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Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários 275

g) As amostras de areia serão submetidas aos seguintes ensaios:


- Granulometria
- Teor de matéria orgânica
- Equivalente de areia
h) As amostras de pedreiras serão submetidas aos seguintes ensaios:
- Abrasão Los Angeles
- Índice de forma
- Adesividade

No caso de ocorrências de rocha a inspeção preliminar e a amostragem deverá seguir o


preconizado na Norma DNER-PRO 257/99: Estudos e Amostragem de Rochas em
Pedras para Fins Rodoviários.

No caso de materiais lateríticos serão realizados ensaios para determinação da relação


sílica-sesquióxidos.

3.2 FASE DE PROJETO EXECUTIVO

O Estudo Geotécnico na Fase de Projeto Executivo constará das atividades discriminadas


a seguir.

3.2.1 ESTUDO DO SUBLEITO E CORTES

3.2.1.1 ELABORAÇÃO DE PLANO DE SONDAGEM OU INVESTIGAÇÕES

A partir do reconhecimento geológico-geotécnico da faixa do projeto, deverá ser


elaborado o plano de sondagens ou de investigações a ser discutido e previamente
aprovado pela Fiscalização da UNIT ou da Coordenação de Projetos da CGDESP/DNIT.
A distribuição, espaçamento e número das sondagens/ensaios "in situ" e de laboratório
serão orientados em função das características específicas de cada trecho e
recomendações a seguir:

3.2.1.2 INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS E REALIZAÇÃO DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO

Os materiais a serem movimentados na terraplanagem bem como os materiais


constituintes do subleito deverão caracterizar geotecnicamente, através da realização de
investigações, de tipos e quantidades suficientes a serem definidas no plano de
sondagens/investigações

As sondagens e coleta de amostras dos cortes e subleito deverão contemplar, no mínimo:

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a) Realização de sondagens ao longo dos segmentos de corte, incluindo horizontes
subjacentes ao greide de terraplanagem previsto para fins de orientação na
elaboração dos projetos de pavimentação, geotécnico/terraplanagem e drenagem
profunda conforme orientações a seguir:

b) Furos de sondagem com espaçamentos variáveis em segmentos de corte, máximo de


150m respeitando o número mínimo de furos de sondagens conforme o quadro a
seguir:
Extensão do corte Número mínimo de furos de sondagens

Até 120m 1 furo


120 a 200 2 furos
200 a 300 3 furos
300 a400 4 furos
Superior a 400m 1 furo a cada 150m

NOTA:
- Os furos deverão ser distribuídos de forma a abranger o segmento inicial, o central
e o segmento final do corte;
- Em trechos cujos perfis longitudinais acompanham o terreno natural (greide
colado), greide de rodovias implantadas e ainda aterros com altura inferior a
0,60m, o espaçamento máximo dos furos de sondagem deverá ser de 200m;
- A profundidade a ser sondada para fins de coleta de amostras deverá atingir 1,0 m
abaixo do greide do projeto geométrico (pavimento acabado). Deverá ser coletada
uma amostra representativa para cada horizonte de material de todo furo de
sondagem e caso não ocorra variação, deve ser coletada uma amostra a cada
3,0m sondados.
c) Elaboração do boletim de sondagem, no qual deverá constar a estaca, posição do
furo, as profundidades de início e fim do horizonte coletado e a classificação expedita
do material.

3.2.1.3 REALIZAÇÃO DE ENSAIOS DE LABORATÔRIO CONFORME A SEGUIR

- Análise granulométrica por peneiramento simples;

- Análise granulométrica por sedimentação em amostras representativas dos grupos de


solos existentes com características geológico-geotécnicas similares;

- Limite de liquidez;

- Limite de plasticidade;

Ensaios de compactação com no mínimo 5 pontos;

Ensaios de ISC de todos os pontos.

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3.2.1.4 INVESTIGAÇÃO DO NlvEL D'ÁGUA

Através da observação e anotação no boletim de sondagem da presença do nível d'água


ou umidade excessiva até a profundidade de 3,0m abaixo do greide do projeto geométrico
(pavimento acabado). em todos os furos dos cortes ou em greide colado, deverão ser
coletadas amostras para determinação da umidade natural.

3.2.2 ESTUDO DE EMPRÉSTIMO PARA O CORPO DE ATERRO

A escolha no campo das áreas de empréstimos será feita em função das indicações do
projeto de terraplenagem.

Nos empréstimos laterais os ensaios de compactação e ISC são feitos de 1OOm em


100m.

Onde forem previstos empréstimos concentrados, serão feitos, pelo menos, cinco furos,
distribuídos pela área de empréstimo, com profundidade igual à prevista para o
empréstimo. Para caixas de empréstimo maiores que 10 000 m' será feito um reticulado
com malha de 50 m de lado, com espaçamento máximo de 70 m entre os furos.

Serão coletadas amostras de todos os furos nos diversos horizontes e submetidas aos
seguintes ensaios:

a) Caracterização (granulometria, LL e LP);

b) Índices físicos;

c) Compactação;
d) Índice de Suporte Califórnia.

Nos empréstimos laterais os ensaios de compactação e ISC serão feitos de 200 m a


200m.

Ao longo de toda a extensão do projeto serão executados ensaios para determinação da


massa especifica aparente "in situ" de modo a se obter elementos para definir o fator de
contração aterro/corte.

3.2.3 ESTUDO DE 0CORR~NCIA DE MATERIAIS PARA PAVIMENTAÇÃO

No estudo de ocorrência de materiais para pavimentação, distinguem-se:

a) "Nas ocorrências de materiais granulares, julgadas viáveis pelos estudos preliminares,


em cada nó da malha de 30m de lado serão executados furos de sondagem com
coleta de amostras para realização de ensaios de granulometria por peneiramento
simples, limite de liquidez, limite de plasticidade, de equivalente de areia, e em furos
alternados, ensaios de compactação na energia mais adequada ao material, ISC e
densidade in situ". Para a avaliação dos volumes utilizáveis, só poderá ser
considerada a área efetivamente sondada dentro dos limites definidos pelos furos de

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