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AGREGADOS

Coeficiente de umidade (k): É importante para corrigir a quantidade de agua de uma


argamassa ou concreto, além da correção da massa dos agregados colocados na mistura.
O coeficiente de umidade pode ser dado pela seguinte relação:

Ms = k . Mh ( ms = massa seca e ma = massa de agua no agregado)

Sabendo que

Seco superfície seca, sem água livre, estando porém preenchidos os vazios permeáveis
das partículas dos agregados.

Saturado apresenta água livre na superfície.


Inchamento de agregado miúdo: Fenômeno de variação do volume aparente
provocado pela adsorção de água livre pelos grãos e que incide sobre sua massa
unitária.

• A areia na obra apresenta-se normalmente úmida e o teor de umidade varia


normalmente de 4 a 6%.
• Ensaios mostram que a água livre aderente aos grãos provoca um afastamento
entre eles. Deste afastamento resulta o inchamento.
• O inchamento depende da composição granulométrica e do grau de umidade. É
maior para areias mais finas.
• O inchamento aumenta com o acréscimo de umidade até um teor de 4 a 6%,
sendo que nesta faixa se dá o inchamento máximo após estes teores o
inchamento decresce.

Coeficiente médio do inchamento (CMI): É a média dos coeficientes de inchamento


nos pontos de umidade crítica e máxima observada.

Umidade crítica: é o teor de umidade acima do qual o inchamento permanece


praticamente constante. Em linhas gerais a tensão superficial da película de água
aumenta a bolha, os grãos de areia se separam.
Curva de Inchamento: Os agregados miúdos têm grande capacidade de retenção de
água, portanto, na preparação de concretos o inchamento é fundamental para a
determinação do traço em volume.

• O inchamento varia com a umidade e, conhecendo-se a curva de inchamento


(inchamento em função da umidade), basta que se determine a umidade para
que se obtenha essa característica.
• Depois de certa umidade a águ a toma os esforços e os grãos descem por
adensamento.
• O inchamento se aplica na correção do agregado miúdo do concreto dosado em
volume e na aquisição de agregado miúdo em volume.

Construção da Curva de Inchamento:(NBR 6467:2006)

Gráfico
Construção da Curva de Inchamento:(NBR 6467:2006)

Ensaio:

• Secar a amostra em estufa até constância de massa;


• Resfriá-la sobre a lona e homogeneizar;
• Determinar sua massa unitária conforme NBR 7251;
• Adicionar água sucessivamente para umidades de 0,5%, 1%, 2%, 3%, 4%, 5%,
7%,9% e 12%.
• Para cada adição de água:

homogeneizar a amostra;
determinar sua “massa unitária úmida”;
coletar material em cápsulas para determinação do
teor umidade em estufa.
Resultado:

• Para cada massa unitária determinada, calcular o teor de umidade do agregado.


Para cada teor de umidade, calcular o coeficiente de inchamento:  = 0

Construção do gráfico:

• Traçar a curva de inchamento de modo a obter uma representação aproximada


do fenômeno.

• Traçar a reta tangente à curva paralela ao eixo das umidades (RETA A).
• Traçar do ponto A reta que une a origem ao ponto de tangência da RETA a
traçada obtém a RETA B.

• Traçar nova tangente à curva, paralela à reta obtém a RETA C.


• A umidade crítica é a abscissa correspondente ao ponto de interseção das duas
tangentes.

• Expressar o coeficiente de inchamento médio (ClM) como a média aritmética


entre o coeficiente de inchamento máximo (ponto A) e aquele correspondente à
umidade crítica (ponto B).
BIBLIOGRAFIA.

 BAUER, L. ª F. “ Materias de Construção” volumes 1 e 2 , 2000 Editora


LivrosTécnicos e Ciêntíficos, São Paulo – SP.
 PETRUCCI, E. G. R. “ Materiais de Construção”, 1998, Editora globo, Rio de
Janeiro – RJ.PETRUCCI, E. G. R. “Concreto de Cimento Portland 1998, Editora
Globo, Rio deJaneiro – RJ.
 RIBEIRO, C.C ,PINTO , J.D, “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO” , ED
CENGAGE LEARNING, SÃO PAULO , 2009.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. O Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa
de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100. O módulo de finura é
muito importante para saber das dimensões dos grãos (superfície especifica). Sua
determinação serve para determinar a quantidade de cimento necessária para envolver
os grãos e a necessidade de água de molhagem e esta relacionado com a área superficial
alterando a agua de amassamento para certa consistência. Determine as porcentagens
retidas e acumuladas em massa de um agregado, como mostra a Tabela abaixo:

Dados: 100

Resolução: com os valores dos pesos retidos em cada peneira, determinou-se a %retida
e a % acumulada na tabela abaixo, na qual deve ser efetuado o calculo do modulo de
finura.

Mf = 0+4+36+58+76+89+96+100 = 4,59
100
Resposta = 4,59

Acima da zona utilizável

2. Agregados para Construção Civil são materiais granulares, sem forma e volume
definidos, de dimensões e propriedades estabelecidas para uso em obras de engenharia
civil, tais como, a pedra britada, o cascalho e as areias naturais ou obtidas por moagem
de rocha, além das argilas e dos substitutivos como resíduos inertes reciclados, escórias
de aciaria, produtos industriais, entre outros. Os agregados são abundantes no Brasil e
no mundo. Os agregados podem ser naturais ou artificiais. Como podem ser
classificados os agregados quanto à origem, dimensões, massa e composição:

Resposta:

À origem;

 Naturais.
 Artificiais.
 Industrializados.

Às dimensões das partículas;

 Miúdo passa na peneira 48 mm.


 Graúdo fica retido na peneira 48 mm.

À massa unitária;

 Leves.
 Médios.
 Pesados.

À composição mineralógica;

 Sedimentar.
 Metamórfica.

3. De acordo com a definição de granulometria, da NBR 7217, pode-se afirmar


que:

a) A composição granulométrica de um agregado é a proporção relativa (em %) dos


diferentes tamanhos dos grãos;
b) A composição granulométrica de um agregado é uniforme e constante;
c) A composição granulométrica de um agregado depende de sua massa unitária;
d) A composição granulométrica de um agregado é a relação entre sua massa e seu
volume;
e) A composição granulométrica de um agregado varia de acordo com seu teor de
umidade.

Resposta: A
4. Os agregados miúdos têm grande capacidade de retenção de água, portanto, na
preparação de concretos o inchamento é fundamental para a determinação do
traço em volume. Conhecendo-se a curva de inchamento, basta que se determine a
umidade para que se obtenha essa característica (NBR6467:2006), determine
umidade crítica e coeficiente de inchamento médio.

Resolução:

Secar certa quantidade de amostra em estufa até constância de massa;


Resfriá-la sobre a lona e homogeneizar;

Determinar sua massa unitária conforme NBR 7251 (seca);

3
Vtotal = 15 dm

Adicionar água sucessivamente para umidades de 0,5%, 1%, 2%, 3%, 4%, 5%, 7%, 9%
e 12%.

Para cada adição de água:


• homogeneizar a amostra;
• determinar sua “massa unitária úmida”;
• determinar o teor de umidade.
Dados coletados durante o ensaio

A cada adição de água foi coletada uma amostra para preenchimento da cápsula e
anotado sua massa para determinação do teor de umidade.

Cada uma dessa amostras foi levada à estufa para secagem e coleta dos resultados,
conforme prescreve a supracitada norma.

Cálculo do teor de umidade do material contido em cada uma das cápsulas, de acordo
com a NBR 6467:2006.

onde:
h = teor de umidade do agregado em porcentagem;
mi = massa inicial da cápsula com areia úmida (g);
mf = massa da cápsula com a areia após a secagem (g); e
mc = massa da cápsula vazia (g).
Cálculo do teor de umidade

Cálculo da massa unitária seca e úmida

<= seca

Cálculo do coeficiente de inchamento


Para os diversos teores de umidade, calcular os respectivos coeficientes de inchamento
pela seguinte formulas:

onde:
CI = coeficiente de inchamento;
h = umidade do agregado (%);
= massa unitária do agregado seco (kg/dm3);
h = massa unitária do agregado com h% de umidade (kg/dm3).
Cálculo do coeficiente de inchamento

Resposta:

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