Você está na página 1de 15

ENGENHARIA CIVIL

Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III


Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

PAVIMENTAÇÃO – ESTUDOS GEOTÉCNICOS E DIMENSIONAMENTO


III

MASSA ESPECÍFICA APARENTE “IN SITU”

Teor da umidade em campo


Para calcular o teor da umidade em campo usa-se o método umidímetro tipo Speedy.
Veja, a seguir, a imagem do conjunto de equipamentos utilizados para realizar o cálculo do
teor da umidade em campo e o procedimento do cálculo:

Coloca-se em um recipiente hermeticamente fechado uma quantidade de solo úmido sob


o contato do carbureto de cálcio. Posteriormente, isso resultará na formação do gás ace-
tileno, que gerará uma pressão interna. Essa pressão será registrada e, por uma tabela de
aferição, convertida em teor de umidade do solo. Este método é o mais rápido na obten-
ção do índice de umidade, o que o torna o mais apropriado para ser empregado em obras.
Dessa forma, o cálculo da umidade é realizado através da fórmula:

h = teor de umidade
h1 = umidade dada pelo Speedy

ATENÇÃO
O teor de umidade deve ser multiplicado por 100, pois é dado em porcentagem.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 1
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

MÉTODO DO FRASCO DE AREIA (DNER ME 092/94)

Massa específica aparente em campo


O método do frasco de areia consiste em escavar uma certa quantidade de volume
do solo e enchê-lo com areia de densidade conhecida. Ao se comparar o peso necessá-
rio para encher o buraco com o peso da amostra escavada, tem-se a densidade do solo
naquele ponto. Esse método é uma maneira prática de se determinar a massa específica
aparente em campo.
O ensaio do frasco de areia é de suma importância para medir as densidades de campo
dos materiais de subleito, sub-bases e bases, pois através dele é possível obter o grau de
compactação, isto é, a relação entre a compactação obtida e a compactação de laboratório
de pavimentação. Utiliza-se um frasco de areia ao qual se adapta um funil munido de um
registro, como o da imagem a seguir:

O ensaio consiste em escavar um furo no subleito, base ou sub-base nos seguintes pro-
cedimentos:
• Obter peso e teor de umidade;
• Obter peso da areia que preenche a escavação com o auxílio do funil (pesagem ante-
rior e posterior do frasco com areia);
• Obter volume da escavação através do conhecimento do peso específico da areia
(pré-calibrada) e volume do funil; e
• Calcular o peso específico natural e aparente seco do material.

DIRETO DO CONCURSO
94. (CEBRASPE/TCE-RO/2013) O método do frasco de areia é utilizado em campo para
determinar o peso específico seco de compactação.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 2
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

COMENTÁRIO
Como visto, o peso específico seco de compactação pode ser determinado por meio do
método do frasco de areia em campo.

ESTUDOS GEOTÉCNICOS

Os estudos geotécnicos para o Projeto de Pavimentação compreendem:


• Estudos do Subleito.
• Estudos de Ocorrências de Materiais para Pavimentação.

Assim, na execução dos estudos geotécnicos para o Projeto de Pavimentação são feitos
os seguintes ensaios:
• Granulometria por peneiramento com lavagem do material na peneira de 2,0mm
(n°10) e de 0,075mm (n.200);
• Limite de Liquidez;
• Limite de plasticidade;
• Limite de Construção em casos especiais de materiais do subleito;
• Compactação;
• Massa específica Aparente “in situ”;
• Índice Suporte Califórnia (ISC); e
• Expansibilidade no caso de solos lateríticos.

Deve-se lembrar que a expansibilidade máxima do subleito é de 2%.


5m
O reconhecimento dos solos do subleito é feito em duas fases:
• Sondagem no eixo e nos bordos da plataforma da rodovia para identificação dos
diversos horizontes de solos (camadas) por intermédio de uma inspeção expedita do
campo e coleta de amostras.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 3
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

• Realização dos ensaios já citados nas amostras das diversas camadas de solo para
um posterior traçado dos perfis de solos. Para a identificação das diversas camadas de
solo, pela inspeção expedita no campo, são feitas sondagens no eixo e nos bordos
da estrada, devendo estas, de preferência, serem executadas a 3,50m do eixo. Os
furos de sondagem são realizados com trado ou pá e picareta.

É necessário ressaltar que o espaçamento máximo entre dois furos de sondagem no sen-
tido longitudinal é de 100m a 200m, tanto em corte como em aterro, devendo reduzir-se no
caso de grande variação de tipos de solos. Nos pontos de passagem de corte para aterro,
isto é, nos pontos em que a cota vermelha é igual a 0, devem ser realizados também furos
de sondagem.
A profundidade dos furos de sondagem será, de modo geral, de 0,60cm a 1,00m abaixo
do greide projetado para a regularização do subleito.

RELEMBRANDO
Como explicado em aulas anteriores, os últimos 60cm do subleito recebem um tratamento
especial no que tange à compactação da camada, que pode ser realizada em camadas de
20cm cada.

Furos adicionais de sondagem com profundidade de até 1,50m abaixo do greide proje-
tado para regularização poderão ser realizados próximos ao pé de talude de cortes, para
verificação do nível do lençol de água, de acordo com o Projeto de Drenagem, e da pro-
fundidade de camadas rochosas.
Em cada furo de sondagem devem ser anotadas as profundidades inicial e final de cada
camada, a presença e a cota do lençol de água, material com excesso de umidade, ocorrên-
cia de mica e matéria orgânica.
Os furos de sondagem devem ser numerados, identificados com o número de estaca do
trecho da estrada em questão, seguidos das letras E, C ou D, conforme estejam situados no
bordo esquerdo, eixo ou bordo direito. Deve ser anotado tambémo o tipo de seção: corte,
aterro, seção mista ou raspagem, com as respectivas iniciais C, A, SM, R.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 4
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Estudo de Ocorrências de Materiais para Pavimentação


Veja, a seguir, a imagem referente ao esquema de sondagem para prospecção de material:

O estudo das ocorrências de Materiais para Pavimentação é feito em duas fases, com
base nos dados de geologia e pedologia da região, a saber:
• Prospecção Preliminar;
• Prospecção Definitiva: durante os trabalhos é feita também a localização das fontes
de abastecimentos de água.

A prospecção é feita para se identificar as ocorrências que apresentam a possi-


bilidade de seu aproveitamento, tendo em vista a qualidade do material e seu volume
aproximado.
A prospecção preliminar compreende:
• Inspeção expedita no campo;
• Sondagens; e
• Ensaios de laboratórios.

Assim sendo, nas ocorrências de materiais julgados aproveitáveis na inspeção de campo


procede-se do seguinte modo:
• Delimita-se, aproximadamente, a área onde existe a ocorrência do material. Faz-se 4
a 5 furos de sondagem na periferia e no interior da área delimitada, conveniente-
mente localizados até a profundidade necessária ou compatível com os métodos de
extração a serem adotados.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 5
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Coleta-se, em cada furo e para cada camada, uma amostra suficiente para o aten-

dimento dos ensaios desejados. Anota-se as cotas de mudança de camadas, ado-
tando-se uma denominação expedita que as caracterize. Assim, o material aparente
imprestável, constituinte da camada superficial, será identificado com o nome genérico
de capa ou expurgo. Os outros materiais próprios para o uso serão identificados pela
sua denominação corrente do lugar, como: cascalho, seixos etc.
• Faz-se a amarração dos furos de sondagem, anotando-se as distâncias aproximadas
entre os mesmos e a posição da ocorrência em relação à rodovia em estudo.
Uma ocorrência será considerada satisfatória para a prospecção definitiva quando os
materiais coletados e ensaiados quanto a:
• Granulometria por peneiramento com lavagem do material na peneira de 2,0 mm
(n.10) e de 0,075 mm (n.200).
• Limite de Liquidez - LL.
• Limite de plasticidade - LP.
• Equivalente de Areia.
• Compactação.
• Índice Suporte Califórnia – ISC; ou pelo menos, parte dos materiais existentes satisfi-
zerem as especificações vigentes, ou quando houver a possibilidade de correção, por
mistura, com materiais de outras ocorrências.
10m

As quantidades mínimas de materiais de ocorrência a serem reconhecidas, para cada


quilômetro de pavimento de estrada, são aproximadamente as seguintes:
• Regularização e reforço do subleito: 2.500m³.
• Sub-base: 2.000m³.
• Base: 2000m³.
• Areia: 300m³.
• Revestimento (Pedreiras): 500m³.

As exigências para os materiais de reforço do subleito, sub-base e base estabilizada são


as seguintes:
Para base estabilizada granulometricamente:
• Limite de Liquidez máximo: 25%.
• índice de plasticidade máximo: 6%.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 6
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Equivalente de Areia mínimo: 30%.



Veja, a seguir, os valores geralmente utilizados para as bases convencionais e demais
camadas e compare-os com os da base estabilizada granulometricamente, mostrada acima:

Ainda sobre a base estabilizada granulometricamente, deve-se atentar para as seguintes


informações:
• Caso o Limite de Liquidez seja maior que 25% e/ou índice de plasticidade, maior que
6, poderá o solo ser usado em base estabilizada, desde que apresente Equivalente de
Areia maior que 30%, satisfaça as condições de Índice Suporte Califórnia e se enqua-
dre em faixas granulométricas específicas.
• O Índice Suporte Califórnia deverá ser maior ou igual a 60 para qualquer tipo de
tráfego e possuir expansão máxima de 0,5%.

ATENÇÃO
Tem-se, aqui, uma diferença entre a base convencional e a base estabilizada granulome-
tricamente. Na base convencional o CBR é de 80%, ao passo que na base estabilizada
granulometricamente o CBR é igual a 60%. Todavia, a expansibilidade entre as duas bases
permanece a mesma, isto é, 0,5%.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 7
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

• Poderá ser adotado um ISC de 40%, quando economicamente justificado, em face da


carência de materiais e prevendo-se a complementação da Pavimentação – Estudos
geotécnicos e Dimensionamento pedido pelo dimensionamento e pela construção de
outras camadas betuminosas, procedimento que resulta, naturalmente, em um reves-
timento mais robusto.
• Camada granular de pavimentação executada sobre a sub-base, subleito ou reforço
do subleito devidamente regularizado e compactado.
• Os materiais constituintes são solos, mistura de solos, escória, mistura de solos e
materiais britados ou produtos provenientes de britagem.
• O Índice de Suporte Califórnia deverá ser superior a 60% e a expansão máxima
será de 0,5%.

COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA

• Fração que passa na peneira n.40 deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual
a 25% e índice de plasticidade inferior ou igual a 6%; quando esses limites forem ultra-
passados, o equivalente de areia deverá ser maior que 30%.
15m

ATENÇÃO
A fração que passa na peneira n.40 é a fração ligante.

• A porcentagem do material que passa na peneira n.200 não deve ultrapassar ⅔ da


porcentagem que passa na peneira n.400.

ATENÇÃO
A fração que passa na peneira n. 200 é a fração fina, que possui tamanho menor que
0,075 mm. Além desta, há também a fração retida, que também passa na peneira n.200 e
compreende o agregado do solo.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 8
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Equipamento
São indicados os seguintes tipos de equipamentos para a execução de base granular:
motoniveladora pesada, com escarificador; carro tanque distribuidor de água; rolos compac-
tadores tipo pé-de-carneiro, liso, liso-vibratório e pneumático; grade de discos; pulvi-mistura-
dor e central de mistura.

ATENÇÃO
Todos esses equipamentos serão abordados em aulas posteriores.

Execução
A execução da base compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento
ou secagem dos materiais realizados na pista ou em central de mistura, bem como o espa-
lhamento, a compactação e o acabamento na pista devidamente preparada na largura dese-
jada, nas quantidades que permitam, após a compactação, atingir a espessura projetada.
Deve-se levar em consideração as seguintes informações:
• Quando houver necessidade de se executar camada de base com espessura final
superior a 20cm, estas serão subdivididas em camadas parciais.
• A espessura mínima de qualquer camada de base será de 10cm, após a compactação.

DIRETO DO CONCURSO
1. (DIRENS/AERONÁUTICA/EAGS/2019) Assinale a alternativa que contém um procedi-
mento que visa à estabilização de um solo pela simples adequação da distribuição das
diversas porções de diâmetro dos grãos.
a. Solo estabilizado solo-cimento.
b. Solo estabilizado por brita graduada.
c. Solo estabilizado granulometricamente.
d. Solo estabilizado por macadame hidráulico.

COMENTÁRIO
a) O procedimento da estabilização do solo ocorre por meio de ligante (cimento).
b) Não se vale da distribuição dos grãos para estabilizar o solo.
c) A estabilização do solo ocorre por meio da adequada distribuição dos grãos.
d) Não se vale da distribuição dos grãos para estabilizar o solo.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 9
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

SOLO CIMENTO

A estabilização química de solos com cimento Portland pode se dar de duas formas dis-
tintas a depender do objetivo:
• No caso de objetivar-se um enrijecimento significativo do solo, empregam-se percen-
tuais em massa em geral acima de 5% e denomina-se esta mistura de solo-ci-
mento (DNER-ES 305 DNER, 1997f);
• No caso de melhoria parcial das propriedades, principalmente trabalhabilidade con-
jugada com certo aumento de capacidade de suporte, empregam-se percentuais
baixos, da ordem de 3%, denominando-se neste caso a mistura de solo melho-
rado com cimento (DNER-ES 304 DNER, 1997e).

O solo, para ser estabilizado com cimento de forma econômica, deve ter certa propor-
ção de areia, pois, caso tenha um percentual muito alto de argila, pode exigir um teor muito
elevado de cimento e ficar demasiadamente oneroso, além de apresentar muita retração. A
faixa viável é de aproximadamente 5% a 9% de cimento em relação à massa total.
O solo-cimento deve ser feito de preferência em usina, mas também pode ser mistu-
rado em pista, no caso de vias debaixo volume de tráfego. Deve ser compactado imedia-
tamente após a mistura e a distribuição em pista devido à rapidez da reação de hidratação
do cimento.

Solo-cimento
Material proveniente de mistura de solo, cimento e água em usina central ou na pista –
em proporções previamente determinadas por processo próprio de dosagem em laboratório,
de forma a apresentar determinadas características de resistência e durabilidade.

Base de solo-cimento
Camada de base obtida mediante a utilização de solo-cimento devidamente compactado
e submetido à adequado processo de cura.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 10
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Solo
Os solos empregados na execução de base de solo-cimento devem ser os provenientes
de ocorrências de materiais, devendo apresentar as seguintes características:
20m

MISTURA EM USINA CENTRAL

É importante saber que o ideal, em termos de produção, é que o solo-cimento seja


feito em usina central, tendo sua produção em pista um caráter excepcional.
Todas as operações necessárias ao preparo da mistura final devem ser realizadas na
central, restando apenas o transporte da mistura, já pronta, para a pista, onde deve ser
espalhada com as devidas precauções e de modo que, após a compactação, apresente
espessura, greide longitudinal e seção transversal do projeto.

Procedimentos
• A mistura do solo na central deve sofrer um processo de pulverização.
• Ao final deste processo deve ser exigido que, no mínimo, 80% em peso do material
esteja reduzido a partículas de diâmetro inferior a 4,8 mm (peneira n.4).
• O tempo decorrido entre a mistura pronta na central e o início da compactação não
deve ser superior a 1 hora.
• A operação de compactação deve ser conduzida de modo que a espessura a ser com-
pactada na fase final, pelos rolos pneumáticos ou lisos, seja a maior possível,
nunca menor que 10 cm, após compactação.
• O grau de compactação deve ser, no mínimo, 100% em relação à massa especí-
fica aparente seca máxima.
• Os trechos terminados podem ser abertos ao tráfego, transcorrido o período de sete
dias de cura, e uma vez verificado que a superfície endureceu suficientemente.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 11
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Todos estes procedimentos são preceitos da Norma DNIT 143/2010-ES).

MISTURA NA PISTA

Quando, excepcionalmente, for utilizado o material do próprio subleito ou material impor-


tado espalhado no subleito, com mistura na pista, devem ser obedecidas as fases de exe-
cução seguintes:
• Preparo da faixa – Antes de iniciar o preparo da faixa, a drenagem deve estar con-
cluída. A faixa deve estar nivelada e preparada, de modo a atender ao projeto e todo
material impróprio deve ser removido ou substituído, de acordo com o projeto.
• Pulverização e homogeneização do solo – No processo de pulverização e homoge-
neização, deve ser exigido que, no mínimo, 80% em peso do material miúdo seja
reduzido a partículas de diâmetro inferior a 4,8 mm (peneira n.4).

ATENÇÃO
Nota-se que a mesma porcentagem de redução e a mesma peneira usada na mistura em
usina central é utilizada na pulverização e homogeneização do solo na mistura na pista.

• Distribuição de cimento – Regularizado o solo pulverizado, de modo a apresentar


aproximadamente a seção transversal projetada, o cimento Portland, nas quantida-
des especificadas, deve ser distribuído uniformemente na superfície. Essa operação
pode ser realizada pela distribuição dos sacos transversal e longitudinalmente, asse-
gurando posterior espalhamento uniforme do cimento na superfície do solo, na
área correspondente a cada subtrecho, ou a granel, por processo mecânico.
• Nenhum equipamento, exceto o usado para o espalhamento e mistura, pode trafegar
sobre o cimento espalhado antes de ser misturado ao solo.
• Imediatamente após a distribuição, o cimento deve ser misturado como solo pulve-
rizado, em toda a espessura da camada. A mistura deve serrepetida continuamente
pelo tempo necessário para assegurar completa, uniforme e íntima mistura do solo
com o cimento, até que seja conseguida tonalidade uniforme em toda a espessura.
• Em seguida, a mistura deve ser nivelada, obedecendo aproximadamente ao greide e
à seção transversal do projeto.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 12
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

Umedecimento
• A adição de água deve ser feita progressivamente, não sendo aconselhável que em
cada passada do carro-tanque o teor de umidade do solo aumente mais de 2%. A cada
aplicação de água, deve-se proceder à operação de revolvimento para evitar acúmulo
na superfície.
• Esta operação deve ser feita sem interrupção e a incorporação completa da quanti-
dade total de água deve estar terminada, no máximo, dentro de três horas.
• Terminada a incorporação de água, pode ser tolerada na mistura a umidade compreen-
dida entre 0,9 a 1,1 vezes a determinada para o trecho, no ensaio de compactação.
25m

DIRETO DO CONCURSO
2. (IBFC/SMASDH/CUIABÁ/2019) As bases e sub-bases de pavimentações podem
ser rígidas ou flexíveis. Quanto aos exemplos do tipo flexíveis, assinale a alternativa
incorreta.
a. Granulares ou solo estabilizado: constituídas por camadas de solos, seixos, areias,
pedregulhos, escória, britas de rochas ou pela mistura de dois ou mais desses materiais
b. Macadame hidráulico e a seco: formado por uma camada de pedra britada e gradu-
ada que, após a sua compactação, é preenchida com pó de pedra por irrigação ou
varredura. Quando não se utiliza água para o preenchimento dos vazios, tem-se o
macadame a seco
c. Bases e sub-bases por aproveitamento: quando se utilizam revestimentos poliédri-
cos, paralelepípedos e outros. São muito difundida sem repavimentação urbana ou
restauração rodoviária
d. Solo-cimento: quando o solo recebe uma mistura de cimento com a intenção de
melhorar as suas características físicas.

COMENTÁRIO
O solo-cimento é do tipo semirrígido.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 13
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

3. (CEBRASPE/ANALISTA MINISTERIAL/MPC/TCE-PA/2019) A respeito da construção da


estrutura de pavimento que preveja base de solo em cimento, assinale a opção correta.
a. A mistura para a base poderá ser executada em usina, transportada da usina e espa-
lhada na pista, ou poderá ser executada na própria pista, a depender da especifica-
ção do projeto.
b. Antes do preparo da mistura, a fim de verificar se o cimento está empedrado, é reco-
mendável executar o ensaio de peneiramento na peneira 200.
c. Caso o teor de cimento na mistura seja superior a 3%, a base do pavimento poderá
ser executada com essa mistura mesmo em dias de chuva, sem comprometimento da
qualidade dessa camada do pavimento.
d. A verificação final da qualidade da camada deve ser feita a partir da coleta de amos-
tras indeformadas, para execução de ensaios laboratoriais de compressão simples.
e. Devido ao baixo teor de cimento nesse tipo de estrutura, não há necessidade de cura;
assim, os trechos terminados podem ser abertos ao tráfego tão logo seja efetuada a
verificação final da qualidade da camada.

COMENTÁRIO
a) A mistura para a base pode ser feita tanto na usina quanto na própria pista.
b) Deve-se proceder à pulverização em 80% e à redução das partículas a 4,8 mm, tanto na
usina quanto na pista.
c) Não é possível executar a base de pavimento em dias de chuva.
d) As amostras não são indeformadas.
e) É necessário ao solo-cimento um período de cura.

As exigências para os materiais de reforço do subleito, sub-base e base estabilizada são


as seguintes:
• Para reforço do subleito: características geotécnicas superiores a do subleito,
demonstrados pelos ensaios de ISC e de caracterização (Granulometria, LL, LP).
30m
• Para sub-base granulometricamente estabilizada: ISC ≥ 20 e índice do Grupo IG =
0 para qualquer tipo de tráfego.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 14
ENGENHARIA CIVIL
Pavimentação – Estudos Geotécnicos e Dimensionamento III
Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br

GABARITO
94. C
1. c
2. d
3. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Pedro Murga Veloso Pinto.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES

www.grancursosonline.com.br 15

Você também pode gostar