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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO - UFPE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS – DCFAR

DISCIPLINA DE BIOQUÍMICA CLÍNICA

AMANDA CARVALHO, CAMILA GOMES, DAIANA CARLA, LINALDO FRANCISCO,


THAÍS RIBEIRO

DOSAGEM DE TRANSAMINASE PIRÚVICA (TGP)

RECIFE, 2016
AMANDA CARVALHO, CAMILA GOMES, DAIANA CARLA, LINALDO FRANCISCO,
THAÍS RIBEIRO

DOSAGEM DE TRANSAMINASE PIRÚVICA (TGP)

Relatório apresentado à disciplina de Bioquímica


Clínica, ministrada pelo professor Ricardo
Brandão, como parte integrante dos requisitos
exigidos pela disciplina.

RECIFE, 2016
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................... 5
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................................ 6
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 7
5. CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 9
6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 10
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1. INTRODUÇÃO

As transaminases são usadas frequentemente na prática clínica para a avaliação da


função hepática. São elas a aminotransferase de aspartato (AST ou SGOT ou TGO ou GOT) e
a aminotransferase de alanina (ALT ou SGPT ou TGP ou GPT). Em circunstâncias normais
são encontradas dentro das células hepáticas, mas em situações de dano hepático (lesão ou
destruição celular) tais enzimas as enzimas são liberadas na circulação, elevando os níveis
destas enzimas no sangue e sinalizando o problema que possa existir. As transaminases
catalisam reações químicas nas células nas quais um grupo de amino é transferido de uma
molécula doadora a uma molécula recipiente.

TGO (AST) normalmente é encontrada em uma diversidade de tecidos inclusive no


fígado, coração, músculos, rim, e cérebro, assim vai estar aumentada quando qualquer um
destes órgãos estiver danificado. TGP (ALT) é encontrado em grande parte no fígado, não é
produzido exclusivamente pelo fígado, porém é onde se encontra mais concentrado. É
liberado na circulação sanguínea como o resultado de dano hepático. Serve então como um
indicador bastante específico do estado do fígado. São enzimas indicadoras de morte celular.
Existindo em quantidades importantes nas células hepáticas, cardíacas, musculares e do
pulmão, a lesão celular nestes órgãos leva ao aumento da atividade sérica destas enzimas. No
soro normal, a TGO existe em quantidade superior à TGP, são intracelulares: a TGP é
citoplasmática e a TGO é citoplasmática e mitocondrial.

Patologias em que a as transaminases estão alteradas são: hepatite aguda (também nas
hepatites crónicas): se a lesão é superficial e difusa, TGP>>TGO; hepatites tóxicas (hepatite
alcoólica aguda); cirrose hepática (se a TGO está muito aumentada, é sinal de lesão profunda
afetando as mitocôndrias); metástases hepáticas; infarto do miocárdio: a partir das 6 primeiras
horas durante 4 a 6 dias com pico máximo às 36 horas; embolias ou tromboses:
tromboembolia pulmonar (aumento da TGO); se há afecção hepática também aumenta a TGP;
doenças musculares: poliomiosites, dermatomiosites, traumatismos musculares extensos.
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2. OBJETIVOS

Objetivo Geral

Dosar a transaminase pirúvica em uma amostra de soro.

Objetivos específicos

• Entender as implicações clínicas da concentração sérica de TGO;

• Vivenciar na prática a realização de um exame bioquímico bastante corriqueiro;

• Construir uma curva de calibração para determinar-se a atividade da enzima no soro


do paciente e no soro controle;

• Interpretar os resultados da dosagem correlacionando com um provável diagnóstico.


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3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Amostras
2 tubos de ensaio foram utilizados para o preparo das amostras referentes ao soro do
paciente e ao soro controle. Inicialmente cada tubo recebeu 125 µL do substrato 1,
procedendo à incubação por 2 minutos em banho-maria, a 37ºC. Na sequência, 25 µL de soro
e de soro controle foram acrescentados aos seus respectivos tubos, agitados e incubados por
30 minutos em banho-maria, sob a mesma temperatura. 125 µL do reagente de cor foram
acrescentados aos tubos, o sistema foi submetido à agitação em vórtex e ao repouso de 20
minutos. Decorrido o referido tempo, 1,25 mL de NaOH de uso foram inseridos em cada um
dos tubos, os mesmos foram novamente agitados, mais 5 minutos de repouso foram
requeridos e, ao final, efetuou-se a leitura da absorbância do conteúdo de cada tubo em
espectrofotômetro (λ=505 nm), tendo a água como “branco”.

3.2 Curva de Calibração


Em 5 tubos de ensaio foram adicionados os reagentes abaixo da seguinte forma:

1 2 3 4 5

Padrão (4) - 10 µL 20 µL 30 µL 40 µL

Substância (1) 100 µL 90 µL 80 µL 70 µL 60 µL

Água 20 µL 20 µL 20 µL 20 µL 20 µL

Reagente de cor 100 µL 100 µL 100 µL 100 µL 100 µL

Todos os tubos foram agitados em vórtex e submetidos a repouso de 20 minutos em


temperatura ambiente. 1 mL de NaOH foi adicionado após o término do tempo, os tubos
foram agitados novamente e submetidos a mais 5 minutos de repouso. A leitura em
espectrofotômetro foi realizada na sequência (λ=505 nm), tendo a água como “branco”.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As absorbâncias das amostras de soro controle, soro do paciente e dos 5 pontos da


curva de calibração são listados abaixo:

AMOSTRA ABSORBÂNCIA

Soro controle 0,396

Soro do paciente 0,360

1 0,288

2 0,418

3 0,524

4 0,588

5 0,683

A partir das absorbâncias dos 5 pontos necessários para a curva de calibração, pôde-se
construir um gráfico para medir a atividade da enzima no soro controle e no soro do paciente.

Atividade da TGP
0.8
Curva Padrão
Soro paciente
Absorbância

0.6
Soro controle

0.4

0.2

0.0
0 50 100 150 200
Atividade em u/ml
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A amostra do paciente esteve dentro dos valores de referência 24 u/ml (valor de


referência 4 - 32 u/ml), esperado para um individuo sadio, enquanto que a dosagem da TGP
no soro controle apresentou-se dentro dos valores esperados: 32 u/ml (valor de referência 32 -
48).
Esse experimento é considerado válido, pois o valor de TGP dosado no soro controle,
que foi conduzido em paralelo, esteve dentro dos valores de referência; portanto o paciente
não apresenta elevação significante na atividade da transaminase pirúvica, mostrando que há
integridade hepática, pelo menos quanto a esse marcador, sendo necessária a análise de outros
marcadores para se chegar a um diagnóstico mais específico.
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5. CONCLUSÃO

De acordo com os parâmetros analisados e encontrados, a comparação destes com os


limites de referência, leva à conclusão de que o paciente o marcador bioquímico dentro das
especificações e assim, não apresenta dano hepático proeminente.
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6. REFERÊNCIAS

1. KAO, Y., Dosagem de Bilirrubina, UFPA. Disponível em:


http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAj9QAD/dosagem-bilirrubina. Data de
acesso: 16 de abril de 2016, 21h38.

2. Site MinhaVida – Bilirrubina: exame pode diagnosticar cirrose e hepatites. Disponível


em: http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/18515-bilirrubina-exame-pode-
diagnosticar-cirrose-e-hepatites. Data de acesso: 16 de abril de 2016, 22h03.

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