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ESTRADAS E

PAVIMENTAÇÃO I
PROFESSORA: IARA CIBELLE MOREIRA
ENGENHEIRA CIVIL - 2019
ENGENHEIRA DE SEGURANÇA DO TRABALHO - 2021
INTERSEÇÕES
RODOVIÁRIAS
INTERSEÇÕES EM NÍVEL
São aquelas em que ocorre, em determinada extensão, a coincidência dos
greides das vias.
“Denomina-se nó um ponto comum a duas ou mais ligações. Portanto, uma
via qualquer será representada por uma sequência de ligações e nós, sendo esses
nós as interseções das vias.” (DNIT, 2006, p.95).
Dentro de uma ampla variedade de formas e características das
intersecções, existem alguns que se aplicam a grande maioria dos casos reais, os
quais serão vistos na sequência:
INTERSEÇÕES COM TRÊS RAMOS
São chamadas de interseções em “T” ou “Y”. Ocorrem quando dois ramos
formam uma via contínua e são interceptados por um terceiro ramo em dado local.

Aquelas cuja angulação está entre 70º e 110º denominam-se “Interseções em


T” e aquelas cuja angulação é inferior a 70º ou superior a 110º denominam-se
“Interseções em Y”.
INTERSEÇÕES COM QUATRO RAMOS
Podem apresentar-se em formas retas, oblíquas ou assimétricas. Ocorrem
quando dois ramos formam uma via contínua e são interceptados por outros dois
ramos em dado local.
Aquelas em que o ângulo de interseção estiver entre 70º e 110º recebe a
denominação de interseção reta, aquelas em que o ângulo é inferior a 70º ou
superior a 110º recebem a denominação de interseção oblíqua e, aquela cujos
ramos interceptam a via, na área de interseção, em locais desencontrados é
denominada assimétrica ou defasada.
INTERSEÇÕES EM RAMOS MÚLTIPLOS
Ocorrem quando dois ramos formam uma via contínua e são interceptados
por um numero superior a dois ramos em dado local.
ROTATÓRIAS
São interseções nas quais o tráfego se desloca em sentido anti-horário ao
entorno de uma espécie de ilha central.
Em certas circunstâncias, a rotatória pode ser a solução mais adequada
como:
▪ Interseções em ramos múltiplos e com intensidades de tráfego similares em todas
elas;
▪ Áreas extensas e planas.
▪ Pouco movimento de pedestres;
▪ Distâncias suficientemente grandes entre as aproximações, de modo a permitir o
entrelaçamento entre os ramos.
ROTATÓRIAS
MOVIMENTOS EM INTERSEÇÕES
Ao deslocar-se entre dois pontos aleatórios no interior de uma cidade
podem ser traçadas inúmeras rotas, percorrendo vias e interseções aleatórias para
que o destino almejado seja atingido. Entretanto para que essas rotas alternativas
possam ser percorridas evidencia-se a necessidade em executar mudanças na
direção do deslocamento e/ou da via em que se transita. Decorrente desta mudança
surge o conceito de “Movimento de interseção”.

Em consonância ao disposto no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito,


Volume V (2014, p. 42), esses movimentos classificam-se em relação à interação de
suas trajetórias, em outras palavras, podem ser movimentos convergentes,
divergentes, interceptantes e nãointerceptantes.
MOVIMENTOS DIVERGENTES
“O manual de sinalização semafórica do CONTRAN, em seu quinto volume,
caracteriza movimentos divergentes aqueles que possuem origem na mesma
aproximação e destinos distintos.”
MOVIMENTOS CONVERGENTES
O manual de sinalização semafórica do CONTRAN, em seu quinto volume,
caracteriza movimentos convergentes aqueles que possuem origem em pontos
distintos mas convergem em seus destinos.
MOVIMENTOS INTERCEPTANTES
“São movimentos que têm origem em aproximações diferentes e que se
cruzam em algum ponto da área de conflito.” (CONTRAN, 2014, p. 43).
MOVIMENTOS NÃO-INTERCEPTANTES
Os movimentos não-interceptantes são descritos pelo CONTRAN, em seu
volume V, como os movimentos em que não há encontro em nenhum ponto na área
demarcada como área de conflito durante toda sua trajetória.
CANALIZAÇÃO DE TRÁFEGO
Representa a separação ou regulamentação dos movimentos de tráfego
conflitantes em trajetórias bem definidas, através do uso de inscrições no pavimento
(sinalização horizontal), ilhas de canalização ou outros artifícios, com intuito de
incrementar a segurança e ordenar os movimentos de veículos e pedestres.
A canalização é utilizada visando as seguintes finalidades:
▪ Proteção aso veículos que realizam manobras à esquerda;
▪ Separação de conflitos existentes;
▪ Controle de ângulos das trajetórias dos veículos;
▪ Proteção de pedestres em zonas urbanas;
▪ Controle da velocidade dos veículos;

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CANALIZAÇÃO DE TRÁFEGO
De maneira geral, devem seguir as seguintes regras:
▪ Deve-se sempre que possível, reduzir as áreas de conflito;
▪ Quando as correntes de tráfego se cruzam sem convergência ou entrelaçamento, o
cruzamento deverá ser feito em ângulo reto ou próximo a este.

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CANALIZAÇÃO DE TRÁFEGO
▪ A convergência de correntes de tráfego deve ser realizada através de ângulos
pequenos, de maneira a minimizar a velocidade relativa dos veículos.

▪ Pode-se controlar a velocidade da corrente de tráfego que se aproxima da da


interseção através de um afunilamento gradativo das faixas de rolamento.

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CANALIZAÇÃO DE TRÁFEGO
▪ Proporcionar refúgios aos veículos que vão cruzar i convergir;

▪ Separar os pontos de conflito existentes dentro da interseção;

▪ A canalização deve evitar ou pelo menos desencorajar os movimentos não permitidos;

▪ A canalização de uma interseção deve criar espaços apropriados para a instalação de


dispositivos de sinalização e controle de tráfego.
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FAIXAS DE MUDANÇA DE VELOCIDADE
São faixas construídas com o objetivo de proporcionar aos veículos espaço
adequado que lhes permita manobras de variação de velocidade (aceleração ou
desaceleração), sem provocar interferências com o tráfego principal.

Estas facilitam as mudanças de velocidade entre as vias principais e os


ramos de entrada e de saída.

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FAIXA DE ACELERAÇÃO
Faixa auxiliar pavimentada destinada ao aumento de velocidade, permitindo
ao veículo penetrar na corrente de tráfego de uma via principal com segurança.
Proporciona ao veículo em tráfego na via principal com tempo e distância
suficientes para proceder aos reajustes operacionais necessários para permitir a
entrada de novos veículos.

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FAIXA DE DESACELERAÇÃO
Faixa auxiliar pavimentada destinada à redução de velocidade, permitindo
ao veículo sair da via principal e ajustar sua velocidade de forma segura e
compatível com as características do acesso.

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FAIXAS DE
MUDANÇA DE
VELOCIDADE
TIPOS MAIS
COMUNS

1 – Faixas de aceleração;
2 – Faixas de desaceleração.

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TAPER (TEIPER)
É a faixa de trânsito de largura variável, utilizada como transição para
deslocamento lateral para uma faixa paralela. Normalmente usada no início de uma
faixa de desaceleração, no fim de uma faixa de aceleração, e no início e no fim das
terceiras faixas.

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COMPRIMENTO DA FAIXA DE
DESACELERAÇÃO

Fonte: Manual de projeto de interseções, DNIT. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-


e-pesquisa/ipr/coletanea-de-manuais/vigentes/718_manual_de_projeto_de_intersecoes.pdf 23
COMPRIMENTO DA FAIXA DE ACELERAÇÃO

Fonte: Manual de projeto de interseções, DNIT. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-


e-pesquisa/ipr/coletanea-de-manuais/vigentes/718_manual_de_projeto_de_intersecoes.pdf 24
FATORES DE AJUSTAMENTO PARA AS FAIXAS
DE MUDANÇA DE VELOCIDADE EM FUNÇÃO DO
GREIDE - DESACELERAÇÃO

Fonte: Manual de projeto de interseções, DNIT. Disponível em: https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-


e-pesquisa/ipr/coletanea-de-manuais/vigentes/718_manual_de_projeto_de_intersecoes.pdf

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Fonte: Manual de projeto de interseções, DNIT. Disponível em:
https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-
pesquisa/ipr/coletanea-de-
manuais/vigentes/718_manual_de_projeto_de_intersecoes.pdf
FATORES DE

ACELERAÇÃO
MUDANÇA DE
AS FAIXAS DE

VELOCIDADE EM

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AJUSTAMENTO PARA

FUNÇÃO DO GREIDE -
Dimensionar as faixas de aceleração e
desaceleração para os ramos de entrada e de
EXEMPLO 06
saída em uma rodovia cuja velocidade diretriz é
de 100km/h.

Admitir:

▪ Trânsito pouco intenso na via;

▪ Ramo de entrada e de saída com inclinação de

+3% e -3% respectivamente;

▪ Velocidade de projeto nos ramos de 50km/h.

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Dimensionar as faixas de aceleração e
desaceleração para os ramos de entrada e de
EXEMPLO 07
saída em uma rodovia cuja velocidade diretriz é
de 80km/h.

Admitir:

▪ Trânsito pouco intenso na via;

▪ Ramo de entrada e de saída com inclinação de

-5% e 5% respectivamente;

▪ Velocidade de projeto nos ramos de 70km/h.

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LISTA DE EXERCÍCIOS...

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