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por isso, fique atento! Sempre que possível,
opte pela versão digital. Bons estudos! 

FUNDAÇÕES

A investigação geotécnica no projeto de fundações

A sondagem de simples reconhecimento à percussão é o ensaio de prospecção do subsolo mais


difundido no Brasil, associado ao ensaio de penetração dinâmica ou ensaio de penetração padrão,
conhecido como Standard Penetration Test (SPT). 

Quando realizamos este ensaio buscamos o tipo de solo por meio da análise de amostras deformadas
obtidas de metro em metro, a resistência oferecida pelo solo (N) durante a cravação do amostrador
padrão e a posição do nível d’água.

DIRETRIZES DE EXECUÇÃO

A NBR 6484 – Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos – métodos


de ensaio (ABNT, 2001) e o Manual de Procedimento da ABEF (ABEF, 2012) estabelecem as
seguintes diretrizes de execução:

Marcam-se os furos com a cravação de um piquete de madeira, gravando a


identificação do furo e registrando a cota da boca dos furos em relação ao RN.

Monta-se o tripé (roldanas, corda, martelo).

Perfura-se até um metro de profundidade com o trado concha ou trado-cavadeira


(TC).

Acopla-se o amostrador padrão à extremidade da haste, estipulando com marcações 3


intervalos de 15 cm na haste, e ele é apoiado no fundo do furo.

Ergue-se o martelo de 65 kg com o auxílio da corda e da roldana, até uma altura de 75


cm, e solta-se em queda livre. Esse procedimento é realizado até a penetração de 45
cm do amostrador padrão no solo.

Anota-se no relatório o número de golpes para a cravação dos três segmentos de 15


cm.

Retira-se o conjunto, colhe-se e identifica-se a amostra de solo para o primeiro metro.

Prossegue-se a abertura de mais um metro, agora com o trado espiral ou helicoidal


(TE) i l
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(TE), que remove o material.

Repetem-se os procedimentos de 4 a 8.

Equipamento de sondagem SPT

Fonte: Chiossi (2013, p .123). 

O ensaio será executado de metro em metro com a escavação de 55 cm com TE até encontrar o nível
d’água e cravação de 45 cm do amostrador. Quando a resistência do solo aumentar a ponto do TE não
avançar mais que 50 mm em 10 minutos, inicia-se
o avanço por circulação de água, também conhecido
como lavagem. Nos casos de instabilidade das paredes de escavação, deve-se descer um tubo de
revestimento até o fundo do furo. E a medida de resistência N será a soma dos golpes necessários
para
cravar os últimos 30 cm do amostrador padrão.

Sequência de cravação do amostrador no SPT

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Fonte: Chiossi (2013, p .123). 

AMOSTRAS COLETADAS

As amostras coletadas devem ser identificadas e posteriormente examinadas de forma a determinar


a granulometria, plasticidade, cor e origem (solos residuais, transportados ou aterros). 

Pela medida de resistência N podemos classificar o solo de acordo com a compacidade dos solos
granulares (areias e pedregulhos) e a consistência dos solos finos (argilas e siltes), utilizando o
anexo A da NBR 6484.

Estados de compacidade e de consistência segundo a NBR 6484

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Fonte: ABNT (2001, p. 17).

ENSAIO SPT-T

Complementando a análise da resistência do solo, além da resistência à penetração, podemos obter


medidas de torque (T), neste caso denominamos ensaio SPT-T. Após cravar o amostrador padrão, a
cabeça de bater é retirada para a instalação
do adaptador com um torquímetro. 

Rotacionando este dispositivo com o amostrador cravado no solo a uma profundidade (h), medimos o
torque (T) necessário para romper a adesão entre o amostrador e o solo, obtendo assim o atrito lateral 
(Ft )expresso
em kg/cm² e obtido pela equação apresentada por Schnaid e Odebrecht (2012):

T
Ft =
40,53⋅h−17,40

Uma segunda medida, denominada torque residual, é obtida girando novamente o torquímetro.

Instalação do torquímetro

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Fonte: Schnaid e Odebrecht (2012, p. 29).

A vantagem da medida do torque em relação ao N está na possibilidade de reduzir conhecidos


erros tradicionais do SPT, como contagem do número de golpes, altura de queda, peso da massa
cadente, drapejamento e atrito das
hastes, mau estado da sapata cortante, roldana, corda, etc. Outra
vantagem é a obtenção do atrito lateral de forma mais confiável por um custo adicional pequeno. 

NESTA WEBAULA...

Aprendemos sobre o ensaio SPT. É importante que você o conheça bem, pois, mesmo não escolhendo a
área de fundações na sua carreira, você se deparará com este ensaio em todas as obras das quais
participar. Por isso, continue se aprimorando
e aprofunde seus conhecimentos sobre o SPT.

Vídeo de encerramento
Para visualizar o vídeo, acesse seu material digital.

Bons estudos!

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