Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UNIDADE VII
SUPERELEVAÇÃO E SUPERLARGURA
Apresentação
Bem-vindo (a) a nossa primeira unidade! Abordaremos nesse encontro, os elementos das
superelevações e superlarguras presentes nas rodoviárias, estudo do projeto de Engenharia
de estradas, forças que atuam em trajetos de curvas circulares e cálculos de superelevações
e superlarguras.
Tabela 5 – Valores dos raios acima dos quais podem ser dispensadas curvas de transição
Fonte: DNER, 1999.
Nesse contexto descreve-se a ação de várias forças que atua sobre um veículo em
movimento, num trecho circular, com uma dada velocidade longitudinal, numa pista inclinada
transversalmente.
Sendo:
Quando as curvas apresentarem raios abaixo dos valores adotados pelo DNIT para
que dispensem o uso de superelevações existirão considerações a serem feitas para uma
superelevação adequada.
A superelevação mínima admissível (emín.), nesses casos, mesmo quando as forças
centrífugas envolvidas não a demandem, deverá ter valor igual ao do abaulamento (dt), para
fins de assegurar a devida drenagem superficial (emín. = dt, onde dt = declividade
transversal da pista em tangente).
Já o valor máximo admissível de superelevação a adotar, para as concordâncias
horizontais com raios pequenos, é estabelecido em função de outros critérios de ordem
prática, levando-se em consideração aspectos técnicos e econômicos como os expostos
abaixo. As taxas máximas e mínimas de superelevação em função do raio de curvatura e da
velocidade do veículo variando de 30 a 120 Km/h são apresentadas a seguir:
Tabela: Valores dos raios mínimos em função das taxas máximas de superelevação (m)
Fonte: DNER, 1999.
Ponte Filho (1998) tenta resumir através da tabela abaixo os casos de superelevação
e sua situação de emprego:
Tabela: Valores máximos de superelevação, em função da classe da estrada e da região onde a mesma será
construída.
Fonte: DNER, 1999.
7.2.2 – Raios Mínimos
Os raios mínimos de curvatura horizontal são os menores raios que podem ser
percorridos à velocidade diretriz e a taxa máxima de superelevação, em condições
aceitáveis de segurança e de conforto de viagem.
Uma vez estabelecida a superelevação máxima pode-se determinar a condição ou
classe de projeto de uma rodovia. fica também definido o menor raio de curva que pode ser
utilizado, de forma a não haver necessidade de empregar superelevações maiores que a
máxima fixada.
Nas normas para determinação dos raios mínimos de curva admissíveis nos projetos
rodoviários encontramos a fórmula:
7.3 – Superlargura
Completando as expressões:
Tabela: Valores de GL
Fonte: Pontes Filho, 1998.
Em pistas com largura básica (LB = 7,20 m) e adotando o veículo CO como veículo
de projeto.
No caso de veículos articulados o termo E² assume forma de E1² + E2², onde E1 =
distância entre o eixo dianteiro do veículo trator (cavalo mecânico) e o pivô de apoio do
semi-reboque, e E2 = distância entre esse apoio e o eixo traseiro ou ponto médio entre os
eixos traseiros do semi-reboque. O valor da parcela E fictícia equivalente situa-se em geral
entre 9,5 e 10,50m.
Para caminhões e ônibus convencionais de dois eixos e seis rodas, não articulados
(veículos CO), os valores adotados para projeto são:
L = 2,60 m;
b = 6,10 m;
F = 1,20 m.
A seguir a tabela do DNIT indicando os Valores dos raios acima dos quais é
dispensável a superlargura:
O manual do atual DNIT relata que a experiência prática revela, entretanto, que a
soma das folgas já contidas na largura básica das faixas de rolamento, especialmente
considerando a improbabilidade de emparelhamento de 3 ou 4 caminhões ou ônibus, ainda
mais com as dimensões máximas do veículo de projeto (principalmente a distância entre
eixos), reduziria em parte as necessidades de superlargura.
O critério recomendado nesta hipótese é o de multiplicar os valores tabelados por
1,25 no caso de pistas com três faixas e por 1,50 no caso de pistas com quatro faixas, com
arredondamento conveniente. Os valores recomendados constam da Tabela abaixo:
Tabela: Valores de superlargura para pistas de 3 ou 4 faixas em função dos valores básicos para pistas de 2
faixas (m)
Fonte: DNER, 1999.
O DNIT ainda alerta que no caso de pistas de duas faixas dotadas de faixas auxiliares
(3ª faixa ascendente, faixa de aceleração, desaceleração, conversão, entrelaçamento), é
dispensável considerar essa faixa no cômputo da superlargura, especialmente quando
margeada por acostamento ou faixa de segurança pavimentado.
REFERÊNCIAS
DER/SP
SNV – Sistema Nacional de Viação. Resumo Federal, Estadual e municipal das redes pavi-
mentadas e não-pavimentadas. Fonte: DNIT, Outubro de 2011. Disponível em:
<http://www.dnit.gov.br/plano-nacional-de-viacao>
PONTES FILHO, G., Estradas de rodagem: projeto Geométrico, São Carlos, 1998.
LEE, S. H., Introdução ao projeto Geométrico de Rodovias, 2° ed. Rev. E amp., Ed. Da
UFSC, Florianópolis, 2005.