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Ensaio de SPT-T

Engenharia Civil
Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat)
6 pag.

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UNIVERSIDADE DO DE MATO GROSSO


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: Fundações e Obras de Terra II


PROFESSORA: Aline Cristina Souza dos Santos

ACADÊMICOS:

Andressa Roos (andressa18roos@hotmail.com)


Fellipe Ferreira Barbosa (Fellipe __Barbosa@Hotmail.com)
Jessica Dalcol Dantas (JessicaDalcol@hotmail.com)

Rafael Junior Bedendo (Rafael_magali@hotmail.com)

ENSAIO SPT-T

1 HISTÓRICO

Segundo Décourt (1998) a sugestão de se medir o torque após a execução do


Standard Penetration Test (SPT) foi feita por Ranzini (1988).

O mesmo autor afirma ainda que a introdução desse ensaio na rotina dos
serviços de sondagem assim como o estabelecimento das regras básicas para sua
interpretação é obra de Décourt e Queresma Filho (1991, 1994).

2 EQUIPAMENTOS

Para este ensaio são necessários todos os equipamentos utilizados no ensaio


SPT, com adição de alguns acessórios para medida de torque através do
equipamento conhecido como torquímetro.

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O torquímetro é uma ferramenta, também conhecida por chave


dinamométrica, usada para ajustar precisamente o torque de um parafuso
em uma porca. Normalmente tem a forma de alavanca com um tipo de
dispositivo dinamométrico que possibilita medir a força de torque (força
rotacional) que permita o máximo de aperto sem o risco de danificar o
material. Ao se aplicar a força necessária na alavanca, o dispositivo
desarma o soquete ou emite algum tipo de aviso ao operador. Isso impede
por um lado que se deixe a peça solta e por outro que o aperto excessivo
danifique a rosca. (Em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Torqu%C3%ADmetro>.
Acesso em: 25 de Fevereiro de 2012.)

Existem vários tipos de dispositivos de medição de torque, desde modelos


exclusivamente mecânicos até modernos aparelhos com display eletrônico e ótimo
desempenho. Como toda ferramenta de precisão, deve ser calibrada
periodicamente.

3 CARACTERIZAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS DO ENSAIO

O SPT é a mais popular técnica de investigação geotécnica, principalmente


devido à simplicidade do equipamento e o baixo custo, além de possibilitar em uma
só operação a retirada de amostras, a determinação do nível d’água e a medida de
resistência à penetração, que pode ser correlacionado com métodos semi-empíricos
de projeto.

O procedimento do ensaio consiste basicamente na cravação de um


amostrador padrão, de diâmetro externo de 50 mm, usando um peso de 65 kg,
caindo de uma altura de 75 cm. O valor N é o número de golpes necessário para
fazer o amostrador penetrar 30 cm, após uma cravação inicial de 15 cm. No Brasil,
o ensaio é normatizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas através da
NBR 6484 de 2001 (Solo - Sondagens de simples reconhecimentos com SPT -
Método de ensaio). É comum em todo mundo o uso de procedimentos não
padronizados e equipamentos diferentes entre si principalmente com relação a
qualidade e conservação.

Apesar de ser continuamente criticado pela própria comunidade geotécnica,


devido principalmente à diversidade de procedimentos utilizados na execução do

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ensaio e a pouca racionalidade de alguns métodos de uso e interpretação, o SPT


ainda é o ensaio mais utilizado na prática de Engenharia de Fundações.

O procedimento SPT-T (Standard Penetration Test with Torque


Measurements) consiste em após a cravação do amostrador padrão conforme prevê
a Norma Brasileira NBR 6484/2001, retirar-se a cabeça de bater e colocar o disco
centralizador até este apoiar-se no tubo guia. Rosqueia-se na mesma luva, onde
estava acoplada a cabeça de bater, o pino adaptador. Encaixa-se no pino uma chave
soquete onde se acopla o torquímetro.

A figura a seguir mostra o equipamento pronto para realizar o ensaio SPT-T.

Torquímetro montado.

Aplica-se à haste uma torção, medindo, por meio de um torquímetro usado


como braço de alavanca e mantido na horizontal, o momento de torção máximo
necessário à rotação do amostrador, para obter, assim, uma medida da resistência
lateral.

Na rotação que se aplica ao amostrador por meio de um torquímetro pode-se


medir um torque máximo, que define a tensão de atrito lateral (fs máxima) e o torque
residual, que define a tensão de atrito lateral mínima (fs residual) após o
remodelamento da película de solo na interface com o amostrador.

Segundo Alonso (1994) o ensaio SPT-T, não está sujeito aos erros cometidos
no ensaio SPT, tais como:

• Massa cadente; é a energia obtida pela queda do peso de 65 Kg a uma


altura de 75 cm onde a energia gravitacional é transferida para o trado
(amostrador).

• Altura de queda; ocorre principalmente quando o levantamento do peso é


realizado manualmente, onde o operador eleva de mais ou de menos o
mesmo, fazendo com que a altura de queda não corresponda a da norma.

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• Atritos múltiplos; é observado principalmente em equipamentos mal


conservados onde a falta de manutenção faz com que o atrito na roldana
de movimentação do peso, seja elevado a ponto de interferir na velocidade
de queda.

• Peso e rigidez das hastes; ocorre devido aos diferentes metais empregados
na fabricação dos equipamentos, proporcionando ferramentas mais
pesadas ou mais rígidas, que interfere na transferência de energia do
martelo (peso) para o trado.

• Restando apenas os erros relativos ao estado da parede lateral do


amostrador; o trado é um equipamento que por estar em contato direto com
solo e eventuais pedras acaba por desenvolver ranhuras em sua face
lateral, podendo vir a interferir nos resultados de torque.

• À velocidade de aplicação do torque; uma mão de obra mal qualificada


pode executar os movimentos de torsão de forma inapropriada, girando-se
o torquímetro rapidamente, dificultando a leitura da medida de torque.

• Erros de leitura; ocorrem principalmente com torquimetro analógico, onde


a precisão varia entre mais ou menos 3%.

• Sistemáticos e acidentais comuns a todas as medidas de grandeza; são


erros que podem ou não serem corrigidos, estão ligados a escala
inadequada ou deficiente calibração do aparelho ou ainda podem ser por
fatores externos (ambientais ou não), mas que perturbam o ato de medir.

4 RESULTADOS APRESENTADOS

As principais informações obtidas com o ensaio de SPT-T são:

• A identificação das diferentes camadas de solo que compõem o subsolo;


são feitas com auxilio de um geólogo experiente, que através da cor, da
textura

• A classificação dos solos de cada camada; através de ensaios em


laboratório de solos tal como granulométrico que classifica o solo em
pedregulho, areia, silte e argila.

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• A existência ou não de Lençol freático e o nível inicial e após 24 horas; se


a amostra de solo obtida estiver com grau de umidade elevada então o
nível do lençol freático se encontra nesta cota, ao termino do ensaio deve-
se esgotar o furo e proceder a medida do nível do lençol freático após o
período de 24 horas.

• A capacidade de carga do solo em várias profundidades; é expresso por


formulações que utilizam o N que é o numero de golpes obtido para cravar
o amostrador 30 cm no solo.

• Índice de torque (TR); é a relação entre o torque medido em kgf/m pelo


valor N do SPT, descrito pela seguinte equação:

5 PRINCIPAIS USOS E APLICAÇÕES

O ensaio de SPT-T esta sendo utilizado em obras de médio e grande porte


que utilizam fundações profundas de atrito lateral, ajudando a minimizar os erros
grosseiros que podem acontecer no ensaio de SPT, ditos anteriormente.

6 INFORMAÇÕES RELEVANTES

A introdução da medida de torque no ensaio de SPT veio para dar suporte a


um dos melhores métodos de avaliação do solo.

O SPT quando realizado em solos que apresentam camadas com pedregulho


pode ter seu N (numero de golpes) elevado por consequência de alguma pedra
interferir no ensaio, paralelo ao SPT, a medida do torque mostra que o atrito lateral
não é afetado quando ocorrido o problema.

Então podemos dizer que o SPT-T foi idealizado para corrigir o ensaio de
SPT.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Levando em consideração as informações descritas anteriormente podemos


afirmar que a utilização deste ensaio se torna essencial para solos desconhecidos.

E mesmo em solos anteriormente estudados por sondagem SPT e que já


possuem edificações é aconselhável introduzir a medida de torque em novas
sondagens, levando em considerações as suas vatagens.

REFERÊNCIAS

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484: Solo –


Sondagens de simples reconhecimentos com SPT – Método de ensaio. Rio de
Janeiro: ABNT, 2001.

ALONSO, U.R. (1994). Correlações entre o atrito lateral medido com o torque e o
SPT – Solos e Rochas, ABMS/ABGE

QUARESMA, A.R., DÉCOURT, L., QUARESMA FILHO, A.R., ALMEIDA, M.S.S &
DANZIGER, F. (1998). Investigações Geotécnicas. Fundações : Teoria e Prática.
HACHICH, W., FALCONI, F.F., SAES, J.L., FROTA, R.G.Q., CARVALHO, C.S &
NIYAMA, S. 2º edição. Pini ,São Paulo

Torquimetro: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Torqu%C3%ADmetro>.


Acesso em: 25 de Fevereiro de 2012.

Torquímetro montado;Disponivel em <http://www.casaeoferta.com.br/produtos/son


dagem_225.htmlo> Acessado em 19 de março de 2012.

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