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Superelevação
INTRODUÇÃO
Os veículos em movimento curvilíneo são submetidos à ação de forças
transversais que correspondem à força centrífuga.
Para equilibrar esta solicitação, além da força de atrito entre o pneu e a
pista, utiliza-se o artifício de se executar uma inclinação transversal da
pista, com caimento para o lado interno da curva, denominada
superelevação, de maneira que a força peso do veículo tenha uma
componente na mesma direção e em sentido contrário à referida força
centrífuga.
Se aumentarmos o raio da curva a força centrífuga diminui, sendo possível
o equilíbrio unicamente com o atrito transversal, dispensando a
superelevação.
O desenvolvimento gradativo da superelevação (inclinação crescente) deve
se dar ao longo do trecho da curva de transição, de forma que ao se iniciar
o trecho da curva circular a inclinação transversal já seja a desejada.
São fatores que influenciam o comprimento do trecho de transição:
a.Velocidade de giro da pista em torno do eixo de rotação;
b.Aparência visual e estética do alinhamento;
c.Intervalo de tempo em que ocorre o aumento da aceleração centrífuga
entre a seção normal em tangente e a situação em curva circular.
Superelevação
A seguir estão definidos os principais termos e expressões que se
relacionam especialmente à superelevação:
PLATAFORMA: consiste da parte da rodovia compreendida entre os limites
externos dos passeios ou entre os pés de corte e cristas de aterro, incluindo
todos os dispositivos necessários à drenagem da pista.
PISTA DE ROLAMENTO: parcela da área pavimentada da plataforma,
designada e projetada para a utilização pelos veículos em movimento
contínuo.
BORDOS DA PISTA: limites laterais da pista de rolamento. No caso de
pistas duplas, o limite à direita do sentido de tráfego é denominado bordo
externo e aquele à esquerda, bordo interno.
NECESSIDADE DA SUPERELEVAÇÃO
A mudança de trajetória dos veículos rodoviários, em curvas, é conseguida
pela atuação de uma força, de forma a alterar sua trajetória inicial.
São formas de introdução da força necessária à alteração da trajetória, as
quais atuam isolada ou simultaneamente:
Superelevação
a.proporcionar à pista de rolamento declividade transversal com caimento
orientado para o centro da curva;
b.Giro das rodas direcionais do veículo, tornando-se oblíquas ao eixo
longitudinal do veículo, porém sempre tangentes a cada ponto da trajetória.
TAXA DE SUPERELEVAÇÃO
A - TAXAS DE SUPERELEVAÇÃO PARA PROJETOS NOVOS
Nos projetos de novas rodovias considerações de coerência e de conforto
de viagem recomendam que, à medida que os raios aumentem, os valores
da superelevação “e” decresçam gradualmente. Esse decréscimo gradual
será feito segundo uma relação curvilínea entre as taxas de
superelevação e os raios de curvatura, e é definida pela expre ssão a
seguir, que vem a traduzir a taxa de superelevação considerada ideal de
uma curva.
e=e max [(2 Rmin/R) – (R²min/R²)]
1. Atendimento à drenagem;
2. Diferença admissível de cota entre os bordos extremos da plataforma
ou entre os bordos do canteiro central;
3. Adaptação d a seção transversal ao terreno;
4. Considerações estéticas de condução ótica e econômica;
5. Necessidades decorrentes de interseções e conversões em nível.
A adoção do bordo da pista do lado in terno da curva como eixo de
rotação é justificado onde houver risco de problemas de drenagem devido
ao abaixamento do bordo interno ou ainda
Superelevação
onde for necessário orientar a cota desse bordo pelo uso do solo
adjacente.
A adoção do bordo da pista do lado externo da curva como eixo de
rotação favorece a aparência e a estética, ao evitar a elevação desse
bordo, normalmente o mais perceptível pelo motorista.
B) PISTAS DUPLAS
Em rodovias de pis ta dupla, no caso geral, são possíveis três posições
básicas para o eixo de rotação:
1. Um único eixo de rotação situado no centro do canteiro central;
2. Um eixo de rotação para cada pista coincidente com o bordo da pista
adjacente ao canteiro;
3. Um eixo de rotação para cada pista coincidente com o bordo da pista
oposto ao canteiro.
O eixo de rotação será coincidente com o eixo do canteiro central
quando este for estreito (< 7,00 m), bem como nas áreas de interseções
em nível.