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AULA 2 – PROJETO DE ESTRADAS 1

PARÂMETROS DEFINIDORES

Prof. Leandro Vaz


Estudo de Tráfego

O que é Tráfego?
 Trânsito x Tráfego

O que é Engenharia de Tráfego?


• Objetos: Planejamento, projeto geométrico e
operação de tráfego em vias, suas redes,
terminais, lotes lindeiros e relações com outros
modos de transporte.
• Objetivo: Assegurar o movimento seguro,
eficiente e conveniente de pessoas e bens.
Estudo de Tráfego
Uma importante distinção:
 A Engenharia de Tráfego trata não apenas de problemas físicos:
inclui o comportamento humano e suas inter-relações com a
complexidade do ambiente

Interfaces: • Engenharia • Economia


• Arquitetura • Psicologia
• Urbanismo • Pedagogia
• Paisagismo • Direito
• Sociologia • ...
Estudo de Tráfego

Engenharia

Tráfego

Educação Fiscalização
Estudo de Tráfego

Elementos do Tráfego
 O usuário
 O veículo
 A via • Motoristas
• Passageiros
• Pedestres
• Ciclistas
• Moradores
• ...
Estudo de Tráfego – o Usuário

t
Estímulo (P + I + D + A)
Reação

Tempo total de reação:


 Visão
• Percepção
 Audição
• Identificação  Tato
• Decisão  (outros)
• Ação
Visão

VELOCIDADE VISÃO PERIFÉRICA DISTÂNCIA FOCAL


(km/h) (graus) (metros)
40 100 180

50 90 230

75 60 365

100 40 500

Campo Frontal : 25° , centrados no eixo da direção do movimento

Campo : 65° a 90° , centrados no eixo da direção do


Periférico movimento
Veículo - visibilidade

31,5 o

28,5 o

58 o

12,2 o
5,7 o
9,3 o

Figura 2 - A visibilidade permitida por automóveis


Frenagem

Força de frenagem
F  m  a
F    P   d  Pd   t  Pt  a
P   
m  g
g 

Distância de frenagem
v2 v2
s s
2 g  f 2  g   f  i
Pesquisas e levantamentos de campo

Detecção do problema
Política do órgão
Pré-julgamento
Parâmetros de análise
Levantamento de dados

Análise dos dados

Projeto

Implantação

Avaliação
Levantamento de dados

Objetivo do Características do Recursos


projeto fenômeno disponíveis

Escolha do método

Planejamento: amostra,
horário, formulários,
treinamento etc.

Operação

Tabulação

Análise
Pesquisa de fluxo de tráfego
 Objetivo:
 Determinar quantidade, direção e composição do fluxo de
veículos e pedestres na unidade do tempo
 Aplicações:
 Verificar demanda de via ou interseção
 Comparar demanda com capacidade
 Avaliar dispositivos de controle
 Dimensionar tempos semafóricos
 Classificar vias
 Analisar dados de acidentes
 Dimensionar calçadas, passarelas, tempos de travessia
Pesquisa de fluxo de tráfego (cont.)
 Variações no fluxo:
 Ao longo do ano
 Ao longo do mês
 Ao longo da semana
 Ao longo do dia
 Dentro da hora
 Metodologia:
 Contagens manuais
 Contagens automáticas
Comentários gerais
 O desempenho do tráfego em uma via depende, entre
outros fatores, do desempenho de suas interseções
 A acomodação segura e eficiente do tráfego em
interseções depende fundamentalmente do tipo de
arranjo adotado: geometria, tipo de controle etc.
 As melhores condições de eficiência, segurança e
capacidade são proporcionadas, em geral, por
interseções em diferentes níveis
Introdução
15

Que tipo de rodovia deve


ser projetada?
Introdução
16

Constituem um Sistema de Transporte:

Meio ambiente
Introdução
17

O produto final deve atender as


expectativas do consumidor (condutor)
quanto a:
Introdução
18

De acordo com a Lei Nº. 9.503, de 23/09/1997


(Código de Trânsito Brasileiro) que entrou em
vigor em 8/01/1998, utilizam-se as seguintes
definições:

 ESTRADA: via rural não pavimentada;


 RODOVIA: via rural pavimentada;
 VIA RURAL: são as estradas e rodovias.
Introdução
19

Nomenclatura das rodovias federais:

Onde N é:
 0: Rodovias Radiais;

 1: Rodovias Longitudinais;

 2: Rodovias Transversais;

 3: Rodovias Diagonais;

 4: Rodovias de Ligação.
Introdução
20

 À forma (composição espacial) assumida por uma


via rural dá-se o nome de corpo estradal.

 O corpo estradal está posicionado sobre a


superfície topográfica (relevo), podendo cortar
e/ou aterrar a mesma.
Introdução
21

A caracterização (modelagem e projeto) do corpo


estradal (3D) é feita através de:
Introdução
22

Classificação funcional:
Arterial

Coletor

Local
Introdução
23

Classificação técnica:

Classificação funcional  classe de projeto;


Volume médio diário de tráfego (VMD);

Nível de Serviço;

Natureza do terreno.
Introdução
24

IMPORTANTE!!!

Estudos de Traçado bem realizados minimizam


problemas de projeto em diversas áreas
(geométrico, terraplenagem, interseções, drenagem,
pavimentação, etc.)
Elementos do Projeto Geométrico
Norma (elementos de projeto)
26

 Velocidade diretriz;
 Veículos de projeto;
 Distâncias de visibilidade;
 Alinhamento horizontal;
 Alinhamento vertical;
 Elementos da seção transversal.
Norma (Vd)
27

Velocidade diretriz: é a velocidade selecionada


para fins de projeto da via e que condiciona as
principais características da mesma.
Norma (veículos de projeto)
28

 Veículos de projeto;
 Veículo tipo.
Norma (distâncias de visibilidade)
29

 Parada mínima;
 Parada desejável;
 Tomada de decisão;
 Ultrapassagem.
Norma (alinhamento horizontal)
30

Considerações para traçado fluente:


Trechos excessivamente longos são indesejáveis;
Para AC<5º usar relação DC>30(10-AC);

Não usar raio para AC<15’;

Preferencialmente usar tramo com transição;

É indesejável curvas consecutivas no mesmo sentido;

Preferencialmente ter intertangente T>4V;

Valores mínimos de curvas de concordância horizontal;

Curvas consecutivas devem manter uma relação de

proporção entre si.


Norma (alinhamento vertical)
31

Considerações:
Greide colado X greide fluente;

Rampas mínimas (drenagem longitudinal: de 0,30% a

1,00%);
Rampas máximas.
Norma (alinhamento vertical)
32

Considerações:
Curva de concordância vertical: parábola de 2° grau;

Parâmetro k da parábola.
Norma
33

Coordenação dos alinhamentos


horizontal e vertical

(defeitos de traçado)
Norma (defeitos de traçado)
34

Sem dobra ótica

Com dobra ótica


Norma (defeitos de traçado)
35

Tangente pequena entre curvas no mesmo sentido

Mergulho em tangente
Norma (defeitos de traçado)
36

Mergulho em curva

Abaulamentos
Norma (defeitos de traçado)
37

Ondulações em curva

Mergulho raso
Norma (defeitos de traçado)
38

Mergulho profundo

Salto
Norma (defeitos de traçado)
39

Salto com deflexão

Início de curva horizontal em curva vertical


convexa
Norma (elementos da seção transversal)
40

Largura das faixas de rolamento.


Norma (elementos da seção transversal)
41

Largura dos acostamentos externos.


Norma (elementos da seção transversal)
42

Largura dos acostamentos internos.


Norma (elementos da seção transversal)
43

Conformação da pista.
Pista abaulada X pista com caimento simples;

Declividade em tangente:

 1,5% pavimento em concreto de cimento;


 2,0% pavimento betuminoso;
 2,5% a 3,0% pavimentos porosos e de baixo padrão;
 3,0% a 4,0% não pavimentadas;
 5% acostamentos;
Superelevação e superlargura.
Norma (elementos da seção transversal)
44

Necessidade de defensas para aterros altos.


Norma (resumo)
45
Terreno (relevo)
46

Condicionantes de relevo:
Terreno (geologia)
47

Condicionantes geológicas:
 Solos moles e materiais inservíveis;
 Encostas em aluvião (escorregamento);
 Corte em rocha (utilização em aterros e descarte em
bota-foras);
 Jazidas e empréstimos laterais;
 ISC (CBR) e expansão (ensaios).
Terreno (hidrologia)
48

Condicionantes hidrológicas:
 Rios e cursos d’água (cota de cheia máxima);
 Bacias de contribuição (dimensionamento da
vazão);
 Regiões alagadiças (banhado);
Terreno (preservação e ocupação)
49

Condicionantes diversas:
 Reservas ecológicas (matas nativas e áreas de
preservação);
 Reservas indígenas, quilombolas (negros),
assentamentos e invasões;
 Árvores nativas com restrição ao corte;
 Áreas de expansão urbana;
 Áreas de atração (portos secos, ligação a terminais
de outros modais).
Terreno (obras concorrentes)
50

Condicionantes diversas:
 Acesso a outras vias rurais (existentes ou
projetadas);
 Interferências (pontes, viadutos, túneis, ferrovias,
oleodutos, canalizações de fibra-ótica, redes de alta
tensão).
OBRIGADO!

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