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Fundações
Unidade 4 – Seção 1
Na sua vida profissional, você deverá estar preparado para atuar em todos os tipos e portes de obras, como residências,
galpões, edifícios, pontes, portos, entre outros, e as fundações por estacas o levará a esse cenário. O primeiro passo
é
entender como as estacas trabalham, para então projetá-las. Por isso, nesta webaula, aprenderemos sobre a previsão da
capacidade de carga de estacas.
O estudo da capacidade de carga de estacas determina as formas de transferência dos esforços aplicados à estaca para o
maciço de solo que envolve o fuste (resistência lateral – RL )
e o que está no entorno da ponta (resistência de ponta – RP ).
Com essa análise pode-se fixar o comprimento das estacas de fundação, de maneira que seja assegurada uma resistência do
solo igual ou maior que a carga de trabalho estipulada, considerando todos os coeficientes de segurança envolvidos (carga
admissível – Padm ). Denominamos capacidade de carga (ou carga
última) de uma estaca a carga Pu que provoca a ruptura
do sistema.
RP +RL
Padm = (
FSg
) − Pan
Sendo:
• Pan
: atrito
negativo.
Métodos semiempíricos
A carga de trabalho das estacas de fundação pode ser avaliada por métodos semiempíricos, que são “baseados em
correlações empíricas com resultados de ensaios de campo e ajustados com provas de carga” (CINTRA; AOKI, 2010, p. 22).
A capacidade de carga de estacas obtida por esses métodos é a mais difundida no Brasil e os métodos consagrados
adotados nos escritórios são: Aoki & Velloso e Décourt & Quaresma.
No método de Aoki e Velloso (1975), a base do processo é a relação entre as resistências lateral e de ponta, medidas no
ensaio de penetração do cone “CPT” (Cone Penetration Test). Mas, como no Brasil, o ensaio CPT não
é tão utilizado, os
autores apresentam correlações estatísticas, relacionando os resultados de CPT e os resultados de SPT (Standad Penetration
Test), como mostram as equações a seguir.
Carga admissível
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S O L O
K (kPa)
α (%)
pura
1000 1,4
siltosa 800 2,0
AREIA
silto argilosa
700 2,4
Argilosa
600 3,0
argilo siltosa
500 2,8
puro
400 3,0
arenoso
550 2,2
SILTE
areno argiloso
450 2,8
argiloso
230 3,4
argilo arenoso
250 3,0
pura
200 6,0
arenosa
350 2,4
ARGILA
areno siltosa
300 2,8
siltosa
220 4,0
silto arenosa
330 3,0
Tipo de estaca
F1 F2
Franki
2,50 2 F1
Pré-moldada
1+D/0,80 2 F1
Escavada
3,0 2 F1
Já o método proposto por Décourt & Quaresma (1978) é baseado diretamente em dados de SPT. Conheça as equações
desse método a seguir.
Carga admissível
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Tipo de Estaca
Tipo de solo
Escavada em geral
Escavada com bentonita
Hélice contínua
Injetadas (raiz)
Injetadas
(sob pressão)
Argilas
0,80
0,90*
1,00*
1,50*
3,00*
Siltes
0,65
0,75*
1,00*
1,50*
3,00*
Areias
0,50
0,60*
1,00*
1,50*
3,00*
Tipo de Estaca
Tipo de solo
Escavada a seco
Escavada com lama
Hélice contínua
Injetadas (raiz)
Injetadas
(sob pressão)
Argilas
0,85
0,85
0,30*
0,85*
1,00*
Siltes
0,60 0,60 0,30*
0,60*
1,00*
Areias
0,50
0,50
0,30*
0,50*
1,00*
Coeficiente K
K
S o l o
(kN/m²)
(tf/m²)
Argila 120
12
Silte Argiloso*
200
20
Silte Arenoso*
250
25
Areia
400
40
Nesta webaula, conhecemos os métodos semiempíricos para a obtenção da capacidade de carga de estacas. Continue
seus estudos para aprender sobre outros métodos.
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