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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

Goiânia/GO
2023
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE GOIÁS

ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO

Relatório apresentado como atividade avaliativa


referente a terceira avaliação da disciplina de
Mecânica dos Solos II, ao professor Dr. João Carlos.

Sara Matos dos Santos


Goiânia/GO
2023
1. Introdução

Define-se como cisalhamento o ato de cortar ou causar deformação. A


resistência ao cisalhamento do solo pode ser definida como a máxima tensão
cisalhante que o solo pode suportar sem sofrer ruptura das massas. Isso
envolve uma combinação das tensões normal e tangencial capazes de induzir
alterações plásticas na massa do solo e até mesmo deslocar partículas umas
em relação às outras.

A Resistência ao cisalhamento compreende dois componentes principais:

Atrito: Refere-se à força de contato que surge quando dois corpos colidem e
têm a tendência de se mover. Parte da resistência relacionada ao atrito pode
ser exemplificada pelo atrito entre grãos, bem como pelo deslizamento de um
corpo sobre uma superfície plana horizontal.

Coesão: É a força de atração entre átomos e moléculas que impede a quebra


de um corpo. A atração química entre as partículas pode resultar em uma
coesão real, contribuindo para a resistência ao cisalhamento do solo.

O Ensaio de Cisalhamento Direto desempenha um papel fundamental, pois


proporciona aos projetistas a determinação de parâmetros geotécnicos
essenciais, como coesão e ângulo de atrito. Esses dados são indispensáveis
para embasar estudos geotécnicos, sendo utilizados, por exemplo, como
parâmetros "de entrada" no cálculo do Fator de Segurança (FS) em análises
de estabilidade de taludes, na elaboração de projetos de contenções e na
condução da análise de estabilidade de fundações.

O procedimento de ensaio de cisalhamento direto representa a abordagem


mais antiga para determinar a resistência ao cisalhamento, fundamentando-se
diretamente no critério de Mohr-Coulomb. Esse método envolve a aplicação de
uma tensão normal em um plano, avaliando a tensão cisalhante que resulta na
ruptura do material. Durante o ensaio, uma amostra do solo é posicionada
parcialmente dentro de uma caixa de cisalhamento, com sua metade superior
contida em um anel.

Inicialmente, uma força vertical (N) é aplicada, enquanto uma força tangencial
(T) é exercida no anel que abrange a parte superior da amostra, induzindo seu
deslocamento. Alternativamente, um deslocamento pode ser provocado,
registrando-se a força sustentada pelo solo. As forças N e T, divididas pela área
da seção transversal da amostra, proporcionam as tensões cisalhantes
presentes no material. O deslocamento vertical ao longo do ensaio também é
registrado, fornecendo informações sobre alterações de volume durante o
processo de cisalhamento.

Os procedimentos realizados durante o ensaio seguem normas internacionais


ASTM - Standard Test Method for Direct Shear Test of Soils Under
Consolidated Drained Conditions, a ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas ) e a ISO (International Organization for Standardization).

ABNT NBR ISO 12957-1 – Parte 1: Ensaio de cisalhamento direto

ISO 12957-1:2018 – Direct shear test

ASTM D3080 – Standard Test Method for Direct Shear Test

2. Objetivo

Com a finalidade de determinar a resistência ao cisalhamento dos solos, esse


ensaio envolve a aplicação de uma carga vertical por unidade de área no corpo
de prova. Logo após, é aplicada uma força crescente em uma das metades da
caixa de cisalhamento, induzindo um deslocamento em relação à outra metade.

3. Materiais e equipamentos

 Caixa bipartida dotada de placas dentadas e perfuradas;

 Pedras porosas de topo e base;


 Quepe para transmissão de carga;

 Molde do corpo de prova;

 Prensa equipada com motor e sistema de transmissão de carga


(pendural);

 Extensômetros mecânicos ou transdutores elétricos de deslocamento;


 Anel de carga ou célula de carga elétrica.

4. Procedimento

Os ensaios de Cisalhamento Direto podem ser conduzidos de diversas


maneiras:

Teste Rápido: Neste tipo de ensaio, a resistência ao cisalhamento é medida


imediatamente após a aplicação da tensão normal. Não há tempo para a
consolidação do solo nem para a dissipação da pressão neutra (u) na amostra.
A força de cisalhamento é aplicada rapidamente até a ruptura da amostra, e a
água não tem oportunidade de ser drenada. Devido ao desenvolvimento da
pressão neutra, a tensão efetiva é minimizada.

Teste Adensado Rápido: Similar ao teste anterior, este ensaio permite a


drenagem durante a aplicação da tensão normal ao plano de cisalhamento. A
resistência ao cisalhamento (τr) é medida após a aplicação da tensão normal
(σ) e ao término do adensamento primário da amostra.

Teste com Consolidação Lenta: Neste caso, o adensamento ocorre de maneira


gradual, eliminando completamente a pressão neutra. Isso significa permitir a
dissipação da poro-pressão tanto na aplicação da tensão normal (σ), que é
realizada por etapas, quanto na obtenção da tensão cisalhante (τ), aplicada em
estágios sucessivos até a ruptura do corpo de prova. O tempo necessário para
a drenagem completa, sem ocorrência de pressão neutra, depende da
permeabilidade da amostra e pode variar de 4 a 6 semanas.

Para conduzir o ensaio, é possível obter o corpo de prova a partir de amostras


de solo indeformadas (blocos) ou deformadas (moldagem estática de um corpo
de prova de pequena altura conhecido como "bolacha"). Em ambas as
situações, o gabarito é inserido sobre a amostra indeformada ou compactada
estaticamente, seguido pelo nivelamento. Posteriormente, o corpo de prova é
transferido para a caixa bipartida de cisalhamento.

 Preparação da amostra
O corpo de prova a ser utilizado no ensaio pode ser composto por solo
compactado ou talhado a partir de uma amostra indeformada. As etapas do
processo incluem:

1. Compactar o corpo de prova (CP) nas mesmas condições de densidade


e umidade especificadas, utilizando as dimensões do molde ou
compactando diretamente no molde (CP compactado);

2. Coletar o material não utilizado ou remanescente da talhagem para a


determinação da umidade;

3. Talhar o corpo de prova a partir do "bloco indeformado", gradualmente


empurrando o molde metálico para baixo até obter a seção quadrada
(ou circular) desejada. O corpo de prova deve preencher totalmente o
volume do molde;

4. Pesar o corpo de prova juntamente com o molde metálico;

5. Transferir o corpo de prova do molde para a caixa de cisalhamento;

6. Coletar uma porção do material remanescente da talhagem para a


determinação do teor de umidade (W).

 Ensaio
Geralmente, em ensaios de solos, a caixa apresenta uma largura interna
variando entre 5 cm e 10 cm, com uma altura interna de
aproximadamente 5 cm. O corpo de prova de solo, por sua vez, possui
uma altura inicial de cerca de 2 cm. O interior da caixa abriga o corpo de
prova do solo a ser ensaiado, e sobre ele é posicionado um topo, sujeito
a uma força vertical perpendicular ao plano horizontal de ruptura
estabelecido durante a etapa de cisalhamento. A caixa interna, contendo
o corpo de prova, é inserida em uma caixa metálica externa.

O ensaio é composto pelas seguintes fases:

1. Posicionar na prensa a caixa de cisalhamento, garantindo que o


corpo de prova esteja entre as pedras porosas e placas dentadas,
de modo a centralizar o CP entre as partes inferior e superior da
caixa;

2. Montar o sistema de suporte para aplicação da tensão vertical e


ajustar o extensômetro vertical para iniciar a fase de
adensamento do ensaio lento (drenado), por exemplo;

3. Aplicar a carga (por meio de pesos) conforme previamente


estabelecido e iniciar as leituras de deformação do CP. O término
dessa fase é determinado quando as deformações se
estabilizam;

4. O início da fase de cisalhamento ocorre após realizar os ajustes


no extensômetro horizontal e no sensor (anel ou célula de carga)
responsável por medir a força cisalhante desenvolvida durante o
ensaio.
Durante a fase de cisalhamento, esse carrinho desloca-se
horizontalmente sobre trilhos equipados com esferas de aço. Nos
ensaios realizados com o corpo de prova submerso (ou inundado), a
caixa externa é preenchida com água.

Configuração do Ensaio:
o A caixa de cisalhamento, contendo o corpo de prova, é instalada
na prensa entre as pedras porosas e placas dentadas.
o O corpo de prova fica posicionado no meio, entre as partes
inferior e superior da caixa.

Fase de Adensamento (Drenado):

o Um sistema de suporte é montado para aplicar a tensão vertical.


o O extensômetro vertical é ajustado para iniciar a fase de
adensamento do ensaio.
o O carregamento é aplicado por meio de pesos previamente
definidos.
o As leituras de deformação do corpo de prova são iniciadas e a
fase é concluída quando as deformações se estabilizam.

Fase de Cisalhamento:

o O extensômetro horizontal e o sensor (anel ou célula de carga)


são ajustados para medir a força cisalhante desenvolvida durante
o ensaio.

Após posicionar a caixa de cisalhamento no aparelho de cisalhamento


direto foram inseridos os dados de entrada para a realização do ensaio
através do painel do próprio equipamento para dar início ao ensaio:

Antes de iniciar o ensaio de cisalhamento, deixa-se a amostra consolidar


por um período breve. Durante os primeiros minutos do ensaio, aplica-
se uma tensão de “assentamento”. Posteriormente, a tensão é ajustada
para o restante do período de adensamento, de forma a equilibrar a
tensão aplicada com a tensão normal utilizada no ensaio de
cisalhamento direto. Esse ajuste visa evitar variações significativas no
deslocamento vertical.

Ao iniciar o ensaio de cisalhamento, a caixa é submetida a uma força


vertical no cabeçote metálico (denominada tensão normal) e a uma força
horizontal (denominada tensão de cisalhamento) na lateral da caixa.
Essa força horizontal foi aplicada a uma velocidade constante no
sistema, permitindo que a amostra sofresse ruptura no plano horizontal,
na linha de bipartição do molde. Essa abordagem possibilita a medição
dos deslocamentos horizontal e vertical por meio de extensômetros no
aparelho, juntamente com a medição da tensão cisalhante.

O ensaio foi realizado para tensões normais de 100, 300 e 600KPa,


respectivamente.

5. Cálculos

a. Cálculos para tensão normal de 100KPa:


Leitura do anel corrigido (LC) = deformação do anel dinamométrico:
LC = L – Li
Onde:
L = leitura do extensômetro do anel dinamométrico obtida para cada
deslocamento horizontal pré-estabelecido (valores fixos);
Li = leitura inicial do extensômetro do anel dinamométrico antes de iniciar
a aplicação do deslocamento horizontal (zeragem).

Cálculos dos valores da Leitura do Anel Corrigida (LC) para as cinco


primeiras leituras ou deslocamentos:

b. Cálculo da Força Cisalkhante em kg (FC):

FC = LC*K
Onde:
LC = leitura do anel corrigida
K = constante de deformação do aneldinamométrico

c. Cálculos da Área Corrigida (AC)

AC = (Comprimento em cm – Δh em cm)*largura
d. Cálculo da Tensão de Cisalhamento:

e. Cálculo da deformação vertical em mm:

Para a determinação da resistência de um solo ao cisalhamento são


necessários os cálculos abaixo.

Tensão Cisalhante:
Onde:
τ = tensão cisalhante;
T = força tangencial;
A’ = área corrigida da amostra:

A’ = A – δhor*L
Onde:

A = área da seção transversal;


δhor = deslocamento horizontal da amostra;
L = largura da amostra.

Tensão normal

σ=N
A
Onde:
σ = tensão normal;
N = carga vertical aplicada;
A = área da seção transversal.
A partir dos dados obtidos no ensaio e dos resultados dos cálculos acima, são
traçados os gráficos de “Tensão Cisalhante x Deslocamento Horizontal” e “Tensão
Cisalhante máxima x Tensão Normal aplicada”. A partir, da curva de desenvolvimento
do ensaio com os valores de τi e εi é tirado o valor máximo da tensão cisalhante.
Efetua-se o gráfico de variação de volume ∆vi em função da deformação específica
εi. Repete-se o ensaio pelo menos em mais dois novos corpos de prova com tensões
normais diferentes (neste caso 100, 300 e 600 kPa); ajusta-se uma reta pelos pontos
τi x σ interpretando assim a envoltória de resistência dos ensaios executados, a partir
da qual são determinados os valores do ângulo de atrito interno e o intercepto coesivo.

6. Resultados
Data: 24/11/2023
OS
Prof.: João Carlos
Local: Laboratório de MESO - IFG
Amostra: Folha
Câmpus Gyn
Tipo ensaio: Cis.Direto
T. Normal = 100 kPa Velocidade = 0,0675 mm/min
Aden.Dren
Tipo C.P.: Executado por: Técnico
Ens. Nº: 01 Engenharia Civil
Indeformado Sandro
Digitado por: Sara
Área inicial do C.P: 100,57 cm² Anel K = 0,1623
Matos
Dimensões
da caixa C = 100,28 L = 100,29
(mm):
Leitura do Anel Leitura deflectômetro Deformação
Força
Hora da Tensão cisalhamento
cisalhamento Área corigida (cm²)
leitura Obtida Corrigida (kPa) Vert. Horiz. Vert. Horiz.
(kg)

12:18:00 1000,0 0 0,00 100,57 0,00 8,211 0,000 0 0,00


1020,0 20,0 3,25 100,58 3,16 8,203 0,050 -0,008 0,05
1040,0 40,0 6,49 100,59 6,33 8,196 0,100 -0,015 0,10
1054,0 54,0 8,76 100,59 8,54 8,189 0,150 -0,022 0,15
1067,0 67,0 10,87 100,60 10,60 8,182 0,200 -0,029 0,20
1077,0 77,0 12,50 100,61 12,18 8,176 0,250 -0,035 0,25

1088,0 88,0 14,28 100,61 13,92 8,171 0,300 -0,04 0,30

1102,0 102,0 16,55 100,62 16,14 8,166 0,350 -0,045 0,35


1116,0 116,0 18,83 100,62 18,35 8,162 0,400 -0,049 0,40
1131,0 131,0 21,26 100,62 20,72 8,158 0,450 -0,053 0,45
12:27:00 1143,0 143,0 23,21 100,63 22,62 8,154 0,500 -0,057 0,50
1171,0 171,0 27,75 100,64 27,04 8,143 0,600 -0,068 0,60
1195,0 195,0 31,65 100,65 30,84 8,131 0,700 -0,08 0,70
1217,0 217,0 35,22 100,66 34,31 8,12 0,800 -0,091 0,80
1232,0 232,0 37,65 100,68 36,68 8,107 0,900 -0,104 0,90
1244,0 244,0 39,60 100,69 38,57 8,094 1,000 -0,117 1,00
1264,0 264,0 42,85 100,72 41,72 8,063 1,200 -0,148 1,20
1278,0 278,0 45,12 100,74 43,92 8,04 1,400 -0,171 1,40
1288,0 288,0 46,74 100,76 45,49 8,02 1,600 -0,191 1,60
1297,0 297,0 48,20 100,79 46,90 7,992 1,800 -0,219 1,80
1305,0 305,0 49,50 100,81 48,15 7,971 2,000 -0,24 2,00
13:01:00 1316,0 316,0 51,29 100,88 49,86 7,904 2,500 -0,307 2,50
1327,0 327,0 53,07 100,94 51,56 7,847 3,000 -0,364 3,00
1337,0 337,0 54,70 100,98 53,12 7,805 3,500 -0,406 3,50
1347,0 347,0 56,32 101,01 54,68 7,774 4,000 -0,437 4,00
1355,0 355,0 57,62 101,02 55,93 7,76 4,500 -0,451 4,50
1349,0 349,0 56,64 101,04 54,98 7,746 5,000 -0,465 5,00
1327,0 327,0 53,07 101,05 51,51 7,736 6,000 -0,475 6,00
1307,0 307,0 49,83 101,06 48,35 7,728 7,000 -0,483 7,00
1278,0 278,0 45,12 101,07 43,78 7,714 8,000 -0,497 8,00
1270,0 270,0 43,82 101,09 42,51 7,693 9,000 -0,518 9,00
14:59:00 1263,0 263,0 42,68 101,11 41,40 7,669 10,000 -0,542 10,00
Data: 24/11/2023
OS
Prof.: João Carlos

Local: Laboratório de MESO - IFG Câmpus Gyn Amostra: Folha

Tipo ensaio: Cis.Direto Aden.Dren T. Normal = 300 kPa Velocidade = 0,0675 mm/min
Executado por: Técnico
Tipo C.P.: Indeformado Ens. Nº: 02 Engenharia Civil
Sandro
Área inicial do C.P: 100,57 cm² Anel K = 0,1623 Digitado por: Sara Matos
Dimensões
da caixa C = 100,28 L = 100,29
(mm):
Leitura do Anel Leitura deflectômetro Deformação
Força Tensão
Hora da Área corigida
cisalhamento cisalhamento
leitura Obtida Corrigida (cm²) Vert. Horiz. Vert. Horiz.
(kg) (kPa)

13:30:00 1000,0 0 0,00 100,57 0,00 5,34 0,000 0 0,00


1176,0 176,0 28,56 100,59 27,85 5,317 0,050 -0,023 0,05
1248,0 248,0 40,25 100,61 39,23 5,298 0,100 -0,042 0,10
1285,0 285,0 46,26 100,63 45,08 5,282 0,150 -0,058 0,15
1315,0 315,0 51,12 100,65 49,81 5,264 0,200 -0,076 0,20
1338,0 338,0 54,86 100,67 53,44 5,244 0,250 -0,096 0,25
1357,0 357,0 57,94 100,69 56,43 5,223 0,300 -0,117 0,30
1373,0 373,0 60,54 100,70 58,95 5,208 0,350 -0,132 0,35
1392,0 392,0 63,62 100,72 61,95 5,191 0,400 -0,149 0,40
1412,0 412,0 66,87 100,74 65,10 5,175 0,450 -0,165 0,45
13:45:00 1431,0 431,0 69,95 100,76 68,08 5,156 0,500 -0,184 0,50
1465,0 465,0 75,47 100,79 73,43 5,119 0,600 -0,221 0,60
1501,0 501,0 81,31 100,83 79,09 5,084 0,700 -0,256 0,70
1534,0 534,0 86,67 100,86 84,27 5,051 0,800 -0,289 0,80
1561,0 561,0 91,05 100,88 88,51 5,027 0,900 -0,313 0,90
1583,0 583,0 94,62 100,91 91,96 5,004 1,000 -0,336 1,00
1629,0 629,0 102,09 100,96 99,16 4,955 1,200 -0,385 1,20
1673,0 673,0 109,23 101,01 106,04 4,901 1,400 -0,439 1,40
1703,0 703,0 114,10 101,06 110,72 4,856 1,600 -0,484 1,60
1731,0 731,0 118,64 101,10 115,08 4,81 1,800 -0,53 1,80
1762,0 762,0 123,67 101,15 119,91 4,765 2,000 -0,575 2,00
14:24:00 1805,0 805,0 130,65 101,22 126,58 4,69 2,500 -0,65 2,50
1819,0 819,0 132,92 101,28 128,71 4,637 3,000 -0,703 3,00
1800,0 800,0 129,84 101,31 125,68 4,599 3,500 -0,741 3,50
1739,0 739,0 119,94 101,34 116,06 4,57 4,000 -0,77 4,00
1690,0 690,0 111,99 101,37 108,34 4,544 4,500 -0,796 4,50
1655,0 655,0 106,31 101,39 102,82 4,522 5,000 -0,818 5,00
1610,0 610,0 99,00 101,43 95,72 4,482 6,000 -0,858 6,00
1587,0 587,0 95,27 101,47 92,08 4,445 7,000 -0,895 7,00
1566,0 566,0 91,86 101,50 88,75 4,409 8,000 -0,931 8,00
1552,0 552,0 89,59 101,55 86,52 4,368 9,000 -0,972 9,00
16:16:00 1552,0 552,0 89,59 101,58 86,49 4,331 10,000 -1,009 10,00
Data: 24/11/2023
OS
Prof.: João Carlos

Local: Laboratório de MESO - IFG Câmpus Gyn Amostra: Folha

Tipo ensaio: Cis.Direto


T. Normal = 600 kPa Velocidade = 0,0675 mm/min
Aden.Dren
Tipo C.P.:
Ens. Nº: 03 Engenharia Civil Executado por: Técnico Sandro
Indeformado
Área inicial do C.P: 100,57 cm² Anel K = 0,1623 Digitado por: Sara Matos
Dimensões
da caixa C = 100,28 L = 100,29
(mm):

Leitura do Anel Leitura deflectômetro Deformação


Força Tensão
Hora da Área corigida
cisalhamento cisalhamento
leitura (cm²)
(kg) (kPa)
Obtida Corrigida Vert. Horiz. Vert. Horiz.

12:48:00 1000,0 0 0,00 100,57 0,00 4,966 0,000 0 0,00


1307,0 307,0 49,83 100,60 48,57 4,94 0,050 -0,026 0,05
1431,0 431,0 69,95 100,61 68,18 4,925 0,100 -0,041 0,10
1481,0 481,0 78,07 100,62 76,08 4,913 0,150 -0,053 0,15
1517,0 517,0 83,91 100,63 81,77 4,904 0,200 -0,062 0,20
1544,0 544,0 88,29 100,64 86,03 4,897 0,250 -0,069 0,25
1564,0 564,0 91,54 100,65 89,19 4,89 0,300 -0,076 0,30
1589,0 589,0 95,59 100,66 93,14 4,881 0,350 -0,085 0,35
1619,0 619,0 100,46 100,66 97,87 4,873 0,400 -0,093 0,40
1660,0 660,0 107,12 100,67 104,34 4,864 0,450 -0,102 0,45
13:09:00 1689,0 689,0 111,82 100,68 108,92 4,855 0,500 -0,111 0,50
1770,0 770,0 124,97 100,70 121,70 4,833 0,600 -0,133 0,60
1855,0 855,0 138,77 100,73 135,10 4,809 0,700 -0,157 0,70
1919,0 919,0 149,15 100,75 145,18 4,787 0,800 -0,179 0,80
1977,0 977,0 158,57 100,77 154,31 4,766 0,900 -0,2 0,90
2036,0 1036,0 168,14 100,80 163,59 4,742 1,000 -0,224 1,00
2150,0 1150,0 186,65 100,84 181,51 4,696 1,200 -0,27 1,20
2245,0 1245,0 202,06 100,88 196,43 4,659 1,400 -0,307 1,40
2305,0 1305,0 211,80 100,91 205,84 4,632 1,600 -0,334 1,60
2380,0 1380,0 223,97 100,94 217,60 4,601 1,800 -0,365 1,80
2420,0 1420,0 230,47 100,96 223,86 4,576 2,000 -0,39 2,00
13:55:00 2465,0 1465,0 237,77 101,01 230,84 4,529 2,500 -0,437 2,50
2451,0 1451,0 235,50 101,04 228,57 4,5 3,000 -0,466 3,00
2408,0 1408,0 228,52 101,07 221,74 4,473 3,500 -0,493 3,50
2351,0 1351,0 219,27 101,09 212,71 4,451 4,000 -0,515 4,00
2308,0 1308,0 212,29 101,11 205,90 4,428 4,500 -0,538 4,50
2279,0 1279,0 207,58 101,13 201,29 4,407 5,000 -0,559 5,00
2236,0 1236,0 200,60 101,18 194,43 4,359 6,000 -0,607 6,00
2207,0 1207,0 195,90 101,23 189,77 4,306 7,000 -0,66 7,00
2191,0 1191,0 193,30 101,28 187,16 4,258 8,000 -0,708 8,00
2184,0 1184,0 192,16 101,33 185,97 4,207 9,000 -0,759 9,00
15:47:00 2181,0 1181,0 191,68 101,38 185,40 4,155 10,000 -0,811 10,00

100 300 600


Deformação
kPa kPa kPa

0,00 0,00 0,00 0,00

0,05 3,25 28,56 49,83


0,10 6,49 40,25 69,95
0,15 8,76 46,26 78,07

0,20 10,87 51,12 83,91

0,25 12,50 54,86 88,29


0,30 14,28 57,94 91,54

0,35 16,55 60,54 95,59


0,40 18,83 63,62 100,46
0,45 21,26 66,87 107,12
0,50 23,21 69,95 111,82
0,60 27,75 75,47 124,97
0,70 31,65 81,31 138,77
0,80 35,22 86,67 149,15
0,90 37,65 91,05 158,57
1,00 39,60 94,62 168,14
1,20 42,85 102,09 186,65
1,40 45,12 109,23 202,06
1,60 46,74 114,10 211,80
1,80 48,20 118,64 223,97
2,00 49,50 123,67 230,47
2,50 51,29 130,65 237,77
3,00 53,07 132,92 235,50
3,50 54,70 129,84 228,52
4,00 56,32 119,94 219,27
4,50 57,62 111,99 212,29
5,00 56,64 106,31 207,58
6,00 53,07 99,00 200,60
7,00 49,83 95,27 195,90
8,00 45,12 91,86 193,30
9,00 43,82 89,59 192,16
10,00 42,68 89,59 191,68

Tensão de cisalhamento X Deslocamento horizontal

250,00

200,00

150,00

100,00

50,00

0,00
0 5 10 15 20 25 30 35
Deslocamento horizontal X Deslocamento Vertical

0
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00

-0,2

-0,4

-0,6

-0,8

-1

-1,2

Tensão cisalhante X Tensão normal

τxσ
300,00

250,00
τ (Tensão de Cisalhamento)

200,00

y = 0,3595x + 22,953
150,00 R² = 0,9996

100,00

50,00

0,00
0 100 200 300 400 500 600 700
σ (Tensão Normal)

7. Conclusão
A literatura indica que, em solos não coesivos testados sob a mesma tensão
normal, todos os três tipos de ensaios fornecerão resultados semelhantes,
independentemente do estado de saturação do solo. No entanto, em solos
coesivos, os parâmetros do solo são significativamente influenciados pelas
condições de drenagem, pelo grau de saturação e pelas condições de pré-
adensamento.

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