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05/12/2023

ESTRADAS RODOVIÁRIAS 01
Professor: Vitor Hugo de Oliveira Barros
Contato: vitor.barros@ifsertao-pe.edu.br

Serra Talhada, PE.

INTERSEÇÕES

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Introdução
• Dá-se o nome de interseção, em transportes, às áreas onde
ocorrem o cruzamento ou entroncamento de duas ou mais
vias de transporte.

• Nestas áreas estão localizados todos os tipos de dispositivos que


têm por finalidade a ordenação do tráfego naquele local. No caso
rodoviário, utiliza-se o termo interseção rodoviária.

Introdução
• As soluções adotadas para as interseções rodoviárias têm
grande importância no projeto geométrico da via, uma vez que
elas podem interferir na segurança da rodovia, na capacidade de
tráfego, na velocidade de operação, além de serem obras de
custos significativos que, muitas vezes, exigem grandes áreas
para sua implantação.

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Classificação das interseções


• Inicialmente pode-se classificar as interseções em dois grandes
grupos:

• 1. Interseções em nível, quando as estradas que se cruzam ou se


encontram possuem a mesma altitude no ponto de interseção;

• 2. Interseções em desnível, quando existem vias ou ramos cruzando-se


em altitudes diferentes.

Classificação das interseções


• As interseções desses dois grupos podem ainda ser divididas em
três subgrupos:

• 1. Cruzamento, quando uma via for cortada por outra;


• 2. Entroncamento, quando uma via começa ou termina em outra;
• 3. Rotatórias, quando duas ou mais vias encontram-se em um ponto e a
solução mais conveniente baseia-se no uso de uma praça central de
distribuição do tráfego.

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Classificação das interseções


• Uma interseção deve ser projetada de forma a não criar
restrições ao escoamento do tráfego das vias que chegam a ela
e, consequentemente, não podem ser pontos de
engarrafamento de tráfego.

• Por outro lado, as soluções ideais, representam obras de alto


custo que muitas vezes podem envolver a construção de
viadutos, grandes movimentações de terra, grandes áreas de
desapropriação, obras especiais de drenagem, gerando assim
grandes custos para a implantação da rodovia.

Cruzamentos
• Este tipo de interseção também é conhecida como interseção de
4 ramos. Ele pode ocorrer em seções retas, oblíquas ou
assimétricas.

• Nos casos em que o ângulo do cruzamento varia entre 70° e


110° ter-se-á uma interseção reta. Nos casos em que o ângulo
seja inferior a 70°, ter-se-á uma interseção oblíqua. Nos casos
em que as interseções ocorrem com dois ramos separados, tem-
se uma interseção assimétrica.

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Cruzamento simples – interseção reta

Cruzamento simples – interseção oblíqua

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Cruzamento simples – interseção assimétrica

Entrocamentos
• Este tipo de interseção é também conhecido como interseção de
3 ramos. O seu formato pode ser em T ou em Y.

• O formato em T é constituído por uma via contínua que é


interceptada por um terceiro ramo com um ângulo que varia
entre 70° e 110°.

• Para ângulos menores que 70° tem-se o formato em Y.

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• Em formato T.

• Em formato Y.

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Rotatórias
• Este tipo de interseção é conhecido como interseção de ramos
múltiplos, nas quais os veículos trafegam no sentido anti-
horário em torno de uma ilha central.

• Em determinadas condições, as rotatórias podem ser a solução


mais adequada para resolver os conflitos de tráfego, como, por
exemplo, nas interseções com mais de quatro aproximações e
com volumes de tráfegos semelhantes entre elas.

Rotatórias
• As rotatórias apresentam como desvantagem o fato de
provocarem conflitos de tráfego e, portanto, a sua aplicação
deve ser limitada a um volume de trafego inferior a 3.000
veículos por dia.

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Rotatórias
• Além disso, para que possam operar adequadamente, é
necessário que tenham grandes dimensões para facilitar o
entrecruzamento em seções apropriadas e devem ser
devidamente sinalizadas horizontal e verticalmente para
garantirem condições adequadas de tráfego e segurança aos
usuários.

• Nas interseções, os cruzamentos entre correntes de tráfego


podem ocorrer em nível ou em desnível.

• Rotatória com cruzamento em nível

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• Trevo completo com cruzamento em desnível

• Trevo de 2 folhas com cruzamento em desnível

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• Trevo tipo Diamante com cruzamento em desnível

• Trevo tipo Trombeta com cruzamento em desnível

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• Rotatória em desnível

Canalização do tráfego
• Em determinados casos de interseções, pode ser necessário
realizar uma canalização do tráfego de veículos com o objetivo
de separar ou regulamentar o tráfego conflitante utilizando-se
marcações no pavimento (sinalização horizontal), ilhas de
canalização ou outros meios que garantam a segurança e o
conforto para os usuários, bem como para os pedestres.

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Canalização do tráfego
• É importante salientar que, no caso do uso de ilhas físicas, elas
devem ser bem definidas por meios-fios intransponíveis, sendo
que em alguns casos pode ainda ser necessário o uso de
defensas (barreiras) para proteger os pedestres. Neste contexto,
a canalização do tráfego pode ser utilizada para garantir:

• A separação das áreas de conflito de tráfego;


• O controle dos ângulos das trajetórias dos veículos;
• A proteção dos pedestres em áreas urbanas;
• A proteção dos veículos que executam manobras à esquerda;
• O controle da velocidade dos veículos.

Orientações
• Áreas de conflitos devem ser evitadas, sempre que possível;

• Os cruzamentos de correntes de tráfego devem ocorrer em ângulos


retos ou próximos a estes;

• A convergência da corrente de tráfego deve ser garantida por meio de


ângulos pequenos, de maneira a garantir uma pequena diferença
entre as velocidades relativas dos veículos;

• O afunilamento da faixa de tráfego dos veículos que se aproximam da


corrente de tráfego é uma boa indicação para diminuir suas
velocidades nas proximidades da interseção;

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Orientações
• Caso necessário, criar áreas de refúgios para os veículos que
irão cruzar a interseção ou convergir para uma mesma corrente
de tráfego;

• Garantir total separação dos pontos de conflitos dentro de uma


interseção;

• A canalização do tráfego deve garantir que os motoristas não se


sintam encorajados a executarem manobras não permitidas.

Interferências nas correntes de tráfego


• Os veículos que transitam por uma interseção seguem correntes
de tráfego que podem juntar-se entre si, afastarem-se uma da
outra ou cruzarem-se, criando assim os pontos de conflito.

• Nestes locais, as correntes de tráfego principais sofrem


interferências de outras correntes e os comportamentos das
correntes dependem da composição, do volume, da velocidade,
do tipo e da forma como ocorrem as interferências.

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Interferências nas correntes de tráfego


• Ponto de convergência: são
todos os pontos das
interseções onde duas ou mais
correntes de tráfego juntam-se
para formar uma nova
corrente.

Interferências nas correntes de tráfego


• Ponto de divergência:
todo local da interseção
onde uma corrente de
tráfego separa-se formando
novas correntes.

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Interferências nas correntes de tráfego


• Ponto de cruzamento:
todo ponto de uma
interseção onde as correntes
de tráfego se cruzam

Interferências nas correntes de tráfego


• Trecho de entrelaçamento: trecho de uma interseção precedido
por um ponto de convergência e seguido por um ponto de
divergência onde veículos podem ou não mudar de faixa de tráfego.
Nos trechos de entrelaçamento, as correntes que se cruzam são
correntes de mesmo sentido de tráfego tornando eventuais acidentes
menos graves.

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Obrigado!
Professor: Vitor Hugo de Oliveira Barros
Contato: vitor.barros@ifsertao-pe.edu.br

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