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Asfalto-Borracha

A problemática dos Pneus


• No globo, a estimativa de pneus descartados por ano é superior a 2
bilhões de unidades. Deste volume menos de 20% são reciclados.

• Em 1999, segundo a ANIP – Associação Nacional da Indústria de


Pneumáticos, o Brasil produz cerca de 50,3 milhões de pneus por
ano.

• Quando abandonados em locais inadequados, os pneus servem


como local para procriação de mosquitos e outros vetores de
doenças e representam um risco constante de incêndio, que
contamina o ar com uma fumaça altamente tóxica e deixa um óleo
que se infiltra e contamina o lençol freático. Além disso, a
disposição de pneus em aterros sanitários é problemática, pois os
pneus dificultam a compactação, reduzindo significativamente a
vida útil dos aterros (ODA, 2002).
Um pneu de automóvel de passeio de 9,5 kg tem em
sua composição aproximadamente:

4,5 kg de borracha natural ou sintética;


1,4 kg de aço e lona;
3,6 kg de negro de fumo e produtos químicos.

Pneu inservível gera: aço, nylon,


borracha e emprego.
O pó de pneu pode ser obtido por 2 métodos distintos:

Criogênico
Mecânico
ASFALTO MODIFICADO COM
INCORPORAÇÃO DE BORRACHA
GRANULADA RECICLADA DE PNEUS

Origem :
1960 – Charles H. MacDonald
Via Úmida
DOT - Arizona
EUA (Arizona , Califórnia , Flórida e Texas)
África do Sul (desde 1982)
Portugal
Austrália
Charlie McDonald

A-R “Bandaid”
1966
A-R “Bandaid”
Depois de um ano
1967
Aplicação da Borracha:

Duas formas de utilização na mistura asfáltica:

Via seca, a borracha é introduzida diretamente no


misturador da usina de asfalto.
Borracha-agregado.

Via úmida, a borracha é previamente misturada


ao ligante, modificando-o permanentemente.
Asfalto-borracha.
Partícula de borracha antes da interação
Partícula de borracha depois da interação
ASTM D 8
Standard Definitions of terms relating to
materials for roads and pavements

Asfalto Borracha – uma mistura de cimento


asfáltico, borracha granulada de pneus e
determinados aditivos, com uma
porcentagem de pelo menos 15 % de
borracha em peso do total da mistura, que
tenha reagido com o asfalto aquecido tempo
suficiente para ocorrer o inchamento e a
incorporação das partículas de borracha de
pneus.
Via Úmida
Incorporação de borracha de pneus finamente
pulverizada ao CAP via térmica e mecânica.

• Alta viscosidade (maior recobrimento)


• Menor suscetibilidade térmica
• Aumento da elasticidade (reflexão de trincas)
• Melhor adesividade
• Boa aderência pneu/pavimento
• Aumento da resistência à ação química de óleos
e combustíveis
• Redução de ruído (3 a 6 decibéis)
• Alta resistência ao envelhecimento
• Aumento da deformação de tração admissível

Aumento de vida útil.


Processo esquematizado de
produção de asfalto borracha
Asfalto-Borracha
Métodos de Produção
Continuous Blend: Não estocável - uso “just in time”
Asfalto-Borracha – Método de Produção
TERMINAL BLEND
A incorporação da
borracha ao asfalto é
realizada em reatores
que promovem a
modificação química e
física do ligante.

Consegue-se extrair do pó
de pneu os polímeros e
aditivos anti-oxidantes
que reagem com o asfalto
É a modificação pp dita.
APLICAÇÃO DE CA com ASFALTO
MODIFICADO POR BORRACHA DE PNEU
APLICAÇÃO PIONEIRA NO BRASIL

RODOVIA: BR-116 (RS)


TRECHO : GUAÍBA - CAMAQUÃ
(Km 318 a 320)
Protocolo de pesquisa entre UNIVIAS, UFRGS,
GRECA e MICROSUL

Data de aplicação: 16 e 17/ 08/2001


Situação original do trecho
AGO/2001
Situação do trecho em AGO/2007
Asphalt
Rubber
Projects
1988-2000
The Rubber Pavements Association

Dedicated to encouraging greater usage of high


quality, cost effective asphalt pavements containing
recycled tire rubber.
Ensaio de
Resiliência (ball
penetration)

Mede o retorno do
conjunto haste e bola
após pressão (o retorno
do CAP 50-70 é 0% e do
AB entre 15 e 35)
• Quanto maior o PA
menor o Flow (CAP 50-70,
> 200 mm e AB, 20 a 50
mm)

FLOW (verifica a fluidez e


estimativa de exsudação)
• Resultado
do Flow
Test
Compression Recovery

Mede o comportamento elástico ao


longo do tempo (após 5 min e 1
hora o CP retorna de 70 a 100%
com AB; CAP 50/70 não recupera
nada)
Análise da Penetração e do Ponto de Amolecimento do
AB, antes e depois do RTFOT
67,77
70,00 60,13

60,00

42,53
50,00

40,00 31,00

30,00

20,00

10,00

0,00
Penetração antes do Penetração depois do Ponto de Amolecimento Ponto de Amolecimento
RTFOT RTFOT antes RTFOT depois RTFOT
Asfalto-Borracha vs CAP 50/70
Rec. Elástica antes e após ensaio de RTFOT

Recuperação Elástica NBR 15086


90 81,625
80 68,156
70

60

50

40

30

20

10 1,5 1,0

0
ECOFLEX B ECOFLEX B CAP 50/70 antes CAP 50/70 após
antes RTFOT após RTFOT RTFOT RTFOT
Na parte inferior pode-se ver a recuperação elástica da amostra de asfalto
borracha antes do RTFOT(31%) e na parte superior, depois do RTFOT(59%).
ESPESSURA DA PELÍCULA

RECOMENDAÇÃO: >12 micra


SITUAÇÃO DANOSA: Baixa espessura
e altas temperaturas

ECP Maior

O asfalto borracha por ter


viscosidade
maior, incrementa a espessura de
película, normalmente acima de 10
Micras.
Características de Ductilidade
e Recuperação Elástica
Ductilidade (ligante virgem)
CAPs tradicionais e polimerizados, ≥ 100
Asfalto Borracha, em torno de 60.

Ductilidade (após RTFOT)


CAPs tradicionais e polimerizados, ≥ 100
Asfalto Borracha, entre 20 e 30 cm.
Diferença na RE superior da borracha após
RTFOT
Comportamento de Misturas
Asfálticas com Asfalto Borracha à
Deformação Permanente
• Foram ensaiadas duas misturas com o mesmo tipo de
agregado e mesma curva granulométrica dentro da faixa
IV B do Instituto de Asfalto.
• Uma utilizou ligante CAP 50/70 e o teor de asfalto da
mistura resultou em 5,2% e a outra utilizou o ligante
Ecoflex com um teor de ligante de 5,8%.
• Foram moldadas placas com as misturas e submetidas
ao ensaio de deformação permanente em trilha de roda
denominado orniérage criado pelo LCPC – Laboratoire
Central des Ponts et Chaussées. O ensaio foi realizado
no Laboratório de Tecnologia de Pavimentação da USP
– Universidade de São Paulo.
Equipamento
Simulador
de Tráfego
DEFORMAÇÃO PERMANENTE - N. de ciclos x Afundamento
GRUPO GRECA ASFALTOS S/A
Fx IVb - I.A. c/ Lig 50/70 - Teor 5,2% - Temp. de ensaio = 60ºC
100%
Porcentagem de afundamento na trilha de roda

Afund. (A - Esq.- P-899)


Afund. (B - Dir. - P-900 )
Regressão
13,18%
10%
8,30%

5,44%

3,43%

2,25%

1%

13,18% de % de afundamento
para 10.000 ciclos (CAP 50/70)

0%
100 1000 10000 100000

N. de ciclos
DEFORMAÇÃO PERMANENTE - N. de ciclos x Afundamento
GRUPO GRECA ASFALTOS S/A
Fx IVb - I.A. c/ AMB - Teor 5,8% - Temp. de ensaio = 60ºC
100%
Porcentagem de afundamento na trilha de roda

Afund. (A - Esq.- P-899)


Afund. (B - Dir. - P-900 )
Regressão

10%

5,22%
4,19%
3,30%
2,65%
2,09%
1,68%

1%

5,22% de % de afundamento
para 30.000 ciclos (ECOFLEX)

0%
100 1000 10000 100000

N. de ciclos
• Como pode-se observar a
deformação permanente com
asfalto borracha (placa 900-
direita) foi de apenas 5,22%
para 30.000 ciclos e a
deformação permanente do
CAP 50/70 foi de 13,18%
para apenas 10.000 ciclos
(1/3 dos ciclos do asfalto
borracha).

Um ensaio como este pode ser feito previamente ao início da obra e


demonstra de forma científica o melhor comportamento do asfalto
borracha quanto a resistência à formação de trilhas de roda. Daí, o
Ecoflex ser uma excelente alternativa para segmentos rodoviários
com rampas elevadas, tráfego pesado, submetidos a esforços
tangenciais elevados e ainda sujeito a altas temperaturas ambientes.
ESPECIFICAÇÕES BRASILEIRAS DE ASFALTO-
BORRACHA

- DER/PR – ES-P 28/05

- DEINFRA/SC – ES-P-05B/05

- DER/SP – ET-DE-P00/030

- NACIONAL: Elaborada pela Comissão de Asfalto do


IBP e aprovada na ANP em novembro de 2008
- DNIT – 111/2009-EM e 112/2009-ES
ASFALTO-BORRACHA
Norma Nacional (ANP e DNIT)

ASFALTO BORRACHA
ENSAIO NORMA
TIPO AB8 TIPO AB22
Penetração (25ºC, 100g, 5 segundos), 0,1 mm NBR 6576 30 - 70 30 - 70
Ponto de Amolecimento, mín., ºC NBR 6560 55 57
Viscosidade Brookfield (175ºC, 20 rpm, splindle 3), cP Projeto #037 800 - 2000 2200 - 4000
Ponto de Fulgor, mín., °C NBR 11341 235 235
Recuperação Elástica Ductilômetro (25ºC, 10 cm), mín.,
% NBR 15086 50 55
Estabilidade à Estocagem, máx., °C NBR 15166 9 9
ENSAIOS NO RESÍDUO DO RTFOT
Variação de Massa do RTFOT, máx., % NBR 15235 1,0 1,0
Variação do Ponto de Amolecimento, máx., °C NBR 6560 10 10
Porcentagem da Penetração Original, mín. % NBR 6576 55 55
Porcentagem da Recuperação Elástica Original, (25ºC,
NBR 15086 100 100
10 cm) mín. %
Extração de Betume - Correção

Da extração do Asfalto Borracha, via Soxlet, determinações


periódicas tem nos mostrado que (92,50 ± 0,50) % do ligante é
solubilizado pelo tricloroetileno, ou seja:

Considerando uma amostra de 100 g de ligante, 93g do material é


lavado e 07 g fica retido no filtro. A partir deste ensaio se
determina o fator de correção para a extração a ser realizada no
laboratório da obra.
PROJETOS DE MISTURAS
ASFÁLTICAS

Todas essas vantagens e a alta performance do Asfalto-


Borracha o habilitam como um excelente ligante a ser
utilizado em diversos projetos de misturas a quente como:

- Misturas contínuas - CBUQ em geral;


- Misturas descontínuas – destacando o GAP GRADED;
- MICRO REVESTIMENTO A QUENTE;
- TRATAMENTOS SUPERFICIAIS.
Comparação de Graduação de Agregados

Open Graded Gap Graded Dense Graded


Misturas Descontínuas Gap-Graded
com Asfalto Borracha
GAP GRADED/CALTRANS com Asfalto
Borracha
• Mistura Descontínua amplamente utilizada na
Califórnia em serviços de pavimentação com
Asfalto-Borracha.
• No Brasil, essa mistura com Asfalto-Borracha,
já foi utilizada por várias concessionárias,
destacando a Ecovias dos Imigrantes, com
extensa e bem sucedida obra no sistema
Anchieta/Imigrantes.
Misturas Asfálticas Descontínuas
(Gap-graded e Open-graded)
com ECOFLEX
Tratam-se de misturas asfálticas com descontinuidade
em suas faixas granulométricas. A mistura gap-graded
apresenta baixo teor de vazios (densa), cuja
descontinuidade da faixa granulométrica é preenchida
por meio de um alto teor de ligante asfáltico ECOFLEX.
Já a mistura asfáltica open-graded apresenta teor de
vazios entre 18 e 25%.
As duas misturas apresentam rugosidade superficial
que auxilia em termos de aderência em relação a
hidroplanagem.
Mistura Convencional x Mistura Gap-Graded
GAP GRADED

Comparação entre CBUQ na Fx C - DNIT e GAP GRADED-CALTRANS

120

100

80
% Passando

60

40

20

0
0,01 0,10 1,00 10,00
Peneiras (mm)

GAP - mín GAP - máx Fx C-DNIT - mín Fx C-DNIT - máx


MISTURAS DESCONTINUAS

Textura Rugosa - %Vv de 4 a 6%


GAP GRADED na
Ecovias

SP/160 Imigrantes, SP/150 Anchieta


e SP/55 Manoel da Nóbrega
A massa asfáltica deve ser compactada a uma temperatura mínima
de 145° C. Muito cuidado no inverno em que o clima pode
prejudicar a compactação. Espessuras pequenas, da ordem de 3 a 4
cm, são as mais difíceis de se compactar. Portanto, deve ser
otimizado ao máximo o serviço de compactação.
Em situações de clima muito frio e vibros de grande produção pode
ser necessário a utilização de três rolos de pneus. De forma que dois
destes cheguem junto da acabadora compactando antes do
resfriamento.

Dois rolos chegam a frente da acabadora e aproveitam o calor maior do início dos
trabalhos e um último rolo de pneus faz o fechamento da compactação da camada
mais distante. Este terceiro rolo evita que um dos dois rolos da frente tenha que se
deslocar muito para compactar a massa mais fria, tornando possível que os dois
rolos da frente imprimam a maior energia possível com a massa ainda quente.
A massa quando cai na mesa da acabadora apresenta 160/165º C. Como a camada aplicada
é delgada, pode-se constatar que a 25 m da acabadora a massa já esfria e apresenta 150º C e
a mais 25 m, a temperatura cai para 135/140º C. Daí a importância de agilizarmos ao
máximo a compactação com os rolos de pneus.

Quando a acabadora interrompe seu ritmo por falta de alimentação


ocorre um acúmulo de atrasos: o rolo chapa que faz a emenda
longitudinal não avança e atrasa os rasteleiros e conseqüentemente
os rolos de pneus não podem prosseguir e encostar na acabadora e a
eventual perda de eficiência nessas fases esfria a massa.
AGREGADOS
Material sem forma ou volume definido,
geralmente inerte, de dimensões e
propriedades adequadas para produção de
argamassas e concreto.
Ensaios de desempenho: Indicam como
uma rocha que existe há milhões de anos irá
se comportar na sua vida de projeto.
Usina de Asfalto
Usina de Asfalto
AMOSTRAGEM

Redução do tamanho das amostras


Quarteamento DNER-PRO 199/96
Equipamento
Quarteador
AGREGADOS: CLASSIFICAÇÃO
Quanto à natureza

→ Agregados naturais são constituídos de grãos


oriundos da alteração das rochas pelos
processos de itemperismo ou produzidos por
processos de britagem: pedregulhos, seixos,
britas, areias, etc.
→ Agregados artificiais são aqueles em que os
grãos são provenientes de sub-produtos de
processo industrial por transformação física e
química do material natural: escória de alto
forno, argila calcinada, argila expandida, etc.
Quanto à natureza

→ Agregados reciclados são os provenientes de


reuso de materiais diversos. A reciclagem de
revestimentos asfálticos já é uma realidade na
pavimentação.
Quanto ao tamanho individual dos grãos

→ Agregado Graúdo: Material retido na peneira nº 10


(2,0mm). Ex: Britas, cascalhos, seixos, etc.

→ Agregado Miúdo: Material que passa na peneira nº 10


(2,0mm) e fica retido na peneira nº 200 (0,074mm). Ex:
Pó-de-pedra, areia, etc.

→ Material de enchimento (filer) é o que passa pelo


menos 65% na peneira nº 200 (0,074mm). Ex: Cal
extinta, cimento portland, pó de chaminé, etc.
Análise
Granulométrica

Análise por
Peneiramento
DNER-ME 035/95
Composição Granulométrica

Mat. A Mat. B Mat.C Mat.D Calc. Especificada


Peneira
26 % 40% 30% 4% % %

3/4" 100 26 - - - - - - 100 100

1/2" 61 16 100 40 - - - - 90 85 – 95

3/8” 37 10 78 31 - - - - 75 70 – 80

Nº 4 21 6 38 15 100 30 - - 55 46 – 64

Nº 10 0 - 27 11 68 20 - - 35 27 – 43

Nº 40 - - 10 4 41 12 - - 20 15 – 25

Nº 80 - - 5 2 19 6 100 4 12 8 – 16

Nº 200 - - 0 - 5 2 88 3 5 2–8
Unidade Graduadora
Quanto à distribuição ou graduação dos grãos

→ Agregado de graduação densa ou bem graduada:


é aquele que apresenta uma curva granulométrica de
material bem graduado e contínua, com quantidade
de material fino, principalmente na peneira nº 200,
suficiente para preencher os vazios entre as partículas
maiores.
→ Agregado de graduação aberta é aquele que
apresenta uma curva granulométrica de material bem
graduado e contínua, mas com insuficiência de
material fino, principalmente na peneira nº 200, para
preencher os vazios entre as partículas maiores.
Quanto à distribuição ou graduação dos grãos

→Agregado uniforme é aquele que possui partículas


com tamanhos em uma faixa bastante estreita, sua
curva granulométrica é bastante íngreme.

→Agregado com graduação descontínua é aquele que


apresenta pequena percentagem de agregados com
tamanhos intermediários, formando um patamar na
curva granulométrica correspondente às frações
intermediárias.
Diâmetro máximo e mínimo do agregado

→ O Diâmetro Máximo de um agregado, é a abertura


da malha da menor peneira na qual passam, no
mínimo, 95% do material.

→ O Diâmetro Mínimo é a abertura da malha da maior


peneira na qual passam, no máximo, 5% do material.
• Ponto de Vista Granulométrico

n Graduação densa: 0,35 < n < 0,55


P = 100 x d - d o Graduação aberta: 0,55 < n < 0,75
D - do
Tipo macadame: D ≈ 2d n ≈ 1,0
ENSAIOS DE DESEMPENHO
Agregado Graúdo

Ensaios de Desempenho:
Características SQ3 SQ2
Densidade real do grão 2,79 2,80
Densidade aparente do grão 2,77 2,76
Massa específica aparente, g/cm3 1,45 1,32
Adesividade com CAP-50/70 não satisfat. não satisfat.
Adesividade com CAP-50/70 + dope
satisfatória satisfatória
(99,5%;0,5%)
Perda à abrasão Los Angeles, % 54 -
Índice de Forma 0,83 -
Durabilidade no Na2SO4, 5 ciclos, % 3,4 -
Agregado Graúdo

1. Densidade Real e Aparente do Grão (DNER-ME 081/98):


Vs

Vpi Vpp

M µr
µr = Dr =
γa
Vs + Vpi

M µa
µa = V + V + V Da = γa
s pi pp
Agregado Graúdo

No laboratório:

Ps Ps
Dr = Da=
Ps - Pi Ph - Pi
balança

água
Ps - Pi = Volume de partículas sólidas
Ph - Pi = Volume de partículas sólidas +
volume de poros preenchidos
agregado
pela água
balde
Agregado Graúdo

Ps Ps
Dr = =
Ps - Pi Ps - (Ps - E)

Ps Ps µr
Dr = = = γa
Ps - Ps + Vsγa Vsγa
Agregado Graúdo

Ps Ps
Da= =
Ph - Pi Ph - (Ps - E)

Ps Ps
Da= =
Ph - Ps + Vsγa Va γa + Vsγa

Ps µa
Da = = γa
Vtγa
Agregado Graúdo

Tendo a água como veículo, vem:

M M
µr = µa =
Vs + Vpi Vs + Vpi + Vpp

M
µef =
Vs + Vpi + Vpa
Agregado Graúdo

Vpa - Volume de poros preenchidos pelo asfalto

Vpp > Vpa

Vs + Vpi + Vpp > Vs + Vpi + Vpa > Vs + Vpi

µr > µef > µa

µr + µa Dr + Da
µef = Def =
2 2
Agregado Graúdo

2. Absorção:
Indicada pela quantidade de água que o agregado absorve
quando imerso. Também é determinado pela norma
DNER-ME 081/98.

Ph - Ps
a= x 100
Ps

Atenção: Def = Dr + 2 Da
3
Agregado Graúdo

3. Massa Específica Aparente do Agregado:


É a relação entre a massa (M) e o volume total (Vt) do agregado.

M
µ=
Vt
No laboratório:

M1 - M2
µ=
(12)3
Agregado Graúdo

4. Abrasão Los Angeles (DNER-ME 035/98):


Mede a resistência à abrasão sofrida no processo de
usinagem e execução das misturas e na vida de serviço pela
ação do tráfego.

→5000g de material
→5000 a 1000 revoluções
→10 esferas de aço
→Peneira #12
mi - mf
LA = x 100
mi
Agregado Graúdo

5. Índice de Forma (DNER-ME 086/94):

A forma das partículas dos agregados influi na


trabalhabilidade e resistência ao cisalhamento das misturas
asfálticas.

• f = 0 lamelar
• f = 1 ótima cubicidade
• Até 0,5 é aceito
Agregado Graúdo
Adesividade

 Adesão asfalto+agregado na presença de água


 Desempenho da mistura

Classificação dos ensaios:


Avaliam o comportamento de partículas de
agregados recobertas por ligante asfáltico. DNER-
ME 078/94.
Avaliam o desempenho de determinadas
propriedades mecânicas de misturas sob a ação da
água. ASTM D 1075 e AASTHO T 283 (Lottman).
Adesividade

Ensaios Correntes:

a) Adesividade padrão
100g (agregado) + 3,5g (CAP) → 40graus durante 72 horas

b) Expedito (campo)
100g (agregado) + 3,5g (CAP) → 3 minutos de fervura

c)DOPE
Condicionamento do CAP dopado → 2 dias a 140 graus e
1 dia a 160 graus
100g (agregado) + 3,5g (CAP) → 40graus durante 72 horas
Adesividade
Adesividade

Lottman Modificado: NBR 15617:2008

Grupo de amostras cilíndricas condicionados→ RT’

Grupo de amostras cilíndricas → RT

RT’/ RT > 0,7


Adesividade
Agregado Miúdo
Ensaios de Desempenho

Características SQ1
Densidade real 2,77
Massa específica aparente, g/cm3 1,53
Adesividade com CAP-50/70 não satisfatória
Adesividade com CAP-50/70+ dope
Satisfatória
(99,5%;0,5%)
Equivalente de Areia, % 72

A B C D
Agregado Miúdo

→ Densidade Real do Grão

B-A
Dr =
(D - A) - (C - B)

A B C D
Agregado Miúdo

→ Equivalente de Areia: (DNER-ME 054/97)


Determina a proporção relativa de materiais do
tipo argila ou pó em amostras de agregados
miúdos.

Agregado + solução de cloreto


de cálcio-glicerina-formaldeído.
h2
EA = x 100 h1
h1 h2
Material de Enchimento

Características Filler - Cimento


Massa específica real, g/cm3 3,08
Massa específica aparente, g/cm3 1,17
Grumo ausência
Material de Enchimento (filler)

→ Massa Específica Real

M
µr =
L2 - L1
Revestimentos Asfálticos
Na maioria dos pavimentos brasileiros usa-se como
revestimento:
 uma mistura de agregados minerais de vários tamanhos
e várias fontes com ligantes asfálticos,

 que de forma adequadamente proporcionada e


processada garantam ao pavimento executado os
requisitos de:
 impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, durabilidade,
resistência à derrapagem, resistência à fadiga e resistência
à fratura na tração térmica,

 de acordo com o clima e o tráfego previstos para o


local.
Requisitos Técnicos
 Os requisitos técnicos e de qualidade de um
pavimento asfáltico serão atendidos
 com um projeto adequado de estrutura do pavimento;
 com projeto de dosagem da mistura asfáltica
compatível com as outras camadas escolhidas.

 Esta dosagem passa:


 pela escolha adequada de materiais dentro dos
requisitos comentados nas aulas anteriores,
 proporcionados de forma a atenderem padrões e
critérios pré-estabelecidos de comportamento
mecânico e desempenho.
Tipos de Revestimentos
Asfálticos
 Nos casos mais comuns, até um determinado volume
de tráfego, um revestimento asfáltico de um
pavimento novo pode ser composto por um único tipo
de mistura asfáltica.
 Neste caso esta mistura pode se distinguir:
 quanto ao local de fabricação, como obtida em usina
específica (misturas usinadas) ou preparada na
própria pista (tratamentos superficiais);
 quanto à temperatura de misturação: misturas a
quente (uso de CAP) ou a frio (uso de EA);
 as misturas usinadas ainda podem ser separadas,
quanto à composição granulométrica, em densas ou
abertas ou descontínuas.
Tipos de Revestimentos
Asfálticos
 Em casos de recomposição da capacidade
estrutural ou funcional, além destes tipos descritos,
é possível o uso de outros tipos de misturas
asfálticas
 que se processam em usinas móveis especiais, que
promovem a mistura agregados-ligante
imediatamente antes da colocação no pavimento,
podendo ser separadas em:
• misturas novas relativamente fluidas (lama asfáltica e
microrrevestimento); e
• misturas recicladas com uso de fresadoras –
recicladoras.
Tipos de Revestimentos
Asfálticos
 Tipos de revestimentos asfálticos:
 misturas usinadas e fabricadas na pista.

 Misturas usinadas a quente e a frio:


 densas: concreto asfáltico, areia-asfalto, pré-misturado a frio;
 descontínuas: SMA, porosa, “gap-graded”.

 Fabricadas na pista:
 tratamentos superficiais por penetração.

 Microrrevestimentos.
 Lama asfáltica.
 Misturas recicladas:
 usinadas ou fabricadas na pista.
Misturas Usinadas a
Quente
Exemplo de usina para mistura asfáltica a quente
Vibroacabadora de Distribuição
da Massa Asfáltica
Exemplo de Vibroacabadora
Exemplo de Rolo Compactador
Rolos Compactadores de
Pneus e Liso
Misturas Usinadas a Frio
Misturas Asfálticas a Frio aplicação
Microrrevestimento a frio
(Fotos: BR Distribuidora)
Av 21 - Set 2006
RIO CLARO-SP – Micro Revestimento Asfaltico a Frio
Recicladora “in situ”
Uso de Ligantes
Asfálticos no Mundo
96% CAP 4% CAP não convencional
convencional

60% CAP 31% CAP 9% CAP


modificado com aditivos especiais

78% 7% asfalto
elastomérico borracha

13% 2% outros
plastomérico

fonte: PIARC 1998


Comparação de
Granulometria

aberto descontínuo Bem-graduado


(open graded) (gap graded) ou denso
Exemplo de CA Denso e Aberto
Mistura Aberta – camada
porosa de atrito
Falta uma foto de CPA (esqueci) corpo-de-prova de pista

Mistura Densa – Concreto


asfáltico
Corpo-de-prova de laboratório
Camadas de revestimento asfáltico
Mistura asfáltica usinada
a quente aberta
( revestimento drenante)

Concreto asfáltico denso

Concreto asfáltico aberto


como “binder” ou camada
de ligação

Uma composição de revestimento


de via de alto volume de tráfego
Aplicação de CA
Camada Porosa de Atrito
sobre CA

(Leite,2002)
Misturas Usinadas Especiais
 SMA – uso de faixa granulométrica descontínua, porém
de mistura densa, e CAP modificado por polímero.

 CPA – uso de faixa granulométrica aberta e CAP


modificado por polímero; alto volume de vazios para
proporcionar alta permeabilidade.

 Descontínua densa “gap- graded” – faixa


granulométrica especial que resulta em textura aberta
ou rugosa, que tem sido utilizada comumente com
asfalto –borracha.
Mistura Asfáltica SMA
Definição e princípio de funcionamento:

 Mistura de graduação descontínua, densa, a quente;

 Grande proporção de agregado graúdo (≥ 70%);

 Esqueleto mineral responsável pelo contato grão/grão


(resistência e dissipação do carregamento);

 Formação do mástique asfáltico (durabilidade):


ligante asfáltico + fíler + finos minerais (fração areia) +
fibras.
Mistura Asfáltica SMA
Detalhe do esqueleto mineral da mistura SMA

agregados graúdos

mástique asfáltico:
ligante asfáltico + fíler +
finos minerais + fibras
Materiais do SMA
Matriz Pétrea

fíler
Fração
+ areia + asfalto
+
SMA
Fibras Mástique

Apud Horst Erdlen, 2004


Comparação de Materiais
SMA versus CA

CA
SMA

Foto: Horst Erdlen


Exemplo de Composição Granulométrica SMA Via
Anchieta D 0/11S
Algumas Aplicações da
Mistura Asfáltica SMA
 Vias com alta freqüência de caminhões;
 Interseções;
 Em áreas de carregamento e descarregamento
de cargas;
 Em rampas, pontes, paradas de ônibus, faixas
de ônibus;
 Pistas de aeroporto;
 Estacionamentos;
 Portos.
Alemanha: Uso de SMA em
Pátios de Portos
SMA Aeroporto Frankfurt
SMA Autódromo de Silvestone
Exemplo de Estrutura de
Pavimento na Alemanha
4 cm de SMA camada de
rolamento

8 cm de camada de
ligação

22 cm de base asfáltica
SMA em rodovia em São Paulo
SMA
Características de Desempenho
da Mistura Asfáltica SMA
 Boa estabilidade a elevadas temperaturas;
 Boa flexibilidade a baixas temperaturas;
 Elevada resistência ao desgaste;
 Elevada adesividade entre os agregados minerais e o
ligante;

 Boa resistência a derrapagem devido à macrotextura


da superfície de rolamento;

 Redução do “spray” ou borrifo de água;


 Redução do nível de ruído.
Exemplo de Redução de
“Spray”
Exemplo de Redução de “Spray”
e Reflexão dos faróis
Exemplo de Faixa Granulométrica Típica
de Mistura Usinada Descontínua tipo SMA

Limites da faixa SMA/011S alemã


Comparação entre Curvas Granulométricas de
Três Tipos de Misturas Usinadas
Comparação entre as faixas granulométricas

Apud Mourão, 2003


Camada Porosa de Atrito
Drenante
 Reduz o risco de hidroplanagem ou aquaplanagem;

 Aumenta a aderência do pneu/pavimento;

 Reduz as distâncias de frenagem sob chuva;

 Reduz os níveis de ruído do tráfego;

 Aumenta a segurança, reduzindo o número de


acidentes;

 Diminui o spray ou cortina de água durante chuvas.


Camada Porosa de Atrito

Aumento da
distância de
visibilidade e
diminuição da
cortina de água
Camada Porosa de Atrito

Pista de pouso
do Aeroporto
Santos Dumont
Rio de Janeiro
Efeito da Camada Porosa de Atrito na
Aderência Pneu/Pavimento
COMPARAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO LONGITUDINAL DOS CONCRETOS
ASFÁLTICOS DRENANTE E DENSO (BONNOT, 1997)

Coeficiente de atrito longitudinal


0,6

0,5
Concreto drenante 0/10
0,4

0,3

0,2
Concreto denso 0/10
0,1
( Tráfego: de 1 a 5 milhões de caminhões pesados)

0
40 50 60 70 80 90 100 110 120

Velocidade (km/h)
Especificações para Faixas
Granulométricas CPA
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Peneiras
3/4" 100 100
1/2" 100 100 100 100 75 a 100 100 70 a 100 100 100
3/8" 80 a 100 95 a 100 80 a 100 80 a 90 60 a 80 70 a 90 50 a 80 75 a 90 70 a 90
Nº 4 20 a 40 30 a 50 25 a 70 40 a 50 32 a 46 15 a 30 18 a 30 25 a 50 20 a 40
N° 8 12 a 20 5 a 15 12 a 20 10 a 18 10 a 18 10 a 22 10 a 22 5 a 15 5 a 20
Nº 30 8 a 14 6 a 12 6 a 12 6 a 13 6 a 13
Nº 80 2a8
Nº 200 3a5 2a5 3a9 3a6 3a6 3a6 3a6 2a5 0a4

1. DIRENG – Infraero – espessura 2,0 cm; 5. Espanha P-12 – espessura 3,0 a 4,0 cm;

2. FHWA – Federal Highway Administration 6. Espanha PA-10 – espessura 4,0 cm


EUA – espessura 1,3 a 2,5 cm;
7. Espanha PA-12 – espessura 4,0 cm
3. FAA – espessura 2,0 cm;
8. África do Sul – espessura 1,9 a 2,5 cm;
4. Espanha P-10 – espessura 3,0 a 4,0 cm;
9. faixa TSU – Dersa – Brasil.
Especificação CPA-DNIT
Peneira de malha quadrada Percentagem passando, em peso (faixas) Tolerância
na curva
Abertura,
ABNT I II III IV V de projeto
mm
(%)
¾” 19,0 - - - - 100 -
½” 12,5 100 100 100 100 70-100 ±7
3/8” 9,5 80-100 70-100 80-90 70-90 50-80 ±7
No. 4 4,8 20-40 20-40 40-50 15-30 18-30 ±5
No. 10 2,0 12-20 5-20 10-18 10-22 10-22 ±5
No. 40 0,42 8-14 - 6-12 6-13 6-13 ±5
No. 80 0,18 - 2-8 - - - ±3
No. 200 0,075 3-5 0-4 3-6 3-6 3-6 ±2
Ligante modificado por
4,0 – 6,0 ±0,3
polímero, %
Espessura da camada acabada
3,0 < 4,0
(cm)
Volume de vazios, % 18-25
Ensaio Cântabro, % máx. 25
Resistência à tração por
compressão diametral, a 25°C, 0,55
MPa, mín.
Camada Porosa de Atrito
Aeroporto Santos Dumont
Spray de água
Trecho sem CPA

Trecho com CPA


CPA – ESTRADA DO COCO

Textura da CPA
Misturas Descontínuas
Gap-graded
• GAP GRADED/CALTRANS com Asfalto
Borracha: Mistura Descontínua amplamente
utilizada na Califórnia em serviços de
pavimentação com Asfalto-Borracha.
• No Brasil, essa mistura com Asfalto-Borracha, já
foi utilizada por várias concessionárias,
destacando a Ecovias com extensa e bem
sucedida obra no sistema Anchieta/Imigrantes.
Misturas Descontínuas Gap-graded

Definição
• Mistura executada a quente em usina apropriada, constituída de
agregado graúdo, agregado miúdo, material de enchimento
(fíler) em granulometria descontínua e ligante asfáltico
modificado por borracha moída de pneus, devendo ser
espalhada e compactada a quente.

Finalidade
• Obtenção de camada de alta resistência à deformação
permanente e melhoria das condições de aderência em pista
molhada.
Materiais para Gap-graded

Agregados
 Graúdo: pedra, escória outro material indicado nas
Especificações Complementares.
 Miúdo: areia, pó de pedra ou mistura de ambos.

Material de enchimento (fíler)


 Cimento Portland, cal extinta, pó calcário, etc.

Peneira % Mínima, passando


n. 40 100
n. 80 95
n. 200 65
Materiais para Gap-graded
Ligante asfáltico

• Ligante modificado por borracha moída de


pneus

Melhorador de adesividade

• Usado quando não há boa adesividade entre o


par ligante/agregado.
Faixas do Gap-graded
Ecovias – Caminho do Mar

Peneira CALTRANS - GAP GRADED


Total
Pol ( mm ) L. Inferior L. Superior
3/4" 19,10 100,00 100,00 100,00
1/2" 12,70 97,73 90,00 100,00
3/8" 9,50 83,30 78,00 92,00
n.º4 4,80 39,47 28,00 42,00
n.º8 2,38 19,93 15,00 25,00
n.º30 0,59 12,93 10,00 20,00
n.º50 0,30 9,83 7,00 15,00
n.º100 0,15 6,79 4,50 10,00
n.º200 0,07 4,69 2,00 7,00
Faixas do Gap-graded
100,00

80,00
% Passando

60,00

40,00

20,00

0,00
0,0 0,1 1,0 10,0 100,0
Peneiras (Pol)

Mistura Mínima Máxima Média da Faixa


Execução do Gap-graded

Gap-graded – camada acabada


Tratamentos Superficiais
 Aplicação de ligantes asfálticos e agregados sem
mistura prévia na pista, com posterior
compactação, que promove o recobrimento
parcial e a adesão entre agregados e ligantes.

 Podem ser:
 TS – tratamento superficial simples

 TSD - tratamento superficial duplo

 TST - tratamento superficial triplo

 TAP - tratamento superficial de condição particular


contra pó
Tratamento
Superficial
Processo de
aplicação
Tratamento Superficial
Tratamentos Superficiais

NOVA IGUAÇU - RJ
NOVA IGUAÇU-RJ – Tratamento Superficial Triplo
Bairro Nova Brasília – Rua Marrecas – Ago/2007
Tratamentos Superficiais
Especiais
São incluídos na família dos Tratamentos Superficiais:
 Capa selante: selagem de um revestimento betuminoso por
espalhamento de ligante betuminoso, com ou sem cobertura de
agregado miúdo. Frequentemente usada como última camada
em tratamento superficial múltiplo.

 Tratamento superficial primário: TAP (anti-pó) de estradas de


terra ou de revestimento primário, por espalhamento de ligante
de baixa viscosidade, com cobertura de agregado miúdo.

 Lama asfáltica: capa selante por argamassa pré-misturada.

 Macadame betuminoso por penetração direta: espalha-se


primeiro o agregado e depois o ligante betuminoso. Inicia-se
pela aplicação do agregado mais graúdo.
Tratamentos Superficiais
Especiais

Anti-pó
Tratamento Superficial
Principais funções do Tratamento Superficial:
 Proporcionar uma camada de rolamento de pequena espessura,
porém, de alta resistência contra desgaste;
 Impermeabilizar o pavimento;
 Proteger a infra-estrutura do pavimento;
 Proporcionar um revestimento anti-derrapante;
 Proporcionar um revestimento de alta flexibilidade que possa
acompanhar deformações relativamente grandes da infra-
estrutura.
 Devido a sua pequena espessura:
 não aumenta substancialmente a resistência estrutural do
pavimento;
 não corrige irregularidades (longitudinais ou transversais) da pista.
Misturas “in situ” especiais
 Lama asfáltica: mistura fluida de EAP e agregado miúdo
utilizada para recuperação funcional de pavimentos
deteriorados ou como capa selante de TS.

 Microrrevestimento: mistura fluida de emulsão asfáltica


modificada por polímero e processada em usina especial
móvel. Utilizada em:

 Recuperação funcional de pavimentos deteriorados;

 Capa selante;

 Revestimento de pavimentos de baixo volume de tráfego;

 Camada intermediária anti-reflexão de trincas em projetos de


reforço estrutural.
Misturas “in situ” especiais

Microrrevestimento asfáltico a frio


Reciclagem
 Processo de reutilização de misturas asfálticas envelhecidas e
deterioradas para produção de novas misturas, aproveitando os
agregados e ligantes remanescentes, através de fresagem, com
acréscimo de agentes rejuvenescedores, espuma de asfalto,
CAP ou EAP novos, quando necessários.

 a quente = CAP, AR e fresados aquecidos;

 a frio = EAP, ARE e fresados a temperatura ambiente;

 usina = a quente ou a frio ⇒ o fresado é levado para a usina;

 in situ = a quente ou a frio ⇒ o fresado é misturado com ligante no


próprio local do corte;

 in situ com espuma de asfalto ⇒ podem ser incorporados


revestimento antigo e parte da base, com ou sem adição de
ligantes hidráulicos.
Fresagem
Reciclagem

Exemplo de
fresagem
e reciclagem
com espuma
de asfalto

Nogueira, 2004
Reciclagem

Espessura
fresada
e reciclada

Nogueira, 2004
Reciclagem

Nogueira, 2004
Reciclagem
Vista do conjunto:
Caminhão de ligante,
fresadora recicladora
e rolo compactador

Nogueira, 2004
Reciclagem com Asfalto Espuma

Compactação
final

Nogueira, 2004
Utilização de Materiais para
Reciclagem de Pavimentos

Luciana Nogueira Dantas


Nov/2005
 ESPUMA DE ASFALTO: “Mistura de asfalto,
aquecido à aproximadamente 1800C e água à
temperatura ambiente” (WIRTGEN, 2001)
 ESPUMA DE ASFALTO: “Técnica de utilização do
ligante asfáltico que consiste em promover o
encontro, sob condições apropriadas, entre o
asfalto aquecido às temperaturas típicas de
utilização a quente, com água aspergida à
temperatura ambiente” (MOTTA et al., 2000)
Histórico:

 1957: Prof. Ladis Csanyi, Universidade


Estadual de Iowa, USA
 1960 e 1970: Companhia Mobil Oil Austrália
LTDA
 1990: Perda da validade das patentes
Esquema da Câmara de Expansão (WIRTGEN, 2001)
Como a Espuma de Asfalto age?

 Age formando um mastique através do contato


do asfalto espumado com as partículas finas,
menores que 0,075mm de diâmetro (material
passante na #200).
Distribuição Granulométrica para Uso com Técnica
de Espuma de Asfalto (WIRTGEN, 2001)
Característica
Física de uma
Mistura
Reciclada com
Espuma de
Asfalto
Propriedades Fundamentais da
Espuma de Asfalto:

• TAXA DE EXPANSÃO: é a relação entre o volume máximo


do CAP em estado de "espuma" e o volume de CAP
remanescente, após a espuma estar completamente
assente.
• MEIA VIDA: é o tempo em segundos necessário para uma
espuma regredir do seu volume máximo até à metade deste
volume.
Otimização da Taxa de Expansão e a Meia Vida (WIRTGEN, 2001)
Propriedades Fundamentais da
Espuma de Asfalto:

 Lucas et al. (2000): taxa de expansão mínima de


15 vezes e meia vida mínima de 8 segundos

 WIRTGEN: meia vida entre 10 a 15 segundos

 Instituto Chileno de Asfalto: taxa de expansão entre


8 e 15 e no mínimo 15 segundos de meia vida.
Fatores que Influenciam nas Propriedades da
Espuma de Asfalto:

 )Temperatura do asfalto.
 )Quantidade de água adicionada ao asfalto.
 )Pressão sob a qual o asfalto é injetado na câmara de
expansão, baixas pressões (menores que 3 bar) afetam
negativamente tanto a taxa de expansão como a meia
vida.
 )Tipo do asfalto de origem.
 )Presença de agentes anti-espumantes, tais como
compostos de silicone.
Características Comuns de Espumação
(INSTITUTO CHILENO DE ASFALTO, 2002)
A Espuma de Asfalto na Reciclagem à Frio de
Pavimentos
A reciclagem com espuma de asfalto consiste em
fresar parte do pavimento (revestimento ou
revestimento e base), injetar água para auxiliar a
compactação, adicionar, se necessário, produtos
de britagem e/ou cimento Portland, e o asfalto sob
forma de espuma, dentro de câmaras
misturadoras presentes em máquinas de grande
porte, obtendo-se dessa forma bases negras.
A Espuma de Asfalto na Reciclagem à Frio de
Pavimentos
Reciclagem em Usina: KMA 150 da WIRTGEN

Reciclagem “in situ”: WR 2500 da WIRTGEN


Tambor Fresador/Misturador
(INSTITUTO CHILENO DEL ASFALTO, 2002)
Barra de Injeção da Recicladora com Espuma de Asfalto
(WIRTGEN, 2001)
A Experiência Brasileira com Espuma de
Asfalto

 Paraná: Programa de Concessão de Rodovias


 BR-277: Irati e entroncamento de Prudentópolis
 Março de 1998
 SP-160; Rodovia dos Imigrantes; Ecovias
 Cidade do Rio de Janeiro: Avenida das Américas
Características das Misturas Recicladas com
Espuma de Asfalto
DNER - ES-405/2000:

2,5 kgf/cm2 para valores de resistência à tração por


compressão diametral seca

1,5 kgf/cm2 para valores de resistência à tração por


compressão diametral saturada a 250C
Processo Executivo da Reciclagem à Frio
“in situ” com Espuma de Asfalto

Trem tipo de Reciclagem com Espuma de Asfalto


Procedimento de Laboratório:

• Teor ótimo de espuma de asfalto;


• Teor ótimo de água para espumação;
• Temperatura ótima de espumação;
• Composição dos materiais que farão parte da mistura, ou
seja, teores de materiais adicionais (produtos de britagem
e/ou cimento Portland) e material fresado;
• Teor de água adicional para a mistura dos materiais.
WLB 10 (WIRTGEN, 2001)

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