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Capacidade de carga de estacas:


exemplo resolvido
 FILIPE MARINHO /  FEVEREIRO 7, 2019 /
 GEOTECNIA (HTTPS://WWW.GUIADAENGENHARIA.COM/CATEGORY/GEOTECNIA/) /
 (HTTPS://WWW.GUIADAENGENHARIA.COM/CAPACIDADE-CARGA-ESTACAS-EXEMPLO/#COMMENTS)
(https://www.guiadaengenharia.com/wp-
content/uploads/2019/02/per l-solo-exemplo.jpg)
PERFIL GEOTÉCNICO PARA EXEMPLO

Escolha das estacas


O primeiro passo na determinação da capacidade de carga para estacas é determinar o
tipo de estaca (https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-profundas-estacas/) e
suas dimensões.

Planilha Capacidade de Carga em Estacas


Tenha acesso agora a nossa Planilha de Capacidade de Carga em Estacas
ϕ25 500

ϕ33 700

ϕ20 250

ϕ26 400

ϕ33 600
Centrifugada circular
ϕ42 900

ϕ50 1300

ϕ60 1700

Nesse exemplo, faremos uso da estaca vibrada quadrada. Para esse tipo de estaca e
lembrando que a carga advinda da superestrutura é de 450 kN, podemos fazer uso de 2 essa escolha é feita
após visualizar a
estacas de 20 cm x 20 cm ou uma única estaca de 30 cm x 30 cm.
planilha da capacidade
estrutural da estaca
Escolhi adotar uma estaca única de 30 cm x 30 cm por provável economia na cravação de
apenas uma estaca.

Método de Aoki-Velloso
Agora que já sabemos o tipo e a dimensão da estaca que será utilizada, podemos apenas
aplicar o método de Aoki-Velloso. Lembrando que pela tabela apresentada no post anterior,
para estacas pré-moldadas de concreto, temos: olhar a tabela original
do método pois
apresenta F1 e F2 para
varios tipos de estacas
Tipo de estaca F1 F2

Pré-moldada de concreto
1,75 3,50
D<60cm

Pré-moldada de concreto
2,50 1,40
D>60cm

Logo, para o nosso caso (estaca de 30 cm x 30 cm) temos que:

F1=1,75;
F2=3,50. Olhar a tabela original
de k, para varios tipos
de solo
O nosso per l apresenta três tipologias de solo: areia argilosa, argila arenosa e argila areno-
siltosa. Temos então, para a planilha também já apresentada no post anterior:

Tipo de solo K (kgf/cm²) α(%)

Areia argilosa 6,0 3,0

Argila arenosa 3,5 2,4


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Como o exemplo já determina que devemos utilizar estaca(s) pré-moldadas de concreto,


partiremos dessa limitação.

Lembrando que muitas vezes a determinação do tipo de estaca


(https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-profundas-estacas/) em uma obra se dá pelo
preço, disponibilidade no local ou até mesmo por preferência da empresa construtora.

Então, sabendo que utilizaremos estaca pré-moldada de concreto, utilizaremos a tabela a


seguir (apresentada no post anterior).

Tipo de estaca Dimensão (cm) Carga usual (kN)

20 x 20 250

25 x 25 400
Vibrada quadrada
30 x 30 550

35 x 35 800

ϕ20 300

ϕ29 500
Vibrada circular
700
ϕ33

Protendida circular ϕ20 250


Você já viu no post sobre capacidade de carga
(https://www.guiadaengenharia.com/capacidade-carga-estacas/) para estacas
(https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-profundas-estacas/) os principais conceitos
envolvidos nesse cálculo. Também vimos que os métodos de Aoki-Velloso e Décourt-
Quaresma são os dois métodos semi-empíricos mais utilizados nacionalmente para
determinação da capacidade de carga.

Neste post iremos resolver um exemplo prático através dos dois métodos para melhor xação
do conteúdo visto e, por m, comparar os resultados obtidos por ambos métodos.

Você pode acompanhar a resolução do exercício acompanhando a leitura do post, ou se


preferir, pode assistir o vídeo que zemos pra você, separando a resolução das questões pelos
dois métodos de resolução!

Capacidade de Carga em Estacas por A…


A…

Agora, vamos à resolução do exemplo!

Exemplo proposto
Determinar a capacidade de carga de uma estaca (ou conjunto de estacas) pré-moldada(s)
(https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-profundas-estacas/) de concreto armado
para o per l de solo ilustrado abaixo. A carga advinda da superestrutura é de 450 kN.
Argila areno-siltosa 3,0 2,8

Tais valores de K e α serão utilizados na tabela de cálculo da capacidade de carga.

Agora, lembrando das formulações de Aoki-Velloso, para nalizarmos a primeira parte do


nosso exemplo, o método consiste em determinar duas parcelas da carga transmitida pela
fundação ao solo e somá-las ao nal:

Pr = PP + PL

Onde:

K ⋅ NSPT
PP = AP ⋅
F1

α ⋅ K ⋅ NSPT
PL = ∑ ⋅AL ⋅
F2

Onde:

AP: área da base da estaca;


AL: área lateral ao longo de todo o comprimento da estaca;
K e α: valores tabelados que variam de acordo com a natureza do solo;
F1 e F2: valores tabelados que variam de acordo com o tipo de estaca;

Para o seu melhor entendimento, dividimos os cálculo de PP, PL e Pr em três tabelas distintas,
calculando cada um separadamente. Então, utilizando a formulação acima, teremos: resistência de ponta para
várias cotas de
assentamento possíveis.

Prof. (m) NSPT F1 K (kN/cm²) AP (cm²) PP (kN)

1 3 1,75 0,06 900 92,57

2 3 1,75 0,06 900 92,57

3 5 1,75 0,06 900 154,29

4 6 1,75 0,035 900 108,00

5 8 1,75 0,035 900 144,00

6 13 1,75 0,035 900 234,00

7 17 1,75 0,035 900 306,00

8
25 1,75 0,035 900 450,00

9 27 1,75 0,03 900 416,57

10 32 1,75 0,03 900 493,71

11 36 1,75 0,03 900 555,43


resistência lateral para cada metro
de profundidade

Resistência lateral
acumulada para varias
cotas e assentamento
possíveis.

(https://www.guiadaengenharia.com/wp-content/uploads/2019/02/planilha-resistencia-
lateral-aoki.png)

Prof. (m) PP (kN) PL acumulada (kN) Pr(kN)

1 92,57 18,51 111,09


resistência total para
várias cotas de
2 92,57 37,03 129,60 assentamento

3 154,29 67,89 222,17

4 108,00 85,17 193,17

252,21
5 144,00 108,21

6 234,00 145,65 379,65

7 306,00 194,61 500,61

8 450,00 266,61 716,61

9 416,57 344,37 760,94

10 493,71 436,53 930,24

11 555,43 540,21 1095,63

Lembrando que, segundo a NBR 6122(2010), devemos considerar um fator de segurança de


2,0 para o cálculo da capacidade de carga admissível, devemos dividir a capacidade de carga
encontrada por esse valor, então temos:
esse valor é para estaca cravada.
Verificar na norma o valor para No caso, de se utilizar
outros tipos de estacas. Portanto a bloco de estacas,
  escolha da profundidade tem que ser deve-se ainda verificar a
baseada na carga admissivel da interação entre as
estaca-solo e não a capacidade estacas.
resistente da mesma.
Utilizaremos a mesma estaca já de nida anteriormente, visto que a carga atuante é a mesma,
450 kN, e assim, servirá para uma melhor comparação entre os resultados obtidos pelos dois
métodos. Aqui já começa o
método de Decourt e
Quaresma
Bem, então, como citado, temos que:

Qr = QP + QL

Onde:

P
QP = α ⋅ C ⋅ NSPT ⋅ AP

NLSPT
QL = 10 ⋅ β ⋅ [( + 1) ⋅ AL ]
3

Onde:

α e β : valores tabelados que variam com o tipo de solo e o tipo de estaca e minoram as
resistências laterais e de ponta das mesmas;
C: valor tabelado de resistência do solo;
P
NSPT : valor do Nspt na ponta da estaca. Podendo ser considerada uma média entre o
Nspt da cota de assentamento e os Nspt imediatamente superior e inferior;
L
NSPT : valor médio do Nspt ao longo do fuste, não considerando os valores de Nspt
utilizados para o cálculo da resistência de ponta. Para valores de Nspt maiores que 50,
deve ser considerado que Nspt=50;
AP: área da base da estaca;
AL: área lateral da estaca, expressa em m²;

Como estamos usando estacas pré-moldadas, utilizaremos os valores de α e β para estacas


cravadas:

Estaca Cravada

Solo α β

Argilas 1,00 1,00

Siltes 1,00 1,00

Areias 1,00 1,00

Além disso, temos que os valores de C, para as tipologias de solo presentes no per l
geotécnico apresentado são:

Solo C (kgf/cm²)

Argilas 1,2

Areias 4,0
Assim como zemos para o método de Aoki-Velloso, dividimos os cálculo de QP, QL  e Qr em
três tabelas distintas, calculando cada um separadamente. Então, utilizando a formulação
acima, teremos:

Prof. (m) NSPT α C (kN/cm²) AP (cm²) QP (kN)

1 3 1,0 0,04 900 108,00

2 3 1,0 0,04 900 132,00

3 5 1,0 0,04 900 168,00

4 6 1,0 0,012 900 68,40

5 8 1,0 0,012 900 97,20

6 13 1,0 0,012 900 136,80

7 17 1,0 0,012 900 198,00

8 25 1,0 0,012 900 248,40

9 27 1,0 0,012 900 302,40

10 32 1,0 0,012 900 342,00

11 36 1,0 0,012 900 367,20

Prof. (m) NSPT β AL(m²) QL (kN)

1 3 1,0 1,20 0,00

2 3 1,0 1,20 0,00

3 5 1,0 1,20 72,00

4 6 1,0 1,20 96,00

5 8 1,0 1,20 133,33

6 13 1,0 1,20 174,00

7 17 1,0 1,20 224,00

8 25 1,0 1,20 298,67

9 27 1,0 1,20 390,00

10 32 1,0 1,20 520,00

11 36 1,0 1,20 655,12

Prof. (m) QP (kN) QL (kN) Qr (kN)

1 108,00 0,00 108,00

2 132,00 0,00 132,00

3 168,00 72,00 240,00


4 68,40 96,00 164,40

5 97,20 133,33 230,53

6 136,80 174,00 310,80

7 198,00 224,00 422,00

8 248,40 298,67 547,07

9 302,40 390,00 692,40

10 342,00 520,00 862,00

11 367,20 655,12 1022,32

Lembrando que para o método de Décourt-Quaresma temos duas formas de calcular a


capacidade de carga admissível e devemos adotar a menor entre essas duas maneiras,
que são:

Qr QP QL
Qadm = e Qadm = +
2 4 1, 3

Temos então:

Prof. (m) Qr (kN) Qr/2 (kN) QP/4 + QL/1,3 (kN) Qadm (kN)

1 108,00 54,00 27,00 27,00

2 132,00 66,00 33,00 33,00

3 240,00 120,00 97,38 97,38

4 164,40 82,20 90,95 82,20

5 230,53 115,27 126,86 115,27

6 310,80 155,40 168,05 155,40

7 422,00 211,00 221,81 211,00

8 547,07 273,54 291,85 273,54

9 692,40 346,20 375,60 346,20

10 862,00 431,00 485,50 431,00

11 1022,32 511,16 595,74 511,16

Então, utilizando o método de Décourt-Quaresma também só seria necessária uma estaca


pré-moldada de 30 cm x 30 cm com 11 m de profundidade para garantir uma transmissão
de 511,16 kN ao solo, valor superior aos 450 kN advindos da superestrutura.

Comparação dos métodos


Prof. (m) Pr(kN) Padm (kN)

1 111,09 55,54

2 129,60 64,80

3 222,17 111,09

4 193,17 96,58

5 252,21 126,10

6 379,65 189,82

7 500,61 250,30

8 716,61 358,30

9 760,94 380,47

10 930,24 465,12

11 1095,63 547,82

Então, utilizando o método de Aoki-Velloso, necessitaríamos de uma estaca pré-moldada


de 30cm x 30 cm com 10 m de profundidade para garantir uma transmissão de 465,12 kN
ao solo, valor superior aos 450 kN advindos da superestrutura.

Método de Décourt-Quaresma
A seguir, apresentaremos a resolução para o método de Décourt-Quaresma, que você pode
acompanhar também pelo vídeo abaixo!

Capacidade de Carga em Estacas por D…


D…

Assim como no método anterior, devemos calcular uma resistência lateral acumulada ao longo
da profundidade da estaca e uma resistência de ponta e, por m, somar as duas a m de obter
a capacidade de carga total.
Bem, agora que já calculamos as capacidades de carga admissíveis para ambos os métodos,
chegamos a comparação dos resultados.

Inicialmente, podemos notar que pelos dois métodos chegamos ao resultado de que a
profundidade da estaca pré-moldada adotada teria que ser igual ou superior a 10,0m para o
cálculo pelo método de Aoki-Velloso. Já para o método de Décourt-Quaresma, a menor
profundidade da estaca deve ser de 11,0m.

Porém, para a mesma profundidade, os métodos apresentam capacidade de carga


admissíveis diferentes.

Pelo método de Aoki-Velloso obtemos o resultado de 465,12 kN para 10,0m de profundidade,


enquanto pelo método de Décourt-Quaresma encontramos o valor de 511,16 kN para 11,0m de
profundidade.

Abaixo, apresentamos uma tabela com o valor da capacidade de carga admissível para ambos
os métodos ao longo da profundidade.

Aoki-Velloso Décourt-Quaresma
Prof. (m)
Padm (kN) Qadm (kN)

1 55,5 27,00

2 64,8 33,00

3 111,1 97,38

4 96,6 82,20

5 126,1 115,27

6 189,8 155,40

7 250,3 211,00

8 358,3 273,54

9 380,5 346,20

10 465,1 431,00

11 547,8 511,16

Espero que o post tenha te ajudado a sanar suas dúvidas sobre o conteúdo!

Caso você ainda tenha alguma dúvida, deixa nos comentários que a gente responde!

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