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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

ENGENHARIA CIVIL

GRUPO: G16

PROJETO INTEGRADO: EXECUÇÃO E


CONTROLE DE FUNDAÇÕES

São Paulo
2022
GRUPO: G16

CAROLINA LAGO GARROTI ........................................................... 919209849

DIEGO CERNOMORET FABRI ........................................................ 322103350

EMERSON CONCEIÇÃO SOARES ................................................. 915207283

JOÃO SILVA ARRUDA ..................................................................... 922101960

JOÃO VICTOR SILVESTRE ............................................................. 320102316

KELLY MARINHO CANÊDO ............................................................ 920202871

LUIZ FERNANDO M. NOGUEIRA .................................................... 317100618

MARCOS ANTONIO MOURA DA SILVA .......................................... 919124445

MATHEUS MARQUES PEREIRA .................................................... 317100519

NATANAEL DOS SANTOS .............................................................. 912119042

PAULO SÉRGIO DE SOUSA ........................................................... 318104581

PEDRO HENRIQUE DA SILVA ........................................................ 912209227

RORIGO MARINHO DE OLIVEIRA .................................................. 914115025

RONALD EDUARDO DE F. CRUZ ................................................... 920106954

PROJETO INTEGRADO: EXECUÇÃO E CONTROLE DE FUNDAÇÕES

Prof.ª CAMILA NATALIA RAMOS DE ALMEIDA


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................4
2. CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICO GEOTÉCNICAS.................................5
2.1 PERFIL GEOLÓGICO................................................................................6
3. NÚMERO E LOCAÇÃO DE SONDAGENS..............................................10
4. AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE ENSAIOS COMPLEMENTARES..10
5. FUNDAÇÕES ..........................................................................................11
5.1 TIPOS DE FUDAÇÕES RASAS...............................................................12
5.1.1 SAPATA CORRIDA.................................................................................12
5.1.2 SAPATA ASSOCIADA............................................................................13
5.1.3 RADIER...................................................................................................14
5.1.4 BLOCO DE FUNDAÇÕES......................................................................17
5.1.5 SAPATAS ISOLADAS.............................................................................20
6 DETERMINAÇÃO PROGRAMADA COM OS RA´S................................24
7 MÉTODO DE CÁLCULO DE SAPATA....................................................26
7.1 CÁLCULO DE SAPATA QUADRADA......................................................26
7.2 CÁLCULO DE SAPATA RETANGULAR.................................................29
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1. INTRODUÇÃO

Foi em 1608 que a região da zona leste de São Paulo, localizada entre a Mooca,
Belém e Penha, foi batizada de Tatuapé. O nome é uma alusão ao hábito, então
comum na região, de caçar tatu. O distrito somente foi fundado em 5 de setembro de
1668, 60 anos depois.
Por estar mais próximo do centro da cidade e por possuir fácil acesso a
rodovias, sua densidade demográfica é muito grande e o metro quadrado de seus
terrenos é muito valorizado.
Seu solo formado por sedimentos terciários, na sua maioria, provenientes da
bacia de São Paulo, hoje conta com inúmeras fundações de edificações. (FOLHA DE
SP, 2010).
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2. CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICO GEOTÉCNICAS

O solo do Tatuapé é formado por sedimentos terciários. Os sedimentos


terciários que predominam em área, referem-se aos sedimentos da bacia de São
Paulo, que são constituídos essencialmente por argilitos, siltitos, arenitos e
conglomerados, apresentando espessura variada.
A região da bacia de São Paulo é constituída de sedimentos areno argilosos
assentados diretamente sobre o embasamento cristalino. (METRÔ SP, 2013).
A Figura 1 a seguir apresenta o mapeamento existente do Instituto Geográfico
Geológico, abrangendo a cidade de São Paulo e a Figura 2 a região do Tatuapé,
respectivamente.

Figura 1 – Mapa Geotécnico da Cidade de São Paulo

Fonte:http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx#
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Figura 2 – Mapa Geotécnico do bairro Tatuapé

TATUAPÉ

Fonte: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx#

2.1 PERFIL GEOLÓGICO

O perfil geológico, de acordo com o boletim de sondagem SPT SP-03,


corresponde à primeira camada (aterro) de argila arenosa mole marrom escura,
segunda camada de silte arenoso medianamente compacto cinza claro, terceira
camada de silte arenoso compacto roxo, quarta camada de areia siltosa compacta
branca e quinta camada de areia siltosa cinza e rosa. Já o boletim de sondagem SPT
SP-04, detectou na primeira camada (aterro) argila arenosa mole marrom escura, na
segunda camada silte arenoso medianamente compacto cinza claro, na terceira
camada silte arenoso compacto roxo, na quarta camada areia siltosa compacta rosa
e na quinta camada areia siltosa cinza e rosa.
Os dois boletins (Figura 3 e 4) apresentaram algumas variações de tipos de
solo em profundidades diferentes.
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Figura 3 – Boletim de Sondagem SP-03


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Figura 4 – Boletim de Sondagem SP-04


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Figura 5 – Boletim de Sondagem SP


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3. NÚMERO E LOCAÇÃO DAS SONDAGENS

De acordo com a NBR 6484/2001, o número de sondagens e a sua


localização em planta dependem do tipo da estrutura, de suas características
especiais e das condições geotécnicas do subsolo.
O número de sondagens deve ser suficiente para fornecer um quadro, o
melhor possível, da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo.
As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200 m2 de área
da projeção em planta do edifício, até 1200 m2 de área. Entre 1200 m2 e 2400 m2
deve-se fazer uma sondagem para cada 400 m2 que excederem de 1200 m2. Acima
de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado de acordo com o plano particular
da construção. Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve
ser:
a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m2

b) três para área entre 200 m2 e 400 m2

Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos edifícios,
como nos estudos de viabilidade ou de escolha de local, o número de sondagens deve
ser fixado de forma que a distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo
de três sondagens

4 AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE ENSAIOS COMPLEMENTARES

Conforme a NBR 6484/2001, o número de sondagens para esta


edificação que possui um terreno de 240m², deveria ser de no mínimo três.
Como na análise de solo foram executadas somente duas sondagens, esta
análise se mostrou insuficiente. Conclui-se que são necessários ensaios
complementares.
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5 FUNDAÇÕES

Fundação profunda é aquela que transfere a carga por efeito de atrito lateral do
elemento com o solo, geralmente utilizado por meio de máquinas de grande porte, em
terrenos que vão receber grandes cargas, como tubulões e estacas. (SANTOS JÚLIO,
2022).
Fundação rasa é aquela em que a carga da estrutura é transmitida diretamente
ao solo pela fundação, podendo alcançar a profundidade de até três metros e suas
valas rasas podem contar com o serviço manual. (SANTOS JÚLIO, 2022).
Sabemos que a fundação rasa ou direta como é conhecida, é o tipo de fundação
que transmite ao terreno tensões distribuídas sob a base da fundação de acordo com
NBR 6122. A sua maior característica é estar apoiada sob o solo, até uma
profundidade com pouco menos de 3 metros.
Antes de iniciar a fundação eu preciso fazer um estudo de solo do local, para
saber suas características e assim poder definir se é uma fundação rasa ou profunda.
Uma das vantagens da fundação rasa é que a mão de obra pode ser totalmente
manual, evitando assim a utilização de máquinas, e por ser um processo executivo
com baixa vibração, o que ajuda também por não afetar as edificações vizinhas.
(SANTOS JÚLIO, 2022).
O processo manual pode facilmente ser executando, com a utilização de
ferramentas como:
VANGA: Uma espécie de pá, com uma lâmina estreita e reta que ajuda na hora
do corte do solo, para acertar as valas
TRADO: Ferramenta utilizado para sondagem de solo e para fundação.
(SANTOS JULIO, 2020)
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Figura 6 – Trado

Fonte: https://mtwsondagens.com.br/sondagem-a-trado/

Dentre as desvantagens na fundação rasa, o fato de ter uma edificação muito


elevada, acaba limitando movimento de carga tornando assim o custo da mão de obra
mais caro, o que de fato sairia mais barato opinar pela FUNDAÇÃO PROFUNDA.
Outro grande problema que se torna o alto consumo de mão de obra é devido a muita
movimentação e por ser um processo totalmente manual. (SANTOS JÚLIO, 2022).

5.1 TIPOS DE FUNDAÇÕES RASAS

5.1.1 Sapata Corrida


A sapata corrida que por sua vez é utilizada quando temos muitos pilares com
espaçamentos curtos na mesma linha, distribuindo assim a carga linearmente, ela
recebe a carga das paredes e apoia-se diretamente no solo. Podemos utilizá-la em
muros, casa térrea e no máximo em dois pavimentos. Ela pode ser feita com concreto
simples ou armado e tem um formado de viga. (SANTOS JÚLIO, 2022).
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Figura 7 – Sapata Corrida

Fonte: https://www.mapadaobra.com.br/negocios/sapata-corrida/

5.1.2 SAPATA ASSOCIADA


Conforme NBR 6122/1996, a sapata associada é comum a vários pilares,
cujos centros, em planta, não estejam situados em um mesmo alinhamento.
Pelo nome da sapata associada, já sabemos qual é a sua principal
característica, nada mais do que uma sapata formada por uma associação, ou seja,
um conjunto de duas sapatas. A sapata associada é uma sapata comum em várias
edificações, são normalmente empregadas quando a posição de duas sapatas
isoladas fica próximas por falta de espaço ou opção estrutural. A sapata associada
pode ser projetada com viga de rigidez (VR), conforme indicada na figura.
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Figura 8 – Sapata Associada

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/sapatas-de-fundacao/

A análise em questão se refere a sapatas associadas compostas por dois


pilares, que podem ser extrapoladas para o caso de mais pilares, desde que
colineares. (HOROSTECKI, 2010).
É sempre bom ressaltar que, em geral, a solução mais econômica no mercado
e geralmente mais utilizada são as sapatas isoladas centradas, o uso de sapatas
associadas é aconselhado somente quando os pilares forem muito próximos e não
houver a possibilidade de se contornar as sobreposições das sapatas isoladas.
(COELHO, 2010).
A viga que une os pilares, que tem a finalidade de manter a condição de tensão
constante ano solo, é chamada de viga de rigidez (VR).

5.1.3 RADIER
Conforme NBR 6122/1996, o Radier é um elemento de fundação superficial que
abrange todos os pilares da obra ou carregamentos distribuídos (por exemplo:
tanques, depósitos, silos etc.).
Radier é um tipo de fundação rasa que se assemelha a uma laje que abrange
toda a área da construção. Por isso os radiers são conhecidos como lajes de concreto
armado em contato direto com o terreno que recebe as cargas oriundas dos pilares e
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paredes da superestrutura e descarregam sobre uma grande área do solo, segue uma
figura como exemplo. (MOHR, 2013).

Figura 9 – Radier

Fonte:https://www.aecweb.com.br/revista/materias/radier-de-concreto-e-solucao-de-fundacao- rasa-
para-varios-tipos-de-solo/17269

Execução do radier:
Para a execução do radier, deve ser realizado em primeira instância a limpeza
da superfície do terreno, e realizar uma escavação até a cota de implantação. Após,
o terreno deve ser nivelado e compactado adequadamente.
Em seguida, é colocada uma lona apropriada para a impermeabilização e um
lastro de brita, cuja espessura varia entre cinco e dez centímetros e que tem como
objetivo proteger a armadura do radier das matérias orgânicas, componentes e
umidade do solo. Também são colocadas formas de madeira na lateral, de modo a
fazer o fechamento da área que será concretada conforme previsto e indicado no
projeto de fundações e estrutural.
Logo após, são inseridas as armaduras que foram dimensionadas no projeto
estrutural. O espaçamento entre elas, assim como as dimensões, depende das
particularidades de cada edificação, assim como dos parâmetros de deformabilidade
e resistência do solo.
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Em geral, as armaduras são reforçadas sobre as paredes e pilares, permitindo


que essas cargas aplicadas possam migrar para as áreas próximas, promovendo uma
espécie de repartição desses esforços.
As instalações hidros sanitária e elétricas devem ser posicionadas e
executadas antes da concretagem, pois evita furos e cortes após a execução,
reduzindo o retrabalho e a elevação do custo da fundação. Após, é realizada a
concretagem, e deve ser realizada com cura apropriada, a fim de evitar manifestações
patológicas. (PEREIRA, 2019).

Quando utilizar o radier:


A maioria das pessoas associa a utilização do radier a obras de pequeno porte,
porém a escolha do tipo de fundação não depende apenas do tamanho da estrutura
de uma edificação, sendo o solo um fator determinante, pois quando a resistência do
solo é suficiente, independentemente da altura e das cargas, a fundação radier pode
ser utilizada.
Temos como exemplo, o prédio mais alto do mundo na atualidade, o edifício
Burj Khalifa, situado em Dubai, ele tem oitocentos e vinte e oito metros de altura e
está apoiado em um radier estaqueado. Nessa situação, o radier substituiu os blocos
de estaca. (PEREIRA, 2019).

Vantagens do radier:
Como o processo construtivo é extremamente simples, constatam-se os
seguintes benefícios como baixos custos. Uma vez que seu processo executivo é mais
simples, emprega menor quantidade de material, por sua vez é mais rápido e requer
menor quantidade de mão de obra disponível. Com a redução do custo, a edificação
passa a ter um preço mais competitivo, proporcionando, assim, maior lucratividade ao
construtor.
Outra vantagem é a redução na mão de obra, pois como o processo executivo
não demanda grandes escavações, montagens de formas ou armaduras complexas,
não é necessária uma equipe muito grande, proporcionando uma maior economia.
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Também temos um tempo de execução reduzido, conforme citado, o processo


executivo é simples e não demanda grandes escavações e, consequentemente, não
há grande movimentação de terra. O processo de nivelamento tendo
uma compactação mais simples, assim como os demais processos, como montagem
das formas e armaduras. Dessa maneira, a redução do tempo de execução é
significativa, gerando também uma economia para o construtor e para o cliente.
(FILHO, 2019).

5.1.4 BLOCO DE FUNDAÇÃO


Conforme NBR 6122/1996, o bloco de fundação é um elemento superficial de
concreto, dimensionado de modo que as tensões de tração nele produzidas possam
ser resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura, conforme figura.

Figura 10 – Bloco de fundação

Fonte: https://www.guiadaengenharia.com/fundacoes-rasas-conceitos/

O bloco também é uma fundação rasa, é mais recomendado para obras de


porte menor, e com solos com uma boa capacidade de suporte. De acordo com a NBR
6122, os blocos de fundação não devem ter dimensão menor do que sessenta
centímetros. Os blocos devem ser dimensionados por meio de cálculo estrutural e
geométrico.
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Execução dos blocos de fundação:


Após a verificação das cotas de apoio e as marcações dos pilares, faz-se a
montagem das formas para que seja feita a concretagem posteriormente.
Após verificamos o lastro, se o bloco não for assentado diretamente em rocha,
é necessária a realização de uma camada de concreto simples no mínimo de cinco
centímetros que ocupe toda a extensão do bloco para proteger o elemento da umidade
do solo. (PEREIRA, 2017).
Por fim, é realizado a concretagem, que neste tipo de fundação não se faz
necessária a utilização de armaduras.

Vantagens dos blocos de fundação:


Dentre as vantagens dos blocos de fundação, destacam-se a rapidez em sua
execução, o baixo custo (sendo comparado com outros tipos de fundação) e a sua
boa capacidade de suporte para obras de pequeno porte. Como não é uma fundação
armada, é possível economizar na sua execução pela não necessidade de compra de
barras de aço.
Para o melhor desempenho dos blocos de fundação é preciso observar a
qualidade do concreto utilizado e sua resistência, suas dimensões e sua profundidade.
(PEREIRA, 2017).

Viga baldrame:
As vigas baldrames nada mais são do que elementos estruturais, que podem
ser alocadas ou seja o seu local de aplicação pode ser definido tanto acima quanto
por baixo do nível da superfície do solo.
Sua forma de atuação é estabilizar a estrutura por meio dos travamentos dos
pilares e também dos elementos entre si, a escolha das vigas baldrames partem da
sua utilização em fundações para obras de pequeno porte e com baixos
carregamentos, sendo executadas em concreto armado, concreto simples ou blocos
maciços (ERTEL, 2016).
São elas que recebem as cargas lineares de pilares que possuem centros no
mesmo alinhamento, e ainda se tratando delas também se enquadram as
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sustentações das paredes que não estão apoiadas em fundações diretas próprias
(DINIZ E MONTEFUSCO, 2019).
As vigas baldrame assim como outros elementos de fundações e estruturas de
concreto são regidas pela NBR 6118/2014 estuda técnicas de pré dimensionamento
de concreto armado, mas que logo de início não permite que elas tenham largura
inferior a 15 cm.
Mas que permite com que suas variáveis em relação a altura possam ser
aplicadas em cada caso. A fundação é a base que está com uma das principais
responsabilidades, onde toda a estrutura é erguida, ela tem a função de suportar os
esforços nela empregados, desde que se respeitem todos os processos de pré
dimensionamento e execução, isso irá contribuir para que a construção se mantenha
firme e resistente às intempéries, e para que não apresente rupturas estruturais com
o passar do tempo. Sendo assim, além de suportar o próprio peso, as cargas verticais
e horizontais (ABCP, 2018), a fundação deve resistir às ações do vento, as oscilações
do terreno, empuxos pela distensão do solo e aos demais movimentos.
Contudo, esses aspectos estão diretamente vinculados à segurança da
estrutura que é considerada segura desde que ela suporte a todas essas ações que
possam solicitá-la em todo seu tempo de vida útil, sem ser impedida por nenhuma
hipótese, seja permanente ou temporariamente de desempenhar as funções em que
ela está submetida ou em que foi concebida (FALCONI; Et. Al.,2019 p.203).
Existem basicamente três critérios que podem ser adotados para que se defina
a escolha de uma fundação:
O técnico, o econômico e o de mercado. O critério técnico tem por finalidade
garantir a segurança quanto às rupturas e os recalques aceitáveis para a estrutura,
e ainda tem a função de evitar danos às estruturas vizinhas. A partir daí entram em
cena os critérios econômico e de mercado, que trata sobre os equipamentos, materiais
e os prazos.
Vale ressaltar ainda que a disponibilidade de materiais e equipamentos, o
perímetro de transporte, a metodologia e a sequência executiva da obra, tem um peso
considerável e de grande influência na escolha do tipo de fundação. Conforme citado
acima, as vigas baldrame podem ter suas medidas de altura variando entre si.
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Podemos ver nas figuras abaixo uma nomenclatura que relaciona as alturas
de vigas baldrames e que foram obtidas através do pré-dimensionamento e uma
solução adotada para as diversas medidas encontradas.

Alturas obtidas através do pré-dimensionamento

Solução adotada

Vimos então na figura acima que a solução adotada em função das diferentes
alturas de vigas foi pegar as maiores dimensões e manter um padrão de medida para
todas, da mesma forma foi adotado o padrão para as vigas de menores dimensões,
facilitando até mesmo na leitura e interpretação do projeto.

5.1.5 SAPATAS ISOLADAS


A sapata é uma fundação rasa com capacidade de carga baixa a média. O que
pode trazer a definição para a utilização deste tipo de fundação é a presença de argila
rija dentre outros, caso as sondagens reconheçam esse tipo de subsolo.
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Figura 11 – Sapata isolada

Fonte: https://casaeconstrucao.org/materiais/sapata-isolada/

Sapata isolada dentre os tipos existentes é uma das mais simples e comuns
na construção civil. Sua projeção possui como característica suportar a carga de
apenas um pilar ou coluna, podem ser de formatos quadrado, retangular, circular, etc.
O sistema de sapatas isoladas tem sido um dos mais preferidos no brasil,
porque é um dos mais baratos e também por ter uma execução mais rápida.
A sua instalação é indicada em terrenos de boa resistência e com solo firme,
pois elas são executadas com pouca profundidade no solo. Sendo assim se não forem
atendidas essas exigências o peso da construção pode ocasionar um afundamento
nas sapatas, e com o passar dos tempos até mesmo o imóvel pode vir a afundar.
Como funciona a estrutura?
Uma sapata isolada é construída em formato de cubo de concreto, e ela terá
que suportar as cargas da coluna ou do pilar da casa. E mais; para cada coluna será
preciso ter uma sapata, com essa devida instalação a estrutura suporta o peso da
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edificação, tendo então que; a carga é recebida pelos pilares, transmitidas às sapatas
e só assim é distribuída pelo solo.
Existem varias formas de sapatas, porém a mais comum é de base quadrada
e topo piramidal ou até mesmo reto, com base no modelo do desenho da estrutura o
engenheiro avalia o tipo de sapata a ser utilizado na obra, geralmente são dois ou os
mais comuns: O radier e o gaiola.
O radier é uma armação mais simples de fundação, porem ele não consegue
suportar a edificação por ser indicado a penas em casas térreas.
Mas já a sapata do tipo gaiola pode ser utilizada em construções de vários
pavimentos, isso porque a estrutura é mais reforçada com cabos de aço e contrato.
Como fazer uma sapata isolada? Temos os seguintes passos.
A primeira coisa a ser feita logo de cara já é ter que contratar um engenheiro
ou arquiteto para realizar o projeto, apenas um especialista irá avaliar corretamente o
terreno e aí sim poderá indicar o tipo de fundação que mais se enquadra ao prédio
objetivado. Ele também terá a responsabilidade por todo o cálculo do plano e dos
materiais a serem empregados na construção, assim também como na segurança dos
colaboradores na execução da obra.
Ele vai analisar por exemplo, solo. É fundamental que saiba a sua capacidade
de carga, se há também a presença de água no solo ou não e a profundidade ideal
do assentamento da fundação. Juntamente com isso o especialista verifica o
tombamento e o deslizamento da sapata. E não para por aí, ele também analisa se a
tensão atuante é inferior à tensão admissível, sendo mais claro, se a carga suportada
pela estrutura é menor do que ela suporta. Isso trará uma margem de segurança maior
para a construção. Além disso é comum que a sapata seja posicionada no centro de
onde o pilar ou coluna serão erguidos. E o profissional também se certificará que todas
as escavações para instalação da estrutura sejam feitas nos locais adequados.
Escavação e a preparação do solo, são feitas também dentro de um padrão, assim
que feitas as escavações é necessário compactar corretamente o fundo do buraco, e
o solo deste fundo deve receber um lastro ou camada de 5cm de concreto magro, com
a finalidade de nivelar e de proteger a estrutura de possíveis umidades, oque poderia
ocasionar na deterioração do aço e prejudicar a estrutura como um todo. Podemos
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também ao invés de forrar o fundo da vala com concreto magro, utilizar uma lona
plástica ou mesmo uma camada de brita, neste caso é fundamental que as pedras
sejam bem compactadas e umedecidas antes do derrame do concreto.
Logo após, é preciso posicionar as armações de aço no buraco da escavação, durante
a concretagem devemos nos certificarmos que estrutura não irá se deslocar utilizando
espaçadores laterais a sua volta travando as armações.
Execução da sapata isolada, em seguida, deve-se fixar as colunas de aço de
arranque, são aquelas que ficam expostas na vertical, elas serão as responsáveis pela
fixação dos pilares ou colunas da edificação na sapata. Isso deve ocorrer de forma
perpendicular e bem no centro da sapata. As vantagens da sapata isolada sem duvida
é a economia de custos e o tempo investido nela, o maior tempo gasto com a
construção será o da secagem do concreto, cerca de 7 dias. As vantagens da sapata
isolada são sem duvida a economia de custos e o tempo de execução, haja vista que
o maior tempo gasto na construção é a secagem do concreto que geralmente é de 7
dias. Além de não serem necessárias maquinas e ferramentas de grande porte, o que
tornaria o custo mais elevado.
Desvantagens da sapata isolada por se tratar de um trabalho quase
artesanal, a falta de mão de obra qualificada para este processo torna esse tipo até
mais barato, essa é uma das limitações. (TOTAL CONSTRUÇÃO, 2020)
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6 DETERMINAÇÃO PROGRAMADA COM OS RA´S:

Nome RA Somatória
Carolina Lago Garroti 919209849 51

Diego Cernomoret Fabri 322103350 19

Emerson Conceição Soares 915207283 37

João Silva Arruda 922101960 30


João Victor Silvestre 320102316 18
Kelly Marinho Canêdo 920202871 31

Luiz Fernando M Nogueira 317100618 27

Marcos Antônio M da Silva 919124445 39

Matheus Marques Pereira 317100519 27

Natanael dos Santos 912119042 29


Paulo Sérgio de Sousa 318104581 31

Pedro Henrique da Silva 912209227 34

Rodrigo Marinho de Oliveira 914115025 28

Ronald Eduardo de F Cruz 920106954 36

Total 437

Determinação da tensão admissível do solo:


Temos que checar o tipo de ruptura, cruzando as informações de coesão e
ruptura, conforme figura abaixo:
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Determinação das sapatas retangulares:

Profundidade da sapata 2,5


Peso específico y(KN/m3) 18
Coesão C(KN/m2) 50
Ângulo de atrito 30
Valor de B(m) 2,5

Valores para N:

Nc. Nq. Ny. Sc. Sq. Sy.


37,16 22,46 19,73 1,1 1,0 0,9

Tensão Efetiva:
q = h.y
q = 2,5 x 18
q = 45 KN / m²

Capacidade de Carga:
Qu= (50 x 37,16 x 1,1) + (45 x 22,46 x 1) + (0,5 x 18 x2,5 x 19,73 x 0,9)
Qu= 3454 kPa/1000 = 3,45 mPa

Tensão adm:
3,45/3 = 1,15 mPa

Bulbo de tensões:
Z= ⍺ x B= 3 x 2,5 = 7,5 m
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Determinação das sapatas quadradas:

Profundidade da sapata 2,5


Peso específico y(KN/m3) 18
Coesão C(KN/m2) 50
Ângulo de atrito 30
Valor de B(m) 2,5
Valores para S:

Nc. Nq. Ny. Sc. Sq. Sy.


37,16 22,46 19,73 1,3 1,0 0,8

Capacidade de carga:

Qu= (50 x 37,16 x 1,3) + (45 x 22,46 x 1) + (0,5 x 18 x 2,5 x 19,73 x 0,8)
Qu= 3781 kPa/1000= 3,78mPa

Tensão adm:

3,78/3=1,26 mPa

Bulbo de tensões:

Z=⍺ x B=2 x 2,5= 5m

7 MÉTODO DE CÁLCULO DE SAPATA

7.1 CÁLCULO DE SAPATA QUADRADA

O cálculo da sapata necessita de uma série de cálculos e verificações, abaixo


será demonstrado as etapas utilizando como referência o Pilar 1 do projeto e sua
respectiva sapata.
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A carga de cada pilar é calculada pela multiplicação da sua área de influência


pela carga total da estrutura:
Carga Pilar = Carga total x Área
Carga P1 = 1,8 . 1,23
Carga P1 = 2,214 t

Para dimensionar a área da sapata utiliza-se a seguinte fórmula:


, .
Ssap =

, . ,
Ssap =
,
Ssap = 184,5 𝑐𝑚

Determinação de dimensão do menor lado da sapata “B”:

B= . (bp – ap) + . (𝑏𝑝 − 𝑎𝑝) + 𝑆𝑠𝑎𝑝

B= . (15 – 15) + . (15 − 15) + 184,5

B = 13,59 cm
Apesar disso, o resultado de B foi menor que a condição mínima exigida, logo
será B (adotado) = 60 cm.

Na determinação de dimensão do maior lado da sapata “A”, deve ser utilizado


na equação o valor de B adotado:
A – B = ap – bp
A = ap – bp + B
A = 15 – 15 + 60
A = 60 cm

Para verificar e corrigir a área, os valores de A e B devem ser os valores


adotados:
Ssap = A . B
Ssap = 60 . 60
Ssap = 3600 𝑐𝑚
28

Para determinação dos balanços “Ca e Cb”, A deve ser o valor adotado:

C=

C=

C = 22,5 cm

Determinação de altura total da sapata:

h≥

h≥

h ≥ 15 cm

Determinação de altura do alinhamento vertical da sapata:

ℎ ≥

ℎ ≥

ℎ ≥ 83,33

Determinação do ângulo de inclinação da altura da sapata:

tg α =

α = 𝑡𝑔 ( )
,
α = 𝑡𝑔 ( )
,

α = 82,31º

Verificação da tangente do ângulo de 𝛽:

tg 𝛽 =

tg 𝛽 =
,

tg 𝛽 = 11,11
29

Se tg β < 0,5 é sapata flexível, se tg β > 1,5 é bloco de fundação, se 0,5 ≤ tg β


≤ 1,5 é sapata rígida.
Como tg 𝛽 = 11,11 , ou seja, tg 𝛃 > 1,5, é classificada como bloco de fundação.
Isto dispensa armadura de flexão porque o concreto resiste à tensão de tração
máxima existente na base do bloco.

7.2 CÁLCULO DE SAPATA RETANGULAR

Simular ao cálculo da sapata quadrada, os cálculos da sapata retangular


seguem o mesmo roteiro. Abaixo será demonstrado as etapas utilizando como
referência o Pilar 4 do projeto e sua respectiva sapata.

A carga de cada pilar é calculada pela multiplicação da sua área de influência


pela carga total da estrutura:
Carga Pilar = Carga total x Área
Carga P4 = 1,8 . 4,77
Carga P4 = 8,586 t

Para dimensionar a área da sapata utiliza-se a seguinte fórmula:


, .
Ssap =

, . ,
Ssap =
,
Ssap = 783,94 𝑐𝑚

Determinação de dimensão do menor lado da sapata “B”:

B= . (bp – ap) + . (𝑏𝑝 − 𝑎𝑝) + 𝑆𝑠𝑎𝑝

B= . (15 – 30) + . (15 − 30) + 783,94

B = 21,49 cm
Apesar disso, o resultado de B foi menor que a condição mínima exigida, logo
será B (adotado) = 60 cm.
30

Na determinação de dimensão do maior lado da sapata “A”, deve ser utilizado


na equação o valor de B adotado:
A – B = ap – bp
A = ap – bp + B
A = 30 – 15 + 60
A = 75 cm

Para verificar e corrigir a área, os valores de A e B devem ser os valores


adotados:
Ssap = A . B
Ssap = 75 . 60
Ssap = 4500 𝑐𝑚
Para determinação dos balanços “Ca e Cb”, A deve ser o valor adotado:

C=

C=

C = 22,5 cm

Determinação de altura total da sapata:

h≥

h≥

h ≥ 15 cm

Determinação de altura do alinhamento vertical da sapata:

ℎ ≥

ℎ ≥

ℎ ≥ 83,33

Determinação do ângulo de inclinação da altura da sapata:


31

tg α =

α = 𝑡𝑔 ( )
,
α = 𝑡𝑔 ( )
,

α = 82,31º

Verificação da tangente do ângulo de 𝛽:

tg 𝛽 =

tg 𝛽 =
,

tg 𝛽 = 11,11
Se tg β < 0,5 é sapata flexível, se tg β > 1,5 é bloco de fundação, se 0,5 ≤ tg β
≤ 1,5 é sapata rígida.
Como tg 𝛽 = 11,11 , ou seja, tg 𝛃 > 1,5, é classificada como bloco de fundação.
Isto dispensa armadura de flexão porque o concreto resiste à tensão de tração
máxima existente na base do bloco.

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