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SUPERESTRUTURA VIÁRIA

MÓDULO 1B  ESTUDOS GEOTÉCNICOS PARA


IMPLANTAÇÃO DE OBRAS VIÁRIAS

PROF. RAFAEL MENDONÇA CARVALHAIS – PUC


ESTUDOS GEOTÉCNICOS

Tem por objetivo fornecer os elementos para a elaboração do Projeto de


Terraplenagem, do Projeto de Drenagem e do Projeto de Pavimentação.

Os serviços são desenvolvidos a partir de um reconhecimento geológico-geotécnico


de campo do trecho, visando:
Estudos dos materiais do subleito;
Localização de áreas de ocorrências de materiais de construção (jazidas de
materiais granulares, empréstimos, pedreiras e areais).
SONDAGEM DO SUBLEITO

Os estudos dos materiais do subleito tem como objetivo caracterizar os materiais do subleito
nos segmentos a serem terraplenados, até a profundidade de 1,50 m abaixo do greide de projeto
(subleito), visando a determinação do perfil constitutivo (espessuras e tipos de materiais), verificação
das condições de umidade e coleta de amostras para caracterização laboratorial.
Os serviços realizados compreenderam as sondagens dos materiais dos cortes através da
abertura de poços, sondagens a trado posicionados de modo a caracterizar longitudinalmente todo o
perfil geotécnico do segmento em estudo.
AS OPERAÇÕES REALIZADAS EM CADA LOCAL DE SONDAGEM SÃO AS
SEGUINTES:

• Coleta de amostra de cada horizonte de solo para caracterização laboratorial, até a


profundidade de 1,50m abaixo do greide de projeto;
• Classificação expedita e determinação da espessura dos materiais de todos os
horizontes encontrados;
• Verificação da presença de umidade excessiva, ou de NA (nível d’água), ou de
horizonte rochoso até a profundidade de 1,50 metros abaixo do greide de projeto;
• Obturação do furo de sondagem;
• Coletas de amostras para execução dos seguintes ensaios de laboratório:
 Limite de Liquidez;
 Limite de Plasticidade;
 Granulometria por Peneiramento;
 Granulometria por Peneiramento e Sedimentação (amostras aleatórias);
 Compactação na Energia de referência do Proctor Normal;
 Índice de Suporte Califórnia.
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DOS ENSAIOS DE
SONDAGEM

Os materiais empregados na regularização do subleito devem ser preferencialmente os do


próprio subleito. Em caso de substituição ou adição de material, estes devem ser provenientes de
ocorrências de materiais indicados no projeto - Empréstimos.
Os materiais que forem adicionados em pontos de aterro, ou de substituição do subleito
devem atender a todas as condições impostas pela norma vigente.
A substituição do material do subleito ocorre quando as características do material não
estão de acordo com as normas e com o projeto, por exemplo, expansão acima de 2,00% e CBR
inferior ao CBR adotado no projeto são materiais cabíveis de substituição.
Para melhor analise dos resultados do subleito é feito um gráfico estatístico com todos os
valores de CBR e Expansão das amostras coletadas, no intuído de identificar se, e, quais locais
que necessitam de substituição de material.
GRÁFICO ESTATÍSTICO DE CBR E EXPANSÃO
ESTUDOS DE OCORRÊNCIAS DE MATERIAIS PARA EMPREGO
NA CONSTRUÇÃO

As ocorrências de materiais (jazidas de materiais granulares, empréstimos, pedreiras e areais)


a serem utilizados nas camadas constituintes do pavimento, e para emprego nos serviços de drenagem,
concreto e terraplenagem (corpo de aterro e acabamento de terraplenagem) foram cadastradas tendo em
vista a qualidade e o volume disponível dos materiais.
Busca-se indicar ocorrências com características geotécnicas satisfatórias e volumes
suficientes, levando-se também em conta a otimização das distâncias de transporte. Desta forma, são
localizadas e estudadas as seguintes ocorrências de materiais:
ÁREAS DE EMPRÉSTIMO/ JAZIDA

A amostragem da jazida na etapa de projeto deve ser realizada por meio de furos de
sondagens locados de forma a abranger toda a área da jazida de solos julgada aproveitável na
inspeção de campo e delimitada aproximadamente na etapa de estudo preliminar.
As áreas de empréstimos devem ser cadastradas pela topografia amarrando-se as
coordenadas das sondagens executadas, bem como das cotas da superfície da área, a localização e
a distância em relação à rodovia em análise.
Deve ser coletada em cada furo e para cada horizonte de solo detectado, uma amostra
suficiente para a realização de todos os ensaios geotécnicos de caracterização. Devem ser anotadas
as cotas de mudança de camadas, adotando-se uma denominação expedita que as caracterize.
A área de empréstimo deve ser considerada satisfatória para a prospecção definitiva na
etapa de projeto executivo quando os materiais coletados e ensaiados ou, pelo menos, parte dos
materiais existentes satisfizerem às especificações vigentes, ou quando houver a possibilidade de
correção por mistura com materiais de outras jazidas.
BOLETIM DE SONDAGEM
QUADRO RESUMO DE ENSAIO
PEDREIRA

Na etapa de projeto devem ser realizados ensaios laboratoriais com o objetivo de


obtenção de informações a respeito das propriedades geotécnicas das pedreiras a serem utilizadas
na obra. As informações com relação às propriedades geotécnicas da pedreira devem ser obtidas
por certificados fornecidos pelos proprietários ou pela coleta de amostras e posterior realização de
ensaios laboratoriais. Alguns ensaios laboratoriais que devem ser apresentados para a pedreira são
são:
abrasão Los Angeles;
adesividade a produtos betuminosos;
durabilidade;
granulometria;
Dentre outros.
No caso de utilização no projeto de pedreira comercial devem ser anexadas as licenças de
instalação, exploração e operação da empresa.
BOLETIM DE SONDAGEM
QUADRO RESUMO DE ENSAIO
AREAL

Na etapa de projeto devem ser realizados ensaios laboratoriais com o objetivo de obtenção de
informações a respeito das propriedades geotécnicas das areias a serem utilizadas na obra. As
informações com relação às propriedades geotécnicas do areal devem ser obtidas por certificados
fornecidos pelos proprietários ou pela coleta de amostras e posterior realização de ensaios laboratoriais.
Os ensaios laboratoriais que devem ser apresentados para o areal são:
composição granulométrica;
módulo de finura;
diâmetro máximo;
massa específica real;
massa específica aparente;
teor de argila.
No caso de utilização no projeto de areal comercial devem ser anexadas as licenças de
instalação, exploração e operação da empresa.
BOLETIM DE SONDAGEM
QUADRO RESUMO DE ENSAIO
SONDAGEM A PERCUSSÃO
ESTUDOS DE ÁREAS DE OCORRÊNCIA DE SOLOS DE BAIXA CONSISTÊNCIA

Em várias regiões do estado de Minas Gerais são encontrados solos argilosos de baixa
consistência, sendo que estes se estendem generalizadamente da região sul (depósitos aluvionares) até a
região norte do estado. Assim, grandes extensões da malha rodoviária do estado normalmente têm que
transpor terrenos altamente compressíveis e de baixa taxa de suporte para os aterros rodoviários e obras
de arte correntes. Neste sentido a sondagem PDL – Penetrômetro Dinâmico Leve vem suprir de forma
prática e ágil a grande demanda de investigações necessárias aos projetos e estudos de comportamento
nestes sítios.
O Penetrômetro Dinâmico Leve – PDL caracteriza o perfil de solos compressíveis, assim como
possibilita a quantificação das condições de resistência e deformabilidade dos solos moles de fundação.
A sondagem destaca-se por sua rapidez na execução, praticidade, operacionalidade e baixo custo
aquisitivo e de execução. A operação das sondagens pode ser feita por apenas um sondador, auxiliado
por um ajudante.
ELABORAÇÃO DO LINEAR DE PAVIMENTAÇÃO COM A
LOCAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE MATERIAIS
DISPONÍVEIS E MAIS PRÓXIMAS E CÁLCULO DAS
DISTÂNCIAS MÉDIAS DE TRASNPORTE.
SOLUÇÃO EXERCÍCIO 1

DMT DA BASE OBS: Mistura na Pista com


70% de Solo e 30% de Areia.
 Vi xDi
Volume Distância
Trecho LARGURA EXTENSÃO (km) Espessura Volume de Distância
(ESTACA) (m) (cm)
de solo
areia (m³) Solo (km)
Areia
DMTSolo  DMTSolo 
(m³) (km)
 Vi
0-320 9,3 20  Vi xDi DMTAreia 
DMTAreia 
320-475 9,3 20  Vi
475-675 13,3 20
675-
9,3
747+10 20
675-895 9,3 20
SOLUÇÃO EXERCÍCIO 2

OBS: Mistura em Usina com


DMT DA BASE
40% de Solo e 60% de Brita.
Volume Volume da Distância Distância
Trecho LARGURA Extensão Espessura de solo
Volume
mistura Solo – Ate
Distância
Solo-Brita DMT – SOLO – JAZIDA ATE USINA
de brita Brita – Ate
(ESTACA) (m) (km) (cm) 40% Solo-brita Usina Usina -  Vi xDi
(m³)
60% (m³)
(m³) (km)
Usina (km)
Pista (km) DMTSolo  DMTSolo 
 Vi
0-440

440-510
DMT – BRITA – PEDREIRA ATE USINA
510-910 Vi xDi
DMTBrita 
Vi
DMTBrita 
910-1000
1000- DMT – SOLO-BRITA – USINA ATE A PISTA
1390

Vi xDi
DMTSolo Brita  DMTSoloBrita 
Vi
REFAZER O EXERCÍCIO ANTERIOR
CONSIDERANDO A MISTURA NA PISTA
EXEMPLO DE CÁLCULO DE DISTÂNCIA MÉDIA DE TRANSPORTE – PROJETO DE
PAVIMENTAÇÃO URBANA - RUA NO MUNICÍPIO DE GUANHÃES/MG
RESPONSÁVEL TÉCNICO – ENG RAFAEL M CARVALHAIS
Revestimento Base Sub-base

Opção a 5 cm 20 cm 20 cm

Opção b 8 cm 15 cm 20 cm

MATERIAIS DISPONIVÉIS E UTILIZADOS – SUB-BASE MATERIAIS DISPONIVEIS E UTILIZADOS - BASE

JAZIDAS VOLUME DISPONÍVEL( m3) VOLUME UTILIZADO (m3)


JAZIDAS VOLUME DISPONIVEL( m3) VOLUME UTILIZADO (m3)

J1 58300 2890,5
J3 89000 32400
J2 44500 37576,5

J4 37800 37576,5 J6 69000 29484

J5 32200 32200 J7 35000 34776

DMT DA SUB-BASE
Trecho (km) Opção Espessura (cm) Volume (m³) Distância (km)
0-0,5 A 20
0,5-3,0 A 20
3,0-7,0 A 20
7,0-10,0 A 20
10,0-13,5 A 20
13,5-15,0 A 20
15,0-19,0 A 20

DMT DA BASE
Trecho (km) Opção Espessura (cm) Volume (m³) Distância (km)
0-7 A 20,00
7,0-12,0 A 20,00
12,0-19,0 A 20,00
19,0-20,4 A 20,00
20,4-22 A 20,00
22,0-25,0 A 20,00

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