturais, enzimáticos,
entre outros fatores importantes para o organismo.
OBJETIVOS
Entender de forma prática toda a teoria que foi administrada em sala de aula sobre função
proteica e como a alteração do seu meio ocorre o surgimento de precipitado.
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REAGENTES:
● Água destilada;
● Etanol;
● Éter etílico;
● Leite de vaca;
● Ácido clorídrico 5%;
● Reagente de Biureto;
● Solução “filtrado” obtido na primeira parte do experimento;
● Solução de proteína 4 mg/mL.
MATERIAIS:
METODOLOGIA
A extração e quantificação da caseína do leite foi dividida em duas partes, a primeira parte
consistiu na extração e purificação da caseína do leite. Em um recipiente de vidro 100 ml de água
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destilada foi aquecida até a temperatura de 38°C. Em seguida, em um béquer foi adicionado 10 ml da
água destilada anteriormente aquecida e 10 ml de leite de vaca. Foi gotejado aproximadamente 0,5 ml
de HCl a 5% a solução sob agitação com uma pipeta de Pasteur, até iniciar o aparecimento de
precipitado. Após a precipitação ter iniciado, a solução foi deixada em repouso por cinco minutos para
a sedimentação da proteína. Depois dos cinco minutos de sedimentação, foi utilizado um papel de
filtro e um funil acoplado a um tubo de ensaio para realizar a primeira filtração. O filtrado foi
identificado e reservado para a segunda parte do experimento.
O precipitado que foi filtrado e residiu no papel filtro foi raspado para o béquer (o que foi
inicialmente adicionado os 10 ml de água destilada e de leite, e que ficou parte dos resíduos), na qual
foi adicionado e misturado 20 ml de etanol. O mesmo procedimento de filtragem foi aplicado, com a
diferença de descarte do sobrenadante. Os resíduos no papel filtro foram raspados de volta para o
béquer, onde foi adicionado 5 ml de éter etílico e misturado até se dissolver. O mesmo procedimento
de filtragem foi efetuado com o descarte do sobrenadante, enquanto que o precipitado (no caso, a
caseína) no papel filtro que foi anteriormente pesado, secou em temperatura ambiente e em seguida
pesado em uma balança analítica.
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Proteínas do Proteínas totais
filtrado
Água
500 μL 200 μL
Solução de
300 μL
proteína 4 mg/ml
Filtrado
500 μL
Leite diluído
500 μL
Em seguida, agitar as soluções para homogeneizar e deixar em repouso por dez minutos a
temperatura ambiente. Com as soluções prontas, foi feita a leitura da absorbância em 540 nm das
soluções dos tubos 2, 3 e 4, ajustando o equipamento com a solução do tubo 1 - o branco. Os valores
das absorbâncias foram anotados e os cálculos realizados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Primeira Parte:
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3. Na segunda filtração, que ocorreu com a adição de Etanol ao precipitado, foi necessário para
poder ocorrer a separação de impurezas polares ao precipitado, que a partir disso realizou-se a
última filtração
4. Na última etapa de filtração, ocorreu a adição de Éter etílico a proteína desnaturada, para
ocorrer a separação de impurezas apolares a amostra, sendo assim foi necessário, a secagem
do precipitado, para podermos observar o rendimento, após a secagem realizou-se a pesagem
da proteína, por seguinte os cálculos de rendimentos a seguir:
Dados:
Massa Papel de Filtro: 0,4522g;
Massa Papel com Proteína: 0,8492g;
Concentração de Leite: 3,2g/100 ml
O motivo para esse resultado, pode vir a ser devido a erros sistemáticos durante a execução da
prática, tendo em vista que durante a adição dos solventes, para realizar a retirada de compostos
polares, por meio do uso do Etanol, e a retirada de compostos apolares, através do uso do Éter Etílico,
poderia não ter acontecido uma retirada completa e eficaz dos destes componentes devido a filtração.
Entretanto, poderia também não ter ocorrido uma secagem adequada da proteína, sendo assim, como
resultado uma discrepância grande em relação ao peso esperado (teórico) e o peso experimental.
Segunda Parte:
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Imagem: Tubos de amostras, 1- Água; 2- Solução de proteína 4mg/ml; 3- Filtrado; 4- Leite
diluído
3. Após isso, podemos realizar os cálculos precisos, para saber a concentração dos
tubos de amostras, tendo em vista que a concentração do padrão (C padrão) é 4
mg/ml:
Equação:
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑒 = 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟𝑏â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑒 𝑋 (𝐶 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜/ 𝐴 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜)
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 = 𝐴𝑏𝑠𝑜𝑟𝑏â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 𝑋 (𝐶 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜/𝐴 𝑃𝑎𝑑𝑟ã𝑜)
Cálculos:
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑒 = 0, 600 𝑛𝑚 𝑋 (4 𝑚𝑔/𝑚𝑙/0, 078 𝑛𝑚) = 30,77 mg/ml
𝐶𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐹𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎𝑑𝑜 = 0, 270 𝑛𝑚 𝑋 (4 𝑚𝑔/𝑚𝑙/0, 078 𝑛𝑚) = 15,23 mg/ml
A partir destes resultados, percebemos que há uma diferença entre os tubos medidos, e o
padrão, possivelmente devido ao fato da solução padrão de proteína ter sido diluída durante a
elaboração dos tubos. Entretanto, a diferença entre o tubo com o filtrado e o tubo com o Leite, pode
ter uma relação direta, devido ao fato de haver tido um processo de retirada da proteína do Leite, a
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Caseína, sendo assim, demonstrando a diferença entre eles, sendo esse valor o valor de uma parcela
que não foi filtrada de forma adequada, ficando um pouco de proteína na solução do filtrado.
CONCLUSÃO:
Portanto, ao final do experimento foi possível concluir que ao se adicionar ácido no leite
houve a desnaturação da caseína e consequentemente a formação de um precipitado na solução, o
qual pode ser quantificado facilmente ao realizar a filtração dessa mistura e esperando-a secar.
Também foi possível concluir que mesmo com a separação da proteína, parte delas não foram retidas
pelo papel de filtro, e consequentemente parte das proteínas ainda puderam ser encontradas no soro.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3935666/mod_resource/content/1/Apostila%20Bioquimica%
202014_LCB%20208.pdf
https://cienciadoleite.com.br/noticia/3678/hidrolise-enzimatica-da-caseina#:~:text=A%20hidr%C3%B
3lise%20enzim%C3%A1tica%20da%20case%C3%ADna,case%C3%ADna)%20e%20uma%20hidrof
%C3%ADlica%20chamada
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5796557/mod_resource/content/1/RNM%204005%20-%20
%20T16.%20Bioqu%C3%ADmica%20do%20leite%20-%20Eduardo%20Brandt%20de%20Oliveira.
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