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UNIDADE X
Apresentação
.
10.2 - DADOS BÁSICOS
Pode-se observar no gráfico apresentado que a curva de ordenação horária tem uma
peculiaridade importante, por volta da 30ª Hora sofre uma mudança rápida de declividade
(joelho) o que torna esse volume nesta hora o valor escolhido como Volume Horário de
Projeto, já que um aumento substancial de seu valor implicará em que poucas horas mais
sejam atendidas adequadamente pelo projeto e uma redução relativamente pequena
resultará na exclusão de um número significativo de horas.
Apesar desses valores terem sido feitos em rodovias americanas o Brasil tem sido
mais tolerante na escolha do Volume Horário de Projeto, chegando-se a adotar o Volume da
50ª Hora, nos locais em que se dispõe de contagens mecanizadas permanentes.
O valor de K = 8,5% do VMD tem sido adotado, pelo DNIT, como representativo para
rodovias rurais em que não se dispõe de informações mais precisas do comportamento do
tráfego. Os mesmos critérios se aplicam também a áreas urbanas. Contudo, onde as
flutuações do tráfego forem claramente diferentes das correspondentes às rodovias rurais,
outras horas do ano devem ser consideradas como base para o projeto.
O DNIT, com o objetivo de obter valores precisos de percentuais de VMD utiliza os
valores da 30ª e 50ª hora em todo país, os valores de K30 e K50 respectivamente, foram
examinados em 219 postos de contagem permanentes e chegaram aos valores, conforme
tabela a seguir:
10.3 CLASSIFICAÇÕES
• Interseção de quatro ramos. Locais onde duas vias se cruzam e podem ser ortogonais
quando 75° ≤ α ≤ 105° e oblíquas quando α < 75°.
• Mínima: solução sem nenhum controle especial, aplicável normalmente onde o volume
horário total (dois sentidos) em termos de (UCP) da via principal for inferior a 300 e o da via
secundária for inferior a 50.
• Gota: solução que adota uma ilha direcional do tipo “gota” na via secundária com a função
de disciplinar os movimentos de giro à esquerda.
• Canalizada: solução em que os movimentos do tráfego têm suas trajetórias definidas pela
sinalização horizontal, por ilhas e outros meios, com o objetivo de minimizar os seus
conflitos.
• Rótula (rotatória): solução em que o tráfego se move no sentido anti-horário ao redor de
uma ilha central.
• Rótula vazada: solução em que as correntes diretas da via principal atravessam uma ilha
central, em torno da qual as demais correntes circulam no sentido anti-horário.
• Sem sinalização semafórica (luminosa): típica de zonas rurais onde o fluxo é controlado por
sinalização horizontal e vertical.
• Com sinalização semafórica (luminosa): típica de zonas urbanas onde o fluxo é controlado
por semáforo;
a) Cruzamento em níveis diferentes sem ramos: quando não há trocas de fluxos de tráfego
entre as rodovias que se interceptam, ou seja, o cruzamento em desnível não tem ramos de
conexão. As vias se cruzam em níveis diferentes por meio de estruturas de separação dos
greides.
• Interconexão em “T” ou “Y”: interconexão com três ramos. O aspecto geral do projeto faz
com que seja designada por “T” ou “Y”. Quando uma das correntes de tráfego de um ramo
executar giro próximo de 270° a interconexão é designada por “trombeta”.
• Diamante: interconexão em que a via principal apresenta, para cada sentido, uma saída à
direita antes do cruzamento e uma entrada à direita após o mesmo. As conexões na via
secundária são interseções em nível.
• Trevo completo: interconexão em que, nos quatro quadrantes, os movimentos de
conversão à esquerda são feitos por laços (loops) e à direita por conexões externas aos
laços.
• Trevo parcial: interconexão formada pela eliminação de um ou mais ramos de um trevo
completo, apresentando pelo menos um ramo em laço.
• Direcional: interconexão que utiliza ramos direcionais para os principais movimentos de
conversão à esquerda. Quando todos os movimentos de conversão são feitos por ramos
direcionais a interconexão diz-se “totalmente direcional”.
• Semidirecional: interconexão que utiliza ramos semidirecionais para os principais
movimentos de conversão à esquerda.
• Giratório: interconexão que utiliza uma interseção rotatória (rótula) na via secundária.
Fig.: Trombeta
Fonte: DNIT, 2005.
Fig.: Diamante
Fonte: DNIT, 2005.
Fig.: Direcional
Fonte: DNIT, 2005.
- Tipo A (Interseção mínima) é aquela que não tem ilhas canalizadoras do tráfego e
geralmente há uma faixa de trânsito para cada movimento.
- Tipo B (Interseção tipo gota) é aquela que inclui uma ilha divisória do tipo gota na via
secundária, que canaliza o tráfego que chega ou sai da rodovia principal. A ilha canalizadora
ajuda a controlar o fluxo de tráfego, as condições de visibilidade e, em alguns casos, a
facilitar a travessia de pedestres. Interseções tipo B têm normalmente uma faixa de trânsito
para cada movimento.
- Tipo C (Interseção canalizada) existe na rodovia principal uma faixa de trânsito para giro
à esquerda. As ilhas projetadas diminuem o risco de colisão traseira e facilitam a circulação
do tráfego na rodovia principal. Onde houver fluxo significativo de pedestres as ilhas
divisórias devem ser dimensionadas de forma a servir de refúgio.
- Tipo G (Rótula urbana) são projetadas de modo a diminuir a velocidade dos veículos. É
dada preferência aos veículos que circulam em torno da ilha central, obrigando os que
chegam a ceder passagem em todos os acessos. Para isso projetam-se áreas de circulação
com raios pequenos, introduzem-se elevações, saliências e/ou estreitamentos nas saídas e
entradas, além de Parada Obrigatória antes de entrar na área de circulação.
Fig.: Rótula
Fonte: DNIT, 2005.
Fig.: Interconexão.
Fonte: DNIT, 2005.
10.5 ESCOLHA DO TIPO DE INTERSEÇÃO
Exemplo 01: Para uma Interseção de 4 ramos, V = 90 km/h, com VMD: A = 5000, C = 4000,
B = 1000 e D = 500, temos Qp = 4000 + 5000 = 9000 e Qs = 1000 + 1500 = 2500.
- Tipos Menores para Interseções de três ramos devem ser escolhidos de modo que o nível
esperado de risco seja inferior a 0,5 acidente em média para o ano de projeto, para os tipos
A e B, em rodovias rurais sem iluminação.
- Tipos Menores para Interseções de quatro ramos devem ser escolhido de modo que o nível
esperado de risco seja inferior a 0,5 acidente em média para o ano de projeto, em rodovias
rurais sem iluminação. Deve ser escolhido o tipo C se o número de desvios à esquerda da
rodovia principal for maior que o número de desvios à esquerda mais o fluxo direto da
rodovia secundária. Em interseções de quatro ramos, deslocadas ou não, a escolha é do
tipo B ou C, por razões de segurança no trânsito. O tipo A deve ocorrer somente em caso de
fluxos de tráfego muito baixos.
Para tornar mais simples a escolha do tipo de interseção a ser adotado foram preparados quatro
gráficos, incluídos no final deste item, contendo as recomendações gerais das Normas Suecas e
sistematizando a escolha da solução.
Para a pesquisa do tipo de interseção a ser empregado deverá ser adotada a seguinte sequência:
a) Determina-se os valores Qp, Qs, Gt e Ct.
d) Se Gt e Ct não são simultaneamente nulos determina-se o número de acidentes por ano correspondente
aos valores Qp, Qs, Gt e Ct usando as fórmulas constantes dos gráficos, já preparadas para os casos
correspondentes. Se o número de acidentes ultrapassar o valor mais próximo da linha limite superior da região
em que se encontra o ponto (Qp,Qs), o tipo de interseção é indicado na área imediatamente superior. Em
casos excepcionais pode ser ultrapassado o valor limite da área imediatamente superior, pulando para uma
área mais alta.
e) No caso de escolha entre os tipos D e F é conveniente verificar a capacidade da rótula (tipo D), já que a
decisão final pode depender dessa informação.
• Tipos de interseção superiores a C devem ser considerados se o tráfego na rodovia secundária é da mesma
intensidade que o tráfego na rodovia principal.
• Mesmo para fluxos mais baixos o tipo B deve ser escolhido quando a visibilidade da interseção ou a
passagem de pedestres e ciclistas precisa ser facilitada.
• Pelo menos o tipo C deve ser usado se o número de giros à esquerda da rodovia principal for maior que o
número de giros à esquerda mais o fluxo direto da rodovia secundária.
• Em interseções de 4 ramos, os efeitos do deslocamento para a segurança são bem fundamentados: pode ser
reduzido em até 40% o número de acidentes. Para o tráfego médio diário (VMD) maior que 1000 veículos na
via secundária de menor movimento, deve-se optar por uma interseção deslocada, por razões de segurança.
Exemplos de aplicação do método de escolha do tipo de interseção:
A seguir são apresentados exemplos, para o caso de Interseções de Três Ramos, Área Rural, V = 70 km/h.
Calculando entretanto o número de acidentes correspondente aos elementos dados, com as fórmulas
constantes do gráfico e apresentadas a seguir, para o caso de V = 70 km/h e interseção de 3 ramos, obtém-se
para interseção do tipo B, não iluminada, An = 0,84 acidentes por ano e para o tipo C, iluminada e pintada, o
valor An = 0,60 acidentes por ano.
An = 3,2131*10–5(Qp+Qs)0,8Qs0,45+7,34*10-6(Qp+Qs)0,5Gt0,72+1,8*10-5(Qp+Qs)0,52Ct0,65
An = 2,4035*10–5(Qp+Qs)0,8Qs0,45+7,34*10-6(Qp+Qs)0,5Gt0,72+1,8*10-5(Qp+Qs)0,52Ct0,65
Esses valores ultrapassam os valores B = 0,75 e C = 0,5, passando-se para a região imediatamente superior,
correspondente ao tipo C. Deve-se escolher então o tipo C.
O ponto P3 (8000,2000) cai na região correspondente ao tipo C. Calculando o número de acidentes resultantes
com a inclusão dos pedestres e ciclistas, obtém-se o valor An = 1,20 acidentes por ano, que não ultrapassa o
valor mais próximo da linha limite superior, 1,22. Mantém se então o tipo C.
O ponto P4 (13000,1693) cai na região correspondente aos tipos C, D e F. O número de acidentes resultante
com a inclusão dos pedestres e ciclistas é de An = 1,61 acidentes por ano, ultrapassando o valor limite mais
próximo da linha superior, igual a 1,60. Deve-se escolher então entre os tipos D e F.
O ponto P5 (7000,4200) cai na região correspondente aos tipos D e F. Deve-se escolher entre esses dois tipos,
não havendo necessidade de calcular o número de acidentes resultantes dos pedestres e ciclistas. A opção
entre D e F poderá resultar de estudos de capacidade entre os dois tipos selecionados.
Outro assunto bastante discutido pela norma são as áreas de uso e do canteiro de
obras que devem ser reabilitadas, através da vegetação, abrange todas as áreas de uso e
apoio às construções de obras, tais como os canteiros de obras constituídos de instalações
para alojamento de pessoal, administração (escritório, almoxarifado, oficina), atividades
industriais (usinas de asfalto, fábrica de pré-moldados, britagem), pátio de estocagem,
depósitos provisórios de materiais de construção ao longo do segmento rodoviário, posto de
abastecimento, jazidas e caixas de empréstimo de solo, caminhos de serviço, bota-foras de
materiais inservíveis, pedreiras, taludes de corte e aterro do corpo estradal, os quais
deverão ter suas condições originais alteradas pelas obras de construção.
De acordo com o DNIT a faixa de domínio da estrada deve ser tratada de forma a ser
protegido por tipos de vegetação características (herbáceo, arbustivo ou arbóreo), a mesma
tem uma ação particular quanto ao comportamento dos mesmos:
• A vegetação arbórea, pela importância das raízes, permite a coesão das camadas de solos
em profundidade e, também, a eliminação de grandes quantidades de água subterrânea,
sendo algumas árvores capazes de evaporar dezenas de litros de água por dia.
O DNIT alerta quanto o grau de degradação das áreas afetadas pela construção
rodoviária, pois são recomendadas as seguintes medidas corretivas, objetivando a
reabilitação vegetativa das mesmas:
• Cobertura uniforme do local com a camada de solo fértil retirada no início da atividade de
movimento do solo e adequadamente armazenada para este uso;
Para o plantio das gramas usadas nas obras viárias deve-se seguir a seguinte ordem
de execução do serviço:
• Preparo do solo;
• Aplicação e incorporação dos corretivos e fertilizantes;
• Preparo dos estolões, um tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo
gemas de espaço em espaço;
• Plantio dos estolões com ou sem palha;
• Compactação do solo;
• Irrigação;
• Manutenção.
Fig. Vistas de um talude de corte sem o revestimento vegetativo e após o plantio de capim Vetiver
Fonte: Manual de vegetação rodoviária DNIT, 2009
A arborização tem por finalidade, nas cabeceiras de pontes, chamar a atenção dos
motoristas para a presença da obra-de-arte. A sensação de afunilamento provocada pelo
plantio de árvores em fileiras dispostas em diagonal em relação à direção do tráfego leva o
motorista a reduzir a velocidade e evitar ultrapassagens.
Sempre que a estrada atravessar regiões de relevo mais trabalhado, onde as curvas
podem ser muito perigosas por, de um lado estar um talude de corte em rocha, e do outro,
terreno nível bem mais baixo do que o da faixa de rolamento, a vegetação oferece um
recurso a mais na segurança do usuário da rodovia. Da mesma forma que nas curvas
acentuadas, funciona como defensa natural quando utilizada no talude de aterro. Já na zona
de talude de corte, tem função estética, "disfarçando a parede".
Os retornos, como os acessos (projeto tipo 08) são locais onde se aumentam as
possibilidades de acidentes. A vegetação pode ser indicadora da ocorrência dos retornos
quando adequadamente. Espécie arbórea de copa compacta, plantadas em fila densa, isto
é, com espaçamento reduzido, ao longo da pista em curva mais aberta, em contraponto com
uma espécie mais alta, com espaçamento maior, ao longo da outra pista, indicam, além da
ocorrência do retorno, o lado da rodovia a que ele se aplica.
Como nas situações 01 e 03, a vegetação pode alertar os motoristas das diferenças e
nível entre o plano de rolamento e o terreno natural. Além disso, nesta situação, maciços
vegetais bem densos, com espécies de copa baixa, densa e com ramos delgados, podem
evitar que os veículos que se desviam da estrada atinjam grandes velocidades durante a
queda. Observar que devem ser evitadas árvores com inserção de copa alta e tronca única
com diâmetro muito grande (com efeito, na batida semelhante ao de um poste).
Área do nariz – área compreendida entre os bordos adjacentes das pistas de duas vias ou
ramos que se bifurcam ou se juntam, e a curva (ou vértice) limitadora do nariz.
Bordos da pista – limites laterais da pista de rolamento. Em rodovias de pista dupla, o limite
à direita do sentido de tráfego é denominado bordo externo e aquele à esquerda, bordo
interno.
Capacidade – número máximo de veículos que poderá passar por um determinado trecho
de uma faixa ou pista durante um período de tempo determinado, sob as condições reais
predominantes na via e no tráfego.
Cruzamento em níveis diferentes sem ramos – interseção em que não há trocas de fluxos
de tráfego entre as vias que se interceptam, ou seja, o cruzamento em desnível não tem
ramos de conexão. Denomina-se Passagem superior quando a via principal passa sobre a
via secundária e Passagem inferior quando passa sob a via secundária.
Defensa – estrutura não rígida, com elevado ou reduzido grau de deformabilidade, disposta
longitudinalmente à pista com o objetivo de impedir que veículos desgovernados saiam da
plataforma, choquem-se com objetos ou obstáculos fixos ou invadam outras pistas
adjacentes, e, ainda, desejavelmente, de reorientar o veículo para a trajetória correta, com o
mínimo de danos para o motorista e passageiros.
Distância de visibilidade de parada – extensão da via à frente que o motorista deve poder
enxergar para que, após ver um obstáculo que o obrigue à parada, possa imobilizar o
veículo sem atingi-lo.
Eixo – linha de referência, cujo alinhamento seqüencial projetado no plano horizontal define
o traçado em planta, ou seja, a ele são referidos os elementos planimétricos da via.
Eixo de rotação da pista – linha fictícia longitudinal à pista, mantendo constante em cada
trecho seu afastamento horizontal e vertical do eixo; em torno dele a pista gira, desde a
situação básica em tangente até a situação superelevada. Em muitos casos, coincide com o
eixo da via. A ele se refere o greide da rodovia nos casos em que eixo de rotação e eixo da
rodovia não coincidem.
Faixa auxiliar – faixa de uma via contígua a uma faixa de tráfego direto com múltiplas
funções, que podem incluir: estacionamento de veículos, mudança de velocidade,
entrelaçamento, acomodação de veículos lentos e outros propósitos complementares ao
fluxo principal.
Faixa de giro à esquerda – faixa auxiliar destinada aos veículos que desejam executar
manobras de conversão à esquerda.
Faixa de tráfego – faixa longitudinal da pista, destinada ao deslocamento de uma única fila
de veículos.
Fluxo – conjunto de veículos que circulam no mesmo sentido em uma ou mais faixas de
tráfego.
Gabarito horizontal – distância livre mínima dos obstáculos fixos (afastamento horizontal
necessário entre a linha de visão do motorista e um obstáculo lateral fixo).
Gabarito vertical – altura livre mínima permitida em uma via (distância da superfície da
pista a um obstáculo superior mais próximo).
Gota – tipo de ilha divisória utilizada frequentemente em interseções, com formato que
lembra uma gota d’água.
Greide – perfil do eixo de uma via, complementado com os elementos que o definem
(estacas e cotas de PCVs, PIVs, PTVs, etc). É adotado como eixo de rotação da pista para
desenvolvimento da superelevação. Em vias pavimentadas refere-se à superfície acabada
do pavimento. Neste caso, também é especificado como greide de pavimentação. Quando o
perfil do eixo de rotação for referido à plataforma terraplenada, é especificado como greide
de terraplenagem.
Interconexão – interseção onde ocorrem cruzamentos de correntes de tráfego em níveis
diferentes e ramos de conexão entre vias. É denominada também de interseção em desnível
ou em vários níveis.
Meio-fio transponível – meio-fio cuja conformação permite sua transposição por veículos a
baixas velocidades, sem causar-lhes maiores danos.
Nariz real ou físico – primeiro obstáculo (meio-fio, defensa, balizador, etc) encontrado ao
longo da área do nariz, nos casos de bifurcação de ramos, após o qual os traçados das duas
vias são completamente independentes. Conceito análogo e simétrico cabe nos casos de
junção de pistas.
Nariz teórico – vértice da bifurcação (ou junção) de duas vias (uma delas geralmente um
ramo); local onde os bordos mais próximos das duas pistas adjacentes iniciam (ou
terminam) a separação.
Perfil do terreno – perfil de uma linha disposta sobre a superfície terrestre (por exemplo,
eixo ou bordo de pista).
Pista com caimento simples – pista com declividade transversal em um único sentido entre
os bordos.
Pista com caimento duplo – pista cuja seção tem declividade transversal em dois sentidos,
seja sob forma de dois planos cuja interseção forma a crista da seção, seja sob forma
continuamente arredondada (abaulada). Neste último caso, o lugar geométrico dos pontos
da seção de maior cota também é denominado crista.
Pista de rolamento – parte da via que é projetada para deslocamento dos veículos,
podendo conter uma ou mais faixas de tráfego.
Plataforma – parte da rodovia compreendida entre os limites externos dos passeios ou entre
os pés de corte e cristas de aterro, incluindo os dispositivos necessários à drenagem da
pista.
Ramos de interseção – pistas que conectam vias que se interceptam ou as ligam a outras
vias ou ramos.
Ramo direcional – ramo cujo traçado acompanha o percurso mais espontâneo e intuitivo.
Tratando-se de conversões à esquerda, com grande capacidade e alta velocidade, o traçado
será fluente, com saída pelo lado esquerdo das vias principais e será designado por
direcional à esquerda. No caso de conversões à direita, será designado por direcional à
direita.
Ramo em laço – ramo que proporciona conversão à esquerda (à direita) mediante giro
contínuo à direita (à esquerda), com ângulo central da ordem de 270º.
Retorno – dispositivo de uma rodovia que permite a veículos de uma corrente de tráfego a
transferência para a corrente de sentido contrário.
Rótula (rotatória) – interseção na qual o tráfego circula num só sentido ao redor de uma ilha
central.
Seção transversal (do terreno) – perfil do terreno em direção normal ao eixo de uma via.
Seção transversal (da via) – para fins do projeto geométrico, representa o alinhamento
superficial transversal à via, incluindo a pista de rolamento, faixas de segurança,
acostamentos, plataforma, sarjetas, valetas e taludes, entre as interseções com o terreno
natural. Resulta da interseção de um plano vertical perpendicular ao eixo com a superfície
do corpo estradal contido entre os limites da terraplenagem.
Talude – para fins do projeto geométrico, é a face do corpo estradal que se estende além do
bordo da plataforma. Sua inclinação sobre a horizontal, denominada inclinação de talude, é
expressa sob a forma de fração ordinária de numerador unitário, cujo denominador
representa a distância horizontal correspondente a 1m de diferença de nível.
Taper (Teiper) – faixa de trânsito de largura variável, utilizada como transição para
deslocamento lateral para uma faixa paralela. Normalmente usada no início de uma faixa de
desaceleração, no fim de uma faixa de aceleração, e no início e no fim das terceiras faixas.
Terminal de ramo – área onde um ramo de interseção se une com a pista destinada ao
tráfego direto. Define-se por terminal de entrada a área em que o tráfego chega à via
principal e por terminal de saída a área onde o tráfego a abandona.
Veículo de projeto – veículo teórico de uma certa categoria, cujas características físicas e
operacionais representam uma envoltória das características da maioria dos veículos
existentes nessa categoria. A predominância de uma certa categoria de veículos define o
veículo de projeto a ser escolhido para condicionar as características da via.
Via coletora - distribuidora – via de mão única de caráter auxiliar, com extensão limitada,
paralela à via principal, objetivando: absorver o tráfego que exceda a capacidade da via
principal; servir de local para transferência de movimentos conflitantes com o tráfego direto
em interseções; concentrar em um só local a saída ou entrada de veículos nas faixas de
tráfego direto, etc. Geralmente não proporciona acesso às propriedades adjacentes.
Via marginal – via(s) paralela(s) à(s) pista(s) principal(ais) de uma rodovia, de um ou ambos
os lados, com o objetivo de atender ao tráfego local, longitudinal à rodovia e pertinente à
área urbanizada adjacente, e permitir o disciplinamento dos locais de ingresso e egresso da
rodovia.
Volume Horário de Projeto (VHP) – fluxo de veículos (número de veículos por hora) que
deve ser atendido em condições adequadas de segurança e conforto pelo projeto da via em
questão.
Volume Médio Diário (VMD) – número médio de veículos que percorre uma seção ou
trecho de uma rodovia, por dia, durante um certo período de tempo. Quando não se
especifica o período considerado, pressupõe-se que se trata de um ano.
REFERÊNCIAS