Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RODOVIÁRIAS
DISCIPLINA: ESTRADAS
PROFESSORA: PRISCILA LUZ
O QUE É UMA ESTRADA?
COMO SURGIRAM?
E NO BRASIL? A primeira estrada de
rodagem no Brasil é
conhecida como União
Indústria, em 1861, que
ligava o estado de Minas
Gerais ao do Rio de
Janeiro.
E NO BRASIL?
• Em meados da década de 40 o Brasil tinha apenas 423 km de rodovias pavimentadas,
entre federais e estaduais;
• Em 1950 o Brasil já contava com 968 km de malha rodoviária pavimentada;
• Ao final dos anos 60, com exceção de Manaus e Belém, todas as capitais estavam
interligadas por estradas federais;
• Na década de 70, nasceram a Transamazônica, a Belém-Brasília, a construção da Ponte
Costa e Silva (Rio – Niterói), entre tantas outras obras. Completando 47 mil km de
rodovias federais pavimentadas.
E NO BRASIL?
COMO UMA ESTRADA É PROJETADA?
OBRA RODOVIÁRIA
O produto rodoviário final, sua forma e
composição espacial – corpo estradal, deve se
adequar ao relevo da região além de atender as
expectativas ambientais, de segurança e conforto
dos usuários
Exploração
Projeto
Construção
Operação
Conservação
RECONHECIMENTO
PROCESSOS DE RECONHECIMENTO
• Mapas e cartas da região;
• Inspeção in loco;
• Sobrevôo da região;
• Fotografias aéreas;
• Imagens obtidas por satélite.
RECONHECIMENTO
NESSA FASE SÃO DESENVOLVIDAS AS SEGUINTES REALIZAÇÕES
Topografia
Topografia
Terreno
ondulado
plano
Terreno
Terreno
oso
montanh
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
Topografia
CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO
RELEVO DECLIVIDADE %
PLANO 0–3
ONDULADO 8 – 20
FORTE ONDULADO 20 – 45
MONTANHOSO 45 – 75
ESCARPADO > 75
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
Geologia
PLANO DE SONDAGENS
INDICAÇÃO DAS ÁREAS E/OU REGIÃO COM POTENCIAL PARA MATERIAIS DE JAZIDA
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
Geologia
Mapa com
potenciais para
areais, jazidas e
pedreiras
BR-104
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
Geotecnia
• Dureza do material;
• Estabilidade de taludes de cortes;
• Contenção de taludes ou de estabilização de aterros sobre solos moles
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
• Identificação de talvegues
que interceptam o traçado;
Hidrologia
• Realização de estudos das
bacias de contribuição;
• Determinação das vazões de
projeto para bueiros e
pontes;
• Determinação das vazões de
projeto para drenagem
superficial;
– Meios-fios; sarjetas de
corte; valeta de proteção de
corte e aterro; descidas
d’água; entradas d’água
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
Hidrologia
m
Drenage
ia
rodoviár
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
Hidrologia
Deve-se evitar
travessias de rios e
córregos a fim de evitar
a construção de pontes e
galerias
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA
DO TRAÇADO
Desapropriações
Interferências no ecossistema
Delimitação de faixas
convenientes e adequadas, por
onde atravessará a futura
rodovia, definidas a partir de Permitindo o
dados geomorfológicos da desenvolvimento (e um
região e das características comparativo) de duas ou
geométricas do terreno mais opções de traçado
(relevo)
O TRAÇADO FINAL E SUAS
RESPECTIVAS ETAPAS DE TRABALHO
A locação ainda é
totalmente feita por
processos
topográficos.
DEFEITOS DO TRAÇADO
A combinação inadequada (ou
desconhecida) dos elementos
geométricos em planta e em perfil
pode resultar no projeto de uma
rodovia com trechos que não Existem combinações, defeitos na
ofereçam condições satisfatórias geometria, que comprometem
de segurança e de conforto para profundamente a qualidade do projeto,
os usuários, prejudicando a
fluidez desejada para o trânsito
sendo expressamente apontados pelos
veicular diversos Departamentos de Estradas e
Rodagem, para que os profissionais
evitem ao máximo
• Dobras e defeitos óticos – curvas de pequeno desenvolvimento entre tangentes devem ser
evitadas, pois causam aparência de quebra de continuidade. Tangentes intermediárias
curtas entre curvas de mesmo sentindo também deve ser evitado, pois causam aparência de
quebra de continuidade.
• Mergulho em tangente e curva – abaulamento bruscos devem ser evitados, o ideal é sempre
ter o greide (perfil), mesmo em rampas, alinhado.
DEFEITOS NO TRAÇADO
• Mergulho rasos e profundo;
• Abaulamento – evitar o efeito “tobogã” na estrada.
• Ondulações em curva
• Início de curva horizontal em área convexa do greide – a falta de visibilidade pode fazer o
motorista perder o traçado
RECONHECIMENTO
ETAPAS A SEREM EXECUTADAS
• Levantamento planimétrico;
• Levantamento altimétrico longitudinal;
Caso a área de interesse já
• Levantamento altimétrico transversal; tenha sido objeto de estudos,
• Desenho; ou já foi mapeada por cartas
planialtimétricas
• Anteprojeto
geograficamente
referenciadas, toda essa etapa
de reconhecimento pode ser
suprimida.
RECONHECIMENTO
Com o levantamento
planialtimétrico começa- • Fazer um cálculo estimativo dos
se a elaboração do
anteprojeto, um para serviços e quantidade de cada
cada perfil longitudinal opção da estrada
dos caminhamentos
escolhidos
MEMORIAL DESCRITIVO
Apontar o traçado escolhido
ORÇAMENTO
• Planta;
• Perfil longitudinal;
• Orçamento;
• Memorial descritivo;
• Memorial justificativo
CONDICIONANTES POLÍTICOS
E GEOFRÁFICOS
• A relação custo/benefício de uma estrada é função direta de alguns fatores condicionantes
que se refletem em uma diretriz mais ou menos tortuosa.
TOPOGRAFIA
Pontos obrigatórios
Região
Hidrologia
Linha de Ensaio
Para materialização
dos pontos de
medidas faz-se a
cravação de • Ex: o ponto inicial é
piquetes e/ou
estacas. identificado por 0 = PP,
lido como “estaca zero PP”
EXPLORAÇÃO
Estaqueamento do traçado
EXPLORAÇÃO
Estaqueamento do traçado
• Para locação do eixo da estrada foi realizado estaqueamento de 20 em 20
metros. Qual o valor aproximado da estaca localizada no ponto P?
EXPLORAÇÃO
• Tráfego;
• Hidrologia;
• Geologia;
• Geotecnia;
• Aspectos sociais e econômicos;
• Projetos de desenvolvimento da região local;
EXPLORAÇÃO
É POSSÍVEL NESSA FASE ELABORAR ANTEPROJETOS DE:
• Terraplenagem;
• Drenagem;
• Pavimentação;
• Geométrico
EXPLORAÇÃO Projeto geométrico
EXPLORAÇÃO Projeto de
terraplenagem
EXPLORAÇÃO Seção transversal de
terraplenagem
EXPLORAÇÃO Projeto de drenagem
EXPLORAÇÃO
Projeto de
pavimentação
EXPLORAÇÃO Projeto de sinalização
EXPLORAÇÃO Projeto de proteção ambiental
EXPLORAÇÃO Avaliação dos traçados
DESENVOLVIMENTO DO
TRAÇADO
Desenvolvimento do traçado
acompanhando o talvegue
Desenvolvimento do traçado em
ziguezague
DESENVOLVIMENTO DO
TRAÇADO
Desenvolvimento do traçado
acompanhando as curvas de nível
PROJETO
• O projeto de uma rodovia deve ser o mais completo e
abrangente possível, de fácil compreensão e perfeitamente
Projetar uma estrada é exequível para as condições vigentes.
equilibrar variáveis e
lidar com elevado grau
de indeterminação de
alguns elementos • Antecipar os possíveis problemas na etapa de execução
e apresentar as possíveis soluções, observando sempre
a padronização e as normas vigentes
Estudos topográficos
• Traçado em planta;
• Raios de curvaturas; A precisão deve ser
grande, permitindo a
• Rampas; conformação espacial, a
quantificação e o
orçamento
• Eixo da estrada;
• Estaqueamento;
• Bordas da pista;
• Pontos notáveis;
• Localização e limite de
obras de arte;
• Linhas indicativas da
faixa de domínio;
• Curvas de nível
• ESCALA 1:2000
PERFIL
GREIDE
• Perfil do terreno;
• Linha do greide;
• Estacas e cotas dos
PIV’s, PCV’s, PTV’s;
• Comprimento das
curvas;
• Rampas, em %;
• Localização e limite
de obras de arte;
• ESCALA
– 1:2000 (horizontal)
– 1:200 (vertical)
SEÇÕES TRANSVERSAIS
(PLATAFORMA)
É a representação
A seção transversal, dependendo do relevo do terreno e
gráfica e geométrica,
greide projetado, pode ser em: num plano vertical de
▷ Corte; projeção, de elementos
▷ Aterro; dispostos
transversalmente a um
▷ Mista. determinado ponto do
eixo longitudinal
SEÇÕES TRANSVERSAIS
ESTAS SEÇÕES SÃO PERPENDICULARES AO EIXO NAS ESTACAS
INTEIRAS, E INDICAM:
• Dimensões e
inclinações da faixa de
tráfego, acostamento
e demais elementos da
plataforma;
• Taludes de corte e/ou
aterro;
• Posição dos offsets de
terraplenagem e faixa
de domínio;
• Outras informações.
• ESCALA 1:100
SEÇÕES TRANSVERSAIS
PROJETO
RESUMINDO
As necessidades, benefícios e custos
definem as características básicas
Um bom projeto deve do projeto, tais como capacidade do
atender às necessidades tráfego, número de pistas e de
de tráfego, respeitar as faixas, velocidade de projeto, etc. A
características técnicas escolha destas características
de um bom traçado e de devem permitir certa flexibilidade,
um bom perfil, estar em já que possivelmente ocorrerão
harmonia com a região variações de volume ou
atravessada e, ter o características de trafego durante a
custo mais baixo via útil da estrada.
possível.
CONSTRUÇÃO
A construção de uma rodovia inicia-se
sempre pela abertura de caminhos de
serviço.
Superestrutura
CONSTRUÇÃO
Implantação básica
No Brasil, historicamente o
Governo sempre foi o
responsável pela operação das
rodovias, porém, nas últimas
décadas ocorreu uma evolução
na forma de operação da
rodovias, através da
promulgação de legislação que
permite a concessão deste
O Governo mantém-se somente como controlador e serviço público à iniciativa
fiscalizador das operações de cobrança e de execução das privada
obras acordadas.
CONSERVAÇÃO
No caso de rodovias e vias urbanas, a ação do tráfego dos veículos, a ação do tempo,
das intempéries e variações frequentes nas condições climáticas tendem a desgastar
tais obras.
Periódicos
A conservação e manutenção de uma estrada • Nivelas estradas de terra com o uso de tratores;
• Renivelar placas de concreto;
são permanentes e devem interferir o mínimo
• Consertar proteções;
possível no fluxo de tráfego.
• Reparar valetas, aterros e cortes;
• Repintar a sinalização;
• Remover vegetação excessiva
Nos últimos anos, diversas
empresas desenvolveram
importante ferramentas SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DE
para melhorar o PAVIMENTOS (SGP)
conhecimento,
dimensionamento e
planejamento das
necessidades da
conservação
DÚVIDAS?
priscilaluz@fiponline.edu.br