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Introdução

Neste presente trabalho de rega e drenagem irá abordar acerca de métodos e técnicas de rega
em especial a se destacar a rega por inudação onde nessa irrigação a aplicação de água é feita
por meio de bacias ou tabuleiro, a se destacar a vantagem e a desvantagem deste sistema de
irrigação, também a saber quando deve se usar esse sistema e em que cultura aplicar o sistema
de irrigação por inudação.

Também iremos abordar acerca de equipamentos para elevação e conduta da água para rega,
temos equipamentos simples e complexo, os equipamentos simples são cegonha, nora, poço
árabe, bacias e regadores e equipamentos complexos temos moinho de vento, bombas.
Objectivos

Geral

Descrever métodos e técnicas de irrigação


Específicos

Explicar o sistema de irrigação por inudação


Indentificar as vantagens e desvantagens de irrigação por inudação
Explicar quando podemos usar o método de irrigação por inudação.
Método e técnicas de rega por inundação

Irrigação é uma técnica que consiste em aplicar a quantidade de água necessária ao


solo nos momentos adequados, para que a espécie vegetal cultivada possa expressar
todo seu potencial produtivo.

Objectivo de irrigação

Fornece uma quantidade adequado de águas e plantas, de maneira que, juntamente com os
demais operações agrícola como adubação mecanização,controlo de pragas e doenças entre
outras, contribua de forma mas ecfetiva,para aumento de produtividade das outas.

Irrigação por inundação

Nessa irrigação a aplicação de água é feita por meio de bacias ou tabuleiros. A irrigação por
inundação é o sistema mais utilizado no Brasil e no Mundo.

Figura 2- Irrigação por inundação

A rega por inundação consiste em cobrir o solo com uma camada da água de maior ou
menor espessura que se deixa repousar durante o tempo necessário para que penetre
por infiltração até a profundidade útil da irrigação.
No terreno constroem-se compartimentos fechados por meio de barragens ou diques,
dentro dos quais se pode regular a água de irrigação.
A preparação terreno é bastante dispendiosa dependendo da inclinação e do tipo de
solo; necessita-se da construção de um número variável de barragens ou diques, o que
dificulta o uso de maquinaria agrícola e reduz a superfície útil da cultura.

Este sistema de irrigação adapta-se a uma gama variada de culturas entre elas,
luzerna, pastos, algodão, milho, amendoim e cereais, assim como algumas hortícolas e
fruteiras. É o sistema de irrigação praticamente imprescindível para o arroz, mas
indesejável para as plantas sensíveis `a humidade excessiva do solo.

Existem duas formas de efectuar a irrigação por inundação: a de inundação temporal e


a de inundação permanente. A primeira consiste em aplicar uma lâmina de água
equivalente ao volume total a aplicar ao compartimento e deixá-la repousar sobre a
superfície até `a sua total infiltração e a segunda é normalmente utilizada para a rega
de arroz. Distingue-se do de inundação temporal em que, uma vez que se alcança o
nível de água desejado nos compartimentos, se continua a alimentá-los com um caudal
menor, eliminando esse mesmo volume de água inicial, devendo para o efeito, colocar
vários descarregadores nesses compartimentos.

A inundação permanente requere solos argilosos com baixa velocidade de infiltração


ou terrenos onde a capa freática esteja próxima da superfície. Em caso contrário, as
perdas de água por infiltração profunda diminuirão a eficiência da irrigação até níveis
antieconómicos.

As vantagens da irrigação por inundação permanente são:

 Pode empregar-se grandes volumes de água


 Necessita de pouca vigilância
 Destrói animais e ervas daninhas
 O limo que é transportado em suspensão pelas águas deposita-se no terreno
o que é particularmente benéfico aos solos arenosos e cascalhentos.
 Combate pragas;
Figura 4- Rega por inundação ou por faixas

É o sistema de irrigação é mais praticado e ideal na cultura de arroz, mais indesejável para as
plantas sensíveis a humidade excessiva do solo.

A rega por inundação permanente tem as suas desvantagens:

 Necessita de grande quantidade de água


 Acarreta os custos de nivelamento e construção de diques
 Facilita aparecimento de doenças;
 Pode provocar salinização;

Necessidade de rega por inundação

Quando o terreno é utilizado para culturas que não são prejudicadas por
inundação temporária (menos de 24 horas).
Quando o solo é profundo, de modo a permitir o nivelamento do terreno e
construção dos camalhões ou diques
Quando terreno pode ser nivelado sem muito gasto de dinheiro
Quando os solos não têm infiltração nem muito alta (muito arenosos) nem muito
baixa (muito argilosos). Se a taxa de infiltração for muito alta, deve-se aumentar
a frequência de rega e, consequentemente, aumentar a quantidade de água. No
caso da infiltração muito baixa, os solos tenderão a se encharcar ou alagar
facilmente, devendo-se fazer regas muito espaçadas em com pouca água

Quando o maneio da água pode ser feito fácil e adequadamente, de acordo com
a largura e o comprimento das faixas recomendado.

A rega por inundação subdivide-se em:

 Trasbordamento
 Faixas ou tabuleiros
 Por caldeiras ou taças
 Terraços

A rega por faixas, consiste em fazer escorrer a água por uma faixa do terreno, na
direcção `a inclinação, delimitada por dois camalhões ou bordos paralelos.

Classificação das Faixas

As faixas podem ser basicamente de dois tipos de construção, segundo as suas formas
geométricas:

Faixas em contornos ou em curvas de nível


Rectangular
Faixas em contorno

São formados por um sistema de diques ou camalhões em curvas de nível e diques


rectilíneos transversais `as curvas de nível. Em geral, as faixas em contorno são maiores
em relação `as rectangulares, e exigem menos trabalho na sistematização.
Existem basicamente dois tipos de bacias ou faixas em contorno:
Tabuleiros cujos diques em contorno são paralelos entre si, irrigados por
circulação contínua individualmente.

Tabuleiros em que os diques seguem exactamente `as curvas de nível do


terreno.
Tabuleiros Rectangulares

São constituídos de áreas planas limitadas por dois diques rectilíneos formando bacias
rectangulares.
Factores que Influenciam na Rega por Faixas
declividade longitudinal (ao longo de faixas ou platibandas)

A inclinação do terreno na direcção em que a água correrá deve ser a mais uniforme
possível e ligeiramente decrescente. Se as inclinações forem muito fortes, os diques
serão feitos em contorno ou segundo as curvas de nível.

Não convém que a inclinação seja muito forte, porque a água correrá muito depressa,
não penetrará no solo e poderá produzir erosão, para além de danificar as plantas.

Declividade transversal (sobre a largura das faixas)

O ideal é que não haja desnível na largura da faixa, de preferência devia ser uma
inclinação de 0%. Isto para evitar que a água se acumule num só lado.

Tipo de solos

O ideal é que o solo deve ser homogéneo em toda faixa, para que a água infiltre bem e
sua retenção na zona da maior concentração das raízes seja uniforme.

Se os solos forem arenosos, o comprimento da faixa não deverá ter mais de 60 a 90


metros e a largura deverá ter entre 6 a 9 metros.

Se forem argilosos, o comprimento da faixa poderá ser mais de 300 metros e largura
de 20 a 30 metros. No primeiro caso, a rega deverá ser rapidamente e com bastante
água porque esta penetrará muito depressa e custa chegar ao final da quadra; e no
segundo caso, as regas deverão ser lentas e com menos água, pois, esta demora
entrar nas raízes e pode chegar ao final da faixa muito rapidamente, encharcando-a (a
quadra). As regas devem ser mais espaçadas porque os solos argilosos custam secar.

Comprimento e largura das faixas

As faixas com declive maior poderão ser tanto mais longas quanto mais argilosos forem
os solos e mais curtas quanto mais arenoso for o terreno.

Profundidade do solo

Quanto maior for a profundidade maior será o tamanho da faixa.

Maneio da Água na Faixas

Antes de tudo, é necessário saber a disponibilidade de água para a rega. Se não for
muita terá de manejá-la cuidadosamente para não haver desperdícios.

Para a água passar do canalete para quadra, colocam-se pequenas comportas ou


sifões ou tubos que atravessam a parede do canalete. Todos estes dispositivos têm de
permitir que se corte a água quando terminada a rega. Deve existir um canalete
colectora no final da faixa para eliminar o excesso da água.

O fluxo da água (quantidade) que entra deve ser bem regulado para que se distribua
uniformemente.

Construção dos Diques ou Camalhões

Os camalhões, bordos ou diques servem para guiar a água, manejá-la bem e impedir
que passe para as faixas vizinhas. Por conseguinte, têm de ser suficientemente altos
para que a água não saia, mas não tão altos que dificultem o cultivo.

A altura máxima do camalhão, depois de assentado em consequência de uma rega,


pode variar entre 25 e 30 cm. Os diques devem ter uma altura de uns 50 cm,
sobrepondo 20 cm ao nível da lâmina de água.

A largura da coroa dos diques ou camalhões deve oscilar entre 40 cm e 50 cm e


constroem-se com declives de aproximadamente 45 o ou mais.
Na construção dos diques, deve se dar uma altura adicional para compensar a
sedimentação que se produz nos solos secos ao humedecerem.

As paredes dos camalhões devem ser bem pisoteadas para não desmoronar com a
rega ou quedas pluviométricas.

Os camalhões em terrenos argilosos podem ter uns 60 cm de base. Em terrenos mais


leves, como os arenosos ou areno-francos os, podem chegar até 2,40 metros de base,
ou ser, ser bem largos para evitar a erosão.

A construção dos diques deve ser perpendicularmente `as curvas de níveis para que o
declive transversal se reduza ao mínimo. Devem ter uma altura suficiente para manter a
água confinada dentro da parcela, mas que não impeça a passagem da maquinaria.
Geralmente, são uns 20 a 40 cm. A sua base dependerá da estabilidade do solo
húmido, podendo variar entre 60 cm para os argilosos até 2 m nos arenosos.
Normalmente tem sido de 1,00 a 1,20 metros.

Os diques também são chamados barragens porque barram a água ou represam-na.


São molduras.

Alimentação dos Diques

A água é levada aos compartimentos ou canteiros ou ainda tabuleiros, por meios de


canais que estão providos ou munidos de comportas de saída espaçadas ao longo
deles (canais). Cada compartimento pode ser alimentado por uma ou várias saídas de
acordo com a sua superfície.

Rega de arroz

O arroz é um cereal muito diferente dos outros tradicionais (trigo, aveia, cevada, etc.)
porque é uma cultura quase aquática ou como se costuma chamar, cultura hidropónica
e que se desenvolve normalmente submersa na água, por isso, para ele os melhores
solos são os mais compactos ou argilosos nos quais a água penetra lentamente e
muito pouca se perde para as camadas profundas. Há, no entanto, uma variedade de
arroz que se cultiva em condições não hidropónicas (trabalho na água).

Apesar do arroz estar sempre submerso a inundação deve ser diminuída em alguns
períodos, como por exemplo, durante o afilhamento que desse modo é estimulado.
Todavia, deve-se voltar a inundar logo depois, para não prejudicar as plantas.

O método mais adequado para o arroz é o de inundação por compartimento ou


tabuleiros. Antes de usá-lo, o solo deve estar muito bem nivelado e com muito pouca
inundação (dessecação). Algum declive, bem como canais de desaguamento são
necessários para controlar a água da rega que entra ou que sai nas etapas e/ ou de
secagem.

EQUIPAMENTOS PARA ELEVAÇÃO E CONDUÇÃO DA ÁGUA PARA


REGA
Os equipamentos para a elevação da água compreendem todas as máquinas para
elevação da água. Os equipamentos podem ser simples e complexos.

Equipamentos simples são: o balde, a cegonha, a nora e poço árabe. Este tipo de
máquinas, a força motriz ou de trabalho é humana e tracção animal.

Equipamentos Simples
Cegonha
É uma máquina fácil de construir e manejar. É uma das máquinas mais espalhadas no
mundo. Consiste em possuir um braço de alavanca apoiado num suporte. Na ponta
mais comprida está amarrada uma corda com um balde e outra está um contrapeso. A
sua construção é simples, de fácil manuseamento e não depende do motor. É
equipamento próprio para pequenas empresas. É possível colocar várias cegonhas em
série para vencer maiores declives.

Nora
É um outro equipamento espalhado pelo mundo. As noras são compostas por um
grande número de baldes no seu interior montados numa cadeia sem fim. Os baldes
enchem-se de água e elevam-na para o local de descarga. Movimenta-se através de
uma roldana, na parte superior é movimentada por tracção animal ou por motor. A
altura geométrica ou de elevação é de 1,5 a 9 metros e o caudal de 8 a 12 m 3/h.
Poço Árabe
Utiliza-se na Ásia. Eleva a água em profundidades maiores. A força motriz deste
equipamento é humana ou a tracção animal.

Baldes e regadores

O regador pode providenciar uma técnica de irrigação simples e acessível que é


entendida e largamente aplicada pelos agricultores de pequena escala na produção de
hortícolas. A tecnologia não requer grandes investimentos, mas requer trabalho
intensivo e somente permite a irrigação de uma pequena área/horta (50 a 100 m2.)

A irrigação através de um regador ou balde (ver Figuras 1 & 2) providencia um meio


simples de incrementar culturas de regadio para muitos agricultores de pequena
escala. Na maioria dos casos, os regadores são produzidos localmente a partir de aço
galvanizado, plástico e por vezes de materiais disponíveis localmente, tais como
cabaças. O transporte A irrigação através de um regador ou balde (ver Figuras 1 & 2)
providencia um meio simples de incrementar culturas de regadio para muitos
agricultores de pequena escala. Na maioria dos casos, os regadores são produzidos
localmente a partir de aço galvanizado, plástico e por vezes de materiais disponíveis
localmente, tais como cabaças. O transporte A irrigação através de um regador ou
balde (ver Figuras 1 & 2) providencia um meio simples de incrementar culturas de
regadio para muitos agricultores de pequena escala. Na maioria dos casos, os
regadores são

produzidos localmente a partir de aço galvanizado, plástico e por vezes de materiais


disponíveis localmente, tais como cabaças.
Rega usando baldes

Uso de regadores

EQUIPAMENTOS COMPLEXOS

Moinho de Vento

Moinho de vento é equipamento que se usa para aproveitar a energia do vento e


transformá-la em potência útil no movimento das bombas de pistão, geralmente nos
poços profundos. O seu uso é limitado a equipa de pequenas bombas.

A parte principal do moinho consiste numa roda de palheta ou aspas (pás), dispostas
de tal maneira que rodem quando o vento actua sobre elas. Como o vento muda de
direcção, o moinho está munido de uma veleta que orienta a roda de pás para que esta
fique sempre na direcção onde bate o vento. Este tipo de bomba pode tirar a água a
grandes profundidades.
As Bombas
As bombas são máquinas para aspirar e elevar a água para fins diferentes. Elas podem
ser de pistão e centrifugas.

Bombas de Pistão
As bombas deste tipo durante o seu movimento criam a sucção e descarga,
impulsionando a água com um elemento móvel. Isto é, o pistão cria um vácuo parcial
dentro do cilindro o qual permite que a água se eleve ajudada pela pressão
atmosférica.
Conclusão

Com o presente trabalho concluiu-se que a rega f ornece uma quantidade adequado de água a

planta, de maneira que, juntamente com os demais operações agrícola como adubação
mecanização,controlo de pragas e doenças entre outras, contribua de forma mas ecfetiva, para
aumento da produtividade das outas.
Referência bibliográfica

Rubio, M.F e Rodriguez, B (1989). Manual Prático de Irrigação, um guia para o irrigante.
Publicação FAO - Escritório Regional para a América Latina e ABIB (Associação Brasileira de
Irrigação e Drenagem). Brasília. Brasil.

PRONI (1987). Tempo de Irrigar (Manual do Irrigante). Programa Nacional de Irrigação, São
Paulo. Brasil

FAO (1974). Effective Rainfall. Irrigation and Drainage Paper nº 25. Rome (disponível versão
em língua espanhola).

Doneen, L.D. e Westcot, D.W. (1984). Irrigation practice and water management. FAO Irrigation
and Drainage Paper no 1 (disponivel versão em língua espanhola).

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