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Laboratório Procedimento Operacional Padrão Elaborado: Andressa Franco

Central Revisado: 02/02/2023


DOSAGEM DO ÁCIDO ÚRICO

ÁCIDO ÚRICO-PP

PRINCÍPIO DO TESTE
O ácido úrico é oxidado pela uricase (UOD) em alantoína, gás carbônico e água oxigenada.
Através de uma reação de copulação oxidativa catalisada pela peroxidase (POD), o peróxido de
hidrogênio formado reage com o diclorofenolsulfonato (DCFS) e 4-aminoantipirina (4-AMP),
produzindo uma antipirilquinonimina de cor vermelha. A absorbância do complexo formado,
medida em 520 nm, é diretamente proporcional à concentração de ácido úrico da amostra.

APLICAÇÃO CLÍNICA
A dosagem do Ácido Úrico no sangue, urina e outros líquidos biológicos é empregada
principalmente para avaliar doenças metabólicas genéticas (gota), doenças renais, e patologias
como leucemias, linfomas, etc. Fatores como: sexo, peso, idade, raça, predisposição genética,
diabetes, ingestão excessiva de álcool, determinados medicamentos, estão também relacionados
com alterações nos níveis de ácido úrico sanguíneo.

AMOSTRA
Preparo do Paciente
Colher sangue pela manhã após jejum de 8 horas, salvo orientações médicas.
Amostras utilizadas
Soro, plasma ou urina de 24 horas. Pode-se dosar também em líquidos amniótico ou sinovial.
Estabilidade e armazenamento da amostra
O analito é estável por 7 dias a 2-8 ºC.
Volume ideal utilizado para análise
(Definir o volume ideal a ser encaminhado para análise).
Volume mínimo utilizado para análise
(Definir o volume mínimo a ser encaminhado para análise).
Critérios para rejeição da amostra
Urina: quando constatar presença de ácido ascórbico.
Fazer referência ao manual ou POP de coleta, separação e distribuição de material.

REAGENTE UTILIZADO
ÁCIDO ÚRICO PP CAT. 451 MS 80022230065

GOLD ANALISA DIAGNÓSTICA LTDA


CNPJ – 03.142.794/0001-16
Av. Nossa Senhora de Fátima, 2363
Belo Horizonte – MG – Brasil

Farmacêutico Responsável: José Gilmar Pereira Berto - CRF-MG 13421

Componentes do kit
Conservar entre 2-8C.
Laboratório Procedimento Operacional Padrão Elaborado: Andressa Franco

Central Revisado: 02/02/2023


DOSAGEM DO ÁCIDO ÚRICO

1 Padrão 6,0 mg/dL - Contém 6,0 mg/dL de ácido úrico.

2.Reagente de Cor - Contém tampão fosfato 100 mmol/L pH 7,8; detergente 1,5 g/L,
diclorofenolsulfonato 4,0 mmol/L, uricase  5 U/mL, ascorbato oxidase  5000 U/L, peroxidase
 1 U/mL e 4-aminoantipirina 0,5 mmol/L.

Cuidados e Precauções Especiais


1- O kit destina-se somente para uso diagnóstico in vitro.
2- Aplicar os cuidados habituais de segurança na manipulação dos reagentes e amostra
biológica. Fazer referência ao manual ou POP de segurança.
3- Os reagentes utilizados em condições técnicas adequadas e armazenados nas condições
especificadas são estáveis até a validade citada na embalagem.
4- O reagente uma vez usado, contém soro, plasma ou urina, eventualmente infectado, e deve
ser tratado como material potencialmente infeccioso. Fazer o descarte em lugar apropriado.
5- Os reagentes não contêm substâncias perigosas nas quantidades reportadas. Em caso de
vazamento acidental, lavar o local com água corrente.
6- Recomenda-se o uso de luvas descartáveis durante o manuseio das substâncias. Em caso de
contato com os olhos ou pele, lavar abundantemente com água corrente. Em caso de
ingestão, procurar atendimento médico.
7- Aconselhamos não pipetar diretamente do frasco Reagente de Cor (2) para evitar
contaminação.
8- O Reagente de Cor poderá apresentar uma coloração rósea, mas isso não interferirá no
resultado do teste. A leitura da absorbância do reagente branco deverá ser inferior a 0,200
durante toda a sua utilização ou até a expiração da data de validade do mesmo.

EQUIPAMENTOS
Procedimento Técnico Manual
 Banho-Maria a 37ºC
 Espectrofotômetro ou fotômetro para leituras em 520 nm (510-530)
 Pipetas automáticas
 Cronômetro

Procedimento Técnico Automatizado


Citar nome, modelo e o local onde se encontra o equipamento; Fazer referência ao manual ou
POP para utilização do mesmo.

Procedimento Técnico Alternativo


Citar o equipamento alternativo e os procedimentos para medição dos ensaios. Indicar as
possíveis diferenças quando os procedimentos manuais substituírem os procedimentos
automatizados.

PROCEDIMENTO
Procedimento Manual
1- Deixar os reagentes e as amostras atingirem a temperatura ambiente ou a do banho-maria
(37ºC), antes de realizar o teste.

2- Identificar 3 tubos de ensaio com "Branco", "Teste" e "Padrão" e proceder:


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DOSAGEM DO ÁCIDO ÚRICO

Tubos Branco Teste Padrão


Água 25 L  
deionizada
Amostra  25 L 
Padrão (1)   25 L
Reagente de 1000 L 1000 L 1000 L
Cor

3- Misturar bem e incubar os tubos por 5 minutos em banho-maria a 37ºC.


4- Ler as absorbâncias (A) do Teste e do Padrão em 520 nm ou filtro verde (510-530), acertando
o Zero com o Branco.
5- A cor é estável por 30 minutos.

Dosagem em Amostras de Urina


Homogeneizar a urina, separar 10ml, acertar o pH entre 7,0 e 9,0 com NaOH 5% e aquecer 10
minutos para dissolver os cristais de urato e ácido úrico.
Diluir a amostra de urina 1:10 (0,1 mL de urina + 0,9 mL de água destilada ou deionizada).
Seguir a técnica de análise descrita para o soro e multiplicar o resultado obtido por 10.

Procedimento em Analisadores Automáticos


Mencionar o manual ou POP para utilização do equipamento analítico. Anexar o guia de
aplicação dos reagentes para o sistema automático.

CÁLCULOS
Ver Linearidade.
Como a metodologia obedece à lei de Lambert-Beer, fazer os cálculos feitos com o Fator de
Calibração (FC).
Concentração do Padrão = Cp
Concentração do Teste = Ct
Absorbância Padrão = Ap
Absorbância do Teste = At

Exemplo:

Cp = 6,0 mg/dL Ap = 0,190 At = 0,152

Ct = Fc x At = 31,6 x 0,152 = 4,8 mg/dL

Dosagem de Ácido Úrico na Urina:

mg/24 horas = mg/dL x volume Urinário de 24 h em mL


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DOSAGEM DO ÁCIDO ÚRICO

100

RESULTADOS
Unidade de Medida
mg/dL
Fator de Conversão de Unidades (mg/dL para SI)
mg/dL de Ácido Úrico x 59,5 = µmol/L de Ácido Úrico

CONTROLE DA QUALIDADE
Materiais
Identificar os materiais de controle interno e externo da qualidade, citando fabricante e número
de catálogo.
Referenciar POP para limpeza e secagem dos materiais utilizados.
Controle Interno
Descrever a calibração periódica de pipetas, equipamentos utilizados, controle de temperatura
ambiente e geladeiras para armazenamento dos kits.
Citar a utilização de soros controles (nível normal –código --------- e patológico –código -------)
nas análises realizadas juntamente com a freqüência da utilização dos mesmos. Descrever o
procedimento de verificação de novos lotes de controles e reagentes.
Citar POP para controle interno.
Controle Externo
Descrever os procedimentos utilizados nas avaliações de qualidade feitas por programas de
comparação entre laboratórios ou outros controles de qualidade: PNCQ-SBAC e/ou PELM-
SBPC
Gerenciamento dos dados obtidos no Controle Interno e Externo
Definir como os dados de controle são arquivados e gerenciados.
Fazer referência ao manual ou POP de garantia da qualidade.

VALORES DE REFERÊNCIA
 Soro
Homens: 2,5 a 7,0 mg/dL = 149 a 416 mol/L
Mulheres: 1,5 a 6,0 mg/dL = 89 a 357 mol/L
 Urina
250 a 750 mg/24 horas = 1,5 a 4,5 mmol/24 horas
 Líquido Sinovial
2,0 a 8,0 mg/dL
 Líquido Amniótico: Depende da Idade gestacional
15 semanas: 4,0 mg/dL
25 semanas: 5,7 mg/dL
40 semanas: 10,4 mg/dL

SIGNIFICADO CLÍNICO
O ácido úrico é um metabólito das purinas, ácidos nucleicos e nucleoproteínas. Numerosas
doenças, condições fisiológicas, alterações bioquímicas, fatores sociais e ambientais estão
associados a elevações na concentração do urato plasmático.
Valores aumentados: A hiperuricemia ocorre na maioria dos pacientes com gota, na
insuficiência renal, leucemia, policitemia, mieloma múltiplo, intoxicação por chumbo,
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DOSAGEM DO ÁCIDO ÚRICO

cetoacidose, nos tratamentos com citostáticos ou tiazídicos, na síndrome de Lesch-Nyhan, nas


hiperuricemias idiopáticas.
O aumento de urato está positivamente relacionado a hiperlipidemia, obesidade, aterosclerose,
diabetes mellitus e hipertensão, embora os mecanismos destas alterações ainda não sejam bem
compreendidos.
Valores diminuídos: As causas da hipouricemia são pouco freqüentes, ocorrendo na síndrome
de Fanconi, doença de Wilson e doenças malígnas como linfoma de Hodgkin e carcinoma
broncogênico.
Enquanto drogas como salicilatos, fenilbutazona aumentam a excreção de ácido úrico, outras
como o alopurinol interfere na síntese, diminuindo assim sua concentração no sangue.

VALORES CRÍTICOS
Soro
 12,0 mg/dL
Incluir o procedimento a ser adotado diante de um resultado crítico.

LINEARIDADE E LIMITE DE DETECÇÃO


Linearidade
A reação é linear até 25,0 mg/dL (1487 mol/L). Para valor acima de 25,0 mg/dL, diluir a
amostra com NaCl 0,9 g%, realizar nova dosagem e multiplicar o resultado obtido pelo fator de
diluição empregado.
Limite de detecção
O limite de detecção do kit foi verificado no comprimento de onda de 520nm, sendo que a
alteração mínima detectável foi de 0,02 mg/dL. O intervalo de medida vai de 0,02 mg/dL até 25
mg/dL.

LIMITAÇÕES DO MÉTODO
Os resultados deverão ser usados em conjunto com informações disponíveis da avaliação clínica
e outros procedimentos diagnósticos.
Interferências
Ácido ascórbico, cafeína e teofilina podem elevar a concentração sérica de ácido úrico. Diversas
drogas, como aspirina e outros antiinflamatórios, contrastes radiográficos, vitamina C e warfarin
afetam a excreção de ácido úrico. O uso de diuréticos reduz a taxa de excreção de ácido úrico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- Barham D, Trinder P. Analist 1972;97:142-145.
2- Burtis CA, Ashwood ER. Tietz Fundamento de Química Clínica, 4ª Ed - Guanabara
Koogan SA; 1998.
3- Duncan PH, Gochman N, Cooper T, Smith E, Sayze D ClinChem 1982;28:284-290.
4- Elin RJ, Johnson E, Chesler R. Clin Chem 1982;28:2089.
5- Fossati P, Prencipe L, Berti G Clin Chem 1980, 26:227-31.
6- Inmetro - Boas Práticas de Laboratório Clínico e Listas de Verificação para Avaliação,
Qualitymark ed., Rio de Janeiro, 1997.
7- Kaplan A, Szabo LL, Opheim KE. Clinical Chemistry: Interpretation and Techniques.
Philadelphia, Lea & Febiger, 1988:140-143.
8- Trinder P. Ann Clin Biochem, 1969;6:24.
9- Westgard JO, Barry PL, Hunt MR. Clin Chem 1981; 27:493-501.
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DOSAGEM DO ÁCIDO ÚRICO

10- Ferraz MHC, Delgado RB - Valores de Referência para Exames Laboratoriais: Leão E,
Corrêa EJ, Viana MB, Mota JAC - Pediatria Ambulatorial 3ª Ed. Belo Horizonte,
COOPMED, Belo Horizonte, 1988:837-848.
11- GOLD ANALISA: Informe Técnico do Produto.

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Dra. Andressa Almeida Franco
Farmacêutica Generalista – CRF 551143
Responsável técnica e proprietária

Próxima revisão 02/02/2024

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