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A influência da água nas rodovias e vias urbanas pode se manifestar por meio
de instabilidades e erosão dos taludes, bloqueio dos dispositivos de
drenagem quando mal dimensionados, redução da capacidade de suporte
das vias e alagamento das pistas. Além disso, é crucial destacar que tais
efeitos comprometem significativamente a segurança dos usuários da via.
Portanto, a presença de um sistema de drenagem adequado para as águas
superficiais é de extrema importância para mitigar os impactos da água nas
rodovias.
Dentre os componentes viários que impactam na segurança das estradas,
destacam-se os elementos laterais, como taludes, barreiras, defensas e
obstáculos fixos em geral. Estes últimos incluem, por exemplo, os elementos
estruturais presentes em obras de arte especiais, como os pilares de viadutos
e passarelas; componentes de iluminação, como postes; elementos de
sinalização vertical; e ainda as estruturas relacionadas à drenagem, como
caixas de captação, bueiros e guias.
Assim, um sistema de drenagem bem planejado, construído e mantido
adequadamente assegura a segurança dos usuários da via, contribuindo
significativamente para a redução do número de acidentes. Além disso, esse
sistema promove a durabilidade da rodovia, dos elementos estruturais, bem
como a integridade dos taludes de corte e aterro.
Diversos fatores podem levar à deterioração do pavimento, incluindo erro de
projeto e construção, fadiga e oxidação, impacto do tráfego e condições
climáticas adversas, falta de manutenção e a utilização de materiais
inadequados.
A finalidade da drenagem superficial de uma rodovia é interceptar e coletar
as águas provenientes das áreas adjacentes e sob o corpo estradal, que se
precipitam sobre o corpo estradal, resguardando sua segurança e
estabilidade, encaminhando-as de maneira segura para o escoamento,
visando preservar a segurança e estabilidade da via.
Para o funcionamento eeficiente de um sistema de drenagem superficial
uttiliza-se uma série de elementos, cujos objetivos e características serão
especificados ao longo deste trabalho.
c) Sarjetas de corte
As sarjetas de corte desempenham a função de coletar as águas
provenientes da precipitação sobre a plataforma e dos taludes de
corte, encaminhando-as para o ponto de saída apropriado. Esse
ponto pode ser a transição entre o corte e o aterro, onde a água
escoa naturalmente para fora da plataforma; a valeta de aterro; ou
a caixa coletora do bueiro de greide. É essencial que todas as
áreas de corte sejam equipadas com sarjetas de corte.
d) Sarjetas de aterro
f) Descidas de água
- Rápida (lisa)
- Em degraus.
i) Bueiros de greide
- Caixas coletoras;
- Corpo;
- Boca.
Concreto simples;
Concreto armado;
Chapas metálicas corrugadas.
Os bueiros devem dispor de seção de escoamento seguro de
deflúvios, o que representa atender às descargas de projeto
calculadas para períodos de recorrência preestabelecidos. Para o
escoamento seguro e satisfatório, o dimensionamento hidráulico
deve considerar o desempenho do bueiro com velocidade de
escoamento adequada, além de evitar a ocorrência de velocidades
erosivas, tanto no terreno natural, como na própria tubulação e
dispositivos acessórios.
Na ausência de projeto-tipo específico, devem ser utilizados os
dispositivos padronizados pelo DER/PR ou DNIT.
O material do bueiro responde a especificações e condições
específicas, apresentadas a seguir:
Tubos de concreto
a) Os tubos de concreto para bueiros devem ser do tipo e
dimensões indicadas no projeto e de encaixe tipo ponta e bolsa ou
macho e fêmea, obedecendo as exigências da NBR 8890.
b) Particular importância deve ser dada à qualificação da tubulação,
com relação à resistência quanto à compressão diametral,
adotando-se classes de tubos e tipos de berço e reaterro das valas
como o recomendado no projeto.
c) O concreto usado para a fabricação dos tubos deve ser
confeccionado de acordo com a NBR 12655 e outras normas
vigentes do DER/PR, e dosado experimentalmente para a
resistência a compressão (fckmin) aos 28 dias de 15 Mpa, ou
superior se indicado no projeto específico.
Rejuntamento
a) O rejuntamento da tubulação dos bueiros deve ser feito de acordo
com o estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra
indicação, deve ser feito com argamassa de cimento e areia, traço
mínimo de 1:4 em massa, executado e aplicado de acordo com o
que dispõe a especificação DER/PR ESOA 02.
b) O rejuntamento deve ser feito de modo a atingir toda a
circunferência da tubulação, a fim de garantir a sua estanqueidade.
A execução de bueiros de greide utilizando tubos de concreto deve
seguir as etapas descritas abaixo:
a) Interrupção da sarjeta ou da canalização coletora, próximo à
entrada do bueiro, e implementação do dispositivo de transferência
para o bueiro - caixa coletora.
b) Escavação em profundidade adequada para a instalação do
bueiro, garantindo também o recobrimento da canalização.
c) Compactação do leito do bueiro para assegurar a estabilidade
da fundação e a inclinação longitudinal especificada.
d) Execução da porção inferior do leito.
e) Posicionamento, assentamento e rejuntamento dos tubos.
f) Complementação do leito com o mesmo tipo de concreto,
seguindo a geometria prevista no projeto, seguido pelo reaterro
com um recobrimento mínimo de 60 cm acima da geratriz superior
da canalização.
j) Dissipadores de energia
a) caminhão basculante;
b) caminhão de carroceria fixa;
c) betoneira ou caminhão betoneira;
d) motoniveladora;
e) pá-carregadeira;
f) rolo compactador metálico;
g) retroescavadeira ou valetadeira;
h) guincho ou caminhão com grua ou Munck;
i) serra elétrica para formas.
k) Escalonamento de taludes
Nos taludes que são maiores que aquele limite, entretanto, o ideal
é recorrer ao escalonamento ou recorte escalonado. Essa técnica
corresponde à criação de “degraus”, com alturas diferentes, que
mais adiante podem receber tratamentos com microdrenagem e
revestimentos apropriados. Dessa maneira, torna-se possível
garantir maior equilíbrio em relação às tensões, o que diminuirá os
riscos de instabilidade.