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Projeto Geométrico de

Rodovias

Aula 1 – Projetos de
Engenharia
Projetos de Engenharia
 1.1. Fases de Serviços de Engenharia:
qualquer obra de engenharia necessita exige
quatro fases dependentes entre si:

 Projeto;
 Construção;
 Operação;
 Conservação.
Projetos de Engenharia
 1.1.1. Projeto
 O projeto de final de engenharia deve
ser o mais abrangente e completo
possível, de fácil compreensão,
exequível, com identificação dos
possíveis problemas a surgirem e suas
soluções e seguir normas e padrões
exigidos para sua total aplicação.
Projetos de Engenharia
 1.1.1.1. Projeto de Rodovias
 O projeto de rodovias propriamente
dito, é subdividido em diversas etapas
interdependentes entre si,
informalmente padronizados ou
conforme o órgão/setor/edital.
Projetos de Rodovias
 a. Estudos de Tráfego
 Trata da coleta de dados de tráfego,
estudo e análise do tráfego atual e futuro
como forma de avaliar a suficiência do
sistema de transporte existente; definições
de traçado, padrão da rodovia e classe
das rodovias com suas características
técnicas; as características operacionais
da rodovia e fornecer insumos para estudo
de viabilidade econômica do projeto.
Projetos de Rodovias
 b. Estudos de Viabilidade Técnica-
Econômica e Ambiental - EVTEA
 Objetiva dar subsídios para seleção de
traçados mais convenientes, determinar
as características técnicas mais
adequadas e definir a viabilidade
econômica do projeto. É desenvolvido na
fase preliminar, fase de estudos da área
em questão.
Projetos de Rodovias
 c. Estudos Hidrológicos
 Coleta de dados, análise e processamento
dos mesmos como forma de aplicação nas
diversas fases de projeto.
Projetos de Rodovias
 d. Estudos Topográficos
 Trata-se da busca pelo pleno
conhecimento do terreno por meio de
levantamentos topográficos normais ou
aerofotogrametria, com precisões
conforme a fase de projeto.
Projetos de Rodovias
 e. Estudos Geológicos e Geotécnicos
 Objetiva o maior conhecimento da
constituição do terreno, através de
sondagens e coleta de materiais/amostras
no campo para posterior ensaios dos
mesmos buscando uma completa
caracterização dos materiais encontrados.
Projetos de Rodovias

f. Projeto Geométrico
 Tem por objetivo o completo estudo e
definição da geometria da rodovia,
contemplando raios de curvatura,
rampas, plataforma e etc. com
detalhamento tal que permita
quantificação dos materiais e serviços,
sua conformação espacial e sua
execução de forma total.
Projetos de Rodovias
 g. Projeto de Terraplenagem e Obras de
Arte Correntes
 Objetiva o a determinação de volumes de
terraplenagem, locais de empréstimo e
bota-fora, quadros de distribuição da
movimento de terras e complementado
pelas definições das obras de arte
correntes.
Projetos de Rodovias
 h. Projeto de Drenagem
 Objetiva definir a concepção dos
elementos de drenagem superficiais e
profundas, com seus dimensionamentos,
localizações e detalhamentos.
Projetos de Rodovias
 i. Projeto de Pavimentação
 Visa conceber o projeto do pavimento, as
ocorrências de materiais a serem
indicados, dimensionamento e definição
de segmentos homogêneos e cálculo de
volumes e distâncias de transportes a
serem empregados.
Projetos de Rodovias
 j. Projeto de Obras de Artes Especiais
 Visa o detalhamento completo (cálculos
estruturais, plantas detalhadas e etc) dos
viadutos e pontes que farão parte da
rodovia.
Projetos de Rodovias
 k. Projeto de Intersecções, Retornos e
Acessos
 Consiste na identificação, solução e
projeto detalhado das intersecções e
pontos de conflito da rodovia.
Projetos de Rodovias
 l. Projeto de Obras Complementares
 Desenvolvido em função dos demais
projetos, com função de complementá-los
com dispositivos de segurança e
funcionalidade. Envolve também projetos
de paisagismo e de recreação conforme o
objetivo do projeto.
Projetos de Rodovias
 m. Projeto de Sinalização
 Trata-se da sinalização horizontal e
vertical das vias, intersecções, acessos,
retornos, bem como sinalização luminosa
em vias urbanas, com todos os
detalhamentos necessários a boa
execução do projeto.
Projetos de Rodovias
 n. Projeto de Desapropriação
 Constitui-se de levantamento topográfico
da área em estudo, da determinação dos
custos para a realização das
desapropriações, registro de informações
para formação de cadastro posterior a
obra, plantas individuais dos imóveis e
áreas a serem desapropriadas e etc.
Projetos de Rodovias
 o. Projeto de Instalações para Operação
da Rodovia
 Trata-se de memória justificativa, projetos
e desenhos específicos e detalhamento
necessários para dispositivos de operação
tipo: postos de pedágio, balança, postos
de polícia, áreas de estacionamento e etc.
Projetos de Rodovias
 o. Orçamentos de Projeto
 Cálculos dos custos unitários dos serviços
através de pesquisas de mercado de
salários, equipamento, materiais, custos
de transportes. Alguns órgãos utilizam
sistemas integrados de Custo para
execução de orçamentos (SICRO/DNIT,
SINAPI/CAIXA) que servem de base mas
não evitam as pesquisas sempre
necessárias.
Projetos de Rodovias
 p. Plano de Execução dos Serviços
 Visa apresentar um plano de ataque a
obra, levando em conta equipamentos
para execução, cronograma de cada
serviço, “lay-out” de instalações,
previsões climáticas e etc.
Projetos de Rodovias
 q. Documentos para a Licitação
 Norteiam e identificam os documentos e
padrões necessários que nortearão a
licitação da obra e sua execução.
Projetos de Rodovias
 r. Estudo de Impacto Ambiental
 Deve ser executado por equipe
multidisciplinar para identificar as
conseqüências do projeto no meio
ambiente em que se encontra inserido.
Trata também do estudo para minimizar
estes impactos bem como medidas para
compensação dos mesmos.
Projetos de Rodovias
 s. Relatório de Impacto Ambiental
 Apresenta os resultados dos estudos
técnicos e científicos da avaliação de
impacto ambiental, que devem conter
todas as informações necessárias para
ser divulgados para todas as organizações
envolvidas na tomada de decisão do
projeto em questão.
Projetos de Rodovias
 Nesta disciplina veremos mais
detalhadamente os projetos geométricos
e de terraplanagem.
Projetos de Rodovias -
Informações Relevantes
 É de relevante importância para projetos
de rodovias que se saiba informações
quanto a finalidade da rodovia, sua
importância no contexto logístico da
região/estado/país.
 Isto se processa através da classificação
funcional das rodovias.
Classificação Funcional de
Rodovias

Parte do princípio de que o tipo de
serviço oferecido pela rodovia pode ser
determinado a partir das funções básicas
de mobilidade e acessibilidade que a
rodovia propricia.

No início e final de viagens são
geralmente utilizadas rodovias de
pequeno porte, que propiciam os acessos
aos locais diversos e que geralmente se
ligam com rodovias de porte maior que
possuem maior mobilidade.
Classificação Funcional de
Rodovias – Sistemas Funcionais
Conforme funções de mobilidade e acesso, as
rodovias podem ser agrupadas em:

• Sistema Arterial: que compreende as rodovias cuja


função principal é a de propiciar mobilidade;
• Sistema Coletor: englobando as rodovias que
proporcionam um misto de funções de
mobilidade e de acesso;
• Sistema Local: abrangendo as rodovias cuja
função principal é a de oferecer
oportunidades de acesso.
Classificação Funcional de
Rodovias – Sistemas Funcionais
Como fins de classificação funcional, são
utilizados outros dois conceitos: o de
extensão de viagem e o de rendimento
decrescentes. Estes permitem uma melhor
subdivisão dos Sistemas Arterial e Coletor
em classes mais específicas.
Classificação Funcional de
Rodovias – Sistemas Funcionais
O conceito de extensão de viagem diz respeito
ao fato de que viagens longas estão em
geral associadas a níveis crescentes de
mobilidade e a menores possibilidades de
acesso. Assim, a maioria das viagens longas
demanda rodovias do Sistema Arterial, que
oferecem grande mobilidade; no outro
extremo, a maioria das viagens curtas
demanda rodovias do Sistema Local, de
baixa mobilidade, mas com elevadas
possibilidades de acesso.
Classificação Funcional de
Rodovias – Sistemas Funcionais
O conceito de rendimentos decrescentes está
relacionado à constatação de que, num
sistema de rodovias, a exemplo do que se
verifica em qualquer rede física que dê
suporte à circulação de fluxos, as maiores
quantidades desses fluxos ocorrem em uma
parcela pequena da extensão da rede, ao
passo que uma grande parte da extensão
física da rede atende a fluxos muito
pequenos.
Relação entre as Funções
Mobilidade/Acesso
Classificação Funcional de
Rodovias – Sistemas Funcionais
A consideração desses dois conceitos, na
análise de uma rede de rodovias que serve a
um país ou uma grande região permite que
sejam caracterizadas as rodovias mais
adequadas para cada padrão de extensão
de viagem e, uma vez quantificados os
respectivos trechos homogêneos e fluxos,
permite também a construção da curva de
rendimentos decrescentes, com a definição
dos parâmetros identificadores dos limites de
cada sistema funcional.
Curva de Rendimentos
Decrescentes
Classificação Funcional de
Rodovias – Sistemas Funcionais
Nota-se que o Sistema Arterial atende aos grandes geradores
de tráfego e ao trânsito de longo curso, criando uma
demanda de elevados níveis de mobilidade e atende à
maior percentagem dos vpd .km do sistema, mas
compreende uma % relativamente pequena da extensão
total de rodovias.
Por outro lado, o Sistema Local serve aos pequenos
geradores de tráfego e ao trânsito de curto percurso,
demandando maiores possibilidades de acessos e baixos
níveis de mobilidade. Atende a uma pequena % dos vpd.km
do sistema, mas abrange uma percentagem bastante
elevada da extensão total da rede.
No meio, situa-se o Sistema Coletor, no qual se verifica um
relativo equilíbrio entre as % de extensão de rede
compreendidas pelo sistema e de vpd.km atendidos.
Objetivos da Classificação
Funcional de Rodovias
• planejamento lógico do desenvolvimento
físico do sistema rodoviário;
• a adjudicação racional da responsabilidade
de jurisdição;
• o planejamento da distribuição dos recursos
financeiros por sistemas funcionais.
Parâmetros para a Classificação
Funcional de Rodovias - Brasil
 Quanto à Jurisdição
– Relacionado à esfera que a administra.

 Federal

– Quase sempre percorre mais de um estado.


Geralmente são vias arteriais

 Estadual

– Geralmente ligam as cidades entre si e com a


capital estadual. Variam entre vias arteriais e
coletoras
 Quanto à Jurisdição
– Relacionado à esfera que a administra.

 Municipal

– São de interesse de um município ou municípios


vizinhos

 Vicinais

– São de padrão técnico modesto. Promovem


integração de regiões de atividade primária.
Também podem ser privadas, no caso de
pertencerem a particulares
 Quanto às Condições Técnicas
– Critério de classificação ponderado pelos fatores técnico-
operacionais.
Composição geométrica de rodovias

O que é uma rodovia?


Classificação Técnica de Rodovias

A classificação funcional das rodovias atende


principalmente a interesses da área de
planejamento rodoviário, pois o critério de
agrupamento de acordo com os tipos de
serviços prestados permite que se tenha
uma noção da importância que uma rodovia
exerce no contexto de uma rede rodoviária e
das características gerais da demanda que a
solicita.
Classificação Técnica de Rodovias

Para fins de balizamento de projeto


geométrico, no entanto, é necessário a
chamada Classificação Técnica, que permite
definir as dimensões e configuração espacial
da rodovia a ser projetada para atender
satisfatoriamente à demanda que a solicitará
e, consequentemente, às funções a que se
destina.
Classificação Técnica de Rodovias

Classificação é feita através de normas do DNIT,


copiada e adaptada de normas americanas. A
primeira Norma Brasileira é a “Normas para o
projeto de estradas de rodagem” de 1950.
Posteriormente vieram o “Manual de projeto de
engenharia rodoviária” (DNER, 1974), as “Normas
para o projeto de estradas de rodagem” (DNER,
1975), e as “Instruções para o projeto geométrico
de rodovias rurais” (DNER, 1979). A mais recente é
o “Manual de projeto geométrico de rodovias
rurais” (DNER, 1999) reunindo todas as
informações do país.
Classificação Técnica de Rodovias
– Designação dos elementos
Geométricos
Os projetos geométricos se desenvolvem em 3
Dimensões, portanto temos:
• os projetos em planta, onde se definem a
geometria do eixo da rodovia;
• Os projetos em perfil, com dimensionamento
dos elementos geométricos da rodovia
segundo uma plano vertical;
• Os projetos de seção transversal, segundo
planos verticais, perpendiculares a rodovia.
Elementos Técnicos de uma Estrada

Infra-estrutura de uma Rodovia

É a camada final de terraplenagem, formada


pelos cortes e aterros necessários ao
lançamento dos perfis longitudinal e
transversal no terreno
Elementos Técnicos de uma Estrada

Super-estrutura de uma Rodovia

É composta pelas camadas que recebem a


ação direta do tráfego e tem como
responsabilidade distribuir os esforços de
maneira tênue à infra-estrutura
Elementos Técnicos de uma Estrada
Velocidade de Projeto
Eixo da Estrada
Perfil Longitudinal
Perfil Transversal
Tangentes e Greides Retos
Curvas de Concordância Vertical e Horizontal
Superelevação e Superlargura
Declividade
Visibilidade (Parada e Ultrapassagem)
Componentes geométricos da rodovia
• Eixo da rodovia
• faixa de rolamento ou faixa de trânsito
• pista de rolamento
• acostamento
• sarjeta
• abaulamento
• plataforma
• saia do aterro
• rampa do corte
• talude
• valeta de proteção
• off-sets
Elementos Básicos e seções típicas

Os projetos geométricos se desenvolvem em 3


Dimensões, portanto temos:
• os projetos em planta, onde se definem a
geometria do eixo da rodovia;
• Os projetos em perfil, com dimensionamento
dos elementos geométricos da rodovia
segundo uma plano vertical;
• Os projetos de seção transversal, segundo
planos verticais, perpendiculares a rodovia.
Elementos geométricos das rodovias

Geometria de uma rodovia definida pelo


traçado do seu eixo em planta e pelos perfis
longitudinal e transversal.

Eixo de uma rodovia é o alinhamento


longitudinal da mesma. Nas estradas de rodagem,
o eixo localiza-se na região central da pista de
rolamento.
Elementos geométricos das rodovias
Estacas: são pontos situados sobre o eixo que
servem para defini-lo. As inteiras são localizadas de
20 em 20m, a partir da origem do estaqueamento.
Faixa de domínio ou plataforma: faixa do terreno
natural que contém a estrada e as áreas a ela
adjacentes.
Pista: é a parte da rodovia que recebe o tratamento
adequado para o trânsito seguro e confortável dos
veículos.
Acostamento: faixa construída de cada lado da pista
com declividade mínima de 5% e largura em função
da região e classe da rodovia.
Classificação Técnica de Rodovias
– Designação dos elementos
Geométricos
Verifica-se através destes elementos que a
rodovia pode possuir diferentes larguras de
plataforma durante em sua extensão,
dependente dos diversos elementos que
possuírem a rodovia.
Características Técnicas de Projeto

Com base em dois parâmetros principais:

• o volume de tráfego a ser atendido pela


rodovia;
• e o relevo da região atravessada:
Características Técnicas de Projeto
– Volume de Tráfego
O volume de tráfego a ser atendido pela
rodovia: é, por definição, o número de
veículos que passa pela seção ou pelo
trecho em um dado intervalo de tempo,
sendo a grandeza que expressa a demanda
que solicita a rodovia. Pode se referir ao
conjunto dos diferentes tipos (ou categorias)
de veículos ou a cada categoria em
particular, podendo também ser expresso em
diferentes unidades, dependendo dos
intervalos de tempo fixados.
Características Técnicas de Projeto
– Volume de Tráfego
Para fins rodoviários, considera-se o conjunto dos
diferentes tipos de veículos; os intervalos de tempo
mais utilizados para fins de projeto geométrico são
o dia e a hora, resultando em volumes de tráfego
expressos em veículos/dia (v/d ou vpd) ou em
veículos/hora (v/h ou vph).

Assim, as normas do DNIT estabelecem diferentes


classes de projeto, com características adequadas
ao atendimento dos volumes de tráfego previstos
para as rodovias.
Características Técnicas de Projeto
– Relevo da Região
Em função do relevo, para cada classe de
projeto, as normas estabelecem velocidades
diretrizes mínima recomendadas para
projeto. Esta velocidade é, por definição, a
maior velocidade com que um trecho de
rodovia pode ser percorrido, com segurança,
considerando apenas as limitações impostas
pelas características geométricas da rodovia.
Características Técnicas de Projeto
– Relevo da Região
Não há critérios rígidos e objetivos para
estabelecer quando uma determinada região
apresenta relevo plano, ondulado ou
montanhoso, sendo essa definição
geralmente feita de modo subjetivo pelo
projetista, com base em sua experiência e na
percepção da geomorfologia das áreas
atingidas pelo traçado da rodovia.
Características Técnicas de Projeto
– Relevo da Região
A AASHTO sugere a classificação do relevo,
nos corredores por onde passa a rodovia, de
acordo com a influência que esse relevo
exerce na conformação das características
do traçado do projeto da rodovia (AASHTO,
1994, p. 236):
– relevo plano: a condição em que as distâncias
de visibilidade permitidas pela geometria da
rodovia podem resultar bastante longas sem que
para isso se incorra em maiores dificuldades
construtivas ou custos mais elevados;
Características Técnicas de Projeto
– Relevo da Região
– relevo ondulado: aquele em que as declividades do
terreno natural passam a exigir constantes cortes e
aterros para a conformação do perfil da rodovia,
com ocasionais inclinações mais acentuadas
oferecendo alguma restrição ao desenvolvimento
normal dos alinhamentos horizontais e verticais;
– relevo montanhoso: o que se caracteriza por
mudanças abruptas de elevações entre o terreno
natural e a plataforma da rodovia, tanto longitudinal
quanto transversalmente, demandando frequentes
aterros e cortes nas encostas para se conformar a
geometria horizontal e vertical da rodovia.
Características Técnicas de Projeto
– Relevo da Região
Após estabelecer-se a classe de projeto e a
velocidade diretriz, esta velocidade passa a
“comandar”, direta ou indiretamente, os
limites para as demais características
técnicas para a rodovia.
Dentre elas, destacam-se: dist. de visibilidade
de ultrapassagem, raio de curvatura
horizontal, superelevação, largura da faixa
de trânsito e etc. Serão vistas mais
detalhadamente no prosseguimento da
disciplina.
Classe de Projeto – Critérios DNIT
• Classe 0 (zero) ou Especial, que corresponde ao melhor
padrão técnico, com características técnicas mais
exigentes, sendo sua adoção feita por critérios de ordem
administrativa; trata-se de projeto de rodovia em pista
dupla, com separação física entre as pistas, interseções em
níveis distintos e controle total de acessos, com
características de Via Expressa;
• Classe I (um), que é subdividida nas classes IA e IB; a
Classe IA corresponde a projeto de rodovia com pista
dupla, admitindo interseções no mesmo nível e com
controle parcial de acessos, sendo a definição por esta
classe feita com base em estudos de capacidade de
rodovias; a Classe IB corresponde a projeto de rodovia em
pista simples, sendo indicada para os casos em que a
demanda a atender é superior a 200 vph ou superior a
1.400 vpd, mas não suficiente para justificar a adoção de
classes de projeto superiores;
Classe de Projeto – Critérios DNIT
• Classe II (dois), que corresponde a projeto de rodovia em
pista simples, cuja adoção é recomendada quando a
demanda a atender é de 700 vpd a 1.400 vpd;
• Classe III (três), que corresponde a projeto de rodovia em
pista simples, sendo recomendada para o projeto de
rodovias com demanda entre 300 vpd e 700 vpd;
• Classe IV (quatro), que é a classe de projeto mais pobre,
correspondendo a projeto de rodovia em pista simples,
sendo subdividida nas classes IVA e IVB; a Classe IVA tem
sua adoção recomendada para os casos em que a
demanda, na data de abertura da rodovia ao tráfego, situa-
se entre 50 vpd e 200 vpd, sendo a Classe IVB reservada
aos casos em que essa demanda resulte inferior a 50 vpd.
Classe de Projeto – Critérios DNIT
Características Técnicas –
Rodovias Novas
Características Técnicas –
Rodovias Existentes
O DNIT estabelece também normas menos restritivas para
melhoramentos de rodovias já existentes.
Para tanto, foram introduzidas novas classes de projeto,
aplicáveis aos casos de melhoramentos de rodovias
existentes, que foram denominadas M-0, M-I, M-II, M-III e M
IV, que correspondem, respectivamente, às classes de
Melhoramentos para as rodovias de Classe 0, Classe I,
Classe II, Classe III e Classe IV.
Esta normatização diferenciada tem como objetivo principal
balizar o melhoramento das condições técnicas das rodovias
com investimentos adicionais relativamente pequenos, pois
pressupõem viabilizar o máximo aproveitamento das pistas e
das plataformas existentes (DNER, 1999, p. 171).
Característi-
cas Técnicas
– Rodovias
Existentes
Características Técnicas –
Rodovias Vicinais
Além das normas vistas acima, o DNIT/DNER formularam
no ano de 1976, dentro de um programa de financiamento
para a construção de estradas vicinais, que contou com a
participação técnica e financeira do Banco Internacional para
a Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial – BIRD)
e do BNDES, outro conjunto de classes de projeto, para o
qual foram editadas normas específicas.
Caracterís-
ticas
Técnicas –
Rodovias
Vicinais
Critérios para definição da Classe
de Projetos
A norma da DNER/DNIT prevê os seguintes critérios
principais para definição de classe de um trecho de
projeto rodoviário:

a) respeitar a posição hierárquica da rodovia dentro da


classificação funcional;
b) atender adequadamente aos volumes de tráfego previstos
ou projetados;
c) verificar os Níveis de Serviço com que a demanda será
atendida;
d) outras condicionantes, tais como fatores de ordem
econômica, decisões relacionadas com o desenvolvimento
nacional ou regional.
Critérios para definição da Classe
de Projetos
O DNIT/DNER considera as seguintes correlações entre
classe de projeto e classificação funcional:

- rodovias do Sistema Arterial Principal: Classes 0 e I;

- rodovias do Sistema Arterial Primário: Classe I;

- rodovias do Sistema Arterial Secundário: Classes I e II;

- rodovias do Sistema Coletor Primário: Classes II e III;

- rodovias dos sistemas Coletor Secundário e Local: Classes


III e IV;
Critérios para definição da Classe
de Projetos
A norma da DNER/DNIT também entende que as rodovias
vicinais integram as classes funcionais
correspondentes ao Sistema Coletor Secundário ou ao
Sistema Local. Portanto, rodovias destas classes
funcionais podem ser, alternativamente, realizados
através das normas de rodovias vicinais.
Os critérios de verificação dos Níveis de Serviço projetados
para a operação da rodovia devem ser sempre observado,
principalmente para as rodovias de padrão mais elevado,
envolvendo maiores volumes de tráfego, mediante a
realização de estudos específicos de análise de capacidade
de rodovias (disciplina de Sistemas de Transportes)
Crítica a Norma

A norma da DNER/DNIT de 1999 de projetos geométrico de


rodovias rurais involuiu em alguns pontos,
principalmente devido a questão custo. Na parte de
largura de faixas de trânsito sofreu algumas reduções,
que vão contra a evolução dos equipamentos. Portanto
os projetistas podem e devem seguir as normas mas de
forma técnica, sempre criticando-a e alterando-a
(observando-se o mínimo estipulado) conforme algumas
considerações técnicas e econômicas.

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