2022 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA: SONDAGEM SPT

RELATÓRIO TÉCNICO: INVESTIGAÇÃO

GEOTÉCNICA
SONDAGEM A PERCUSSÃO
(Segundo as normas Brasileiras ABNT NBR 6484/2020: Sondagem de simples
reconhecimento com SPT; ABNT NBR 6502/1995: Rochas e solos terminologias;
ABNT NBR 7250/1982: Identificação e descrição de amostras de solo obtidas em
sondagens de simples reconhecimento de solos; ABNT 13441/1995 Rochas e Solos-
Simbologia)

Responsável Técnico:
Eng. Civil Tennyson Xavier Guimarães II

OBRA: Unidade de armazenagem e mistura de fertilizantes. São Luis-MA

Maio/2022.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 5
2. METODOLOGIA ....................................................................................... 5
2.1. Execução do ensaio de SPT ........................................................................ 5
2.2. Perfuração ................................................................................................... 6
2.3. Amostragem ............................................................................................... 7
2.4. Ensaio de infiltração ................................................................................... 8
3. Quantitativo de sondagem SPT executada ............................................... 12
4. Localização dos Furos de sondagem ........................................................ 13
ANEXOS ........................................................................................................................ 14
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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Conjunto, martelo, haste e cabeça de bater. ...................................................... 6

Figura 2: Amostrador bipartido do tipo “Raymond” ........................................................ 7
Figura 3: Ilustração do amostrador bipartido com as dimensões ..................................... 7
Figura 4: Ensaio de infiltração.......................................................................................... 9
Figura 5: Ensaio de infiltração acima do nível d’água ..................................................... 9
Figura 6: Ábaco coeficiente de condutividade em meio não saturado-Cu ..................... 10
Figura 7: Esquema do ensaio de infiltração.................................................................... 11
Figura 8: Localização dos Furos de Sondagem .............................................................. 13
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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Estado de compacidade e Consistência dos solos ........................................... 8

Quadro 2: Ensaio de infiltração. ..................................................................................... 10
Quadro 3: Quantitativo de metros perfurados ................................................................ 12
Quadro 4: Coordenadas dos Furos de Sondagem ........................................................... 13
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1. INTRODUÇÃO

O Standard Penetration teste (SPT) é, reconhecidamente, a mais popular,

rotineira e econômica ferramenta de investigação geotécnica em praticamente todo o
mundo. Ele serve como indicativo da densidade de solos granulares e é aplicado também
na identificação da consistência de solos coesivos, e até mesmo em rochas brandas.
O ensaio de SPT constitui uma medida de resistência dinâmica conjugada a uma
sondagem de simples reconhecimento. É um método rotineiro aplicado a projetos de
fundações diretas e profundas, principalmente aqui no Brasil.
Neste sentido, a empresa CIBRA FERTILIZANTES vem contratar o presente
relatório de investigação geotécnica, objetivando conhecer a capacidade de suporte
oferecida pelo solo, em uma área onde pretendi construir uma unidade de armazenagem
e mistura de fertilizantes.

2. METODOLOGIA

Basicamente os procedimentos de ensaio SPT, destacam-se em:

a) a execução do ensaio, b) procedimento de perfuração, c) a forma de elevação
e liberação do martelo.
A sondagem foi iniciada após limpeza das áreas de interesse, de modo a
permitir o desenvolvimento de todas as operações sem obstáculos. No momento da
limpeza, foi realizado abertura de sulcos ao redor dos furos para desviar as águas de
chuvas, tendo em visto que os serviços foram realizados no período chuvoso.

2.1.EXECUÇÃO DO ENSAIO DE SPT

Com o amostrador devidamente posicionado no fundo da perfuração, na

profundidade de ensaio, colocou-se cuidadosamente o martelo sobre a cabeça de bater,
este conectado a composição de hastes (figura 01).
Em seguida, marcou-se na haste três seguimentos de 15cm e iniciou-se o ensaio
penetrométrico, contando-se o número de golpes necessário para a cravação de cada
segmento de 15cm, esse procedimento foi executado para cada metro, a partir de 1 m de
profundidade da sondagem. O número de golpes NSPT utilizado em projetos de engenharia
é a soma dos últimos 30cm de penetração do amostrador. Entretanto, adicionalmente,
apresentou-se também nos perfis de sondagem (ver anexo), o número de golpes para a

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penetração dos 30cm iniciais, pois diferenças elevadas referentes aos primeiros e aos
últimos 30cm poderão indicar amolgamento do solo ou deficiência na limpeza do furo de
sondagem, sendo essa informação útil para demostrar a qualidade dos ensaios.

.
Figura 1: Conjunto, martelo, haste e cabeça de bater.

Fonte: Ambiental MapGeo, 2022

2.2.PERFURAÇÃO

As perfurações foram iniciadas com trado manual do tipo concha até a

profundidade de 1m. Na sequência, seguiu-se com a perfuração por lavagem com
circulação de água bombeada pelo interior das hastes, até a extremidade inferior do furo.
Durante a lavagem ergueu-se o sistema de hastes até a elevação do trepano com
altura aproximada de 0,30m fazendo-se movimentos de rotação, objetivando a
desintegração do solo, e posterior remoção das partículas escavadas no fundo da
perfuração.
Após a passagem dos primeiros metros de perfuração, foi necessário o uso de
estabilizantes (lama de bentonita) para manter o furo aberto, tendo em vista que a
estratigrafia da área apresentou predominância de material arenoso.

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2.3. AMOSTRAGEM

As amostras foram realizadas a cada metro com auxílio de um amostrador

bipartido do tipo “Raymond” (figura 02 e figura 03), seguido por inspeção táctil visual
com classificação dos materiais atravessados e anotados em boletins de campo.

Figura 2: Amostrador bipartido do tipo “Raymond”

Fonte: Ambiental MapGeo, 2022

Figura 3: Ilustração do amostrador bipartido com as dimensões

Fonte: NBR 6484,2001

De acordo com os resultados penetrométricos obtidos em campo, os valores dos

índices de resistência a penetração nos deram uma indicação quanto a consistência (solos
argilosos) ou estado de compacidade (solos arenosos) das camadas investigadas.
Abaixo, o quadro 1 demonstra a classificação do solo quanto a consistência dos
materiais atravessados.

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Quadro 1: Estado de compacidade e Consistência dos solos

COMPACIDADE E CONSISTÊNCIA DOS SOLOS

AREIAS E SILTES ARENOSOS ARGILAS E SILTES
ARGILOSOS
Índice de resistência
Compacidade N° de golpes Consistência
(N)
≤4 Fofa ≤2 Muito mole
5a8 Pouco compacta 3a5 Mole

9 a 18 Medianamente 6 a 10 Média
compacta
19 a 40 Compacta 11 a 19 Rija
>40 Muito Compacta 20 a 30 Muito rija
- - >30 Dura
Fonte: ABNT NBR 6484, 2020

2.4.ENSAIO DE INFILTRAÇÃO
O ensaio de infiltração foi realizado no furo de sondagem SP-06. O ensaio foi
realizado com o trecho revestido até a profundidade desejada. O trecho ensaiado
correspondeu entre o final do revestimento e o fundo do furo.
Durante a perfuração do trecho a ser ensaiado, utilizou-se água sem material em
suspensão. Ao atingir a cota de ensaio, levantou-se a composição de perfuração e, com o
revestimento posicionado na profundidade prevista, manteve-se a circulação de água de
retorno até que a mesma se apresentou sem detritos ou materiais em suspensão, visíveis
a olho nu.
O furo foi preenchido com água até a boca (figura 04) tomando-se este instante
como tempo zero. O nível de água no furo foi mantido constante, medindo-se o volume
de água introduzido durante certo intervalo de tempo (vazão).
Para o cálculo da permeabilidade em meios não saturados, utilizou-se a fórmula
abaixo (equação 1) associada aos ábacos propostos por ZANGAR, 1953.

𝑸 𝟏
Eq.01: K= .
𝒉 𝑪𝑼.𝒓
Onde:

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 K = Coeficiente de condutividade hidráulica;

 Q = Vazão obtida no ensaio de campo;
 h = Carga hidráulica do ensaio;
 r = Raio da perfuração;
 Cu = Coeficiente de condutividade de meios não saturados.

O coeficiente de condutividade em meios não saturados (Cu) é função do L/h e

h/r (figura 05) e é obtido através do ábaco apresentado na figura 06.

Figura 5: Ensaio de infiltração acima do

Figura 4: Ensaio de infiltração
nível d’água

Fonte: Ambiental MapGeo, 2022. Fonte: Azevedo; Albuquerque Filho, 2013

.

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Figura 6: Ábaco coeficiente de condutividade em meio não saturado-

Cu

Fonte: Azevedo; Albuquerque Filho, 2013.

Quadro 2: Ensaio de infiltração.

HORA Temp.acumulado Temp.Acumulado V. V. Acumulado

(min.) (seg.) Parcial (L)
(L)
0 0 22,17 0
13:00:00 3 180 0,805 22,975
13:03:00 6 360 0,803 23,778
13:06:00 9 540 0,802 24,580
13:09:00 12 720 0,800 25,380
13:12:00 15 900 0,708 26,088
13:15:00 18 1080 0,705 26,793
13:18:00 21 1260 0,705 27,498
13:21:00 24 1440 0,705 28,203
13:24:00 27 1620 0,607 28,810
13:27:00 30 1800 0,603 29,413
13:30:00 33 1980 0,550 29,963
13:33:00 36 2160 0,450 30,413
13:36:00 39 2340 0,450 30,413
13:39:00 42 2520 0,450 30,413
13:42:00 45 2700 0,450 30,413
13:45:00 48 2880 0,450 30,413

Q est.(L/s): 0,0025 Área do Revest. (m²): 0,00316

Q.est(mᶾ/s): 0,0000025 Ø do Revest.: 2.1/2"

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Figura 7: Esquema do ensaio de infiltração

Fonte: Ambiental MapGeo, 2022.

Com base na geometria do ensaio de infiltração (figura 07) encontrou-se a razão

L/h de 0,14 e a razão h/r de 218, entrando-se no ábaco (figura 06) obtemos um coeficiente
de uniformidade Cu de 50.
Entrando-se com os dados obtidos em campo (Q.estabilizado) e os dados acima,
e os dados geométricos, obtivemos uma condutividade hidráulica do meio ensaiado de:
K= 2,23X10-4 cm/s

Para determinação do coeficiente de infiltração, que poderá ser utilizado em

projetos de sumidouro ou vala de infiltração, a expressão abaixo nos fornece o número de
litros que 1m2 de área de infiltração do solo é capaz de absolver em um dia.

490
𝑐𝑖 =
𝑡 + 2,5

Onde:
Ci= coeficiente de infiltração (litros/m2/dia);
t= tempo em min. para descida de 1cm.

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Com base no tempo de 4,7 min/cm, tem-se um Ci: 68,05l/m2/dia

3.QUANTITATIVO DE SONDAGEM SPT EXECUTADA

Foram executados 11 furos de sondagem à percussão, com profundidades

conforme quadro abaixo:

Quadro 3: Quantitativo de metros perfurados

SONDAGEM À PERCUSSÃO
IDENTIFICAÇÃO PROFUNDIDADE (m) Nível de água (m)
SP-01 12,03 Ausente
SP-02 12,08 Ausente
SP-03 12,07 Ausente
SP-04 11,06 Ausente
SP-05 12,07 Ausente
SP-06 12,09 Ausente
SP-07 12,04 Ausente
SP-08 13,06 Ausente
SP-09 12,06 Ausente
SP-10 13,10 Ausente
SP-11 13,08 Ausente
Fonte: Ambiental MapGeo, 2022.

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4.LOCALIZAÇÃO DOS FUROS DE SONDAGEM

Figura 8: Localização dos Furos de Sondagem

Fonte: Ambiental MapGeo, 2022.

Quadro 4: Coordenadas dos Furos de Sondagem

Id. Cota (m) Este (UTM) Norte (UTM)

SP-01 32,89 576077,716 9708551,359
SP-02 32,17 576126,864 9708593,821
SP-03 33,05 576148,803 9708535,635
SP-04 33,01 576220,473 9708533,457
SP-05 32,70 576215,872 9708548,765
SP-06 32,36 576206,157 9708574,05
SP-07 31,96 576195,125 9708612,812
SP-08 32,37 576272,962 9708570,555
SP-09 31,80 576273,998 9708609,342
SP-10 31,98 576341,562 9708588,184
SP-11 30,49 576337,855 9708647,698
Fonte: Ambiental MapGeo, 2022.

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Responsável Técnico
Tennyson Xavier Guimarães II
Engenheiro Civil
CREA-MA: 111632026-6
ART.N°: MA20220530594

ANEXOS
I-PLANTA DE LOCAÇÃO DE SONDAGEM

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II-PERFIS INDIVIDUAIS DE SONDAGEM

III-ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA.

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I-PLANTA DE LOCAÇÃO DE SONDAGEM

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II-PERFIS INDIVIDUAIS DE SONDAGEM

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III-ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA.