Construção de estradas

e obras de terra
Aula 02 – Estudos de Traçado
Professor: Geilson Bispo
PROJETO GEOMÉTRICO
Processo de correlacionar elementos físicos com as
características de operação, frenagem, aceleração,
condições de segurança e conforto.

GEOMETRIA / FÍSICA / VEÍCULOS

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ESTUDO DO TRAÇADO
O estudo de um traçado de estrada está dividido em cinco fases:

RECONHECIMENTO

EXPLORAÇÃO

ESTUDOS DE
TRÁFEGO

PROJETO

LOCAÇÃO

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RECONHECIMENTO
O reconhecimento tem por objetivo o estudo geral de uma
ampla faixa do terreno, ao longo de um itinerário por onde se
supõe poder passar o traçado da estrada.

Supondo-se que se deseja projetar uma estrada entre duas

cidades A e B, os trabalhos de reconhecimento visam obter as
diversas alternativas de traçado desta ligação, numa ampla área
situada entre os extremos A e B.

Estas alternativas de traçado ficam condicionadas pela

topografia, características técnicas da estrada, condições
socioeconômicas da região, políticas, ecológicas, entre outras.

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RECONHECIMENTO
Levantamento e análises de dados da região (definição de
possíveis locais por onde a estrada vai passar).

Obstáculos: topográficos; geológicos; hidrológicos → anteprojeto

Fonte: COMPAV, 2023. Fonte: COMPAV, 2023.

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RECONHECIMENTO
• EXAME DE MAPAS
• INSPEÇÃO “IN LOCO”
• SOBREVOOS
• EXAMES DE FOTOS AÉREAS

Fonte: Engeográfica, 2015 Fonte: Google Maps, 2023

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RECONHECIMENTO
A reta que liga os pontos extremos da estrada é a DIRETRIZ GERAL,
representando a solução ideal para a realizar a ligação entre os
pontos extremos. Isso seria possível somente em condições
excepcionalíssimas do terreno e caso não houvesse, entre A e B,
nenhum ponto de interesse que forçasse a desviar a estrada de seu
traçado ideal.

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RECONHECIMENTO
Cada uma das retas que liga dois pontos obrigatórios
intermediários é uma DIRETRIZ PARCIAL. Do estudo de todas as
diretrizes parciais possíveis, resulta a escolha das que fornecerão o
traçado no campo, isto é, a faixa de terreno onde se situará a
estrada.

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EXPLORAÇÃO
PLANTA PLANIALTIMÉTRICA

É o recurso técnico básico sobre o qual se poderá desenvolver o

projeto geométrico da rodovia realizando o levantamento
detalhado da diretriz.

POLIGONAL

• É a linha de referência, sobre a qual se apoiará todo o

levantamento planialtimétrico da faixa de terreno.

• Envolve a utilização de teodolitos, trenas, níveis, miras,

cruzetas, estações totais e equipamentos complementares.

• Vértices são materializados por piquetes cravados no terreno.

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EXPLORAÇÃO

FONTE: LCS TOPOGRAFIA, 2018.

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EXPLORAÇÃO

Fonte: Compav, 2018.

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EXPLORAÇÃO
• Seguindo uma linha perpendicular a poligonal básica
levantam-se as seções transversais em cada estaca com
medição de distâncias e cotas.

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EXPLORAÇÃO
• Consequentemente ao desenhar é obtido uma nuvem de
pontos.

• Ligando-se os pontos de uma mesma cota, obtém-se a

representação gráfica de curvas de nível.

• As curvas de nível são feitas em geral a cada metro, podendo

ser reduzida ou aumentada a precisão dependendo do detalhe
do trecho do projeto.

• O desenho com as distâncias e cotas e as curvas de nível é a

representação gráfica da planta planialtimétrica da diretriz do
projeto.

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EXPLORAÇÃO
• Curvas de nível x projeto geométrico

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ESTUDOS DE TRÁFEGO
Um dos principais elementos que determina as características futuras de
uma rodovia é o tráfego que ela irá suportar.
O projeto geométrico de uma estrada de rodagem é condicionado,
principalmente, pelo tráfego previsto, que permite o estabelecimento da
Classe de Projeto da Rodovia e o adequado dimensionamento de seus
elementos.
Um dos principais aspectos a considerar na Classificação Técnica de
Estradas é o aspecto operacional:
DEMANDA DE VOLUME DE
TRÁFEGO TRÁFEGO

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 ESTUDOS DE TRÁFEGO
Volume de tráfego: é o número de veículos que passa por
uma determinada seção de estrada, em um determinando
intervalo de tempo.
É o principal parâmetro no estudo de tráfego. Os Volumes
podem ser referidos a um ou aos dois sentidos do movimento.
*Volume anual: (quantidade total de ´veículos que passa
numa estrada durante o período de uma ano), é utilizado
quando se deseja estimar a receito para implantação de
pedágios, para determinar índice de acidentes ou estudar as
tendências de crescimento do volume para fins de
determinação do volume de tráfego da estrada no ano
horizonte de projeto.

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 ESTUDOS DE TRÁFEGO
Volume diário médio
(VDM): (quantidade média de
veículos que passa numa seção
da estrada, durante um dia), é
utilizado para avaliar a
distribuição do tráfego, medir a
demanda atual da estrada,
programação de melhorias etc.
*É também empregada a
expressão equivalente, Volume
Médio Diário (VMD).

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ESTUDOS DE TRÁFEGO
COMPOSIÇÃO DO TRÁFEGO DE UMA RODOVIA

A corrente de tráfego é composta por veículos que diferem entre si

quanto ao tamanho, peso e velocidade. Sua Composição é a medida,
em porcentagem, dos diferentes tipos de veículos.

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ESTUDOS DE TRÁFEGO
CONTAGEM DE TRÁFEGO EM UMA RODOVIA

Com o objetivo de se conhecer o número de veículos que passa

através de um determinado ponto da estrada, durante um certo
período. Pode determinar o volume diário médio (VDM), a
composição do tráfego etc.

Serve para a avaliação dos números de acidentes, classificação

de estradas e fornecer subsídios para planejamento rodoviários,
projeto geométrico de estradas, estudos de viabilidade e
projetos de construção e conservação.
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ESTUDOS DE TRÁFEGO

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PROJETO
FASE DE DETALHAMENTO
Cálculo de todos os elementos necessários (perfeita definição de
plantas e perfis)

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PROJETO

ESTRADA BEM PROJETADA

NÃO DEVE POSSUIR
INCONVENIENTES COMO:

• Curvas fechadas
• Declividades fortes
• Visibilidade deficiente

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PROJETO GEOMÉTRICO

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PROJETO GEOMÉTRICO

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CLASSIFICAÇÃO DAS RODOVIAS

Para fins de balizamento do projeto geométrico de uma

rodovia, é conveniente adotar as rodovias pelo método
denominado Classificação técnica, a qual permite a
definição das dimensões e configuração espacial com que a
rodovia deverá ser projetada, visando atender
satisfatoriamente a demanda que a solicitará.

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CLASSIFICAÇÃO TÉCNICA DAS RODOVIAS

No Brasil as normas de projeto geométrico editadas

pelo DNIT foram originalmente copiadas e adaptadas
a partir das normas de projeto praticadas nos
Estados Unidos “AASHTO”.
O manual vigente no Brasil foi lançado pelo DNER no
ano de 1999 o “IPR 706 - Manual de projeto
geométrico de rodovias rurais”.
Com o objetivo de reunir as informações essenciais
pertinentes às normas para o projeto geométrico de
rodovias.

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DESIGNAÇÃO DOS ELEMENTOS
GEOMÉTRICOS
Uma rodovia pode ser imaginada como
uma entidade física na qual Projeto em Planta
prevalecem dimensões longitudinais,
tendo seus elementos referenciados
geometricamente a uma linha fluente e Projeto em Perfil
contínua.
Os elementos geométricos da rodovia
podem ser decompostos em três fases Seção transversal
separadas, que são elas.
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PROJETO EM PLANTA
Nesta fase são
dimensionados os
elementos geométricos
da rodovia, projetado
em um plano horizontal
com o principal objetivo
é definir a geometria da
linha que representa o
Fonte: COMPAV, 2023.
eixo da rodovia.
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PROJETO EM PERFIL

Nesta fase são dimensionados

os elementos geométricos da
rodovia no plano vertical, para
fins de rebatimento da
superfície, seu objetivo principal
é definir a geometria da linha
que corresponde o eixo da
rodovia no plano vertical.
Denominado de GREIDE. Fonte: COMPAV, 2023.

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SEÇÃO TRANSVERSAL
Na terceira fase são
definidos os elementos de
seção transversal, unindo
com a geometria
horizontal (projeto em
planta) da rodovia, do
greide (projeto em perfil).
E assim extrair os volumes
de terraplanagem do
Fonte: COMPAV, 2023.
projeto.
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ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DE
SEÇÃO TRANSVERSAL

Fonte: LEE, 2015.

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PRICIPAIS CARACTERÍSTICAS
TÉCNICAS DE PROJETO

Volume de Velocidade Relevo da

Tráfego diretriz região

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CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO
RELEVO PLANO: A condição em que as distâncias de visibilidade permitidas pela geometria da
rodovia podem resultar suficientemente longas sem que para isso se tenha que incorrer em maiores
dificuldades construtivas ou em custos mais elevados;

RELEVO ONDULADO: Aquele que tem declividades do terreno natural passam a exigir constantes
cortes e aterros para a conformação do perfil da rodovia, com ocasionais inclinações mais
acentuadas oferecendo alguma restrição ao desenvolvimento dos alinhamentos horizontais e
verticais;

RELEVO MONTANHOSO: O que se caracteriza por mudanças abruptas de elevações entre o

terreno natural e a plataforma da rodovia, longitudinal e transversalmente, demandando frequentes
aterros e cortes nas encostas para conformar a geometria horizontal e vertical da rodovia.

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CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO
Distância de visibilidade de parada
• A distância percorrida por um veículo, desde a percepção
de um obstáculo, pelo condutor, até a parada total do
veículo;
Distância de visibilidade de ultrapassagem
• A distância livre necessária entre um veículo que deseja
ultrapassar outro mais lento à sua frente e um veículo que
esteja se deslocando em sentido contrário (numa rodovia
de pista simples), para que a manobra de ultrapassagem
possa ser completada com segurança;
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CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO
Raio de curva horizontal
• O raio utilizado para uma curva circular, no projeto em
planta;
Superelevação
• A inclinação transversal da pista em um trecho em curva
horizontal, servindo para atenuar o efeito da força
centrífuga;
Rampa
• A inclinação longitudinal de um trecho reto do greide, no
projeto em perfil
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CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO
Parâmetro K
• O parâmetro que caracteriza uma parábola de 2º grau, sendo seu valor dado
pelo quociente entre o comprimento da parábola e a variação de rampas nos
seus extremos;
Largura da faixa de trânsito
• A largura com a qual devem ser projetadas as faixas de trânsito, as quais
deverão comportar os veículos com alguma folga lateral para permitir desvios
de trajetórias nas correções de curso;
Largura do acostamento
• Largura a ser considerada no projeto dos acostamentos para que estes possam
atender às suas finalidades, influindo nas condições de fluidez e de segurança
oferecidas ao trânsito da rodovia
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CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO
Gabarito vertical
• A altura livre, acima da superfície da pista de rolamento, a ser
observado ao longo de todo o trecho, assegurando a passagem de
veículos mais altos autorizados a transitar;
Afastamento lateral da borda
• A distância livre existente entre um obstáculo físico e a borda da
faixa de trânsito ou da proporção transitável do acostamento;
Largura do canteiro central
• Largura do espaço compreendido entre as pistas, dupla, medida
entre as bordas das faixas de rolamento, incluindo as larguras dos
acostamentos internos.
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 CLASSES DE PROJETO
CLASSES DE PROJETOS

As normas do DNER estabelecem 5 classes técnicas para o projeto de rodovias rurais integrantes da
rede nacional, quais sejam:

Classe 0 (zero) ou Especial: corresponde ao melhor padrão técnico, com características técnicas
mais exigentes, sendo sua adoção feita por critérios de ordem administrativa; trata-se de projeto de
rodovia em pista dupla, com separação física entre as pistas, interseções em níveis distintos e controle
total de acessos, com características de Via Expressa.

Classe I (um): subdividida nas classes IA e IB; a Classe IA corresponde a projeto de rodovia com pista
dupla, admitindo interseções no mesmo nível e com controle parcial de acessos, sendo a definição por
esta classe feita com base em estudos de capacidade de rodovias; a Classe IB corresponde a projeto
de rodovia em pista simples, sendo indicada para os casos em que a demanda a atender é superior a
200 vph ou superior a 1.400 vpd, mas não suficiente para justificar a adoção de classes de projeto
superiores.

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CLASSES DE PROJETO
CLASSES DE PROJETOS

Classe II (dois): corresponde a projeto de rodovia em pista simples, cuja adoção é recomendada
quando a demanda a atender é de 700 vpd a 1.400 vpd.

Classe III (três): corresponde a projeto de rodovia em pista simples, sendo

recomendada para o projeto de rodovias com demanda entre 300 vpd e 700 vpd.

Classe IV (quatro): classe de projeto mais pobre, correspondendo a projeto de rodovia em pista
simples, sendo subdividida nas classes IVA e IVB; a Classe IVA tem sua adoção recomendada para
os casos em que a demanda, na data de abertura da rodovia ao tráfego, situa-se entre 50 vpd e 200
vpd, sendo a Classe IVB reservada aos casos em que essa demanda resulte inferior a 50 vpd.

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CLASSES DE PROJETO

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LOCAÇÃO
Uma vez elaborado o projeto geométrico da estrada no escritório,
passa-se à locação, que é a materialização do projeto no campo.

Fonte: Habitíssimo, 2015 Fonte: G3 Geotecnologias, 2018

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