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PILHAS DE ESTÉRIL
AULAS - 23 e 24
DESMATAMENTO E PROCEDIMENTOS INICIAIS
A remoção deste solo mole também favorece a estabilidade pois esta camada
pode funcionar como um lubrificante entre a fundação e o material disposto. No
fundo dos vales deverão ser executados os serviços de drenagem e desvio dos
cursos d’água existentes. Caso ocorram cursos d’água perenes sob a pilha, os
mesmos deverão ser captados e desviados através de tubulações adequadas, ou
drenados com blocos de rocha, envolvidos por transições filtrantes. O conjunto de
drenos assume a forma de uma espinha de peixe, com os drenos mestres
posicionados ao longo do fundo do talvegue. Em alguns casos, para aumentar a
estabilidade pode ser necessária a execução de um tapete drenante no contato
com a fundação, próximo à primeira bancada. Todos os drenos de fundo deverão
ser conduzidos até o enrocamento de pé, cuja função é evitar erosões e taludes de
praia. Após terminadas as obras de infra-estrutura o estéril poderá ser empilhado.
MÉTODOS DE EXECUÇÃO DAS PILHAS
MÉTODO DESCENDENTE
Após esta operação, o trator de esteiras deverá quebrar as pilhas, formando uma
camada de estéril semi-compactada com a altura de 1 a 1,5m. O tráfego dos
equipamentos provoca compactação no material, suficiente para estabilizar a pilha.
As bancadas poderão variar entre 10 e 15 metros de altura. Normalmente as
larguras da bermas devem ser superiores a 6 metros, largura mínima aceita pela
norma padrão.
RETALUDAMENTO DE BANCADAS
Poderá ser executada juntamente uma leira junto a crista. Após a conclusão de
cada bancada é conveniente cobrir os taludes com uma fina camada de solo rico
em compostos orgânicos, proveniente da limpeza da fundação, para facilitar seu
plantio.
O processo de formação da pilha por via seca pelo método ascendente permite
ainda o zoneamento interno dos materiais a serem dispostos, de forma a
aproveitar ao máximo as características de resistência e permeabilidade de cada
material.
DRENAGEM INTERNA
Durante a evolução das pilhas, com o objetivo de evitar as erosões, deverá ser
dado o caimento adequado às praças, com declividade de 1%, evitando que a
água caia pelas faces dos taludes. As bermas deverão ser construídas com
caimento entre 3% a 5% em direção ao pé da bancada superior. Após a conclusão
das bancadas e implantação do sistema de drenagem, deverão ser executadas as
descidas d’água com enrocamento para redução da velocidade da água que
poderão criar as erosões. A garantia para a eficiência do sistema de drenagem
superficial é a criação de canaletas nas praças que dirijam as águas para os
pontos de descida. Em sua fase final deverá ser providenciado o plantio de
gramíneas e de plantas nativas para recobrimento e maior proteção dos taludes e
bermas.
DRENAGEM PERIFÉRICA
A drenagem periférica tem como objetivo receber as águas das descidas d’água e
lançá-las na drenagem natural com o menor impacto possível. Prevê-se desta
forma que durante a evolução das pilhas serão preparadas áreas preferenciais
para descidas d’água e enrocamento no pé dos taludes. Será conveniente a
construção do enrocamento com materiais de granulometria mais grosseira e
resistente, de maneira que atuem como um muro de contenção de estéril evitando
que a ação das águas causem erosões.
PLANEJAMENTO DE DIQUES DE CONTENÇÃO DE FINOS