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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS - UFT

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL


Manejo e Conservação do Solo e Água

NOME: Guilherme Henrique Carvalho Vieira N° Matricula: 2020110924


Prof. Renisson Neponuceno de Araújo Filho

Avaliação 6

1) Cite os procedimentos complementares para reduzir a velocidade de


escoamento superficial.
R: Terraços, canais escoadouros ou divergentes, bacias e captação
pluvial e barragens de captação de água.

2) Defina terraço, terraceamento e como é baseado o procedimento.


R: Terraço é um conjunto de um canal e um camalhão que é construído
em nível ou pequeno gradiente. Terraceamento é uma prática de
conservação bastante usada por agricultores para controlar a erosão
hídrica. Ele baseia-se na divisão de uma rampa mais comprida em
rampas menores através da construção de terraços.

3) Quais as funções do terraço?


R: Reter, filtrar ou escoar lentamente a água para que a erosão
provocada pelas enxurradas seja minimizada; contenção de
enxurradas, para que a água da chuva seja absorvida pelo solo de
forma a não haver excesso de água na superfície.

4) Classifique os terraços quanto a função, base, construção, perfil do


terreno e explique cada um.
R: Terraço em nível: recomendado para solos com alta
permeabilidade, tem função de interceptar a enxurrada e
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facilitar a infiltração da água no canal do terraço; terraço em


desnível: recomendado para solos de lenta permeabilidade ou
moderada em regiões de até 20% de declividade, são terraços que
mudam a rota das enxurradas e ao invés de promover a sua infiltração
no solo, a leva para um sistema de escoamento num canal escoadouro
ou grota. Terraço de base estreita ou cordão de contorno: é
realizado numa faixa movimentada de até 3 metros utilizado em
declividades de 12 a 18% em áreas pequenas e culturas perenes;
terraço de base média: feito numa faixa de movimentação de terra
de 3 a 6 metros, em regiões de 10 a 12% de declividade, sendo possível
uso de trator e arado em pequenas ou médias propriedades; terraço
de base larga: feito numa faixa movimentada de 6 a 12 metros onde
há relevo suavemente ondulado ou ondulado, em declividades abaixo
de 10% em solos bem permeáveis com declividade em torno de 20%,
sendo possível uso de máquinas no plantio, dentro do canal e sobre o
ramalhão e geralmente é construído em nível. Tipo canal ou
Nichol’s: é indicado para declives abaixo de 18%, em faixas estreitas
de movimentação do terreno, com movimentação de terra na rampa de
cima para baixo, numa seção transversal do canal, em que os
implementos utilizados são arado reversível e pá carregadeira,
podendo ser construído com arado quando a declividade é maior de
10%, e essa faixa de canal não pode ser usada para cultivo; tipo
mangum ou camalhão: movimentação de terra durante a construção é
feita de cima para baixo e de baixo para cima, em áreas de declividade
de até 12%, sendo utilizados implementos como arado fixo ou
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reversível e lâmina mediana, cuja seção transversal do canal é


aproximadamente parabólica. Quanto a forma de perfil do terreno
- terraço comum: declividade = 20%, práticas vegetativas + sistemas
de manejo = maior proteção superficial, função de interceptar a
enxurrada e forçar a sua absorção pelo solo para não provocar erosão;
terraço patamar: patamares em forma de escada, pequena inclinação
para o interior e formação um dique para evitar o escoamento da agua
de um terraço para o outro, idealmente plantio de cultura no patamar
e vegetação rasteira no talude para manter estabilidade e deve ser
realizado em solos mais permeáveis, sendo construído por trator de
esteira com lâmina frontal ou manualmente e deve ser construído em
locais acima de 20% de declividade; terraços do tipo banquetas
individuais: quando terrenos com obstáculos ou afloramento de
rochas impedem utilização de maquinas, bancos são construídos para
cada planta, portanto a movimentação de terra será restrita ao local de
cultivo, sendo as ferramentas mais usadas a enxada e enxadão
justamente porque máquinas não conseguem; terraço tipo
murudum ou leirão: terraços construídos raspando o horizonte A e é
recomendado para áreas agrícolas de uso intensivo e com declividade
de até 15%. Por não seguir o dimensionamento adequado, muitas
vezes a distancia entre eles é maior do que deveria ser para que
caminhões consigam atravessar, o que pode resultar em problemas, e
as limitações desse tipo de terraço é que se retira a camada mais fértil
do solo, prejudicando o movimento do solo, também movimentam
demais a terra causando encarecimento e apresenta erosão acentuada
e risco de rompimento por estar em locações com distâncias maiores.

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